Monólogos mais Famosos
Será que ainda é possível viver o Amor?
Não esse em dissolução,
Líquido,
Estaria Bauman correto?
Porque todos me escorrem pelos dedos,
E quando se vão deixam gosto de facada torcida,
Só se sobram vísceras, resto e dor,
Choro,
Não se pode mais,
Ninguém é capaz,
Não se admite erros,
Não se constrói,
Só o sangue que se espalha,
Não exatamente a hemoglobina,
Mas, o invisível e inestancável,
De alma.
O Despertar
O que eu faço agora com este sentimento? Não era para isso ter acontecido. De que jeito vou resolver isso dentro de mim? Tanto que reprimi e agora estou diante de algo que nunca imaginava que aconteceria, na verdade sempre sonhei.
O que vão pensar de mim? Ao mesmo tempo que sinto prazer e alegria, mas dói dentro, em mim, saber que posso sofrer com isso. Não, não, não pode ser real, a este ponto da minha vida ser tomado por um desejo, uma emoção, sei lá, acho que estou ficando maluco com tudo isso.
Preciso apagar isso, retirar isso da minha mente, mas é tão bom sentir isso que acho que pode valer a pena encarar a situação de frente, primeiro a mim mesmo e depois deixar despertar de vez tudo que está reprimido, quem sabe posso ser feliz de verdade.
Pessoas? Acho que a pessoa mais importante em tudo isso sou eu que preciso viver de verdade e ser eu mesmo, apenas isso.
Sim, somos estranhos,
Porém,
São apenas diferenças,
Somos únicos,
Ambíguos,
Isso me desperta amor,
Inspira,
Faz-me transbordar,
Tudo que não conhecemos à fundo,
Estranheza nos gera,
E,
Pensando bem,
Questionável é,
Até mesmo o autoconhecimento,
Somos mutáveis,
Uma construção,
Onde os tijolos,
São nossas escolhas.
Ninguém me entende,
Ninguém é capaz de me suprir,
Ninguém suporta minha interiedade,
A dor do Amor,
Em mim suplica,
Deteriora o meu ser,
Derreto-me,
Como cera quente,
Queimo,
Arranho,
Arranco,
Avermelho,
Intrínsecamente,
Derreto,
No vazio do ser.
Três de Dezembro.
A mais bonita das bonecas,
De beleza natural,
Seus cachinhos,
Suas curvas,
Sim,
Ela não tem igual,
De idéias,
Sem balelas,
Sopra o vento,
Passa o tempo,
Sem lamento,
Voltamos ao nossos momentos.
Eu tenho versos,
Ele tem sementes de amor no canto,
Voz doce e profunda de encanto,
Alegra o dia,
Massageia a Alma,
De alegria,
Como um afago,
Um abraço de saudade,
Um delicioso beijo sem maldade,
É muito amor contido em canção.
Eu não temo a solidão de corpo,
Essa não mata,
Temo a solidão de Alma,
Essa maltrata,
Quando um corpo,
Só faz papel de corpo,
É só um frasco,
Bebida amarga,
Coração gelado
O amor,
Não é feito sob imposição,
Do coração ele é ladrão,
Simplesmente acontece e é leve,
Se um dia se tornar pesado,
Fardo,
Torne-se em copo,
Bebendo o gosto amargo da distância, Vento que trás o tempo cura,
Dá lugar ao reinicio,
Retorno do Eu,
Recomeço.
E se eu deixar,
Meu coração esvoaçar,
Como uma pipa pairar sobre o ar,
Feita de papel de caderno,
Aquele branco de linhas azuis,
Azuis como o céu,
Quadro de nuvens,
Com rabiscos de versos,
Minha imaginação o levará,
À caminhos tão longínquos,
Que nem posso imaginar...
Certa vez,
Minha Avó me disse que eu tenho o dom do Amor,
Disse também,
Que o Amor é sofrendor,
Acredito,
Que em ambos,
Ela tinha razão.
Ao meu Amor açucarado.
Vou te aguçar no paladar,
Vou trazer-te em memórias palativas,
Olfativas,
Te levar comigo em viagem interior, Mergulhar-te em meio ao vinho,
Não suave,
Não se pode chamar de vinho o que se tem adição de açúcar,
O doce deve vir por meio de fermentação,
Assim como o Amor,
A fermentação representa o tempo,
O carinho,
O aguardo,
Do belo e aguardado momento do encontro,
Questão de compreensão,
Entendimento,
Vem com o tempo,
Tempo da prova,
Do conhecimento,
Saborear cada momento,
Prazer te mostrar,
Uma vez aprimorado,
O paladar,
Jamais se volta as mesmas crenças gustativas,
É como música boa,
Quanto mais nos aprofundamos,
O entendimento nos faz diferentes,
Expande a mente,
Tira tudo do lugar,
Nuances,
Notas dissonantes
Gosto peculiar,
Mergulhamos em conhecimento,
Nos tornamos mais complexos,
Nunca mais retornamos ao estado original,
Notamos com cuidado cada nota, Como um tom de paleta de cores num quadro,
Sentimos cada instrumento separadamente como uma voz,
Um afago,
Um sussurro na orelha,
Arrepiando os pêlos e cabelos, Analisamos seus versos,
Nos esbaldamos,
Embriagamo-nos em sensações,
Vivemos o som,
Sentimos cada vibração,
Num mergulho de momento,
Universo paralelo se faz,
E o óbvio se desfaz.
O Amor conforta,
Ultrapassa a barreira da dor,
Rasga o incomodo,
Faz de um deserto,
Se colorir em flores.
Não se apaixone por mim.
Meu Nome é Letícia Del Rio,
De certidão de Nascimento,
Nome de vida,
Prazer,
Eu sou a Intensidade.
Não se apaixone por mim,
Vou te fazer sentir o que nunca sentiu,
Vou te mergulhar no meu mundo,
Te eternizar em meus versos,
Vou te levar à lugares e momentos inesquecíveis,
E apaixonado,
Uma hora irá me dizer que vai embora,
Que te sufoco,
Que sou intensa demais,
Embora eu tenha me apressado,
Breve em lhe dizer toda verdade,
Prazer,
Meu nome é intensidade,
Para mergulhar-te,
Em profundo,
Deves me Amar,
Só então encontrará,
Abrigo eterno em meu coração.
Você é meu poema,
Sonho escondido em meus versos que se fez presença,
Se materializou em sorrisos largos,
Em pensamentos sinceros,
Em cafunés de palavras de madrugada,
No som da tua voz fazendo concerto e canção dentro de mim,
Girassol,
Sinto seu calor e energia, Quilômetros de separam nossos corpos,
Mas, não existem limites para Alma,
Onde o corpo é apenas um instrumento temporário,
Vou fazer uma coleção de você,
Em canto,
Encanta,
Em poesias,
Te versifico,
Dá mais vontade de te ter comigo, Meu coração infla,
Feito balão de gás hélio,
Flutua, voa pra perto de ti,
Não há distância.