Monólogos mais Famosos
MONÓLOGO DA FOME
Eu estou com fome, meu senhor.
Perdi meu emprego, fiquei doente
E hoje moro na rua.
A covid matou metade da minha família.
De onde eu sou?
Não sou da Disneylândia, já morei na Ceilândia, na Estrutural,
No lago Azul, em vários lugares, nesses lugares em que as pessoas não desejam morar.
É hoje eu moro aruá, lugar em que muitos desejariam morar, para ter a liberdade que eu tenho, mas para morar na rua a pessoa precisa passar por onde eu passei, viver o que eu vivi.
Meu senhor, por piedade, diga-me, o senhor vai ou não me dar um prato de comida?
Estou aqui as 07:47 da manhã pensando de várias formas de escrever esse monologo como eu faço dramático? Fictício? Não sei o que escolher será que meu contexto ficara bom não sei, mas sinto medo pois não sei como realizar um monologo onde começa? Onde termina? eu penso em várias ideias para que eu possa escrever esse monologo, mas com tantos pensamentos me levo ao equívoco de como começar tal alegoria, mas eu me pergunto isso é um monologo? ou apenas mais um texto comum e irrelevante com a questão, monologo algo tão simples mas por que eu não consigo realizar e como se tivesse uma barreira na minha cabeça, barreira não eu diria um bloqueio mas eu me pergunto isso é um monologo ou só mas um texto ?.
Monólogo da ausência.
A verdade é que não sei viver,
O mais fácil mesmo é se esconder,
De mim,
Dos outros,
Viver vestida de sorrisos vastos,
Assim como as incertezas são,
Trocando sim pelos nãos,
Porque?
A vida acontece sem a gente querer?
A maior parte das escolhas,
Independem realmente das nossas próprias,
Vivemos numa algema de dinheiro,
De sociedade...
Sei que nem tudo é maldade,
Mas,
Ensurdecidamente,
Ela envaidece,
Os seres humanos,
Como semente plantada,
Cresce e floresce em dor,
No coração de outras pessoas,
Tão humanas quanto ela...
Então, porque isso acontece?
Essa verdade me entristece,
Muita gente padece,
Adoece,
Enquanto a esperança permanece,
Quero ser a mudança,
Permanecer em Constância,
Escopa de quinze.
Alegria em viver,
Prazer em conhecer.
Monólogo é um diálogo
tão prazeroso, muito edificante, que me ensina a ser uma perspicaz ouvinte, mui paciente, boa companhia de mim mesma.
Me vejo em espirito a imagem e semelhança de Deus. Em silencio monologo intensas conversas sobre a vida e sobre a morte, como também sobre tudo que ilusoriamente, damos maior valor, por um tempo relativo que não existe. Afinal, somos eternidade.
Poesia é quando escrevemos o monólogo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
MONÓLOGO
Para onde vão os meus lamentos
se já não mais me escutam?
Que terra vã e sem sentimentos
de ilusão. Pra onde iriam?
Aí, tudo está tão cego, esquecido!
Me perdi nas teias do mundo
quando no mundo tentei o infinito
e o infinito era só um segundo...
Para onde vão as minhas palavras
se versadas pra vida e não pra morte.
Quem ou alguém me escutavas?
Acho que nada, nem a sorte!
Então, o que pode, quem me acode?
Se nem de porre há resposta
ou tão pouco o fado é custode...
Pois, a alma na dor está exposta!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
Disciplina para correção de filhos não se convence com monólogos e punições, mas sim, com mudanças de comportamentos sadios, hábitos saudáveis e conselhos de motivação e amor pela vida, e não pela bestialidade dos próprios erros.
"A incompreensão ainda é uma das maiores misérias da humanidade. Se uma pessoa não compreende a outra, não há diálogo, apenas monólogo."
O meu ser,
Não cabe dentro de mim,
Divido-me em versos,
Espalho-me,
Como pétalas ao vento,
Que com o tempo,
Secam,
Se esmigalham,
Morrem.
Não posso dar o que não tenho,
Não posso ser aquilo que não sou,
Não me cortarei de mim,
Sou o amor,
Se quiser me receber,
De braços abertos assim sou,
Pois, sim,
Vivo da energia de Quem me criou,
Ele é o primeiro Amor,
Eu estou nEle e Ele em mim,
Assim sou,
Não me cortarei para caber em ninguém,
Vou além,
Nesse Amor que já venceu,
E ainda vence,
Prevalece e enaltece,
Abra a porta do seu coração.
Chega de tantos nãos,
Eu já me dei e te dei o seu perdão.
Porque o ser humano sente falta?
Porque as partidas doem tanto?
Porque a dor sempre é mais lembrada do que a felicidade?
E a vaidade é sempre querer o que não se pode ter?
Os momentos cinematográficos foram vividos,
O tempo correu tanto a ponto de gerar o pranto,
Foram tantas as emoções vividas,
Do mais alto gemido de prazer ao grunhir de infortúnio de uma vida ruída,
São tantas as recaídas e despedidas,
Um coração dilacerado de amor,
Rasgado pela tristeza do abandono,
Porque eu escolho sempre o inalcançável?
Porque eu escolho sempre o caminho do sofrimento?
Porque sou compreensiva e não recebo o mesmo,
A vontade de desistir é grande,
Mais um romance?
Quais tons,
Quais toques,
O que mais me espera?
E será que posso surpreendê-la?
Não quero mais me afogar em tantos copos,
Em tantos corpos,
Tão quentes como fornalha em cama,
Tão fúnebres e geladas em outra gama,
Quando se trata de amor,
Meu peito se engana,
A luxúria traz rancor,
No término de quando só um ama.
Inexplicavelmente,
Nunca soube que seria existente,
Esse amor que começou em semente,
Improvável,
Nada viável,
Vindo da gente,
Tão igual,
Tão diferente,
Sei que de perto a gente se estapeia,
Não se freia,
A emoção corre ligeira na veia,
Mas, não faria sentido,
O coração ter mentido tanto,
Mesmo em pranto,
A necessidade do seu encanto,
Encontro contigo,
Nada contido,
Entre brigas e acertos,
Nosso conceito de corpos entrelaçados,
Sorrisos e dias de cama,
Entre dramas e dramas,
Do amor entre duas cancerianas.