Mochila
Pequena,
joga tudo pro alto. Acorda amanhã e faz uma mala, uma mochila. Ou, melhor, nem dorme essa noite. Espera a vizinhança se aquietar e sai de fininho. Deixa a porta encostada pra não fazer barulho com a chave nem com o trinco. Vem com seus pés de veludo até a esquina. Te espero. Carro ligado, motor funcionando e o ronco vai se confundir com o que deixou no quarto sozinho. Larga tudo.
Te peço isso num impulso louco apaixonado, mas com a frieza de quem pensou até não poder mais. Pesei muita coisa também. A sua, minha, nossa alegria. Coloquei do outro lado a tristeza que ele sentirá se acordar e encontrar o lado esquerdo vazio. Eu já sei faz tempo o lado que você gosta de dormir. Juro que me pus no lugar dele e não resisti ao fazer este pedido. Lutei muito contra o egoísmo de querer ter você só pra mim.
Mas não é desse jeito que funciona?
Eu sei que você não quer mais essa sua vida. Vive falando que agora o teu destino é comigo e que quer construir algo nosso. Deixa a janela entreaberta, faz uma corda fugitiva com lençóis amarrados. Escapada hollywoodiana em plena madrugada carioca. Rapel da janela do teu quarto pra escalada dos meus braços. E não esquece de deixar um bilhete pra ele. Joga tudo pro alto. Larga o que eu chamo aqui de “tudo”, mas você vive me repetindo que é nada. Que não há mais nada.
Se essa carta chegou até você é porque existe quem acredite e apóie essa nossa loucura. Esse nosso amor. Nascido do olhar, confirmado nos beijos. Talvez levando apenas a culpa de você já estar com alguém. Entretanto, há tempo para concretizar nós dois, Pequena. Quando se ama nunca é tarde. Vem, te peço, e me mostra que tudo aquilo que fala pra mim é verdade.
Essa não é nossa última chance, mas é a chance. Pra quê prolongar?
Joga pro alto o que você não quer mais e agarra a gente de vez.
(Gustavo Lacombe)
Hoje resolvi esvaziar a mochila antes de sair de casa, tirei todas as angústias, tristezas, decepções, resolvi deixar de lado todos os pensamentos que me perturbam e me corroem, hoje vou tentar ser uma pessoa melhor, durante o dia pretendo preencher minha vida com alegria e carinho, não vou deixar que nada e nem ninguém desvie meu objetivo, por que hoje vou me dedicar a tornar melhor a minha vida e mais agradável a vida de todos os que são importantes pra mim. As coisas boas pesam menos do que coisas ruins então preencha sua vida com o que realmente vale a pena!
... e pra viagem da vida, coloque na mochila coisas leves, o necessário, o que faz bem e o que alimenta, não esquecendo a bússola...Deus!
MANY STOPS
A mochila é o armário, a casa é o corpo. Há pessoas que não nascem pra inércia, seja física, seja mental, ou apenas seja. Há pessoas que consideram umas Burecas em Mykonos, há quem se satisfaça com um Xacxuca em Benín. Uma vida é uma estrada aberta, um estrada aberta aviva qualquer vida fechada. Das diferentes formar de se libertar, o romper de fronteiras está no topo da minha lista. Conhecer novas culturas, novos sabores, novos cheiros... Conhecer vidas em outras vidas, e além disso, permitir que mudem o sentido de minha existência.
O peso de uma mochila durante a jornada nem se compara com o peso nas costas de uma vida mal vivida. E, esse excesso de bagagem, lá na frente, é algo que não quero carregar.
E a vontade de colocar uma mochila nas costas e sair viajando por ai me consome, sair sem rumo, ouvir histórias novas, conhecer o mundo...
UM CONSELHO
Guardem na mochila do tempo as coisas boas,
Uma brincadeira em um motel com seu bem,
Aquela insegurança que foi perdida com amor,
Até um escorregão no banheiro pode ir também.
Guarde na mochila do tempo o que conheceu,
Lugares diferentes não são tudo que existe,
Existe a cultura, a alimentação e o carinho,
Num cantinho guarde as pessoas com carinho.
Não jogue ninguém fora de sua mochila,
Cuide de todos que passaram pelo seu caminho,
Todas tiveram uma importância para você,
Talvez você não perceba hoje e nem nessa vida,
Mas um dia você percebera porque tal pessoa apareceu.
Espero que quando você vasculhar sua mochila,
Bem lá no fundinho, todo esquecidinho e sujinho,
Eu esteja lá, talvez tentando alegra-la,
Talvez apenas brigando com você,
Talvez se lembre de mim apenas por este poema,
Ou talvez se lembre do escorregão no banheiro...
Ou de uma tarde num bambuzal encantado...
Não importa como será a lembrança,
Espero que neste dia mande um pensamento positivo
E pense que por um momento me conhecer valeu.
André Zanarella 16-04-2013
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/5014393
E aquela vontade insana de jogar meia dúzia de coisas em uma mochila, passar filtro solar, colocar uma roupa confortável e sair sem rumo? Deixar pra trás o que não presta, principalmente as preocupações que nos invadem diariamente.
Eu e minha mochila
Ontem, enquanto eu saía do colégio, parei diante de uma lixeira na esquina e decidi fazer uma limpeza rápida em minha mochila. Só então me dei conta do quão importante ela é para mim e do quão eu fui descuidado com ela durante todos esses anos.
Por isso decidi escrever algo, afinal não é sempre que vemos as pessoas reconhecendo o valor de quem está conosco todos os dias. Somos tão apegados aos nossos planos e aos nossos compromissos, à nossa correria do dia a dia e à nossa gana por chegar lá, que nos esquecemos que para chegarmos temos que ter bagagem, e essa bagagem pode estar um pouco dentro de uma mochila.
A verdade é que foram tantos anos juntos desde o vestibular na primeira faculdade, tantos e diversos livros que ela carregou, algumas poucas peças de roupas nas viagens que fiz, a pé, de carro, de ônibus, de carroça e até de avião, que muitas vezes não sei ao certo se sou eu que a carrego ou se é ela que me leva.
E se é ela que me leva, que carrega parte dos meus sonhos e enaltece a minha sombra quando olho para trás, que deita ao lado da minha cama ou jogada em algum canto do quarto, que esteve comigo nos dias de alegria e nos dias de tristeza, que venceu comigo a Faculdade de Letras, que esteve comigo nos tempos em que trabalhei como vidraceiro (Chaplin, que também cumpriu esse ofício, sentiria pena em não tê-la como eu a tenho), que carregou meu primeiro Vade Mecum na Faculdade de Direito, e que hoje (dia 25/11/2014) protegeu da chuva a minha monografia, quero poder dizer que ontem, naquela esquina de Santa Cruz, depois de um dia de aulas no colégio, com todas as desventuras da vida, eu reconheci verdadeiramente o valor das coisas pequenas em si, mas grandes nos significados.
Mochilas não são só mochilas, depende de nós...
Dessa vez, ela não leva uma mochila de esperanças bobas, ela só leva um sorriso e a vontade de tentar.
Ela sabia que iria tentar e errar algumas vezes, sabia que iria sofrer, mas em um desses caminhos – errados - ela ouviu uma frase, de um autor que ela desconhece, infelizmente, que dizia mais ou menos assim:
“Você não pode escolher se vai sofrer ou não, mas pode escolher por quem vai sofrer”.
Desde lá ela decidiu ir em frente, afinal ela nunca teve medo de assumir as consequências de suas escolhas.
Suas mãos estavam fixas no volante, como se fosse uma tabua da salvação. E eu em minha mochila, como se fosse a minha.
Sim,eu vou para de Fotografar !!!!
Mais apenas quando eu ao tira minha maquina da mochila e não sentir um frio na barriga,ao olhar qualquer coisa independente do que eu olhe,e eu não conseguir olhar além da imagens,se eu não sentir a foto,se eu não conseguir captar alem do que a pessoa me mostrar,sim neste dia eu paro de Fotografar !!!!!!!
Nos caminhos da vida...
eu sigo sem nenhuma despedida,
minha mochila é levinha, levinha,
não me pre-ocupo,
não tenho problemas,
do medo, arranquei as algemas.
Pelo mundo afora,
sem preocupação,
estou sempre no aqui e agora
pra bem viver é essa a solução...
ou não...
Talvez, vou pensar, quem sabe, pode ser...
não fazem parte do meu dia a dia
sim ou não - eis a solução:
sou sempre adepta ao 'sorria, sorria'.
Sou pura consistência, inocência...
paciência...
ou não.
Não tenho tempo pra esperar,
o mundo sempre a rodar,
o vento a mudar
e eu vou me calar?
Comigo... é tudo agora.
Pra depois? Já fui embora.
Então: sim ou não...
não demore pra decidir,
neste momento já estou pronta pra partir...
minha vida seguir.
Vivo o agora.
Viva o agora!
Amanhã!? Bem, amanhã...
posso ser displicente
ser diferente
ou talvez eu me reinvente...
mudando pra sempre...
afinal, já falei... sou consistente
e vivo o presente...
e cada dia é diferente... concorda?
Cansou!? Então não me dê corda ;)
Tu não és mochila pra seres sempre levado as costas, se queres alcançar os teus objectivos aprenda andar com teus próprios pés.
Se eu pudesse ser dona de mim, escolheria ir...
Ir o mais longe que pudesse, colocar uma mochila nas costas, pegar um punhado de moedas e caminhar sem rumo, sem destino...
Talvez, eu parasse por algumas horas ou dias, em algum lugar ou em muitos. Mas voltaria a colocar a mochila nas costas e caminhar...
Sim, pode ser que a solidão viesse me encontrar em algum lugar no caminho, talvez ela seria minha companhia constante, a quem poderia contar todos meus sonhos, meus anseios. Talvez ela, a solidão, não me olhasse com reprovação quando, sem forças me deixasse cair e rolasse lágrimas dos meus olhos.
Eu já conheço a solidão, ela já se apresentou a mim...várias vezes...
Mas solidão não é a mesma quando estamos acompanhados... Essa solidão não é amiga. Ela joga em nossa cara tudo o que pode, ela zomba de nós, fica cantarolando assim: você está sozinho, você está sozinho, é assim que vai ficar...lalalalala...
É ridícula essa solidão...
Mas é a mesma que me impulsiona a pegar minha mochila, colocar nas costas, pegar um punhado de moedas e sair sem rumo...