Moça Linda
O que é feito da felicidade?
Um dia me falaram sobre a felicidade. Disseram-me ser sentimento etéreo que habita o infinito distante e que não se deixa possuir facilmente. Que é o fruto no galho mais alto, que despreza a quem a procura, que ela é arredia e fortuita, se faz desejada, mas não é de quem a deseja, que é dama orgulhosa e tem gélido coração. Que é mesquinha e enganadora, que assim como vem, se vai e deixa vazios os corações. Que ninguém a possui por inteiro e que alguns dependem de outros para tê-la. Que seu preço vale mais que ouro e que quem a possui, traz consigo um troféu, possui um tesouro... Haviam me dito que quando eu encontrasse a tal felicidade, ela preencheria de glória os meus dias, traria amores verdadeiros, enfeitaria a janela do tempo com lindos vasos de flores da mais pura amizade e com seu dedo de Midas, converteria em riso meu pranto, transformaria em manhãs de sol as minhas tardes sombrias, salpicaria de estrelas as minhas noites, poria lua azul em cada uma delas... Que junto com ela traria o amor, que era companheira da sorte e que ao seu lado eu não teria mais dor e a ventura iria para sempre fazer parte do meu viver. Disseram-me também que imensurável era o tesouro que carregava que me cobriria de puro linho e de ricas joias... Que tornaria dourados meus horizontes faria da minha vida um arco-íris de mil cores... Que tendo-a como companheira de viagem aplainaria meu caminho tiraria dele as pedras e seguiria comigo me livrando dos tropeços e quedas e ao infortúnio faria despedir-se. Que ela me faria tocar estrelas elevar-me-ia me à altura dos mais altos sonhos. Que eu possuindo-a, seria o ser mais completo do universo... Decidi então, partir em busca de tão maravilhoso sentimento...Procurei em meus olhos, mas neles não havia o seu brilho. Procurei-a nos meus sonhos, despertei e ela continuou adormecida... Quis em encontrá-la em antigos amores já haviam morrido. Busquei-a em bares e tabernas, mas lá não estava ela. Em paixões as mais ardentes, porém a sua chama já havia se apagado. Debalde a procurei nas religiões; Ali não se fazia presente. Procurei-a pelas tardes tristes, pelas manhãs de sol, pelas madrugadas solitárias. Quis saber da noite, onde andava a felicidade, mas ela apenas cegou meus olhos à sua visão... Em minhas preces, perguntei aos anjos, que nada me disseram; Procurei-a nas ilusões que tive ao longo da vida, encontrei apenas fragmentos... Desvendei enigmas, consultei pitonisas, joguei dados, porem nada e nem ninguém atendeu ao meu intento. Desesperada, rasguei os sete véus penetrei o além, mas lá não estava a felicidade. Procurei-a no brilho das estrelas e elas nada me mostraram... Quis saber dos deuses, onda andaria tal sentimento tão sutil e eles se silenciaram... Mergulhei no abissal dos sete mares, e lá também não a encontrei... Fui às galáxias mais distantes, me perdi em minha busca vã. Perguntei ao vento se a poderia trazer em suas asas, o vento se foi levando para longe a minha esperança... Voltei à minha infância perdida, quis saber se já havia sentido, ela me respondeu que não... Caminhei um pouco mais até a minha mocidade, quis saber se havia guardado o segredo, ela virou-se, despediu-se de mim e perdeu-se na distância, sem nada me dizer. Procurei-a nas mais remotas lembranças, revirei baús... Cheguei à minha velhice e cansada e desiludida, sentei à pequeníssima sombra do que restara da minha existência, e chorei... Foi então que em sonhos me apareceu um sábio, tomou assento ao meu lado, e quis saber o porquê das minhas lágrimas... Um nó me estrangulou a garganta e me impediu de dizer o que sentia... Ele então olhou-me nos olhos e disse que neles estava escrito o que eu procurava, mas que somente os sábios saberiam ler... -O que você procura, disse-me o sábio, - é um tesouro que todos querem, por isso quase impossível de se alcançar... Você, como tantos, anda em busca da felicidade! Disse-lhe então sobre a minha louca e incessante procura pela felicidade e do meu desejo de saber por onde ela andava. Que vinha de longa caminhada, que tinha os pés sangrando de correr em busca de tal fantasia e que quando estava por alcançá-la, ela se desvencilhava como criança a brincar de esconde-esconde... Falei do meu desejo de ser feliz nem que fosse por um momento, quis saber do sábio como fazer para alcançá-la mesmo que qual pássaro cativo que bate as asas na ânsia de se libertar e fugir para longe, mantê-la em minhas mãos por preciosos momentos; Ansiava por experimentá-la. Eu queria provar a felicidade. Então calma e amorosamente, o sábio me respondeu: Filha, um dia a Felicidade, por um motivo nunca dito, quis ser viver para sempre junto aos homens e então desceu à casa dos mortais para fazer-lhes companhia por toda a eternidade, habitar para sempre em cada ser, em cada mente, em cada corpo, em cada alma, em cada espirito, em cada coração, porém, cada vez que chegava, notava triste, que as pessoas queriam muito mais que isso. Que tê-la consigo não bastava para elas. Necessitavam algo mais como riqueza, fama, sucesso, glória. Entristecida, a felicidade se fez quieta em um lugarzinho lá no infinito e pôs-se a pensar o que fazer para agradar aos homens. Então tomou a sábia decisão de casar-se com o Desejo, moço soberbo e arrogante, cuja missão era satisfazer a todos no mundo, para que dessa união, nascessem filhos os quais pudesse enviar aos homens, para que assim quem sabe, eles se sentissem donos dela por inteiro. Foi então, que toda pompa e circunstância, realizou-se o casamento da felicidade com o desejo. Dessa união, nasceram quatro filhos; a saber: a riqueza, a saúde, o amor e a simplicidade. Depois de algum tempo, a felicidade ordenou que a sua filha simplicidade viesse a terra para fazer morada nos corações e depois disso então, como a simplicidade era a sua filha mais querida, quem a aceitasse, a teria junto. Então a simplicidade, obedecendo ao seu pedido, vestida de simples trajes e calçada com as sandálias da paz, desceu à casa dos mortais e em vão bateu à porta de cada coração, sem que nenhum lhe abrisse. Cansada de andar a esmo vendo que perdia seu tempo, a simplicidade retornou à casa da sua mãe e pôs-lhe a par da indiferença e da hostilidade com que fora tratada pelos homens. A felicidade então mandou que o amor viesse. O seu filho mais amado, veio, e como a simplicidade, disse a cada um dos homens, que era o verdadeiro e mais sublime sentimento, que faria morada para sempre em cada um deles e que ao seu lado, os homens não guerreariam, as criaturas se amariam e viveriam para sempre em paz e harmonia, mas ninguém deu ouvidos à sua pregação e aborrecido, retornou cansado e desiludido, pois ninguém havia lhe dado guarida, abrigo, nenhum coração o recebera... Então a felicidade mandou a saúde, que como os outros dois irmãos, debalde bateu à porta dos corações... Muitos até se lhe abriram as portas, mas deixaram claro que só a receberiam se viesse junto com a riqueza. Retornou a casa materna desiludida e só, a saúde. Os corações dos homens permaneceram vazios de sentimentos... Preocupada com isso, depois de um tempo, a felicidade tomou a decisão de mandar então a riqueza. Deixando consigo ao amor, a saúde e a simplicidade, devidamente entronizadas ao seu lado. A riqueza então desceu, trajando rica indumentária, cheia de gloria e luzes. Todos se lhes abriram as portas e a receberam com muita satisfação, prepararam-lhe suntuoso banquete, em cuja mesa não tomaram assento os irmãos amor, saúde e simplicidade, pois não haviam sido convidados. A todos que lhe receberam, deu suntuosos palácios, ricas iguarias pôs na sua mesa, anel de ouro pôs em seus dedos, coroa de brilhante na cabeça, vestiu-lhes de gloria, distribuiu ouro e pedras preciosas... Agora que os homens, erroneamente se julgavam possuidores da completa felicidade, que para eles se resumia na riqueza, abateu-lhes a doença, faltou-lhes amor no coração e começaram então a contrair toda espécie de males, no corpo e na alma e então começaram a morrer no auge da sua gloria , a guerrear-se e a destruir-se uns aos outros... O que farei então, para salvar os corações, pensou a felicidade... Então o senhor desejo que se julgava dono de tudo, tomou sozinho a resolução de enviar junto seus dois filhos maiores, a saúde e o amor, deixando com a felicidade, apenas a sua filha mais moça, a simplicidade, para fazer-lhe companhia na velhice. Dessa forma, obedecendo às ordens do pai, desceu a casa dos mortais a saúde e o amor, para juntos com a riqueza, tornarem completa a felicidade dos homens... Chegando a terra, ao juntarem se com a riqueza, a saúde e o amor não puderam viver em harmonia, pois depois de habitar o coração dos homens, a riqueza se tornara por demais arrogante e pretensiosa e quis comprar a saúde. A saúde, não se vendeu, então quis conquistar o amor. O amor, cheio de brios, não se rendeu... De forma, que tal divergência causaram entre si, que a felicidade então, sabiamente desceu à terra e pediu a cada coração que escolhesse qual dos seus filhos gostaria de ter como companhia, uma vez que os três que sempre haviam vivido em perfeita união, haviam se tornados dissolutos, contaminados pela ganância dos homens. Assim, obedecendo ao pedido da felicidade, quem escolheu o amor, viu partir a riqueza... Quem escolheu a riqueza, viu despedir-se do amor. Restou então saúde, que alguns corações escolheram e com e como ela e o amor viviam harmonia, ficaram juntos num só coração. A riqueza porém, nunca pode conviver com os seus irmãos saúde e amor. De forma que quem tem a primeira vivendo consigo, dificilmente terá consigo amor e a saúde. Em raríssimos casos, a riqueza visita os corações onde moram esses dois irmãos. Quanto à simplicidade, essa é moça velha, cheia de dias, que habita o infinito junto coma sua mãe a felicidade, que tão ocupada vive, tentando unir seus filhos, que aparece muito rapidamente em cada coração, e vai-se à procura de agradar outro, faz visitas constantes aos seus filhos amor e saúde, e à sua filha riqueza que a renegou, visita esporadicamente; e por isso, por ter que se dividir o seu tempo entre todos os homens, e tão momentaneamente fazer-se presente, diz-se que podemos encontrá-la nas pequenas coisas e que a felicidade não existe. O que existe na vida são momentos felizes!
Sozinho
Andou a esmo,subiu em palcos,disse poemas, fez canções...
Extraiu liras de cordas bambas, se desequilibrou na vida
Encerrou atos, cerrou cortinas...Foi luzes e sonhos...
Cobriu o rosto, escondeu lágrimas, engoliu prantos.
Não sorriu,filosofou,baixou decretos escreveu artigos.
Fez-se rei sem majestade, usou cetros e coroas.
Engravidou de solidão, se embriagou de vinho barato;
Percorreu calçadas avenidas ,bares e bazares...
Nadou contra a corrente, se desnudou de ser.
Lançou palavras ao vento que se fizeram eco.
Pediu abrigo ao destino, pediu um tempo ao tempo,
Atravessou a rua,cambaleou, avançou o sinal
Bebeu no bar da esquina, tapou os olhos com as mãos.
Parou no banco da praça, chorou por ele e por nós.
Estendeu a mão ao homem que passava ali
Desceu a escada em frente, caiu na sarjeta ao lado,
Revolveu-se no próprio vômito, ergueu os braços,
Retirou as roupas rotas, mostrou-se ao mundo...
Cego, surdo, mudo. Lançou palavras ao vento
Pediu abrigo ao destino, pediu um tempo ao tempo.
Bateu de porta em porta voltou-se para a calçada
Fez uma prece sem nexo, sorveu o último gole,
Mergulhou na solidão dos ébrios e em delírio febril
Dormiu seu sono sem volta...
À Heloisa
Se lodo,és pérola,se lama,és lótus,se cinzas,és Fênix
rimas do poeta,liras do cantor
Se dama,és da noite,se elemento,és fogo
Se satélite,lua,se estrela, sol
Se divindade, Vênus, se flor, a mais rara
Se jóia,diamante, se caminho, o mais florido
Se abraço, o mais cálido,se beijo,o inesquecível,
Se amor, o primeiro,se canção,a da vitória
Se luz, a mais brilhante, se vida...A minha!
Procura-se
Estou tentando te encontrar pra depois eu me perder;
Estou pensando em te amar,para então me arrepender.
Procurando te entender não sei como nem por quê!
Te buscando no caminho,no atalho e no viver...
Te procuro pela estrada,pelos becos, pelos bares,
Vejo cartas,cartomantes,olho mãos e quiromantes...
Chuto latas e te caço, como astronômos a estrela,
Espio pelas frestas,fechaduras e vazios!
Tento ver-te no olhar do viajante que passa,
Nas esquinas da minha vida,esbarrar no teu abraço!
Te procuro em pensamentos, em tarôs em pitonisas,
Volto ao passado e não te encontro, no futuro não estás
Não és presente em minha vida, em que lugar te escondes,
Onde será que vives, não sei se perto, se longe...
Te procuro em uma história,que sei que não tem fim...
Te busco em pensamentos,na bruma , no céu no vento,
E quando penso que encontrei te afastas de mim.
levado pelo destino,ou por caminhos opostos,
será que passou por mim, depois que o sinal abriu?
Fui eu quem não te olhou,ou tu quem não me vistes?
A noite te traz nos sonhos,o dia te leva de mim!
Sigo os pontos cardeais numa procura sem fim...
Seguirei te buscando em devaneios,em delírios febris,
Em rios, luas, estações,em tristes céus de agosto,
Mas o destino nos leva por caminhos opostos...
Vasculho minhas memórias,as lembranças,os baús...
Em galáxias e nebulosas vislumbrei um rastro teu.
Subi ao monte Olimpo e procurei-te num deus,
Lanço teu nome ao vento,ouço o eco do meu grito!
Será que habitas as estrelas,o cosmo, o infinito?
Te afastas como as vagas,como a bruma da manhã...
Mando recados e mensagens,faço preces e orações
Te procuro em ciclos,em ciclones,furacões,
Na leve e mansa brisa que passa,tento te encontrar,
Na chuva que cai de mansinho,no temporal que desaba,
Nas frias madrugadas,nas noites quentes de verão...
Em crepúsculos,em nascentes,em horizontes sem fim....
Em uma estrela cadente,em rostos na multidão!
Te desenho nas espirais da fumaça do meu cigarro,
Te procuro dia após dia,nos jornais e nos diários!
Classificados e filmes e até em contos de fadas.
Te procuro na velhice,na juventude que perdi,
Me debruço em janelas, te espreitando com o olhar,
Estou à beira do caminho,te esperando passar!
Deixo pistas onde passo,faço sinais e cartazes,
Afixo minha procura nos muros e nas árvores...
Nos guetos, avenidas,ruas e praças e calçadas...
Te desenho,idealizo,concreto ou abstrato!
Minha solidão te procura,te retoca,te realça...
Levo a vida a procurar, perco tempo e tu passas!
Aqui estão quase todos os textos que escrevi ao longo de um ano...Prosa poética,poesia,contos e crônicas ...Espero que gostem,pois a opinião de quem lê é muito importante para quem escreve!
Com que roupa eu vou a esse "fim de mundo" que me convidaram e que prato devo levar?
Quando em criança eu viajava muito com uma tia e infelizmente, sofria de terríveis enjoos durante a viagem... Então, para evitar acidentes ela sempre me dizia: “Quando se sentir enjoada, peça para parar.” Eu agora, depois de adulta continuo sentindo enjoo, mas de outras coisas e outras atitudes... Por isso peço: Deus pare o mundo na próxima estação, que eu quero descer... Descer antes que eu vomite na gola desses cientistas apocalípticos nostradâ -(micos) contemporâneos, ladrões da boa e farta mesa , sádicos devoradores do apetite alheio. Eu, graças a Deus, estou imunizada contra toda e qualquer espécie de previsão que provenha dessas bocas loucas, por que aprendi desde criança, que o que mata é a fome e não a comida; Que o que falta no planeta são pessoas que façam política para dividi-la entre todos. ...Que o mundo não precisa de outros cristos se sacrificando pelas florestas e rios. Precisa de homens que salvem a humanidade da fome, da desigualdade social, da miséria... Em 1999 vieram dizer que o ovo mata. Agora Após uma ampla pesquisa feita na Universidade de Harvard, nos EUA, os médicos chegaram à conclusão que comer uma unidade por dia não é nenhum pecado. Até porque a proteína desse alimento é de altíssima qualidade. Que eu devo comer no mínimo, quatro ovos por semana senão corro risco de ficar com deficiência de luteína. (parece nome de vó)!Luiz Fernando Veríssimo quer cobrar indenização pelos fios de ovos que deixou de comer, que segundo ele, dariam a volta ao mundo... Pouco depois, para alegria dos granjeiros, peixeiros e afins, descobriram que carne vermelha era veneno... Mas a alegria durou pouco... O frango também mata por excesso de hormônios...De forma que o povo ficou saltitando como galinha do primeiro ovo entre o açougue e a granja, sem saber o que comer... Noite passada,para desespero meu, flagrei minha filha naturista convicta rezando fervorosamente:"O pão integral nosso de cada dia nos dai hoje..." Algumas repórteres e nutricionistas agora já apelidaram a margarina de "gordura do mal"...Mas antes não era a manteiga que matava? Que margarina é que era do bem? Será que vou ter que ir as compras com uma pistola, meu Deus? Será que no futuro os alimentos terão cara de Jack, o estripador? Pacotes de carne embalada a vácuo com cara do Jason de sexta-feira 13 de machadinha em punho? Os biscoitos recheados com cara de Tuck, o boneco assassino? Não bastasse, colocaram o açúcar no banco dos réus e quando correram em busca do mel, ele já não estava lá... Também poderia causar a morte, infestado pela perigosa Clostridium botulinium, assassina confessa,causadora do botulismo.Pobres abelhas operárias... Desempregadas da rainha,demitidas por justa causa pelos "zangadões"sem causa...Queda triste Iracema, com seus lábios infectados...Fiquei pensando o que restaria nas prateleiras dos supermercados, que me alimentasse sem que eu fosse considerada uma suicida em potencial, se décadas depois viesse a morrer... Meu vizinho morreu semana passada, depois de ter ficado cinco anos sem provar um naco de churrasco de picanha, por que a gordura contida nela poderia lhe abreviar os dias. Seu último desejo foi um pedaço de chuleta, que a esposa só lhe deu depois de ele ter assinado o testamento, uma vez que poderia ter morte fulminante e não ter tempo de fazê-lo. Três dias depois, os mesmos cientistas que lhe proibiram comer a tão sonhada e desejada gordurinha, vem, eles mesmo, dizer que a bendita gordurinha do churrasco não faz mal nenhum e que devemos sim, é fazer de 10% do nosso prato diário, gordura de carne vermelha! Pobre do meu vizinho, onde estará repousando a agora a sua alma? Sob as asas de um anjo, ou paira penada sobre os verdes campos da sua terra, onde pastam seus gordos bois de corte? Agora descobriram que o alimento transgênico que seria a salvação da lavoura, ou melhor, dos agricultores com seus preços altíssimos, está provocando câncer em ratos... E como a única coisa,-segundo os cientistas malucos-, que nos difere do rato é o cérebro, eis aí o povo que passou a santificar o transgênico, sendo obrigado a apelar para outros santos pra não morrer de câncer... Seria cômico se não fosse trágico. Hoje os meteorologistas até me dizem com que roupa deve sair, se levo ou não guarda-chuva e até que acertam, mas o que é preciso mesmo é saber desses loucos, que roupa os humanos devem comprar para o fim do mundo... Nunca se sabe se acabará em fogo, em água, em gazes tóxicos, em um amontoado de sacolas plásticas e garrafas pets... Cansei da brincadeira “Tá quente,tá frio” desses idiotas que num ano dizem que o planeta vai derreter de calor, no outro dizem que vamos ter o inverno mais frio desde 890 a.C... É preciso saber também,-e eles precisam decidir logo, - não para mim, por que sei das suas loucuras e não dou ouvido a pregações de falsos profetas, - mas para os néscios que deixaram de comer, para minha vizinha alienada que passou a fazer xixi no box na ânsia insana de evitar o desperdício de água e assim aproveitar para afugentar as visitas que não suportam mais usar o seu banheiro por causa do odor característico que fica impregnado-, para os neuróticos que deixaram de comer, para os discípulos dos loucos que transformaram comida em veneno. É preciso que eles decidam logo que tipo de apocalipse teremos... Que joguem fora essa sua bola de cristal vencida e opaca, que cada dia escurece mais, afastando deles a verdadeira visão do que deve ser a realidade... Melhor que se vistam de pais de santo, de "mães de nada", comprem um jogo de cartas, um conjunto de búzios e venham para as praças anunciar o fim do mundo, mas de outra forma... Delirando como pregadores fanáticos, falando ao vento, ,nada recebendo em troca senão o desdén natural de multidões apressadas quem têm algo mais relevante com se preocupar... Mas, por favor, meu povo, volte a comer. Leonardo de Caprio, meu filho, volte a tomar banho! A água do planeta dará para você gravar mais um milhão de Titanic parte II,Titatanic parte III,Titanic parte IV...Titanic parte...E viva os que acreditam que a salvação do planeta compreende antes, em salvar quem nele habita!
TEMPOS QUE NÃO VOLTAM MAIS
Entre sátiras eruditas
forma-se minha vida
prolongando-se miasmas mentais
reerguidos de uma geração destemida.
As falácias carnais
são motivo de chacota,
de tempos que não voltam mais,
para uma geração de derrota.
De poemas sentidos,
para poemas automáticos.
De amores vividos,
para momentos estáticos.
Estou na geração que canta
para prazeres carnais,
sou da geração que dança,
mas meus tempos não voltam mais.
Estou na geração que fala
e mesmo assim não faz.
Mas sou da geração que grita
por seus direitos iguais.
Lideres de bens,
Mas ministros de vidas alheias,
Sao apenas sobreviventes reféns
da força de suas próprias teias.
O meu corpo sente falta do teu calor natural, antes de me deitar, sempre penso em como seria bom se estivesse aqui a me aquecer, antes que meu coração se sentisse só, observei uma luz reluzente na janela, a lua... Oh, minha fiel companheira, que me fez te sentir perto, afinal, da onde você está, não importa a distância, se olhar a lua será a mesma na qual estou olhando, e isso me aproximará de você, e saber que assim como ela hora some, hora da o ar da graça, você também se manifestará numa dessas terça-feiras frias.
Quem sabe um dia não chego de mansinho, e por um acaso encontro a janela da sua terra aberta, eu como lua terrestre brilharia e não te deixaria só, ainda que as vezes as nuvens me tampem, ou meu brilho esteja fosco, de uma coisa sei, a lua em suas diversas fases, tem o coração na terra.
A reciprocidade condiz com a condição humana de se doar instantaneamente da mesma medida que o cônjuge que lhe acompanha.
AMAR
Amar é sentir
a tua mão no meu corpo ardente,
suspirando lentamente e dizendo
bem baixinho o teu lindo nome... Kaleb
poder sentir o teu suspiro de paixão
a dizer... te amo
A linha tênue entre sanidade e loucura perpassa pela história e se fundamenta em eixos complexos como a química(com seus psicotrópicos),a social (com suas desigualdades)e as ideologias raciais(com suas verdades impostas e suas convicções narcisistas)
A humanidade precisa do divã da psicanálise para se reconhecer,porém afunda-se cada vez mais em terapias fugazes,emergenciais, alimentadas pelo imediatismo dos psico-farmacos, alívios manipulados em forma de pílulas mágicas.
A grande onda depressiva que vem desolando a humanidade e cresce a cada ideologia ou aspirações frustradas é apenas tratada de forma paliativa, permitindo o controle da loucura e os esvaziamento dos manicômios,porém sem cura efetiva. Nesse intuito segue a humanidade a questionar-se do certo e do errado, e nunca obtendo resposta satisfatória para questões singulares como a capacidade de sobrevivência da humanidade e quais serão os povos futuros, quem sou não é mais a questão, a grande questão agora é quem serão.
Eu escolhi amar e pagarei o preço.
Toda escolha requer renuncia e consequência,mas o mais difícil é sempre o preço que se paga.
Porém, inevitavelmente, estaremos sempre em debito conosco e com os outros.
Somos frequentemente,impostos a decisões e estas, sempre, tem duas vertente por onde deixamos transcorrer sonhos e realidades, e é nesse ponto de bifurcação que nasce nossas angustias e nossas certezas e consequentemente o preço a ser pago.(ou a divida a ser acumulada).
Então busque sempre o caminho a ser percorrido com lealdade,justiça e amor, colocando-se sempre no papel do credor que espera ansioso pelo pagamento para também sanar suas dividas.
Esse é o grande circulo, e como tal sem começo.meio ou fim, apenas circulando na proporcionalidade dos pagamentos e recebimento que a vida lhe impõe.
Todos, sem exceção pagamos um preço por nossas escolhas.
Se será um níquel ou um dobrão de ouro só depende de você.
Maria Lindinalva Andrade Lemos
O ato de implorar se torna dispensável quando outrem já está superior de mais à altura de sua cabeça deitada aos pés daquele que tu te abres.
Você pode julgar o tempo como e quanto for, até mesmo adianta-lo ao seu favor. Mas entenda que você está a favor dele, não ao contrário, pois você pode colocar seu relógio às 00:00, mas sempre será 12:00.
PROVAVELMENTE
Provavelmente já havia ficado
Todas as coisas em um automático interminável.
Onde os dois forçaram um inesperado
Imprazer de não saber explicar o inexplicável.
Provavelmente já havia ficado.
Provavelmente já havia estado.
Provavelmente já havia piorado.
Provavelmente já havia acabado.
Provavelmente já havia estado
Em estradas de mãos mais largas
Donde coubera os dois do mesmo lado,
Tornando as lembranças mais amargas.
Provavelmente já havia ficado.
Provavelmente já havia estado.
Provavelmente já havia piorado.
Provavelmente já havia acabado.
Provavelmente já havia piorado
Todas as situações presentes possíveis
Todo o ocorrido nao foi esperado,
Àquele que que fizera meus dias inesquecíveis.
Provavelmente já havia ficado.
Provavelmente já havia estado.
Provavelmente já havia piorado.
Provavelmente já havia acabado.
Provavelmente já havia acabado
Todas as chances de uma nova história,
Propositalmente havia lembrado,
Que o romance não passara de estoria.
Provavelmente já havia ficado.
Provavelmente já havia estado.
Provavelmente já havia piorado.
Provavelmente já havia acabado.