Moça Linda
Moça
De pele morena e olhos arredondados, seus cabelos negros se tornam uma moldura em seu pequeno rosto que é tão amável, sinto que meus lábios empalidece quando toco suas mãos, sei que essa boca nunca foi beijada, quanto mais ter perdido a pura inocência entre lençóis do pecado.
Moça bonita...
Busque em casa de Dona Filó
Um verso simples, que tenha gosto
Sabor de caminho estreito e reto
Travessa que atravessa o rio claro
Caminho de caminhante sem rumo certo
Ou de certo só tem o rumo
Que deseja nele encontrar
Um pedaço de história ou um nascer de favo
Não me traga em sua volta nada triste
Não me conte coisas que não seja mais
Que boas novas ou que venha em silêncio
Um silêncio falante de tudo o que vistes
Moça bonita
Vá assim mesmo, de sandálias
Saia de chita e cabelos ao vento
Caminhe tricotando sonhos audazes
Ouça mais, sem nada dizer
Dona Filó lhe contará prosas
Histórias de curupira, até de boi tatá
Falará de estrelas, rosas e sonhos
Se quando sair, notares que ronda, insano
Ao acaso um vento frio, vindo do norte
Volte logo, apresse seu passo
Pois é ali que toda brisa morre!
As tuas estações
O espaço é grande, moça
Mas abandone as incertezas
Deixe os olhos marejados e me ouça
Sente a vida e observa com clareza
O amor é isso que está vendo
Primavera e outono, juntos, te pertencendo.
Não é a exagerada sensualidade da moça que choca ,
Não é o despudorado senso de se permitir que tanto incomoda
É a velada amargura da ausência de prazer da vida de voces,
É a triste realidade de nao se permitir que se reflete no ato de a tudo denegrir.
Antes de apontar a sujeira alheia, tire das suas vidraças a poeira e as teias.
Permita-se, viva... Seja feliz !
Moça você é uma das pessoas mais lindas que já conheci, pena que não consegue ver isto, você quer ser como um padrão, mas o padrão para mim é você.
"Sabe moça, eu estava ali pintando os contornos de uma flor. Quando me dei conta, havia pintado um retrato seu".
Poema de amor confesso
Moça dos olhos-camaleão,
Saiba que a felicidade, verde-de-sol,
Faz pulsar meu enamoramento,
E por ser o presente nosso tempo,
não careço jurar,
o quão intenso é o
possível do amar.
Sou incansável, contudo,
na tarefa de fazer-te saber
Que aqui, neste mundo,
é todo teu o meu querer.
Na vida, assim, me acabo de amores.
Será esse meu desatino?
Pois não sou recatada, não tenho pudores,
Te peço: Fica!... em meu caminho!
Sem ti:
- eu vivo, mas que desgosto!
Passar a existência sem que ao ver-te se estampe em meu rosto,
O ímpeto febril de contentamento.
Dê-me a mão - assim de surpresa
E passeia comigo.
Garanto que verás a beleza
De ter no amor o amigo
E neste, fortaleza!
" Moça, você é o desenho estilizado da minha vida...o que eu sinto por ti é uma raridade que não se mede com régua ou compasso.
Moça, que bom seria que você fosse a minha particularidade real... e me amasse com um pouco de movimento".
Vou arrumar uma moça boa e de família para amar infinitamente nas trilhas e montanhas, numa casinha branca de Sapê. Acordar de manhã e fazer um café quentinho antes de sair e escalar umas rochas para sentarmos no alto e ver o sol nascer....
"As vezes é bom ser chamado de feio por uma mulher ou moça assim de repente e do nada! Parece que tudo ocorre sem sentido! Mas tem muito sentido. Situações como essas é o mesmo que traduzir aos ouvidos ela falando com destaque "como pude me apaixonar por você?"
Moça, você me desconcentra. Não com roupas curtas ou provocações, e sim com um sorriso largo, que enche a minha alma de conteúdo!
Me desculpe, moça. É que não tenho maturidade para lidar com um sorriso tão cheio de conteúdo como o seu.
Moça, me perdoe pela ousadia, mas você tem os mais belos olhos que já tive o prazer de encarar. Eles são diferentes de tudo o que já vi. São tão misteriosos e tão transparentes!
Não entendo tamanha contradição, mas digo, à priori, isso me deixa fascinado!
Acalma esse coração, moça...
Deus só quer cuidar de você
Segurar em suas mãos e guiar o seu barco nas águas revoltas...
Deus está agindo.
Não questione, apenas agradeça.
Lugar no mundo
Sabe aquela moça?
aquela de olhar inquieto
que carrega tantas incertezas
sempre a procura do rumo certo
De alma nobre, aberta
ela não quer muito da vida
só encontrar a saída
para o que lhe tira o sono
O seu lugar no mundo não está distante
e sim a poucos instantes
da sua vontade incessante
de fazer acontecer.
Aqueles acordes que brotavam dos dedos daquela moça,
Acalmavam seus ouvidos contristados das lamurias desse mundo.
Era preciso saber ler a moça nas entrelinhas, mas ele apenas passava os olhos, ela não era o livro favorito. Ele a lia quando necessitava, mas ela amava sentir os dedos resvalando por suas folhas intrépidas e quanto mais ele avançava na leitura ela se entregava e saia mais lapidada, mas os riscos estavam todos camuflados, ele a lia apenas, não saboreava de fato a leitura e ela precisava ser manuseada com calma, olhada com alma, degustada como se fosse uma iguaria. Que pena, ele a olhou depressa demais e isso doeu fundo na moça, não dava pra saber se a dor era dentro ou fora, apenas doía... Lá fora chuva, vento, frio. Dentro, a moça ia tentando estancar a hemorragia... Era tudo tão fugaz, historia rascunhada e inacabada... Ela era pura poesia, mas ele não tinha sensibilidade poética para decifrar a moça...