Mistério
O etéreo onde floresce
Um mistério na estação
Tua existência Jacarandá
Unida com o meu coração
Bonito e adorado amor
Rota ameríndia imparável
Onde eu e você somos o inevitável.
Sereia no mar
do seu silêncio,
do mistério,
A noite ainda não
caiu e as luzes
sequer foram acesas,
Para escapar do que nem
ouvi mergulho em poemas.
Amor de minh'alma
Risonho e sedutor
Reina em mim
Indelével
Este mistério
Silencioso
Generoso
Admirável que constrói um
Reinado em mim.
De maneira implacável
você me põe presa
debaixo do seu mistério,
Não quero como poeta
continuar sendo
inimiga de mim mesma
por não tirar você da cabeça,
Pelo fato de não ter
você por perto ainda não
escrevi sequer o melhor verso
que me leve florescer
cravos e rosas para enfeitar
o nosso sagrado jardim secreto.
Tom de tese
O tom da cor da folhagem
Desperta-me coisa mística,
O mistério de uma imagem,
Não funesta, mas artística!
Ao pensar no aspecto da cor
O que faz uma pigmentação
No vasto de toda a criação
A luz do dia ou a lua do amor?
Seria minha ingenuidade até
Pensar apenas na fotossíntese
Ou pensar na natureza com fé!
Por certo, os bichos na síntese
Também tem mistério até no pé
E gente também no tom da tese!
"Você surgiu na minha vida como um encanto, trazendo um mistério que roubou a paz dos meus dias. As noites, antes tranquilas, tornaram-se longas e insones. Com você, descobri o belo, o puro e a sinceridade. Com você, conheci o amor."
Há um enigma, há em nós um mistério,
- algo que sublima, algo etéreo
Algo escondido por debaixo dos lençóis,
- vejo-me com você
- abraçados -
Escutando o cantar dos rouxinóis.
Lindas flores que hão de ser
Apreciadas em tua companhia,
- sim, tenho muitas coisas para sonhar
Noites que não irei mais encontrar a cama vazia,
- sim, estou aqui a nos imaginar
Das poesias brotadas de você
- sim, estou pretendendo revelar...
Dos silêncios que hão muito de nos falar,
- nos teus suspiros eu hei de escutar
Sinto os sabores dos vinhos
Que você há de harmonizar e me servir;
- sinto que muitas coisas boas estão porvir.
Eu tenho desejado diariamente,
Que os nossos enigmas reunidos,
E mistérios não solucionados
Vinguem como um canteiro,
De amores-perfeitos,
Que eles sejam mais do que eternizados
E pelos céus sejam protegidos,
Estejam escritos os nossos destinos
- divinizados....
Não há mistério
sobre o acontecido
em Pacaraima,
e mesmo que
eu quisesse
esquecer disso,
não há como,
porque isso
tem nome e se
chama terrorismo.
Corre na veia o
sangue nômade,
com o terror não
tenho paciência,
porque só a Deus
doa a clemência
quando não há
autoridade para
investigar e prender,
quem passa a tomar
conta é o destino
e ele nunca
tem medo,
em nem tempo
com gente que
não presta,
pois para ele
não há nada
ali que valha
a pena perder.
Na fronteira sou
maior que todos
os que se
acham grandes,
enquanto eles
naufragam no ego:
eu apenas sou
uma brasileira
com alma de imigrante.
Da minha curvatura
No teu hemisfério,
De toda a loucura
No teu mistério,
És meu império...
Do meu ministério
No teu paraíso,
Do avanço firme
No teu saltério,
És meu desidério!
De todo o beatério:
Na verdade prefiro
De vagar em vagar,
No teu corpo chegar
És nascido para amar...
Do meu alucinante olhar
No teu brilho a desnudar,
Do teu invadir discreto
No meu corpo a revelar,
És meu caminho sem reverso.
Estou em todo o lugar
Nasci de um mistério
Misturado ao teu paladar
Cresci no teu coração
Mergulhei no teu olhar
Escolhi um pavilhão
Aceno de um doce amor
Solitário, e bem perdido
Resolvi resgatá-lo
Para desenhar o sorriso
Em versos bem protegido
- resguardá-lo -
Porque não tive a coragem
De ainda por ele lutar
- e atentá-lo -
Sobre os meus sensuais 'versos'
Você os aprecia como ninguém
E os interprete até como confissão
No giro das horas que passam
No baile de todos os formosos astros
Que nos brindam com demonstrações:
De dois que não resistem as distâncias;
E, não temem o tamanho dos oceanos.
Estou até no teu respirar,
Quando vier, que venha liberto!
Que venha para libertar,
Para elevar os graus dos amplexos.
Quando vier, que venha desprendido!
Como quem busca um colo,
Para ver o tempo passar.
E também só para de amor conversar.
Estou por todos os teus passos,
Em todos os abraços - não dados,
Estou presente no teu desassossego
- visível -
Por não me ter lado a lado,
No fundo bem sabemos,
O que cada um pensa e deseja,
O amor do jeito que vier não é problema,
Todavia, o quê nos falta é audácia,
Para beber desse escândalo tão íntimo,
Que para muitos não é mais segredo,
Com as tuas mãos no meu corpo,
Eu hei de escrever o mais belo enredo,
E as cenas de volúpia sem nenhum medo.
No meu peito eclode solar,
Um mistério brilha o olhar,
Longe de tudo e do mundo,
É floração casta a desabrochar.
Livre do despautério alheio,
É leveza de ser e de viver,
É certeza de amar e querer,
É fortaleza sem tabu e receio.
Como é bom te rever no seio,
Revelado melhor ainda será:
amíúde e bem devagar
Sem pressa de nos desfrutar.
Nada ameaça a primavera,
Mesmo aquela adormecida,
- É primavera tímida,
Delicada, poética e dourada.
Livre como um passarinho,
O coração sem noção de perigo,
- Pedindo carinho e abrigo.
Suave como uma borboleta,
O coração segue a mística,
Sempre com certeza crística.
Sinceras centelhas de luz,
Poesias de minha coragem,
Que levam ao mundo beleza,
E dão sentido à paisagem,
Flutuam, vão e e nos veem;
Frutos dessa minha fantasia
Carinhosa e estrondosa,
- acólita e recólita
Crente e indecifrável,
Coisa de quem escreve para si,
- sonhando viver para ti
Divagações amenas, apenas.
O mistério dos teus olhos,
Castanhos e nordestinos,
Lembra os dias coloridos,
Marcante como passos,
Na areia e no coração,
O étereo beijo não dado,
Pela poesia sublimado,
Mas não esquecido,
Ainda me balança,
Tal como a palmeira
Ao vento de maracaípe,
Confundo Pernambuco,
Com Sergipe, e até parece
Que bebi um alambique.
Eu te vejo em boas letras,
Invernais e de verão febris,
Porque és meu chão,
És meu Norte e meu Sul,
Nem desconfia que és meu,
Tu és meu tudo e meu nada,
Tens todas as misturas,
Do que chamam de raças,
És verdejante por tuas matas,
Auri e profundo pelo teu ouro,
Azul pelo teu céu e teus mares,
Pleno, celeste e Sudeste,
Lindo até no seu Centro-Oeste,
Em berço coroado de estrelas,
És a minha constelação - e meu país.
Arranco de ti um poema
como se fosse um beijo,
Desvendarei o teu mistério
- e o teu sabor
Não me importo, o amor
tem o seu próprio jeito.
Busco por ti não importando
- por onde for,
Os nossos hemisférios ganharão
- o ritmo do amor,
Não temo dar ao tempo
o seu próprio tempo,
Dou-te tudo, inclusive, o meu galopar,
Resolvi para você me entregar.
Teço planos como o bico das gaivotas
desenham o mar
- debaixo do sol e de chuva -
estou a te esperar,
há uma encantadora vontade
para te devassar...
Estou aqui hipnotizada a nos imaginar...
Duma forte e ditosa paz semeada
- resolvi ser tua,
Podem dizer que é delírio de amor
- não ligo,
Resolvi ser tua namorada
- bendigo,
Sou tua flor perfumada à luz da Lua.
Neste teu corpo, navegar é preciso,
Quero o teu delírio de amor, e o teu feitiço,
Não ligo que me digam que estou perdendo o juízo,
Tenho um céu, um mar e um bom motivo;
Não preciso de mais nada a não ser te sentir,
Tenho a urgência do teu amor,
Só me falta mesmo é ter o teu calor.
Vem logo!... Meu amor mais que doce amor!
Tenho por ti a mesma leveza
de uma borboleta azul,
Moro aqui em Balneário Barra do Sul,
A minha saia rendada
pelo vento balançada,
Faz coreografia para colocar
a tua vontade atiçada,
Só de te aguardar aqui
nessa praia tranquila,
Planejando entregar para ti
as peraltices meninas,
Trago por ti uma ternura que não termina,
e uma carícia ensolarada:
ainda hei de ser tua amada.
O contorno dos teus lábios me provocam, Estou embevecida dos teus carinhos que me tocam, O mistério desses olhos castanhos que me contagiam.
A cada véu retirado, Por cada mistério que ainda há de ser, Quero experimentar o sabor desse amor - e por ele me render...
Mergulhada na magnitude desse mistério, Sei que o amor nos conduz bem alto, E que te amar é cultivar o jardim da cumplicidade...
A cada véu revelado, O mistério reverberado ao pé do ouvido, É nesse profundo dos castanhos dos teus olhos - o amor será a cada dia revelado
A minh'alma deseja morar no mistério escuro desse olhar castanho, O coração não tem mais dúvidas que deseja mergulhar nesse remanso...