Miséria
Se a miséria dos pobres não é causada pelas leis da natureza, mas pelas instituições, é grande o nosso pecado.
Dia da Criança
Luzes nas ruas, risos, cores,
brilho das vitrines em festa.
Um carro, vestido novo, um trem.
Gente que passa e não presta
atenção nos que ficam à margem
do encanto das luzes,
no espanto do menino
que erra sozinho,
perdido na cidade.
Que fere, maltrata
e destrói com maldade
os sonhos de criança.
Que rouba no berço
o carinho da mãe,
que cedo levanta
e tanto trabalha,
escrava submissa
do asfalto,
alheio e sem dó
de seu filho, tão triste
e tão só.
Com sua vozinha, fraca
e cansada,
fica nas ruas perdido
a pedir por presente
apenas um dia só seu;
pois não sabe, afinal, distinguir,
como alguém, que com fome
cresceu,
nos anúncios das lojas
que gritam e proclamam
que ele também é criança
e esse dia é o seu.
Pingo de gente
Pingo de gente, já perdido
pelos cantos da cidade.
Parado nos bares, nos bancos,
pelas ruas tristes da miséria.
Menino na idade,
crescido nos hábitos.
Semblante amargurado,
sem esperanças, sem ilusões,
na crua realidade
de nossa terra.
Brasil sem lógica, futuro
ou piedade.
Exemplo materializado
da guerra do ser
e do não ser.
Brasilidade!
Será a pobreza-criança, fatigada,
abandonada,
a derramar seus rancores
em gritos e apelos?
Infância sem futuro,
marginalizada.
Submissa aos planos
dos doutores,
em miragens heróicas,
e a esquecê-los,
entre o real e a bela fantasia
de construir um mundo
sobre o nada,
em montes de papéis
e de promessas,
que salvarão, por certo,
da agonia
a pátria-criança, abandonada
no lixo pútrido da ignomínia
para que o cancer do descaso
correndo a cada passo
do gigante, a alma fria,
destrua-lhe no embrião,
antes que cresca
o filho pobre a reclamar
justiça, e a vontade
da luta e da conquista
onde o povo oprimido
lhe apareça
a plasmar por si
a própria história,
como a obra-prima
de um grande artista.
Pega ladrão!
quando passar correndo o menino,
tão magro e rasgado,
com a bolsa roubada
à madame
ao repentino clamor
que lhe segue,
não ouça!
pois, não sabem
que o pequeno ladrão,
desceu dos morros
e da miséria
onde algum dia (oh triste ilusão),
algum político a mais,
por pilhéria na certa,
a todos dizia
que o drama da morte acabara
e nunca mais fome teria
(porque se eleito…).
Mas, coitado, bem viu
que o doutor esqueceu
a promessa.
E agora na gente que grita
e com pressa
corre atrás do menino ladrão,
eu vejo somente
o desprezo
de uma fração poderosa
que vive alheia do povo
que ri da desgraça e destrata
que esquece as promessas
e, de novo,
vai pedir a esse povo
que maltrata.
O homem que vive da própria imagem projetada não suporta o isolamento, o confronto solitário com a própria miséria (que é a experiência diária do fiel cristão). Isolem-no, e ele ruirá como um castelo de areia.
Não sei o que é mais desolador: a indiferença pela miséria social que se nota diariamente na maioria dos que foram favorecidos pela sorte ou que subiram pelos seus próprios méritos, ou a afabilidade soberba, importuna, sem tato,embora sempre compassiva, de certas senhoras da moda que afetam sentir com o povo. Essa gente peca por falta de instinto mais do que se pode supor. Por isso, com surpresa sua, o resultado de sua atividade social é sempre nulo,freqüentemente provoca repulsa, o que é interpretado como prova da ingratidão do povo.
Dificilmente entra na cabeça dessa gente que uma atividade social não consiste nisso e que, sobretudo, não se deve esperar gratidão, pois, no caso, não se trata
de distribuição de favores mas apenas de restabelecimento de direitos.
A maior herança que minha geração deixará para seus filhos é a fome e a miséria, que cresce com a mesma velocidade que o ego dos homens.
Ao fim de tanto viver, ao fim de tanta miséria, falsidade e mau carácter conhecer digo com toda a convicção que a única luta que merece o meu esforço é a luta que travo por mim mesma, pelos meus objectivos, pelo meu conhecimento pelo meu futuro. Pessoas, por muitas lutei, por muitas me preocupei posso não ser a maior lutadora deste mundo mas lutei á minha maneira para que as pessoas abrissem os olhos, para que as pessoas escolhessem o caminho certo e tudo o que ganhei foram facadas, foram dores foram mágoas eternas, feridas que podem até adormecer mas que deixaram uma marca permanente não só na minha memória como no próprio modo como encaro o mundo e as coisas, tenho medo sim, hoje tenho medo de me aproximar das pessoas porque se há coisa que aprendi é que as pessoas que mais se gosta são as primeiras a abandonarem-nos, trocarem-nos e desvalorizar os nossos problemas devido ao seu permanente egocentrismo. Hoje sei também que as desilusões me fizeram ver muita coisa a qual antes desvalorizava, me abriram novos horizontes e me tornaram uma pessoa diferente para melhor; mas por outro lado deixaram marcas irreversíveis, feridas por sarar que me fazem fugir, que me fazem desejar ser transparente, se de um lado ganhei forças para uma coisa perdi-as totalmente para outras, mas não vou desistir de mim, vou sempre lutar para tornar a ferida menor para fazer com que cada vez menos esta se note e vou conseguir apenas preciso de sarar as antigas feridas até me sentir aventureira o suficiente para me arriscar a “angariar” novas feridas, cada coisa a seu tempo e tempo é coisa que se deus quiser não me há de faltar.
Acredito em mim, nas minha capacidades, tenho grandes falhas, grandes defeitos, más características que fazem as minhas capacidades não se mostrarem em todo o seu potencial mas o mais importante é que acredito em mim, vou conseguir expulsar os fantasmas do passado =D
Corrupção, sujeira da nação
Políticos sem coração
Destruindo a constituição
Trazendo miséria e morte
Para a população
Corrupção, enganação
Resume esta nação
Sujeira que não se limpa
Com água e sabão
Infelizmente, nossa sociedade
Com suas mentes atrofiadas
Tem preguiça de pensar...
Entregues ao pão e circo
Sossegados em seu lar
Conformados e hipócritas
Desinformados e idiotas
Seguindo um roteiro
Escrito pelo governo...
Muito triste ver
Hospitais lotados, sucateados...
Pacientes desrespeitados
Pobres coitados
Abandonados pelos governadores
Pessoas com muitas dores
Esperando a morte
Nos corredores
Crianças morrendo de fome
Merenda escolar roubada, que vexame
Me entristeço ao pensar
Até quando esse desrespeito
Vai nos atormentar
Essa roubalheira tem que acabar
Para que a nação possa avançar...
Conscientização, humanização
Essa é a solução
A melhor arma
Para a revolução!
O homem vive em miséria não porque ele esteja destinado a viver na miséria, mas porque ele não compreende sua própria natureza, seu potencial, suas possibilidades de crescer. Essa não compreensão de si mesmo cria inferno.
Compreender a si mesmo é ser naturalmente extático, pois êxtase não é algo que procede do exterior; é a sua consciência descansando em sua própria natureza.
Lembre-se dessa afirmação: sua consciência repousando em si mesma é tudo que a alegria é. E estar relaxado no próprio ser é ser sábio.
Crie toda a felicidade que você for capaz de criar; remova toda a miséria que você for capaz de remover. Fazendo isto todos os dias você irá trazer algo de bom aos outros ou diminuir seus sofrimentos.
Ser homem é ser responsável. É conhecer a humilhação diante de uma miséria que não parecia depender de nós. É orgulhar-se de uma vitória obtida pelos companheiros. É sentir, ao colocar nossa pedra, que contribuímos para a construção do mundo.
Se não houvesse tristeza nem miséria, se em todo lugar corressem águas sobre as pedras, se cantassem aves, a vida podia ser apenas estar sentado na erva, segurar um malmequer e não lhe arrancar as pétalas, por serem já sabidas as repostas, ou por serem estas de tão pouca importância, que descobrí-las não valeria a vida duma flor.