Mona Lisa
Saudade deveria ser nome de doença, isso mesmo, doença! Porque nunca vi um sentimento causar tanta dor, e o pior de tudo. Não tem remédio e a cura é o tempo!
Desvanecer
Algo está fora do lugar. Sinto. Meu coração bate em ritmo descompassado. Sentimentos alados me despertencendo. Me reduzindo a um único pulsar. Reduzindo me ao nada. Limitando-me a só o que sinto e não o que sou. Desagregando meu corpo e meu coração. Já não me sinto. Só pressinto a lassidão. Uma grande extenuação de me ser. De ser o que eu não quero ser, sentir o que eu não quero sentir. Mas é irremissível. Não consigo não fazê-lo. Meus olhos cerrados sentem meu coração esgarçado, contrito. Estupefacto.
Vou sorvendo essa dor. Degustando-a. Desgastando-me. Desvanecendo
Preciso descomplicar essa coisa chamada Felicidade. Ela é simples demais para ser descrita em palavras.
Ame-se. Enamore-se. Apaixone-se. Se queira bem. Seja o que quiser ser. E seja feliz. Faça-o. E se não o fizer, ao menos tente.
Passos, que se multiplicam ou se abreviam em um único passar que apenas segue incessante para não perder o compasso.
Sou ser, mas nem sempre humano. Sou tudo e nada. E quase sempre reduzo-me a ser coração. Platônico. Estreme.
Escrevo tentando ultrapassar. Me ultrapassar. E ir além do que as palavras são capazes de expor. Talvez na tentativa de tocar. Ou ser tocada. Eu escrevo. Vou compondo as palavras, arrumando-as em forma de frases ou coisas sem sentido. Não é pra ter sentido. É só pra ser. Letras. Traços. Rabiscos. Sem sentido. Nem descrições.
Não descrevo. Apenas escrevo.
Tive que abandonar alguns sentimentos já antigos, e desagradáveis, algumas marcas doloridas, escolher entre uma e outra recordação.
Desagarre-se de tudo o que te incomoda, tudo o que te faz sofrer. Seja forte o suficiente para se libertar de você mesmo.
Verás que os caminhos a seguir será escolha tua. E tuas escolhas serão sempre TUAS escolhas. Ninguém vive a vida do outro, e sim a própria vida. Entenda.