Monólogos mais Famosos

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MONÓLOGO POÉTICO DE OUTONO

O outono frio sem amor, pode parecer com mergulhar na escuridão fria...

Um passo para adeus dos nossos verões, eu ouço as folhas secas sendo pisoteadas...
Com chocolate quente na caneca, com o coração cheio de saudades de você... E você com saudades de outro alguém, que por sua vez tem saudades de outro alguém ainda...Mas não é de você! O inverno também pode ser minha mente, uma torre de sucesso embalada por este monólogo.. Para quem? -Para eclodir no universo das letras e se tornar mais um texto poético e sem dor... Ontem foi o verão, folhas caem aqui . Este ruído misterioso soa como uma partida..Amo seus olhos verdes de beleza delicada, mas hoje eu estava doce como chocolate, e você preferiu contemplar a paisagem fria e parada na foto tirada de um trem que já passou há muito tempo... Você está sempre fugindo do verdadeiro amor.... Quanto tem nas mãos deixa escapar, quando perde lamenta em saudades... Melhor que eu aprecie poéticos textos, artesanais e meus como raio amarelo e macio de outono! Autora Cleide Regina Scarmelotto

Monólogo parte Mil



" Palheta em cima da mesa, roupa de dormir e chocolate quente ao lado. Sem falar é claro no computador á minha frente e o teclado que digito. Livros a vista e um álbum de fotos ao alcance. Não que goste muito de entrar em meu passado.
Quantas vezes chorei com essa música, sorri com ela, escrevi.
Nos momentos de arrependimento, nos momentos de alegria, nos momentos de “sem emoção” [sabe? Quando a gente ta num exatamente NADA estado de ser?!]
Acho que é uma música que me define. Que consegue me limitar. Mesmo sabendo que na verdade nada pode definir ninguém. [...]"

Trecho de Monólogo parte mil

ENTREPOSTO

Num monólogo louco
tento saber teus passos.
Onde estás? em casa? pelas ruas?
Que roupas vestes? O que calças?
Se é que calças.
Brincas e sorris ou te perdes
o olhar no nada?
Pensas em mim ou no etéreo
mundo que nos serve de entreposto?
Se nada mais nos acompanha
e de nada vale esperar,
que me falte a vida e que
seja a última parada,
o entreposto.

Monólogo

- Quem sou eu?
- Meramente um amante das palavras.

Tente amar sendo correspondido(a).
Amor é diálogo, não monólogo.
Como numa conversa, que quando um fala sozinho e o assunto acaba,
o amor perde a lógica quando
UM ama por DOIS...

Texto sobre a vida:

Cada vez que caminho, mais perto da reflexão e monólogo interno estou. Cada vez que paro, mais perto dos barulhos e estilhaços interno estou. Cada vez que penso em decidir entre caminhar e parar mais perto do choque térmico entre a insanidade estou.

Cada vez, cada caminhar, cara parar, cada experiência, cada movimentar, cada congelar diz muito sobre essa coisa que as vezes parece ser Aurora, às vezes parece ser ausência de luz.
Em tudo, na ida, no ficar, no refletir haveremos de encontrar uma manifestação de sentido.

Ó Deus, ó ciência... ó universo, ó pedras e ó aquilo que nos possa ouvir. São tantos escritos, tantos ditos, tantos mitos, tantas formas de dizer como caminhar, como parar ou não parar, tudo nas letrinhas escritas na folha miúda fica tão harmônico.
Mas em certos estilhaços, e certas torturas, em certos mares vermelhos ei de ter que me virar. Afinal como diria o grande filósofo contemporâneo Clóvis de Barros em sua percepção pessimista sobre os gurus: Não existem 7 passos para a melhor maneira de se caminhar.

A não ser que você seja o próprio autor, ainda que erre a rota e te custe a própria existência, está aí a fórmula: um monte de nada indo a lugar nenhum, e se vire para chegar lá, ou ficar aí, tu és o autor do nada todo. Só tu és o autor.

Tiago Szymel

"O amor é um monólogo travado na sombra."

MONOLOGO DO DIABO...
Jura? Você vai tentar me matar com essa arma? Logo essa?! Você acredita em Deus? Porque caso acredite, também acredita em mim... ainda não sabe quem sou? Atira, tenta, creio que não vai funcionar!
POW e a arma disparou
Tenho muitos nomes, sou mais conhecida como Diabo. Eiiii, não corre, só porque sua arma não me mata tu tens medo? É bom sentir o gosto do seu medo...tão...doce!
Ou seu desespero foi por descobrir na verdade que o Diabo é uma mulher? Sente-se aqui vamos conversar... permita-me ver a cor do seu sangue!
Fale-me das suas fraudes, frustrações e desejos. Deixe-me entrar, juro que serei bem breve... sua alma é minha, tenho planos para você.
Tínhamos um acordo, chegou sua hora de acertar as contas meu anjo... conte-me suas tristezas, suas lágrimas... vai que encontra seu Deus em mim.

Monólogo de Natal


Ivone Boechat

A noite estava muito bonita. Como de costume, Sara ficou olhando para o céu e resolveu conversar com uma estrela:

-Você que mora aí em cima, estrela, conta pra mim o que viu de mais bonito aqui na terra?

- É o mar, nosso espelho e há noites em que ele está tão deslumbrante, que nós, estrelas, ficamos tontas e caímos. A lua acende todas as velas, ilumina as ondas no seu doce vaivém. É emocionante vê-lo se espreguiçando na areia, esperando o pisca-pisca da estrela dalva, a madrinha.
- Você que observa tudo poderia dizer qual foi a noite mais linda de toda a história?
- Claro, nós fomos convidadas. Naquela noite, o céu estava em festa. Tudo aconteceu como previram os profetas. Fomos alertadas para expor todo o nosso brilho, em constelações, ninguém poderia nem piscar, porque algo extraordinário ia acontecer. Ficamos aguardando os sinais, A rainha das estrelas se colocou esplêndida no firmamento. Um coro de anjos chegou cantando. Anjos, muitos anjos sob as nuvens. Os pastores de Belém extasiados, se curvaram, em oração. Os animaizinhos se encolheram na estrebaria, dando espaço à Maria e José; nós estrelas e galáxias, ali brilhando, brilhando...O luar estava lindo. Ouvimos quando anjo Gabriel chegou numa apoteose celestial, nunca vista.
Sara notou que a estrela estava fluorescente, emocionada e feliz!
- Por que você está assim tão diferente, estrela, parece que você chorou ?
E a estrela concluiu:
-A noite em que nasceu Jesus Cristo, foi o dia mais bonito do Universo. A paz tão prometida chegou! É por isto que ficamos de prontidão aqui, observando para avaliar o que fazem os homens na terra na linda noite de Natal! Esperamos que pelo menos orem agradecendo e se abracem.

(Escola, doce escola 1ª.edição-Unigranrio-1983-RJ)

Monólogo Moderno

Tenho prioridades,a primeira é meu próprio
E Quando se trata de falar sobre o mundo facilmente,tenho desequilíbrio,me destroço

Olhe bem,eu não falo absurdos,vivemos em uma época de pessoas mortas,momentos virtuais e o amor é só moeda de troca.

Por vezes;quando eu digo que te amo,eu amo o personagem que criei de você,já que é difícil enxergar,vê as pessoas diverdade ou quem venham a ser

E o maior absurdo é a tal liberdade

Que talves seja está preso,a tudo
Liberdade,na realidade é ser estrondo em um mundo de surdos.

Monólogo de uma sombra

Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!


A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A saúde das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!


Pairando acima dos mundanos tectos,
Não conheço o acidente da Senectus
— Esta universitária sanguessuga ,
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!


Na existência social, possuo uma arma
— O metafisicismo de Abidarma —
E trago, sem bramânicas tesouras,
Como um dorso de azêmola passiva,
A solidariedade subjetiva
De todas as espécies sofredoras.


Com um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo à Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho...
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
E com certeza meu irmão mais velho!


Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
Amarguradamente se me antolha,
À luz do americano plenilúnio,
Na alma crepuscular de minha raça
Como uma vocação para a Desgraça
E um tropismo ancestral para o Infortúnio.


Aí vem sujo, a coçar chagas plebéias,
Trazendo no deserto das idéias
O desespero endêmico do inferno,
Com a cara hirta, tatuada de fuligens
Esse mineiro doido das origens,
Que se chama o Filósofo Moderno!

Normalmente as pessoas usam com Deus apenas um monólogo, elas falam, elas determinam, elas pedem e não se preocupam em ouvir o que Deus quer realmente de suas vidas. Temos mesmo que aprender a perguntar ao nosso Deus, o que queres que eu faça Senhor? Como queres que eu faça Senhor? Com quem queres que eu faça Senhor? O dia que tivermos este nível de intimidade com Deus, não relutaremos tanto com certas situações que nos são apresentadas. Saberemos entender, esperar, perdoar, viver de forma diferente e principalmente a amar sem tantas restrições... Precisamos realmente aprender!!!

Monólogo

Estar atento diante do ignorado,
reconhecer-se no desconhecido,
olhar o mundo, o espaço iluminado,
e compreender o que não tem sentido.

Guardar o que não pode ser guardado,
perder o que não pode ser perdido.
— É preciso ser puro, mas cuidado!
É preciso ser livre, mas sentido!

É preciso paciência, e que impaciência!
É preciso pensar, ou esquecer,
e conter a violência, com prudência,

qual desarmada vítima ao querer
vingar-se, sim, vingar-se da existência,
e, misteriosamente, não poder.

- MONÓLOGO
"Abro meus olhos e lembro de todas as maravilhosas sensações que tive junto a ele, lembro das cartas interminavéis, do perfume inconfundível, do segurar a mão e me lembro mais ainda do quão distante estão essas lembranças, ha quem dera voltar ao tempo e ver, sentir novamente esse amor, hoje me sinto violada por isso que vocês dizem que é amor, vejo mortes, por amor, vejo perseguição também por amor e penso que, talvez se vocês tivessem vivido juntamente comigo na época em que sabiamos amar, saberiam que isso que vocês chamam de amor se chamava ódio."

Monólogo de uma Sombra

"Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!

A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A saúde das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!

Pairando acima dos mundanos tetos,
Não conheço o acidente da Senectus
— Esta universitária sanguessuga
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!

Na existência social, possuo uma arma
— O metafisicismo de Abidarma —
E trago, sem bramânicas tesouras,
Como um dorso de azêmola passiva,
A solidariedade subjetiva
De todas as espécies sofredoras.

Como um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo à Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho...
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
É com certeza meu irmão mais velho!

Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
Amarguradamente se me antolha,
À luz do americano plenilúnio,
Na alma crepuscular de minha raça
Como uma vocação para a Desgraça
E um tropismo ancestral para o Infortúnio.

Aí vem sujo, a coçar chagas plebéias,
Trazendo no deserto das idéias
O desespero endêmico do inferno,
Com a cara hirta, tatuada de fuligens
Esse mineiro doido das origens,
Que se chama o Filósofo Moderno!

Quis compreender, quebrando estéreis normas,
A vida fenomênica das Formas,
Que, iguais a fogos passageiros, luzem.
E apenas encontrou na idéia gasta,
O horror dessa mecânica nefasta,
A que todas as cousas se reduzem!

E hão de achá-lo, amanhã, bestas agrestes,
Sobre a esteira sarcófaga das pestes
A mostrar, já nos últimos momentos,
Como quem se submete a uma charqueada,
Ao clarão tropical da luz danada,
espólio dos seus dedos peçonhentos.

Tal a finalidade dos estames!
Mas ele viverá, rotos os liames
Dessa estranguladora lei que aperta
Todos os agregados perecíveis,
Nas eterizações indefiníveis
Da energia intra-atômica liberta!

Será calor, causa úbiqua de gozo,
Raio X, magnetismo misterioso,
Quimiotaxia, ondulação aérea,
Fonte de repulsões e de prazeres,
Sonoridade potencial dos seres,
Estrangulada dentro da matéria!

E o que ele foi: clavículas, abdômen,
O coração, a boca, em síntese, o Homem,
— Engrenagem de vísceras vulgares —
Os dedos carregados de peçonha,
Tudo coube na lógica medonha
Dos apodrecimentos musculares!

A desarrumação dos intestinos
Assombra! Vede-a! Os vermes assassinos
Dentro daquela massa que o húmus come,
Numa glutoneria hedionda, brincam,
Como as cadelas que as dentuças trincam
No espasmo fisiológico da fome.

É uma trágica festa emocionante!
A bacteriologia inventariante
Toma conta do corpo que apodrece...
E até os membros da família engulham,
Vendo as larvas malignas que se embrulham
No cadáver malsão, fazendo um s.

E foi então para isto que esse doudo
Estragou o vibrátil plasma todo,
À guisa de um faquir, pelos cenóbios?!...
Num suicídio graduado, consumir-se,
E após tantas vigílias, reduzir-se
À herança miserável de micróbios!

Estoutro agora é o sátiro peralta
Que o sensualismo sodomista exalta,
Nutrindo sua infâmia a leite e a trigo...
Como que, em suas células vilíssimas,
Há estratificações requintadíssimas
De uma animalidade sem castigo.

Brancas bacantes bêbedas o beijam.
Suas artérias hírcicas latejam,
Sentindo o odor das carnações abstêmias,
E à noite, vai gozar, ébrio de vício,
No sombrio bazar do meretrício,
O cuspo afrodisíaco das fêmeas.

No horror de sua anômala nevrose,
Toda a sensualidade da simbiose,
Uivando, à noite, em lúbricos arroubos,
Como no babilônico sansara,
Lembra a fome incoercível que escancara
A mucosa carnívora dos lobos.

Sôfrego, o monstro as vítimas aguarda.
Negra paixão congênita, bastarda,
Do seu zooplasma ofídico resulta...
E explode, igual à luz que o ar acomete,
Com a veemência mavórtica do ariete
E os arremessos de uma catapulta.

Mas muitas vezes, quando a noite avança,
Hirto, observa através a tênue trança
Dos filamentos fluídicos de um halo
A destra descarnada de um duende,
Que, tateando nas tênebras, se estende
Dentro da noite má, para agarrá-lo!

Cresce-lhe a intracefálica tortura,
E de su'alma na caverna escura,
Fazendo ultra-epilépticos esforços,
Acorda, com os candieiros apagados,
Numa coreografia de danados,
A família alarmada dos remorsos.

É o despertar de um povo subterrâneo!
É a fauna cavernícola do crânio
— Macbeths da patológica vigília,
Mostrando, em rembrandtescas telas várias,
As incestuosidades sanguinárias
Que ele tem praticado na família.

As alucinações tácteis pululam.
Sente que megatérios o estrangulam...
A asa negra das moscas o horroriza;
E autopsiando a amaríssirna existência
Encontra um cancro assíduo na consciência
E três manchas de sangue na camisa!

Míngua-se o combustível da lanterna
E a consciência do sátiro se inferna,
Reconhecendo, bêbedo de sono,
Na própria ânsia dionísica do gozo,
Essa necessidade de horroroso,
Que é talvez propriedade do carbono!

Ah! Dentro de toda a alma existe a prova
De que a dor como um dartro se renova,
Quando o prazer barbaramente a ataca...
Assim também, observa a ciência crua,
Dentro da elipse ignívoma da lua
A realidade de uma esfera opaca.

Somente a Arte, esculpindo a humana mágoa,
Abranda as rochas rígidas, torna água
Todo o fogo telúrico profundo
E reduz, sem que, entanto, a desintegre,
Á condição de uma planície alegre,
A aspereza orográfica do mundo!

Provo desta maneira ao mundo odiento
Pelas grandes razões do sentimento,
Sem os métodos da abstrusa ciência fria
E os trovões gritadores da dialética,
Que a mais alta expressão da dor estética
Consiste essencialmente na alegria.

Continua o martírio das criaturas:
— O homicídio nas vielas mais escuras,
— O ferido que a hostil gleba atra escarva,
— O último solilóquio dos suicidas —
E eu sinto a dor de todas essas vidas
Em minha vida anônima de larva!"

Disse isto a Sombra. E, ouvindo estes vocábulos,
Da luz da lua aos pálidos venábulos,
Na ânsia de um nervosíssimo entusiasmo,
julgava ouvir monótonas corujas,
Executando, entre caveiras sujas,
A orquestra arrepiadora do sarcasmo!

Era a elegia panteísta do Universo,
Na podridão do sangue humano imerso,
Prostituído talvez, em suas bases...
Era a canção da Natureza exausta,
Chorando e rindo na ironia infausta
Da incoerência infernal daquelas frases.

E o turbilhão de tais fonemas acres
Trovejando grandíloquos massacres,
Há-de ferir-me as auditivas portas,
Até que minha efêmera cabeça
Reverta à quietação da treva espessa
E à palidez das fotosferas mortas!

Augusto dos Anjos
ANJOS, A. Eu e Outras Poesias. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.

Relacionamentos não são fáceis. Às vezes você tem que ouvir monólogos intermináveis sobre a migração dos triceratops, mas vale a pena para você ter um amigo pra vida toda. E às vezes você tem que comer uns cupcakes nojentos com a sua cara desenhada, mas vale a pena pra fazer a sua mãe sorrir. Às vezes você tem até que dar um desconto pro seu pai, mesmo que ele insista em falar só de chaves de fenda o tempo todo, porque, mesmo que ele não acerte sempre, pelo menos ele tenta, muito mais do que você imagina.

Andarilho insano, monólogo de uma mente incompreendida

Andarilho das idéias tortuosas, Lord das cavalgadas da profundidade das mentes que abrigam os devaneios temidos,
aqueles que são trancafiados em jaulas e tem suas chaves atiradas ao buraco negro. Voa nas asas perambulando só e desacompanhado. Não podem te levantar do torpor, e tão pouco podem ver os lampejos coloridos que revelam a insanidade perpétua. Nem na agonia mais latente, o alivio vem da mão do outro.

Cada dor pertence a um peito, e cada peito pertence a sua dor!

Monte o inabitável e saia sem rumo, trotando pelos cantos mais ignorados do mundo. E em sua jornada há apenas o que ele vê sozinho, apenas o que ele vê...

Oh Andarilho, peregrino desafortunado! Não há um par de olhos sequer para chorar suas lastimas??
E eu quebro cada relógio e derramo as horas no chão, não quero deter o tempo, deixa-lo preso em uma moldura dourada e medi-lo em ponteiros... Que o tempo escorra e não seja detido nem medido....

Os rostos são tão parecidos, diante das expressões borradas já não há como distinguir os desafortunados dos abastados.
Será que cada um tem uma maquiagem para esconder a melancolia? Assim como o palhaço que se enfeita e brinca de rir?

Ouvia dizer que se fosse bom, e fizesse minhas preces sem pressa antes de dormir, Deus me agraciaria logo que o galo cantasse. Então esperava e esperava... Talvez espere a vida toda!

De onde vem o amor? Quem o fez em tão fino trato? Quantos dobrões é preciso para comprar uma pequena dose?

Dizem que o amor é impalpável, mais se não o toco, como sei que estou sentido? Se não o vejo, como acredito?

Cavalgue depressa mais descreva as imagens que trazes nas lembranças com calma. Fale das mais belas não despejes um rio de lamúrias, já não basta os fardos nossos de cada dia? Quero só boas noticias... É para isso que o mundo te recebe e te envia de volta!

Roubaram-te a voz?

De onde vem o amor? Quem o fez em tão fino trato?

E como sempre, apenas recebi o mais endurecido e gélido silêncio...

Aquele companheiro de tantas jornadas! O silêncio que as vezes é só um vazio, mais muitas vezes poderia ser mais cheio que as palavras das pessoas.

Ah silêncio... entre-me boca a dentro e emudeça meu peito...

Emudeça meu ser barulhento!

Já que a alma perdida não fora encontrada, não me colocarei a duelar desalmado.

Eis aqui um andarilho fadigado, que não tem nem quês, nem porquês... Eis me aqui um homem de preces sutis que se cansou de cruzar os dedos e olhar o queimar da vela...

E se o silêncio é tudo que mereço, farei bom uso....

Nunca mais ouviu-se noticias do Lord, sumido nas brumas.

Só restou sombras e silêncios.

Muitos dos meus sonhos foram abortados. Em um monólogo pessoal, indagaria a Deus por aquilo que deu ou dá errado? Quem na verdade sou eu? Sou filho adotivo de Deus por Sua misericórdia! Conclui que não sou nada, não sou merecedor de nada mas ainda sim, quando estou em oração o Senhor tem me visitado em sonhos, nas minhas reflexões sobre a existência mesmo quando sou acusado, perseguido, esquecido, questionado ou deprimido... mas entra em ação mais uma vez a misericórdia de Deus que tem me dado lugares de refúgio e é nestas horas é que me sinto no colo dEle dizendo-me para me aquietar...queria que esse momento não me levasse a ser desperto, queria continuar no colo ou que encontrasse anjos ou humanos que compreendessem o que é ser humano; que demonstrasse algum grau de importância ou quando alguém (quase nunca acontece, mas o contrário sim: ligam, batem à porta, interpelam nas ruas e pedem orações.) me ligasse e me chamasse para orarmos juntos, para falar das escrituras, partilhar conquistas alcançadas pelo poder do Espírito Santo de Deus para o Reino de Deus! Ás vezes me esqueço que fazemos parte de uma geração narcisista, egocêntrica e que somos filhos da indiferença interpessoal. Que ninguém não está nem ai prá nada...Sinto-me como Jó que foi abandonado e acusado pelos seus amigos por conta da ausente relação dele com o Senhor, quando por trás das cortinas no mundo espiritual havia uma batalha entre Deus e Satanás e que Jó foi provado por muitos problemas que excedem a força humana ,mas que mesmo chegando ao fundo do poço ou no final do túnel sua fidelidade se manteve ao Senhor, não blasfemando, mas agradecendo. Em nenhum momento ele se rebela contra o seu Deus. É então lembrando de momentos marcantes em minha vida, é que vejo "anjos" e pessoas que descobriram o que é "ser humano", quem realmente se importa com você e que lhe ama de verdade. Mas é o amor de Deus que me leva a acreditar mesmo não vendo de forma abstrata mas pela fé que Deus sempre trabalha de forma didática, cuida de mim, e que em Seus planos estou eu inserido.

Sou um monólogo surdo e calado no palco dos tolos.

Monólogo - Escola e Infância


Bom dia a todos, boa tarde ao senhor de meia idade
E muito boa noite eu só vou dar, as lindas pessoas que estão nesse lugar.
Agora deixando de enrolação, vou falar de minhas lembranças
Do tempo de escola e brincadeiras de criança.
Apresento a vocês as memórias eternizadas
Conta os acontecimentos e toda a caminhada
Dos momentos que passei nessa escola sempre amada
Desde o primeiro dia que pisei nesse lugar
Era muito encantador e fiz da escola o meu lar
O lar de aprendizado, de amizade e de amor
E lembro a cada dia, como tudo começou
Observando os movimentos e assim tudo surgiu
Vários riso e momentos, isso repercutiu
Finalizando nossa apresentação, venho com um agradecimento
Agradeço aos adultos e agradeço aos pequenos
A introdução vai terminar
De um jeito brasileiro
Que acredita no futuro
O sonho do povo é verdadeiro
Luta povo, luta, luta sim
Faça sua parte na arte, pra história não ter fim.

Mantida em faíscas, a base da nossa escala
Sabemos também que estações são temporárias
De todas estações, não é inverno, primavera e nem verão,
Mas sim o outono, época de transição.

Em todos os anos, as folhas se caem
Pra renovação, de estudantes e de pais
A escola devolve pra a vida, alunos preparados
E seguindo a cada ano, muitos são matriculados


Ao olhar pra essa escola, vem sempre satisfação
E me vem à lembrança, o tempo de construção
Desde o primeiro dia, quando tudo começou
E no fim da aula o alarme que soou

Alarme da ansiedade diluída em furor
De ver pronta essa escola que ensina com amor
E assim por muitos anos, muita coisa se passou
Cada um dessa cidade, sei que aqui já estudou


Preciso reviver, mesmo que seja lembrança
Voltar à antiga casa e rever minha infância
E todos os momentos que nela eu passei
Tristes ou felizes, deles sempre lembrarei

Se e voltasse no tempo pudesse escolher
Eu faria as mesmas escolhas, elas me fizeram crescer.