Mocidade
O tempo. Silencioso trabalha e desfaz nas faces a chama da mocidade que se perde feito pétalas jogadas ao vento.
São Paulo, onde já foi a terra da garoa, nos velhos tempos, que na verdade é do,tempo da mocidade - digo de farias, na vila Mariana, agora neste 17 de abri de 2015' o frio não a garoa está mais presente!
QUANDO O SONHO...
Quando o sonho que sonhei na mocidade
de mudança deste mundo em desatino,
for sonhado pelo campo e a cidade
cumprirá aqui na terra o seu destino.
Quando o sonho que sonhei de liberdade
for sonhado pelo o povo nordestino,
então meu sonho será realidade...
- u'a bandeira de vitória, um novo hino!
Muito embora alguns digam - "que quimera!
esse sonho que é sonhado nesta era,
não será concretizado um segundo!"...
O que importa se alguns pensam assim?
Se esse sonho que nasceu dentro de mim
se multiplica a cada dia p'lo mundo!...
“Foi-se a mocidade, deixando a saudade do tudo o que foi feito e vivido, e a frustração do tanto que poderia ter sido feito e vivido, e ficou apenas nos sonhos e pretensões.”
Gutemberg Landi
26.02.2016
"CABELOS"
Passo por este vale os versos que cantei na mocidade
Divinas mãos, flores de espanto pelos campos
Peito rasgado das lágrimas que vendi, dos desenganos
Graças infinitas deveras impenitente, favos de mel
Pedras no deserto, bravas luzes da troca
Fogo puro, do deserto, pela aldeia despovoada
Penitente doce que tocou com alegria
Peito que sangrava, pendura-se sem esperança
Consome com crueza a vaidade, derramada, resplandecente
Doce quietude de quem ama tanto que inflama
Sinto, suspiro, rego, colho, rezo
Planto os grandes vales com versos da nossa historia meu amor
Água que guia esta minha alma em lágrimas de dor banhada
Suspiro dos lírios nos meus cabelos
Que cobria-se de quem ama tanto, a quem tanto ama.
E que minha mocidade se estenda por entre o tempo, para que eu possa erguer a minha esperança com força e vontade;
Moça
Moça ainda na mocidade
Moça que vive a puberdade
E desfruta da vaidade
Moça, não viverás eternamente na mocidade
Ou rodeada de amizade
Moça, é apenas uma verdade!
Quero te dar o que eu nunca tive desde a minha mocidade,
Amizade, amor, carinho, dedicação, atenção e respeito.
Vejo tanta cumplicidade entre nós que por diversas vezes me pego pensando em te pedir em casamento.
O filho que vai embora
Por impulso da mocidade
Indo à terras estrangeiras
Procurar Felicidade
Crava no peito dos pais
A fria espada da Saudade.
O amor que tem os pais
Não é coisa a se jogar
Mas o filho insensível
Comete o mau maior que há
Deixar um pai esmorecido
E uma mãe triste a chorar.
Se o filho sensível fosse
Só lhes dava alegria
Ao invés de um grito, um abraço
Ao invés de solidão, companhia
E se eles disseseem que não fosse
O filho nem pensar se ia.
O sofrimento maior do mundo
É ver um filho acamado
A mãe chorando reza
O pai fica atormentado
E se o remédio fosse o amor
O filho já estava curado.
Com tristeza a mãe preparara
O almoço do domingo
E uma lágrima que corre
De uma dor que está sentindo
Por saber que o filho foi
E por saber que não está vindo.
Um filho que não perdoa
Um feito que o pai errou
Esquece que o humano é fraco
E de Carne Deus o criou
O pai foi mirar no Acerto
Mas no erro ele acertou.
Envelhecer bem, e multiplicar a mocidade através dos anos, ao mesmo tempo que possamos conviver com as pessoas, respeitando suas opiniões sem deixar de expressar o que sentimos!
A Senhora dos Túmulos observa
O vaivém da tacanha mocidade,
Que despreza a virtude e a verdade
E dos vícios se mostra fiel serva.
Porém, nada no mundo se conserva:
Sendo a vida infinito movimento,
É a Morte um novo nascimento;
A inveja é o túmulo dos vivos –
O herói repudia esses cativos,
Galopando o Cavalo Pensamento.
MOCIDADE JAZ (soneto)
Mocidade em mim, em simpatia
A sua lembrança já é sem graça
Na arena, silêncio, pouca galeria
E já tão distante, saudade, lassa
Nesta morrinha, de lado a ideologia
Pois, acima ou abaixo, tudo passa
Apressadamente, serventia é ironia
Velhice, prudente palavra: desgraça
Nos licores de prazer, só mitologia
As perdas já fazem parte da vidraça
Do fado, e o entusiasmo na periferia
Porém, nem tudo é ledice sombria
Curtir a paisagem e brindar a taça
Do viver, dizer não, fazem a alegria
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
o amor que dedicastes
no êxtase da mocidade
apenas expressava
o quanto eu amava de verdade.
éramos alegria
a pura nostalgia
de sermos um, paixão das idades,
que hoje só resta, só resta saudades.
Bons tempos.
As vezes sinto saudade
dos tempos de garanhão
do vigor da mocidade
de correr de pé no chão
mas o peso da idade
só pede a tranquilidade
que hoje tenho no sertão.
"O pior momento da mocidade, é quando certas coisas não nos interessam tanto.
O melhor momento da maturidade, é quando certas coisas já não nos interessam mais."
☆Haredita Angel