Misericórdia
Graça é Misericórdia são manifestações da bondade de Deus para com o pecador nesse mundo caído.
Enquanto estamos vivos, a Graça concede bênçãos que não merecemos. Já a Misericórdia, nos preserva do juízo que merecíamos.
Nenhuma escritura pode significar que Deus não seja amor, ou que sua misericórdia não seja sobre todas as suas obras; isto é, o que quer que ela prove, nenhuma escritura pode provar a predestinação.
A salvação não é algo distante, é uma coisa presente, uma bênção da qual, pela livre misericórdia de Deus, você agora possui.
É melhor errar por excesso de misericórdia do que por excesso de severidade. Queres te tornar um santo? Sê rigoroso contigo, mas gentil com os outros.
A Disposição de Deus Para Perdoar
A natureza divina é rica em misericórdia (Ef 2.4), não necessita de nada para tornar Deus misericórdiamente disposto a oferecer o perdão gratuito a pecadores ARREPENDIDOS.
O Primeiro e o Segundo Testamento demonstram essa disposição para perdoar, bem como as seguintes características de Deus:
A santidade de caráter para nossa reverência é imitação (Lv 11.44-45), livre de qualquer vingança ou retaliação (1ª Jo 1.5-7; 1ª Pe 1.16; Ap. 4.8).
Amor ou benevolência imparcial, que leva a Deus a adiar o julgamento e oferecer o perdão (Jr 31.3). O caráter moral essencial de Deus (1ª Jo 4.8).
Bondade e benignidade, uma disposição voluntária interior (Sl 86.5) movendo a mão de Deus para conceder muitas bênçãos (MT 7.11).
Graciosidade, inclinando-se em bondade em relação ao interior (Ne 9.17).
Misericórdia, o fluir do terno espírito de compaixão (Lm 3.22); um sentimento de empatia com a miséria e a desgraça da humanidade (Ef 2.4).
Longanimidade, tardio em irar-se e paciente diante da provocação (Na 1.3); tardio em punir nossos erros e pecados (Rm 2.4; 2 Pe 3.9).
Filantropia, amor pela humanidade, expressando a afeição de Deus (Tt 3.4).
Bem, no sentido da beleza moral (Jo 10.11; Hb 6.5).
Bondade, manifestando-se em boas ações (Lc 6.35; Rm 2.4).
Graça, alegria e prazer em demonstrar misericórdia (Rm 3.24).
Alegria ou benevolência em oferecer a expiação pelo pecado (Lc 18.13).
Compaixão, um anseio emocional pela salvação do homem (Mt 9.36; Tg 5.11).
Piedade, preocupação pesarosa com trágico estado do homem (Rm 12.1; 1ª Tm 2.4).
Simpatia, compadecer-se de nossas fraquezas (Hb 4.15).
Consolo, chamado para receber força e bênção (2ª Co 1.3, do Pai; em 1ª Jo 2.1, do Senhor Jesus; em Jo 14.16, do Espírito Santo).
Paciência, tolerância com o dano e o abuso que a para a prática do mal pode causar (Rm 15.5).
Indulgência, retendo ou adiando a punição (Rm 2.4).
Portanto, ninguém precisa temer a falta de perdão, pelo contrário, Deus é riquíssimo em amor e misericórdia!
Pense nisso e ótima semana a todos!
No Amor do Abba, Marcelo Rissma.
John Wesley, a Oração e as Obras de Misericórdia.
Wesley estava comprometido com uma vida de oração e adoração, mas ele acreditava que ajudar o próximo em necessidade tinha prioridade até mesmo sobre a oração e outras obras de piedade.
“Deste modo, o cristão deve mostrar seu zelo pelas obras de piedade, mas muito mais pelas obras de misericórdia, sabendo que Deus quer misericórdia, não sacrifício (Os 6.6; Mt 9.13). Sempre, portanto, que umas interferirem com as outras, as obras de misericórdia devem ser preferidas. Até mesmo a leitura, a audição e a oração devem ser omitidas ou adiadas para que seja cumprido o chamado do Senhor à caridade quando somos chamados para aliviar a angústia de nosso próximo, seja no corpo ou na alma.” John Wesley (sermão sobre zelo).
Tiago 2:14-20: Meus irmãos, qual é o proveito, se alguém disser que tem fé, mas não tiver obras? Pode, acaso, semelhante fé salvá-lo? Se um irmão ou uma irmã estiverem carecidos de roupa e necessitados do alimento cotidiano, e qualquer dentre vós lhes disser: Ide em paz, aquecei-vos e fartai-vos, sem, contudo, lhes dar o necessário para o corpo, qual é o proveito disso? Assim, também a fé, se não tiver obras, por si só está morta. Mas alguém dirá: Tu tens fé, e eu tenho obras; mostra-me essa tua fé sem as obras, e eu, com as obras, te mostrarei a minha fé. Crês, tu, que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios creem e tremem.
Pense nisso e ótima semana!
No Amor do Abba Pater, Marcelo Rissma.
O milagre da multiplicação é do tamanho da misericórdia com seus irmãos e a gratidão em seu coração.
Como é a Sua majestade assim é a Sua misericórdia.
"A predestinação calmamente considerada", 84 (X, 256).
Em Cristo, que é plenamente Deus e plenamente homem, a justiça de Deus e a Sua misericórdia se encontram de forma perfeita e redentora.
Entre o amor de Deus, e o amor dos homens vemos que Deus cobre com a sua graça e a sua misericórdia todos os nossos pecados, enquanto o homem com o seu ódio e egoísmo partidarista julga o exterior sem olhar o interior santificado pela graça de Deus.
Diante de tanta maldade na humanidade, ainda podemos ver a misericórdia e a compaixão nos corações daqueles que conservam em si as raízes do amor de Deus, e que aprenderam que a sua graça não escolhe os capacitados, mas capacita os escolhidos que escolheram colocar toda a sua esperança Nele.
Assim como tudo que existe e é mantido pelo amor de Deus, e a sua bondade e misericórdia é a sua graça em ação. Vemos que o homem tem um vazio em seu ser, do tamanho de Deus, e que só a sua presença pode preencher.
Seremos então plenos em todas as áreas de nossas vidas, quando aprendermos que a misericórdia sempre triunfará sobre o juízo daqueles que não tem misericórdia. E assim, quando compreender que a graça que nos e disposta por Deus em Cristo, nos faz viver sempre de forma abundante em todos os sentidos.
A graça de Deus, nada mais é do que a sua bondade, e misericórdia em movimento. E que se manifestam pelo poder do seu amor no resplendor da sua glória em tudo que foi criado.
Deus sempre nos perdoará incondicionalmente, e infinitamente através da sua graça e misericórdia em Cristo. Mas o homem, sempre buscará um meio de ser justificado pelas obras das suas mãos, e obediência a Ele. Sem saber que não é a nossa obediência que nos torna justos e perdoados, mas sim oque Ele faz em nós, e através de nós pela nossa fé Nele.
Quando a graça, o amor e a bondade de Deus se unem, se manifesta em seu ser a sua misericórdia que é a razão de não sermos consumidos nesse mundo. E assim, compreenderemos pela fé, que mais vale um dia da sua misericórdia e graça em nossas vidas, do que uma vida inteira de favores das pessoas.
A graça de Deus, quando unida com o seu amor, e manifesta em atitudes de misericórdia e bondade pode transformar o vale dos ossos secos de cada pessoa em um canal de santidade por todo uma vida.