Monólogos mais Famosos
Três de Dezembro.
A mais bonita das bonecas,
De beleza natural,
Seus cachinhos,
Suas curvas,
Sim,
Ela não tem igual,
De idéias,
Sem balelas,
Sopra o vento,
Passa o tempo,
Sem lamento,
Voltamos ao nossos momentos.
Eu tenho versos,
Ele tem sementes de amor no canto,
Voz doce e profunda de encanto,
Alegra o dia,
Massageia a Alma,
De alegria,
Como um afago,
Um abraço de saudade,
Um delicioso beijo sem maldade,
É muito amor contido em canção.
Eu não temo a solidão de corpo,
Essa não mata,
Temo a solidão de Alma,
Essa maltrata,
Quando um corpo,
Só faz papel de corpo,
É só um frasco,
Bebida amarga,
Coração gelado
O amor,
Não é feito sob imposição,
Do coração ele é ladrão,
Simplesmente acontece e é leve,
Se um dia se tornar pesado,
Fardo,
Torne-se em copo,
Bebendo o gosto amargo da distância, Vento que trás o tempo cura,
Dá lugar ao reinicio,
Retorno do Eu,
Recomeço.
E se eu deixar,
Meu coração esvoaçar,
Como uma pipa pairar sobre o ar,
Feita de papel de caderno,
Aquele branco de linhas azuis,
Azuis como o céu,
Quadro de nuvens,
Com rabiscos de versos,
Minha imaginação o levará,
À caminhos tão longínquos,
Que nem posso imaginar...
Certa vez,
Minha Avó me disse que eu tenho o dom do Amor,
Disse também,
Que o Amor é sofrendor,
Acredito,
Que em ambos,
Ela tinha razão.
Ao meu Amor açucarado.
Vou te aguçar no paladar,
Vou trazer-te em memórias palativas,
Olfativas,
Te levar comigo em viagem interior, Mergulhar-te em meio ao vinho,
Não suave,
Não se pode chamar de vinho o que se tem adição de açúcar,
O doce deve vir por meio de fermentação,
Assim como o Amor,
A fermentação representa o tempo,
O carinho,
O aguardo,
Do belo e aguardado momento do encontro,
Questão de compreensão,
Entendimento,
Vem com o tempo,
Tempo da prova,
Do conhecimento,
Saborear cada momento,
Prazer te mostrar,
Uma vez aprimorado,
O paladar,
Jamais se volta as mesmas crenças gustativas,
É como música boa,
Quanto mais nos aprofundamos,
O entendimento nos faz diferentes,
Expande a mente,
Tira tudo do lugar,
Nuances,
Notas dissonantes
Gosto peculiar,
Mergulhamos em conhecimento,
Nos tornamos mais complexos,
Nunca mais retornamos ao estado original,
Notamos com cuidado cada nota, Como um tom de paleta de cores num quadro,
Sentimos cada instrumento separadamente como uma voz,
Um afago,
Um sussurro na orelha,
Arrepiando os pêlos e cabelos, Analisamos seus versos,
Nos esbaldamos,
Embriagamo-nos em sensações,
Vivemos o som,
Sentimos cada vibração,
Num mergulho de momento,
Universo paralelo se faz,
E o óbvio se desfaz.
O Amor conforta,
Ultrapassa a barreira da dor,
Rasga o incomodo,
Faz de um deserto,
Se colorir em flores.
Não se apaixone por mim.
Meu Nome é Letícia Del Rio,
De certidão de Nascimento,
Nome de vida,
Prazer,
Eu sou a Intensidade.
Não se apaixone por mim,
Vou te fazer sentir o que nunca sentiu,
Vou te mergulhar no meu mundo,
Te eternizar em meus versos,
Vou te levar à lugares e momentos inesquecíveis,
E apaixonado,
Uma hora irá me dizer que vai embora,
Que te sufoco,
Que sou intensa demais,
Embora eu tenha me apressado,
Breve em lhe dizer toda verdade,
Prazer,
Meu nome é intensidade,
Para mergulhar-te,
Em profundo,
Deves me Amar,
Só então encontrará,
Abrigo eterno em meu coração.
Você é meu poema,
Sonho escondido em meus versos que se fez presença,
Se materializou em sorrisos largos,
Em pensamentos sinceros,
Em cafunés de palavras de madrugada,
No som da tua voz fazendo concerto e canção dentro de mim,
Girassol,
Sinto seu calor e energia, Quilômetros de separam nossos corpos,
Mas, não existem limites para Alma,
Onde o corpo é apenas um instrumento temporário,
Vou fazer uma coleção de você,
Em canto,
Encanta,
Em poesias,
Te versifico,
Dá mais vontade de te ter comigo, Meu coração infla,
Feito balão de gás hélio,
Flutua, voa pra perto de ti,
Não há distância.
Eu Amo,
Em Amor de Alma,
Eu Amo,
Sem troca,
Sem retorno,
Simplesmente Amo,
Porque o Amor vive em mim e transbordo,
Em elogios,
Largos sorrisos,
E choros de emoção,
Por essa razão,
Me nomearam xavequeira,
Se é por Amor,
Aceito a condição.
Existem pessoas que jamais entenderão a complexidade do meu ser,
Não gosto do raso,
Do fútil,
Em ideias mergulho,
Meu vestuário preferido é o caráter e inteligência,
Pois tenho o vislumbre de saber,
Que o corpo é apenas o instrumento temporário da alma.
Eu gosto mesmo é das diferenças,
O óbvio não me atraí,
Gosto da complexidade dos detalhes,
Vestida de lupa em olhares,
Vejo o que ninguém vê,
Escrevo histórias que ninguém lê,
Sou um paradoxo,
Um Caos,
Um mundo paralelo,
Desconexo,
Inverso aos versos que escrevo.