Moça
Passei numa floricultura e ao ver umas rosas vermelhas tão lindas, perdi a noção, e pedi para a moça fazer um arranjo no capricho para a minha namorada. Paguei e fui embora, na metade do caminho me dei conta de que eu não tenho namorada.
E o por do sol deu à moça as boas vindas
não ofuscando a transparência do seu sorriso
e feliz, ela viu no ocaso tantas coisas lindas
que até bailou segurando as bordas do vestido!
O que eu posso ou devo falar desta moça tão linda?... Ah, já sei: você é simplesmente divina! Beijos.
A moça da janela
A moça na janela
De longe observa
Sente saudades
Revê em pensamentos
A sua gente distante
Seu tempo de menina
Vestindo suas bonecas
Infernizando a tia
E se sentindo princesa
Da avó embevecida
A moça na janela
Sorri pra não chorar
Toda vez que ver no mar
A distância que a mantém
Dos entes do outro lado
A menina do Brasil
Daqui um dia partiu
E agora olha pela janela
Da sua própria alma
Seu corpo de mulher
Lá longe ela espera
A hora do reencontro
E deixa escapar uma lágrima
Por quem não vai rever
Mas por certo há de sentir
É o preço a pagar
A moça na janela
Que em outro lugar foi morar
Mas deixou aqui ficar
A menina do Brasil
(Nane-13/11/2014)
É chegada a hora do enterro da ilusão, quero um velório com muitas flores, e muita canção.
Moça maldita, traiçoeira, fascinante e zombeteira, es-me aqui diante de teu pálido semblante, e não me comovo como antes, cansei das tuas enganações.
Oh, Ilusão que tão cedo morres, deixe-me ir agora forte, sem tuas garras celebrarei a morte.
MOÇA BONITA
Ao meu amor ela foi sincera, ela
Dos olhares puros, travessos,
Que de brasar furor; aos avessos
O meu coração de tremor é dela!
Foi desejo em simples começo,
Que de insanos, foi singela
Ao meu amor versar: Donzela,
Que antes, e tanto, estremeço...
Em cobiças a sinto, se exceder
Sem inverdades, ao seu olhar,
Que eu a amo em compreender...
Por teus anseios, em querer amar,
Moça bonita, de paixão prender
Que tão almejo teu amor provar...
“A moça ficava pensando se era possível que o moço pensasse nela tanto quanto ela pensava nele.”
— - Fernanda Arievilo
A moça passou a virada de ano em casa pois chovia muito lá fora, os dias se passaram e a chuva continuava, no site de previsão do tempo dizia que permaneceria a chover por mais uma semana, a moça sentia se triste, desanimada, logo no começo do ano ficar em casa, é muito triste pensava ela. Por um lado ela estava certa, dias nublados deixam os nosso pensamentos nublados também, dias chuvosos fazem chover pelos olhos, tudo parece pesar mais, é triste e desanimador, mas como tudo na vida dias nublados e chuvosos também tem um lado bom, a chuva lava a alma, leva embora amarguras, neuras, problemas, tristezas, mágoas, basta deixar a chuva fazer o trabalho dela, deixa a chuva entrar, deixa chover, deixa ela limpar sua alma, deixa ela fazer o trabalho dela, deixa ela levar tudo de ruim que você carrega e quando sol voltar você estará mais leve, mais limpa, mais pura, aproveite a chuva, dance, cante, se molhe, ou simplesmente olhe ela cair do céu e escorrer pela terra, você vai ver, uma sensação de tranquilidade e paz, escute o barulho da chuva cair, feche os olhos e imagine tudo de ruim que está com você ir embora com a chuva, vai tenta, aposto que vai dar certo. Não importa se está nublado, chovendo ou de sol simplesmente faça seu dia valer a pena, faça algo que goste, coma sua comida favorita, converse com sua família, passe um tempo com eles e você verá no final do dia o quanto aprendeu, o quanto seu dia foi proveitoso. Não é a chuva ou o sol que faz um dia ser maravilhoso, inesquecível, só depende de você, só você pode fazer o seu dia valer a pena.
Então moça não se desespere, não se entristeça, deixa chover, deixa a chuva cair, pare de se lamentar e faça o seu dia valer a pena.
- Fernanda Arievilo
AOS TEUS ENREDOS
Moça,
Mais doce que a tua beleza
Que o teu amor, que a tua expressão
Ao pulsar intenso do teu coração
Que os teus gestos de ternura e charme
Não hei de encontrar...
Moça,
Mais imensos que os teus sorrisos
Que o teu fulgor, que o teu encanto
Aos acalantos da tua paixão
Que o teu corpo altivo de prazer e desejo
Não hão de brilhar...
Moça,
Mais intensa que a melodia
Dos meus cânticos aos teus dias de alegria
Da tua esperança, da tua paz
Ao meu querer de te amar muito mais
Não haverão de cantar...
Moça,
Mais que você nem as flores
Nem mesmo aos perfumes dos teus amores
Mais que você não há...
Moça, eu sei que parece impossível mas vem cá, segure a minha mão e acredite: não tem ninguém te invejando ou tomando conta da sua vidinha inútil.
uma moça um pouco pedante
parada em frente a estante
devorou 12 autores para abrir o apetite.
depois Bach, da Vinci, Stravinsky e Magritte
era mesmo uma antropófaga, a mocinha pedante.
“Moça, aquilo é um arco-íris. Sabe o que ele significa pra mim? Significa que depois do temporal sempre aparece algo lindo, mesmo que seja passageiro. Aliás, nada dura para sempre.”
Moça, vem cá... vamos conversar...
Olha pra mim!
Vamos trocar gestos sutis...
Vamos trocar toques, carícias...
Vamos ser tímidas, vamos nos deleitar em vossos braços...
Vamos praticar o infantil, o imaturo...
Vamos desprezar o importuno, o inconveniente...
Vamos viajar, viver, tá junto,
como se só tivesse eu e você
nesse mundo...
Vamos mesclar poesias, prosas...
Vamos nos mesclar...
Sua alma será minha, minh'alma será sua,
Vamos! Não vale recusar...
Estou aqui pra você, toda, todinha sua para sarar
todas as suas feridas, todas as suas desilusões...
Vem!
Tô indo..
O primeiro amor de Valdira
Valdira era uma moça muito recatada que não gostava de ver novelas, ir à praia e até mesmo passear nas ruas da sua cidade. Ela achava isso uma exposição desnecessária. Uma pessoa bastante introspectiva. Certo dia um funcionário dos correios bateu em sua porta. Ela o atendeu dizendo: “pois não?” O homem olha-a bem dentro dos seus olhos profundamente, Valdira pela primeira vez na vida sentiu um calafrio na espinha acompanhada de uma ligeira vertigem.
“Carta para a Senhora Valdira” – Disse o homem. A voz dele atravessou seus ouvidos como uma melodia absurdamente linda, com uma amplitude que lhe fez gelar as mãos. Já um pouco trêmula, Valdira estendeu sua mão para receber a tal carta. O rapaz então aproveitou e propositalmente tocou em suas mãos. Foi o suficiente para que Valdira sentisse suas partes íntimas em chamas. Situação que ela nunca havia experimentado, nem vivido, nem sequer imaginado.
“A Senhora pode assinar aqui para declarar que recebeu esta carta registrada” – Disse o rapaz entregando-lhe uma caneta esferográfica para obter sua assinatura. Valdira estava tão trêmula que mal conseguia assinar o documento. O rapaz notou a sua aflição e disse-lhe que poderia sentar um pouco e esperar que ela ficasse mais calma. Ainda aproveitou para pedir-lhe um copo d’água.
Valdira tentou dizer ao rapaz para entrar e sentar, enquanto ela iria buscar água para ele. As palavras saíram com muita dificuldade. Mesmo assim, o rapaz entendeu, entrou e sentou no sofá de sua sala para esperar a água.
Quando ela conseguiu voltar, estendeu-lhe um copo com água, o rapaz novamente tocou em suas mãos. Valdira teve um escurecimento parcial de sua visão, enquanto uma secreção escorria-lhe pernas abaixo. Ela não se conteve de pé e teve que sentar-se para não cair. O rapaz agradeceu-lhe pela água, e perguntou-lhe se poderia voltar outro dia para vê-la, sem que ele estivesse de serviço. Ela por sua vez, e já sem voz, balançou sua cabeça afirmativamente. Ela mesma não acreditava que aquilo estava acontecendo. E assim foi o início de um grande amor, que resultou em cinco lindos filhos do casal Valdira e Edvaldo Maciel.
Charles Silva – Textos
charleshenrysilva@hotmail.com
Publicação registrada, todos os direitos reservados
https://www.facebook.com/pages/Charles-Silva-Textos/302098553266364
http://www.recantodasletras.com.br/autor_textos.php?id=118203
http://www.poesiafaclube.com/membros/charlessilva
https://plus.google.com/u/0/100099431252456950304
JANELA ACESA
A moça se inclina sobre o parapeito,
silêncio, flor branca guardada.
Perdida de mim, a moça ausente me olha.
É a minha alma que ela espreme entre os dedos ferozes.
A moça habita o azul,
entre nuvens, anjos e pássaros, seu rosto sem sol.
Suspensa nos olha, atrás da vidraça, seu nicho de santa,
sua vida que eu não conheço.
De longe eu a vejo, princesa do céu,
enquanto estou preso em mim.
A MOÇA (Autor: Henrique R. de Oliveira).
lá na rua da moça
na orla da moça
da rua na esquina
serena e solta.
a frente passa
e aguardo o verso
tecido vestindo
a curva da moça.
pro lado e pro outro
o verso da moça
balança solto
na prisão do vestido.
E os olhos além
desperta o libido
no embaixo do pano
o escondido.
Da curva da moça
serena e solta
que lê os olhos
como mulher vivida.
Moça toda bonita,
Assim são as “coincidências” que aparecem em nossas vidas.
Um olhar, um sorriso aberto e um beijo esperto. Não me contive, fiz um convite atrevido e foi deferido, nem esperava ...era só o que eu precisava.
Dengosa , cheia de prosa e trejeitos... bem feito, agora não tem mais jeito.
Já entrei , sentei e estou muito à vontade. Gostei, não vou resistir nem desistir .. . mas saio se você pedir.
Quanto aos seus calos acredite, não quero machuca-los...mas gosto de ver a etiqueta descendo pelo ralo e você se transformando numa fera selvagem... em meio a uma gostosa e doce sacanagem.
Não preciso nada mais que seus braços e abraços... só eles já me fazem seguir seus passos.
Ah! A razão e a racionalidade nem sempre foram minha prioridade.
Sim, sou comprometido, mas fui corrompido e nem sei quem é o culpado muito menos o cupido.
Isso é amor ???
Leia Jabor.
Por Joaquim ...