Moldura
O sorriso é uma moldura feito espelho que reflete – não o que o coração sente – mas o que os homens querem ver.
O tempo nos restaura, moldura, nos faz enxergar o que antes jamais enxergaríamos. Eu costumo dizer que, o tempo é o mestre que tudo ensina, ele sabe o momento certo de cada coisa acontecer. Não adianta querer atropela-lo. Com ele aprendi a desenhar meus caminhos, aprendi a ter calma, a escutar o coração das outras pessoas, sem querer saber mais, apenas ouvindo o que o outro tem a dizer.
A escola nos ensina diversas coisas, a família nos orienta nas melhores escolhas, porém somente o tempo, nos dá o prazer de colocar tudo isso em prática, de errar e depois acertar. Ele é mestre em curar os nossos machucados. Tem cicatrizes que só ele é capaz de apagar, mesmo que demore muito, um dia ele chega na hora certa e tudo fica bem novamente.
Não tenha medo do tempo, ele é tão bom, tão aconselhador, e, sempre tem algo bom para nos mostrar, basta apenas acreditar em seus ensinamentos, afinal, ele tem idade o suficiente para saber o melhor para cada um de nós. Que o tempo, nosso amigo de sempre, nos dê forças para entender todos os caminhos que nos é mostrado, sem questionarmos tanto, e sem termos medo, apenas paciência de esperar dias melhores, aqueles em que o tempo nos ajuda a sorrir e escrever a nossa história sem medo de errar.
Pareceu ser... E fora quimera. Esvaiu-se num breve revés. Era de mentira a moldura. Amor retinto, sucinto, adverso. Não sentia, não queimava, nem doía!
Moldura vazia
Olho para mim,
Olho para você,
Vejo a moldura vazia.
Um belo quadro,
Uma linda gravura,
Ou só mais uma pintura.
Traços destorcidos,
Formas abstratas,
Eufemismo.
Pinceladas no tempo,
Cores desbotadas,
Nada!...
Poderia ter sido tudo,
Poderia ser qualquer coisa,
Só não poderia ser o que foi.
Sem fundo...
Sem cor...
Sem magia.
E no fim de tudo, sem o seu amor.
Edney Valentim Araújo
Moça
De pele morena e olhos arredondados, seus cabelos negros se tornam uma moldura em seu pequeno rosto que é tão amável, sinto que meus lábios empalidece quando toco suas mãos, sei que essa boca nunca foi beijada, quanto mais ter perdido a pura inocência entre lençóis do pecado.
conspirações
alguma coisa se desprende do meu corpo
e voa
não cabe na moldura do meu céu.
sou náufrago no firmamento.
o vento da poesia me conduz além de mimo sol me acende
estrelas me suportam
Odisseu nos subúrbios da galáxia.
amor é o que me sabe e o que me sobra
outro castelo que naufraga
como tantos que a força do meu sonho
quis transformar em catedrais.
ilusões? ainda me restam duas dúzias.
conspirações de amor, talvez não mais.
NO PRETO E BRANCO
Um romance de amor na parede
em moldura de um tempo sem cor
à poeira que queimou nosso verde
um amor que a prisma registrou.
Os abraços e beijos...
No branco, e no preto ficou
os desejos e ensejos
suspenso na parede... Amarelou.
Flores e jardins, no chassi, estão cinza
E o arco-íris...
Um surreal preto esvoaçado no ar.
Pássaros sob espaço
chuva de risco
lágrimas pontilhadas
olhos de carvão...
Água branca para matar a sede
venha menino...
Vamos com essa vida rindo
Me de a sua mão.
Antonio Montes
Dos cabelos que se escorrem
Daqueles negros e dourados fios
Que moldura os teus traços
Fazendo dos detalhes
A essência de uma atenção.
Dos cabelos que se escorrem
Daqueles negros e dourados fios
Que moldura os teus traços
Fazendo dos detalhes
A essência de uma atenção.
Na mistura da raça.
A idade mudou
A moldura do meu rosto
Em tom prata da lua se fez
O preto do meu cabelo
Só em minha pele ficou
Na mistura da raça
Graças ao meu pai
Africano eu sou da cor do
Glace marrom.
27/08/2014
Se os olhos
São: os espelhos d'alma
É louvável
Que esse espelho
Tenha como moldura
O coração
Que ilumina-lhes."
Moldura
o vestido não te faz
não tanto quanto teu corpo
o batom não te faz mais
não chega aos pés da sua boca
seu rosto não precisa de moldura
já és uma pintura
que eu desejo
nada enfeita mais suas bochechas como meu beijo
NENHUMA MOLDURA
meus poemas não cabem em nenhuma moldura,
minhas estantes não suportariam tantos navios,
minha ternura guarda a via lactea,
mas a minha loucura poe pela manhã
o sol no meu quintal,
o teu sorriso é a a razão de tudo
mas não seja tão feliz
que eu não te amaria tanto
nem seja triste isso me contagiaria...
queria dizer que te amo,
mas isso rima com engano,
então calo e contemplo o horizonte
ante uma rampa,
diante da disputa por lixo, entre seres humanos
e isso preencheria tantos livros,
livros que abarrotariam bibliotecas...
mas quem vai entender,
lutamos pelo reciclável, mas não nos reciclamos...
carregamos sacos imundo,
dentro deles o mundo,
todas as nossas almas e demônios...
Como o quadro na moldura,
como a rosa no botão,
como deus na criatura,
estás, no meu coração.
Podes ter outro senhor
até mais rico que um rei,
mas nunca mais outro amor,
há de dar quanto eu dei...