Minha Mãe
Estou cumprindo a promessa de honrar a minha mãe e a Deus, por ser algo importante para mim. (...) Essa é uma guerra espiritual. Por isso, eu não estou olhando para esse lugar de forma terrena. Se você não tiver uma âncora espiritual, será facilmente levado pelo vento e conduzido a uma depressão.
FEIRA DO TEMPO
Demétrio Sena - Magé
Minha mãe já demora e me preocupa,
pois me deixa perdido nesta feira,
nesta culpa infantil por ter ficado
entretido nas cores; entre cheiros...
Ela nunca voltou pra me buscar;
fico aqui, neste choro, a ver o mundo;
os meus olhos no mar e seus navios,
para dar um sentido à nostalgia...
E a feira do tempo não tem fim;
sua xepa se alonga no meu medo,
há em mim tanto caos e tanta espera...
O meu sonho perdeu a minha mãe;
meu silêncio ecoando além do além;
ela nem sinaliza; está bem mais...
... ... ...
Respeite autorias. É lei
Carta à minha Mãe
Hoje senti muito a tua falta, mãe.
Ontem também.
Os dias passam, mas
não apagam o reflexo do teu olhar protetor,
no caminho dos meus passos;
não esconde em mim a emoção
da tua eterna lembrança,
dançando nos espaços do meu relógio interior.
Minha mãe reclama que eu durmo muito...
Ela não sabe que sonhar me inspira mais do que qualquer outra coisa!
Se eu tô na rua... Minha mãe me liga trinta vezes.
Se eu tô em casa e ela na rua... Ela me liga trinta vezes também! É muito amor!!!!
NO COLO DE MINHA MÃE
Poeta Brithowisckys
Como pode um homem barbado de 70 anos sentir saudade e viver isolado do colo de sua mãe de 90? A distância pode separar momentaneamente dois olhares, mas nunca dois corações, que foram unidos pelo cordão umbilical. No nascimento, houve o a separação de corpos, mas não de almas. Por isto, Deus amavelmente criou o colo de mãe. Mas o que é COLO DE MÃE?... Colo é proteção quando os males do mundo nos metem medo e o pavor batem as portas. É aconchego quando abrimos as nossas pálpebras no escuro da noite, ou quando os ventos das incertezas açoitam sem piedade a nau de nossas da vidas, na solidão e a iminência submergirmos nos umbrais da morte. Ainda perdura em minha memória, os tombos que às vezes levava, e carcomido pela dor, implorava: sopra aqui mãe, no meu dodói, e ela ao invés de me condenar, perguntava: o que foi isso meu filho? e com jeitinho, com palavras carinhosas, dava um pequeno sopro que aliviava imediatamente, a dor. Ou quando o corte, ou o hematoma eram mais forte, colocava o “santo Merthiolate” ou Timerosal! Ela tinham razão nos cuidados, pois queria aliviar a dor do pequeno, sem ter conhecimento médico, aplicava no “machucado”, o remédio ou “Guemedinho” como chamava, cujas propriedades eram antissépticas e antifúngicas. Também recordo que uma vez bati a cabeça, criou um galo e ela colocava em vez de gelo, sal. Isto mesmo, porque nem geladeira, a gente possuía.
Ah! O colo de minha mãe! Quantas saudades dos tempos de criança, quando eu estendia os bracinhos e ela gentil e amavelmente me abraçava com carinho, deitava no colo, me amamentava e cantava uma canção de ninar até que o sono me dominava, e ela ternamente me colocava no berço, me balançava, me cobria, para não pegar um resfriado...mas se pegasse, fazia um chã de Erva-Cidreira e um comprimido de cibalena. Como queria neste instante, estar perto de ti minha rainha, sentir teu calor recostado em seu peito que me amamentou! Ah, mãe querida! Como é gostoso ouvir de seus lábios, palavras doces, edificantes, conselhos sábios para o dia a dia, e por toda a vida!!! Lembro que todas as manhãs quando acordava ia ao seu encontro, desesperado choramingando querendo um abraço, e mesmo cansada, das noites de sono mal dormidas enquanto velavas por mim, não me renegava, quando eu em submisso respeito implorava: A sua Benção, mãe. E ela dizia: Deus te abençoe meu filho, Deus que te faça feliz, Deus que te proteja. Bênçãos de mãe tem poder porque ela só pode recomendar, instruir, suavizar, proteger, guardar. Só ela tem o código genético pensado e doado por Deus e quer apenas o bem dos seus filhos amado. Ela pode ter 20 filhos, mas todos, ela os guarda e protege como uma leoa selvagem. Hoje sou um homem refeito, mas não tenho preconceito de querer ainda, que por instantes, deitar no colo aconchegante de minha mãe
Minha mãe é a natureza e cada criatura dela os meus irmãos. Ao ventre e ao colo dela pretendo eu um dia a voltar.
VONTADE DE MINHA MÃE
Hoje amanheci com vontade de mãe. É, amanheci, feito pão esquecido no cesto da noite para o dia, um murcho, outro seco, sem saber o que seria feito deles.
Amanheci assim, precisando tomar meus remédios, mas sem ter que tomar a iniciativa. Querendo alguém que me lembrasse, aqui estão seu remédios, não se esqueça. Ou então, apenas um - dormiu bem?
Coloquei-me em pé e segui em direção à cozinha como faço todas as manhãs.
Ao atravessar a sala de jantar, me aproximei de um pote de cerâmica, colocado no aparador, diria até, estrategicamente, herança que trouxe lá da “nossa” casa, quando tudo foi dividido, por ocasião da morte de meu pai.
Parei e com as mãos em concha, deslisei-as em todo o seu contorno, como se dentro dele estivesse todas as lembranças concretas, desde o dia em que juntas, mamãe e eu, compramos aquela peça.
Na época era cara, de bom artesanato. Ela gostou tanto e eu também. Isso foi há muitos anos, nem sei quantos.
- Ah leva mãe, não precisa dizer ao pai quanto custou!
Voltamos rindo do feito, com todo cuidado para que não quebrasse e sobrevivesse aos sacolejos do ônibus, na sua volta, mais de quatrocentos quilômetros longe daqui.
Respirei fundo para afastar a lembrança, a vontade de mãe, e entrei na cozinha.
Fui logo passar um café. Adoro café de manhã. Acho o meu café muito bom. Só que eu queria que ela estivesse ali para experimentá-lo e dizer que meu café estava “sehr gut”.
- Nossa, filha, você aprendeu a fazer um café sehr gut!
Levantei a xícara acima de meus olhos e ocultamente ofereci a ela. Então, desci a xícara devagarinho, como num ritual sagrado e quando senti aquele cheiro quente bem próximo às minhas narinas, sorvi gole a gole em silêncio.
Nunca uma xícara de café me pareceu conter tanta vontade de mãe...
melanialudwig - 21/08/19
Hoje mostrei a minha mãe um perfil no Instagram. São diversas fotos de um jovem que aparece com frequência mostrando seu corpo nú, claro, imagens censuradas. O comentário de minha mãe foi o mesmo que provavelmente muitas e muitas pessoas de sua época fariam e fazem: “- é para se aparecer?” Imediatamente respondi que não e que a pessoa é artista.
Entendo minha mãe pensar dessa maneira, afinal, ela foi criada em outro tempo e acabou de dar partida em sua vida digital, ou seja, acabou de mergulhar em um mar onde as pessoas diferentes podem ser elas mesmas por através de todos os muros de preconceitos, ainda lhe custará um par de anos até que entenda que o mundo evoluiu. Por isso, não julguem a ela nem aos que ainda não entendem nosso progresso. É uma questão de tempo.
No momento que falei a ela que a pessoa das fotos é artista, também lhe disse: quando é uma modelo na playboy, não tem problema? E se fosse o ensaio sensual de uma bela mulher? Essas seriam aceitáveis?
Minha mãe parou para pensar, não me respondeu, mas percebi que se pôs a mudar de opinião.
Nem tudo é preconceito, às vezes é só desinformação e desatualização.
Somos cristãs e isso não anula o respeito que tenho por qualquer ser humano, independente de sua profissão, cor, sexualidade, religião ou estilo de vida. Aliás, não deveríamos ter que militar em favor das pessoas por elas serem diferentes de nós, a evolução mental deveria ser natural, já que não é, vamos mostrar EM AMOR a quem ainda não entendeu que ser diferente é bom.
Ah! O perfil que mostrei a minha mãe é do @jupi77er
Palavra do dia: Pão
Na minha infância a minha mãe fazia o pão em casa. Pão não! Eram fornadas de pães no forno à lenha.
Fazer pão era um ritual que começava de manhã, desde a troca de fermento de litro vindo da vizinha, da lenha seca, cuidadosamente colocada no forno.
Enquanto se preparava a massa, deixando crescer até aumentar de volume. Aí sovava novamente com os punhos, deixando crescer mais uma vez. Untava as formas com gordura ou manteiga (caseira). Enrolava em punhados a massa, sempre sovando bem no formato do pão. Deixava crescer novamente. Enquanto isso, lá fora o fogo queimando a lenha até formar um braseiro, que ia aquecendo todo o interior do forno. Quando os pães estavam bem crescidos, rastelava as brasas do forno e colocava várias formas lá dentro e tampava a boca do forno com uma folha da lata, escorada com um pau cumprido.
De vez em quando uma espiada para ver se estava ficando no ponto.
A festa era quando desenfornava e a gente podia dividir um pão quentinho na manteiga que derretia, geléia de goiaba, entre outras e comer junto a um café com leite. Todos numa mesa grande com bancos na cozinha aconchegante.
Era muito bom!
melanialudwig
Aos 28 meu filho acha que já sabe de tudo
Aos 50 eu acho que não sei de nada
Aos 77 minha mãe se acha uma criança
CRIANÇA
Sonhava em ser milionário, para dar a minha Mãe uma vida de rainha (Assim como a da Inglaterra).
Descobri que a realidade, é muito mais caro que o sonho.
(Nepom Ridna)
Não tenho dúvidas de que minha mãe ficaria incrivelmente orgulhosa de mim, estou vivendo a vida que ela queria para si mesma.
Mamãe e Robertinho, discutindo pesada e acaloradamente , vira minha mãe e pergunta:
- quem está certo! Aliás, mamãe sempre muito incisiva, solta a bomba: eu estou certa né!
Robertinho puto, mas que faz direito, replica:
- Vó não vem chantagear com a sua posição hierárquica superior!
- como se a água virou vinho naquele instante, amorosamente, ele pergunta:
- pai, quem está certo?
- eu firme respondo, certo que com alguma cautela.
- em briga de librianos eu não meto a colher e concluo candida e amorosamente, e veio a veia irônica, pois não dá para resistir, afirmei :
- se eu fosse vocês, eu dava a lide por empatada e saio de fininho, deixando os dois putos comigo por pelo menos uma semana.
roberto auad
Deus coloca anjos em nossa vida em forma de pessoas, e um deles é a minha mãe. Uma mãe dedicada, atenciosa, amorosa, batalhadora. Uma mãe que elogia quando é para elogiar, que briga quando é para brigar, mas que tem muito amor para dar em todos os momentos. Te amo, mãe!
Universo e nós: uma sociedade ilimitada. Levei ao extremo o conselho de minha mãe para escolher boas companhias. Agora, vivo inspirado por orientações divinas.
Orgulho mesmo eu tenho é do meu pai e da minha mãe, eles sim fizeram tudo por mim e nunca me pediu nada em troca , só juízo .