Moça
Moça, você é ímpar. Singular. Um caminho sem volta, repleto de cor e calor. Pequena dama da noite, de alma solar, é flor de aura clara que faz a pele brilhar.
Senhora de um sorriso força motora, como o som que vem das ondas do mar. Você pode até não saber, mas tem o dom de envolver. De seduzir. Sabe encantar.
Linda sereia de cabelos cacheados. Dourados. Em cada curva, um segredo a desvendar. Com seu olhar de mistério profundo segue pelo mundo enfeitiçando a quem ousar se aventurar
Moça
De pele morena e olhos arredondados, seus cabelos negros se tornam uma moldura em seu pequeno rosto que é tão amável, sinto que meus lábios empalidece quando toco suas mãos, sei que essa boca nunca foi beijada, quanto mais ter perdido a pura inocência entre lençóis do pecado.
Moça bonita...
Busque em casa de Dona Filó
Um verso simples, que tenha gosto
Sabor de caminho estreito e reto
Travessa que atravessa o rio claro
Caminho de caminhante sem rumo certo
Ou de certo só tem o rumo
Que deseja nele encontrar
Um pedaço de história ou um nascer de favo
Não me traga em sua volta nada triste
Não me conte coisas que não seja mais
Que boas novas ou que venha em silêncio
Um silêncio falante de tudo o que vistes
Moça bonita
Vá assim mesmo, de sandálias
Saia de chita e cabelos ao vento
Caminhe tricotando sonhos audazes
Ouça mais, sem nada dizer
Dona Filó lhe contará prosas
Histórias de curupira, até de boi tatá
Falará de estrelas, rosas e sonhos
Se quando sair, notares que ronda, insano
Ao acaso um vento frio, vindo do norte
Volte logo, apresse seu passo
Pois é ali que toda brisa morre!
Sapucaia tem lá no mato
No meu quintal tem pé de caju
No arraiá tem moça bonita
Na minha horta só da chuchu
Na minha cabeça tem uma morena alta de olho meio azul
Na minha cintura meu canivete
No ombro meu berrante
No coração tem Nossa Senhora que protege a todo instante
Sou filho de uma terra rica
Onde o amanhecer é emocionante
Sou filho de pai da roça, meu orgulho, minha inspiração
Meu esporte é vaquejada, morena, cerveja gelada
Dançar moda na festa do peão ...
poeta13
Ei moça
cupido nosso
de cada dia.
Ela sabe.
Ela é poeta.
E lendo o que
escrevo,
sabe muito bem
o que amor,
e o que é poesia....
Ei moça
cupido que em
vez de flecha,
jogou a lança.
Em mim a muito
já passou
de um simples romace
Já é amor
em coraçao criança
que rir de alegria,
quando um doce alcança
Ei moça,
não foi
você que disse
que o nosso amor
tinha gosto de mel?
Então explique;
o porque dessas lágrimas
escorrendo até minha boca..
Deixa um gosto de fel?
AVIÃO
Moça do aeroporto
Aeromoça.
Me sinto um moço levado.
Levado pelo seus encantos.
Levado ao céu por suas asas de anjo.
PRAÇA JK
Moça linda grudada no celular
Fazendo tudo para ajudar;
O mundo inteiro à te ligar.
Come "algudão" doce a se lambuzar
Lambendo os dedos a me provocar
Voce não olha, mas eu fico a te olhar.
Trabalha na câmara da Prefeitura
Ajuda os pobres, mas sem fartura
Com funeral, hospital e até dentadura.
Me apaixonei por sua formosura
Quero namoro, sem aventura
Não quero um caso...
Uma relação madura.
Ele veio de longe e encontrou-se com aquela moça de aparência delicada e atos nem tão delicados assim.
Conversas sussurradas na calada da noite quando perdiam o sono, porque perdiam o sono e jamais as palavras...
E viveram (felizes e às vezes nem tão felizes assim) juntinhos por longos anos.
João e Maria.
(sobre os meus avós)
Moça, não perca seu tempo guardando na memória o que a vida levou. Se for para segurar alguma coisa, que seja teu amor-próprio. Os dias são breves para gastá-los em tristeza. Seja terra fértil, seja flor.
Tem poesia na moça da cidade e na moça da favela
Num clássico de Beethoven e num samba da Portela
No sangue que corre pelas veias dos valentes generais
E no sangue que escorre das tão cheias notícias de jornais
Tem poesia em uma criança que nasce e em seu comemorativo porre
Em uma pessoa que esvai-se e lentamente morre
No operário que luta pelo seu pão
No pobre salafrário que acaba na prisão
Nas águas que inundam o sul e se esquecem do sertão
Nos batuques, nas cachaças que rolam pelos botequins
Nos preconceitos sem graça dos cabelos pixains
É poeta quem aprecia e solta
Não fica mudo
Quem vê a poesia
Em todos e em tudo