Mocidade
AO MURCHAR A FLOR
Esplêndida mocidade! Fluxo de sonhos, emoções,
estampa-se no fulgor da vida à emérita conquista,
na essência da pétala aromada, seu ardor otimista
arroja-se ao lesto tempo sobre a corola das paixões.
Extática juventude! Cálice fecundo de aspirações,
cultiva-se no vigor da seiva a sua ousada jornada,
cresce e caminha à deriva nos alfobres da estrada,
lança-se ao mundo no eflúvio, êxtase das estações.
Virtuosa maturidade! Flor de aromas e gradações,
viça-se na força e coragem à grandiosa primavera,
adorna jardins na paisagem delirante da atmosfera,
enfeita-se com arranjos surreais e vis imaginações.
Frenética sazonação! Estame robusto de ambições,
ampara-se enlaçado à corola para florir no vergel,
alcança notoriedade no auge do viço, faz seu papel,
medra-se, mas experimenta forte rajada de ilusões.
Inopinada velhice! Sépala fanada de frustrações,
resta-se de ti, somente uma estampa desfigurada,
sem a magicatura ampla, és crassa e já enrugada,
brota-se, então, a nova florada dentro dos jarrões.
Infausta senilidade! Flor estiolada de recordações,
murcha-se sob a intempérie dos anos; desfolhada,
fenece para ser uma congérie do nada; substituída,
torna-se saudade no canteiro dos nossos corações.
Do seu livro: "Poemética Ambulante" - 2013
JAMAIS VALE A PENA
Jamais vale a pena ver a mocidade
nas veredas das tristes alucinações,
vagar nas fúteis e sombrias ilusões
das drogas, infrutífera obscuridade.
Jamais vale a pena vegetar na vida,
na dependência de vícios mórbidos
a embaçar de sentimentos sórdidos
os autênticos ideais de uma dádiva.
Jamais vale a pena corroer a saúde,
o encanto da juventude e da beleza;
privar-se da prosperidade e riqueza,
para enterrar-se em triste torpitude.
Jamais vale a pena deixar o bendito
lar para vagar pela rua da amargura,
intoxicar-se na devassidão obscura
das ervas e sorver o cálice maldito.
Jamais vale a pena o preso, viciado,
escrachado como verme, ser abjeto,
pisado e esmagado como um inseto
no infame submundo a ser cuspido.
Do Livro: "Tire a Pedra do Seu Caminho - Drogas Não" - 2014
São Paulo, onde já foi a terra da garoa, nos velhos tempos, que na verdade é do,tempo da mocidade - digo de farias, na vila Mariana, agora neste 17 de abri de 2015' o frio não a garoa está mais presente!
Independente da sua idade...
Independente da sua idade
O importante é não perder
A mocidade.
O corpo está velho,
Mas a alma está
Com toda vitalidade
O tempo. Silencioso trabalha e desfaz nas faces a chama da mocidade que se perde feito pétalas jogadas ao vento.
"CABELOS"
Passo por este vale os versos que cantei na mocidade
Divinas mãos, flores de espanto pelos campos
Peito rasgado das lágrimas que vendi, dos desenganos
Graças infinitas deveras impenitente, favos de mel
Pedras no deserto, bravas luzes da troca
Fogo puro, do deserto, pela aldeia despovoada
Penitente doce que tocou com alegria
Peito que sangrava, pendura-se sem esperança
Consome com crueza a vaidade, derramada, resplandecente
Doce quietude de quem ama tanto que inflama
Sinto, suspiro, rego, colho, rezo
Planto os grandes vales com versos da nossa historia meu amor
Água que guia esta minha alma em lágrimas de dor banhada
Suspiro dos lírios nos meus cabelos
Que cobria-se de quem ama tanto, a quem tanto ama.
E que minha mocidade se estenda por entre o tempo, para que eu possa erguer a minha esperança com força e vontade;
O tempo é tão rápido quanto à euforia da felicidade,
Um dia criança, no outro a mocidade,
Apenas mais um pouco e escondes sua idade.
Ainda te preocupas ou é só a vaidade?
Não sejas tão duro com o tempo,
Ainda há um contra tempo tão leve quanto o vento,
É o vento inocente da criança persistente que todo mundo sente,
Seja velho, seja novo, seja qual for sua idade, ainda existe uma criança que lhe trás felicidade.
Tu foste como um sonho
da mais inocente mocidade
Um devaneio que eu acreditava ser eterno
em meio ao caos da rotina por mim versada
Um amor que poderia afastar
a tristeza que nossa alma traga
Crer que tu afastaste a morte de mim
é agora um fato digno de escárnio
Visto que com o mais leve frescor
Tu criaste asas para voar além da vida
Arruinado mais uma ilusão em ardor
De uma infeliz juventude agora finda
SABER ENVELHECER
O tempo passa, me vejo envelhecer
Em outrora, ficou a minha mocidade
Hoje, só quero calma em meu viver
E sem os climatérios da meia idade
Mantenho sempre a mente ocupada
Com Deus sei que posso conversar
Palavras corretas são apresentadas
Eu oro a Deus para todos abençoar
Agradeço todos os dias ao Senhor
Pelas manhãs e o Sol que aquece
Pelos poemas que redijo de amor
Inspirada na Lua que me enaltece
O tempo para mim é um presente
Meu corpo não precisa descansar
Só espero não envelhecer doente
E ter o apoio no ambiente familiar
O cacife é abrir, quando se estabeleceu base, e, não alegando mocidade, isso é passado, pela procura das verdades, seu erro foi grande, pela misericórdia, seu acerto pode ser maior, basta assumir e corrigir, a sabedoria de seu verdadeiro dom, que nada é tão fácil, mesmo que a simplicidade lhe valha ouro.
Saudade
Doce saudade da minha mocidade e da menina que fui um dia.
Doce saudade dos amores na frente do portão.
Doce saudade da alegria do primeiro beijo e dos encantos do primeiro amor.
Doce saudade de tantas coisas que o tempo levou...
RIO VERDE
A nuance da mocidade
Habita-a,
Arde como brasa.
Na pele,
Nítida as intempéries
Vividas na luta
Seara, bem como, na cinza.
O Rio Verde,
Profundo e inestimável,
Enaltece a riqueza
De sua alma.
O mundo é atroz,
Mas sua sutileza deixa-o
Afável e vívido.
Dessarte, não tema.
Sinto que a idade vem chegando meus cabelos negros vem pintando minha mocidade se acabou. Olho no espelho o meu rosto vejo as rugas e o desgosto "e a velhice que chegou. Eu tinha tantas jovens ao meu lado hoje elas se afastaram e os amigos me deixaram nao quero mais a boemia ja sinto alegria o meu tempo ja passou. Sinto que estou mesmo me acabando ja nao tenho mais vaidade e animaçao. Aproveita o seu tempo mocidade que meus cabelos brancos sao restos de saudade.
O filho que vai embora
Por impulso da mocidade
Indo à terras estrangeiras
Procurar Felicidade
Crava no peito dos pais
A fria espada da Saudade.
O amor que tem os pais
Não é coisa a se jogar
Mas o filho insensível
Comete o mau maior que há
Deixar um pai esmorecido
E uma mãe triste a chorar.
Se o filho sensível fosse
Só lhes dava alegria
Ao invés de um grito, um abraço
Ao invés de solidão, companhia
E se eles disseseem que não fosse
O filho nem pensar se ia.
O sofrimento maior do mundo
É ver um filho acamado
A mãe chorando reza
O pai fica atormentado
E se o remédio fosse o amor
O filho já estava curado.
Com tristeza a mãe preparara
O almoço do domingo
E uma lágrima que corre
De uma dor que está sentindo
Por saber que o filho foi
E por saber que não está vindo.
Um filho que não perdoa
Um feito que o pai errou
Esquece que o humano é fraco
E de Carne Deus o criou
O pai foi mirar no Acerto
Mas no erro ele acertou.
Bons tempos.
As vezes sinto saudade
dos tempos de garanhão
do vigor da mocidade
de correr de pé no chão
mas o peso da idade
só pede a tranquilidade
que hoje tenho no sertão.
QUANDO O SONHO...
Quando o sonho que sonhei na mocidade
de mudança deste mundo em desatino,
for sonhado pelo campo e a cidade
cumprirá aqui na terra o seu destino.
Quando o sonho que sonhei de liberdade
for sonhado pelo o povo nordestino,
então meu sonho será realidade...
- u'a bandeira de vitória, um novo hino!
Muito embora alguns digam - "que quimera!
esse sonho que é sonhado nesta era,
não será concretizado um segundo!"...
O que importa se alguns pensam assim?
Se esse sonho que nasceu dentro de mim
se multiplica a cada dia p'lo mundo!...