Minhas Botas
E só o que sobrou da minha bota
Foi um buraco de bala
É a maneira carinhosa que ela tem de me dizer
Que não quer ver o meu focinho nunca mais.
Apagando pegadas.
Na minha mania de escritor...
Calcei minhas botas...
Celei meu cavalo...
Desenrolei minha guaiaca....
Conheci o seu real aperto....
Fui em busca das minhas pegadas que em outrora eu deixei....
Estimulei meus versos...
E pelas montanhas da emoção , cavalguei...
Aprisionado e desgastado pelo tempo...
Despertei meu lado de poeta..
Pegadas antigas...
Únicas e somente minhas...
Quase não encontrando mais....
Me perguntei...!
Será se foi descuido meu..?
Achei a lua...
Pedi ajuda a ela...
Mesmo assim tropecei....
As pegadas se misturaram...
Tirando-me o prazer de saber quais eram as minhas de fato...
Mais um poeta quando ele é capaz....
Usa a luneta da alma..
E identificando uma á uma...
Pelos labirintos da vida...
Desilusões e ilusões
Não permitindo em mim...
Algo sentido de uma falsa poesia...
Desmanchei minhas escritas...
Picotei em minúsculos pedaços tudo que eu tinha escrevido na vida..
Me vi alí....
Eu e minha sombra....
Abatido...
Meus olhos marejaram...
A lua...
Clareava minha inspiração....
Na longa e dolorida dor noturna...
Nessa hora choveu...
As gotas apagaram....
Deixando tudo que sofri no passado...
Nas verdes pastagens....
Sinceras poesias emergiram...
Acendi a luz de minh"alma....
Matei a sede do meu olhar....
Feliz....
E novas pegadas....
Pela vida estou deixando....
E num futuro qualquer...
Eu votarei e apagarei...
Nesse chão...
Que ainda pisarei....
Autor Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
Everything is broken
a rua está quebrada
minhas botas
estão quebradas
minha voz
está quebrada
meu pensamento
está quebrado
as portas estão quebradas
o despertador está quebrado
a noite está quebrada
a manhã
será quebrada –
há uma pessoa no mundo
que não está quebrada
e eu estou ao seu lado
como se não estivesse quebrado –
a alegria
está quebrada
o cansaço está quebrado
tudo está quebrado
Minhas botas surradas
Já me levaram a tantos lugares e já viram tantas coisas.
já caminhei pelo mundo, já voltei pra casa, já sai de volta.
Já andei a pé, já andei de carro, já andei a cavalo, já andei ajoelhado.
Já me viu na fé, já me viu orando, rezando, abençoando, clamando a Deus e a nossa senhora, já me viu quebrantado e reconstruído pelo amor divino e já me viu revigorado.
Já viu amores virem, já viu amores partirem, já viu amores ficarem, já viu amores sumirem.
Já me viu sorrir, já me viu chorar, já me viu cantar, já me viu orar.
Já me viu deitado, já me viu ajoelhado, já meu viu de pé e já me viu a caminhar.
Minha botas surradas;
já viu quem veio, já viu quem foi, já ja viu que foi e voltou, já viu quem decidiu ficar, já viu que decidiu partir.
Já viu as lições, os meus aprendizados, as minhas conquistas e os meus resultados.
Já me viu com amigos, com inimigos, com colegas e apenas com conhecidos.
já me viu sozinho, já me viu acompanhado, já me viu em família, me viu com meus pais e meus filhos, já viu minha vida.
Já presenciou vitórias, já viu derrotas, já viveu dias de lutas e já viveu dias de glórias.
Já me viu na lida, já me viu no campo e na cidade, já me viu sonhando e já me viu na realidade.
Minhas botas surradas já não são mais novas, nem as mais modernas ou as novidades, mas fazem parte de um caboclo com Histórias vividas, contadas, cantadas, e moldadas pelos caminhos percorridos por todas essas estradas.
Não, elas não são novas, são surradas, mais nelas possuem verdades, possuem valores, sabedorias, aprendizados e muito pó dessas estradas.
Minhas botas surradas, estão cansadas, já percorreram muitos caminhos, sinto que chegou a hora de aposenta-las.
Mas não de tirá-las da minha vida, ou da minha história, ou da minha jornada.
Elas estavam comigo quando mais precisei e vão estar comigo para onde eu irei.
Não mais sendo usadas, mas ali guardas em um lugar onde ela possam ver as novas caminhas, as novas estradas.
Minha botas surradas hoje descansam de sua jornada.
Autor
Roberto Viegas
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Caminhando eu vou...Na estrada da solidão, com minhas botas cobertas de "neve" , gorro Molhado, nariz vermelho e olhos lacrimejando.
Todos ganhamos armaduras basta saber qual é a sua, a minha são a frieza(peitoral),calma(botas),manipulação (espada),solidão (escudo), raciocínio (elmo)
Um louco, um vagabundo, digam oque quiserem,
Sou homem maduro e não um qualquer.
Minha vida tem somente um dono,
o velho pai no céu.
Aqui nesse mundo mesquinho,
Levo na garra, na bota e no chapéu.
Cachaça braba!
A serração ta pesada, a cachaça ta me castigando essa noite, minha bota ta cheia de lama, o piseiro foi além do que é bom.
Eita mundão doido ta tudo girando! Os espinhos estão todos esbarrando em mim; mas rapaz pensei que aquelas duas pedras uma em cima da outra fossem uma pessoa sentada. Ô, Ô, Ô, Ô, serração pesada não tô conseguindo ver um palmo a minha frente. Segura peão, fie do cabrunco! Gritei alvoroçado depois de tropicar no chão, ou alguém me empurrou, vai saber!
Óia minha casa ai rapaz, né que deu certo, cheguei trançando as pernas, mas cheguei firme e forte. Tomar banho o escambau! Eu vou é cair de cara nessa cama de bota e tudo, até mas ver companheiros e companheiras.
Tô usando minha bota favorita
Daqui pra frente eu não quero nem pensar
Eu vou deixar pra lá
Já passei pelo vale da morte várias vezes e a morte me disse que não era a minha hora.
Bota foco força e fé na caminhada que tudo dará certo 💪 as melhores coisas demoram para acontecer mas quando acontecem é uma maravilha.
Pega foto minha e bota no seu mural
Nunca faço nada, é tudo tão natural
É que pra mim é normal, você não viu nada igual
E claro que essa noite eu vou
Querer ele denovo
Bota tua melhor roupa
Passa na minha casa
fala no meu ouvido
baby please não para
Vou organizar um bota-fora da minha vida de agora, pra que no fim da jornada eu não tenha perdido a hora.