Minha Mãe
Amar? Eu amo minha mãe. Então não vem repetindo mil vezes "eu te amo" pra mim, porque vou te achar um ser estranho. No meu planeta o amor é provado de outra forma, não em palavras, mas sim em atitudes. "Eu te amo" só depois de ter convivência comigo. Não vivo mais nesse planeta chamado ilusão, então nem vem. Eu quero palavras sinceras seguidas de atitudes. O amor não se resume em status no facebook, em presentes nas datas comemorativas, em cartas jurando amor eterno. O amor é dia a dia lado a lado.
Laura Minha Rainha, Mainha.
Pra minha mãe sempre fui um filho distante, um filho montanha, um filho gigante, um filho longe de seus afagos e abraços. Ela sempre imbuída de afeto e solidão. Sempre incumbida dos mais naturais cuidados zelos, preocupações pentelhas – Não suba no muro, não caia daí!.
Fui crescendo cheio de mimos por aquelas mãozinhas surradas pela labuta, labor afã.
Por aquelas palavras esbugalhadas de medo, sofrimento e dor.
Hoje crescido, minha mãe velha de pele marcada pela falta de amor e carinho. Me vejo cada vez mais distante dela porém ela ainda mais colada a mim. Debilita, limitada fisicamente, percebo que mais debilitado e limitado é o meu amor ou falta dele para com ela, um amor retroativo sabe? Eu totalmente vassalo a ela, "um grão de areia uma gota d'água", sempre fui desde da barriga, lugar aonde morrei, comi e bebi através dela. Ela que me permitiu viver junto das suas entranhas vísceras, aonde por 9 meses fui um órgão dependente de sua respiração. Onírico ao seus sonhos. "Deixar de ser óvulo, indefinição, projeto, embrião. Pra ser bebê, criança homem, varão". Enfim assim, de lágrimas no rosto e na alma, de pedra na garganta e na consciência. Reverencio você minha terna e eterna Rainha, minha mãe madre Mainha Laura. Seus feliz dia das mães.
Queridos Amigos..
Em face ao desencarne da minha mãe Maria Sallete, ocorrido no sábado último, só me resta agradecer muito à "Deus", pois sabíamos da gravidade da moléstia que instalou-se em seu corpo físico desde os meados de Junho deste ano, tolhendo-a gradativamente das suas funções físicas e motoras trazendo-lhe inúmeras dores e sofrimento físico, não obstante do amparo dos Benfeitores Espirituais acompanhamos a trajetória e a evolução desta "doença" que certamente atingiu não somente minha querida mãe, mais também colocou à prova a todos os que dela cercavam-se e que participavam da sua abençoada existência, somando exemplos, como do amor e carinho recebido do meu pai Pedro que dela nunca se afastou nem por um único dia nestes abençoados 61 anos entre namoro e casamento, tomo a liberdade de transcrever abaixo um diálogo que com certeza representa o Amor de Deus em nossas vidas, esclarecendo antes de mais nada que seu "Pedro" é ateu convicto:
-Pai, fica tranquilo que bem sei que Deus na sua infinita misericórdia esta a receber a Mãe com todo seu amor... - disse a ele.
-Ah ...Amauri você sabe que para mim..Deus não existe !
-Com certeza, mais me conta uma coisa vocês completaram 58 anos de casados mais 3 anos de namoro que completam 61 anos, então vamos aos números foram 61 presentes de aniversário, 61 presentes do dia dos namorados, 61 natais e 58 aniversários de casamento, nascimento de 3 filhos, 6 netos dentre outras tantas datas e comemorações ao todo nada menos de 241 presentes diretos, além destes últimos seis meses de dedicação quase que exclusiva onde a acompanhou por todas as tardes sem faltar um dia sequer, me diga então porque de tudo isso, feito com tanta alegria e felicidade?
-Ah ..mais isso é Amor, sabe eu a amo de todo meu coração e te digo que fiz e faria tudo de novo sem tirar nem pôr!
Pois é, assim para mim tornou-se muito claro que Deus, de acordo com suas crenças e convicções pode ter muitos nomes mais sempre será representado por aquele sentimento único que não tem nome ou exclusividade
...mais eu prefiro chama de Amor.
Agradeço a todos os amigos que de alguma forma puderam nos confortar nesta separação, momentânea mais dolorosa, que todos fiquem com a certeza que o maior consolo sempre será além da certeza do reencontro, o "encontro" com tantos corações amigos que em momentos assim, formam as "luzes" que iluminam nossos passos no caminho da vida...
E foi assim, no colo da minha mãe que eu chorei. Chorei um choro desesperado, cansado. Um choro pedindo por proteção, por piedade. Um choro pedindo refúgio. Me senti tão pequeno, tão indefeso, tão frágil. Minha vontade é desistir de mim. Não quero mais viver nesse mundo sombrio cheio de pessoas malvadas. Não quero mais me machucar e correr atrás de quem nem sequer lembra que eu existo. Eu sou um idiota. Idiota que quer ir embora. Mas ir embora não da vida, de uma ou duas pessoas. Mas ir embora pra sempre, de todo mundo. Cada dia que passa, eu cogito mais essa ideia. Eu preciso me encontrar. Estou perdido, sem rumo, sem amor e sem coração. Estou em prantos, cada vez mais desesperado.
A mulher mais linda da cidade
Minha mãe não entende o porquê eu não mudo mesmo depois dela ter me dado tantas broncas, mesmo depois de ter crescido, mesmo depois de passar a bancar o garoto maduro. Não entende que, mesmo depois dos vinte, eu nunca vou conseguir tomar sorvete ou comer macarrão sem me lambuzar feito uma criança de quatro anos, e ela vai sempre como uma boba ter que tirar às pressas a mancha da camisa branca, porque eu sempre digo que aquela é a minha preferida. Não entende que eu nunca vou me acostumar em acordar cedo, que eu vou sempre estar atrasado, correndo, atropelando os horários das refeições. E vai passar a vida reclamando que eu como coxinha de padaria, e que logo pegarei uma fraqueza e vou parar num hospital. Acho que ela não vai entender que eu nunca vou aprender a colocar água na forminha de gelo sem derramar, nem conseguir soltar uma gargalhada um pouco mais baixa, seguindo os bons modos que ela sempre me ensinou. Ela vai continuar reclamando que eu meto a mão na panela, que eu abro o forno antes do bolo ficar pronto. Não entende que eu nunca vou conseguir deixar de bater o dedinho do pé na quina, muito menos parar de ralar meus joelhos. Que volta e meia vou aparecer com um corte, mas não vou conseguir explicar como foi. E ela vai sempre como uma boba, com a testa vincada, preocupada ao ver o ferimento. Ela nunca vai entender que, ainda que eu tenha crescido, eu nunca vou aprender a descascar laranja, como também nunca vou aprender a fazer um bom suco, arrumar as malas para uma viagem sem colocar todo o meu guarda roupa lá dentro. Nunca vou trocar as meias por vontade própria, nem parar de colocar besteira na lista de compras. Minha mãe nunca vai entender meu armário desarrumado, minha gritaria no chuveiro, minhas cenas no celular. Nem as batidas de porta pra chamar atenção. Não adianta, ela sempre vai achar que é imaturidade, que essas atitudes são coisas de filho que não cresceu, e ainda vai pedir a Deus que um dia eu aprenda. Minha mãe não sabe, mas eu tenho um medo absurdo de um dia deixar de ser filho.
Ter perdido a minha mãe ainda tão nova, me fez crescer alguém pela metade. Parece que com ela, se foi também o meu norte, e eu sempre preferi ser alegre que ser triste, mas não tem jeito, vai sempre faltar alguma coisa. Ser a única mulher de quatro irmãos, me tornou filha única. Agradeço pela vida do meu pai, pelo seu caráter irrepreensível, mas nunca ter recebido um beijo, um abraço e ouvido um “eu te amo” dele, me fez entender que o afeto é mais emergencial que escola cara. E foi aí que eu bati de frente com um ditado que diz: cada um só consegue dar o amor que recebeu. E eu posso dizer com todas as letras, que não recebi amor, cresci sem colo, sem afeto, sem as mais lindas palavras, mas eu desafio alguém ter mais amor pra dar do que eu. E sem demagogia nenhuma, eu afirmo que eu sei o que é amar. ;)
"Certas coisas me fazem chorar, como um abraço que não recebo de minha mãe, como eu te amo com a voz dela."
Perguntei pra minha mãe: Dá pra voltar pro seu ventre? e ela singelamente olhou-me nos olhos e disse:
NÃO!
Mas dá para parar de viver inventadas inverdades verdadeiras que não são suas... e inventar as suas!
Eu gostaria de dizer para todo mundo, o que minha mãe dizia para mim quando eu era criança:
Se cada um arrumar sua própria bagunça, a casa estará sempre limpa...
Se cada um fizer sua parte, o mundo será belo!
"Queria acreditar que os conselhos da minha mãe são certos erros e que os homens não são todos iguais. Mas a vida e principalmente você, me faz acreditar nisso."
Minha mãe me protegeu da infância à juventude para que não seguisse o caminho errado e mesmo assim algumas vezes o desviei. Mas graças à ela jamais experimentei coisas ruins em minha vida.
Minha mãe sempre me disse que ser bom faz com que sejamos melhores em tudo.
Sentir a dor do outro,nos torna mais sensíveis,mais sofríveis,mais humanos...
Sozinho aqui no quarto tentando imaginar, mas como vou conseguir pensar se minha mãe não parar de falar!?
LEMBRANÇAS COM MINHA MÃE
As grandes e preciosas lembranças que guardo comigo são da minha infância, exatamente dos anos em que nos meus dias a presença de minha mãe era constante...
Consigo lembrar-me com nítida precisão do sorriso dela, das rugas de preocupação, do seu andar altivo, suas atuações na capela do povoado onde morávamos. Sua liderança na comunidade, por ocasião das quermesses, as aulas de catecismo que ministrava e o que ainda ouço nitidamente é, ainda com emoção, da sua segunda voz nos cânticos da igreja. Eu tinha tanto orgulho de ouvi-la puxar as músicas! ( era assim que diziam..) e sua voz firme se sobressaindo sobre as demais...louvando a Maria... seu povo fiel...ave... ave... ave Maria...
Lá em casa, em certas noites de luar, sentávamos na varanda, cantávamos algumas cantigas em alemão que ela nos ensinara e outras da época que a gente aprendia através do radio...encosta tua cabecinha no meu ombro e chora... e conta tuas mágoas todas para mim... Ela, sempre fazendo a segunda voz....
Ai como era bom! Era uma legítima comunhão!
Lembro-me bem dela também, num quartinho de costura. Ali acho que era o seu refúgio, onde saiam, com seu amor e habilidade, todas as roupas da família, prontinhas para serem usadas. Vale lembrar que ela "vestiu" os seus oito filhos, meu pai e a si mesma, contando ainda as roupas de cama, banho e mesa. Neste quartinho de costura havia sacolas de retalhos, caixinhas de botões, carretéis e agulhas com os quais eu me deliciava remexendo. Foi sentada ali no chão perto dela, ouvindo o ruído quase frenético de uma Elgin, que eu aprendi a fazer os primeiros vestidinhos das bonecas de minhas irmãs mais novas...
Hoje, cinco anos sem minha mãe... Saudade infinita!
mel - ((*_*))
Ontem minha mãe ainda dormia.
Seu cérebro, essa maquina extraordinária que por seis décadas a manteve ativa, amorosa e a fez grande mãe, fantastica mulher, a pôs para dormir para se reconfigurar.
Nesse momento em que digito essas palavras, um frenesí de atividades se desenrola em seu cérebro.
Sinapses passam a acontecer em novas conexões de neuronios.
O caminho antes utilizado para que ela falasse, se movimentasse, se mantivesse ativa, esta sendo redescoberto.
Enquanto isso minha mãe descansa.
Temporariamente, é bem verdade, pois apesar de todo esse turbilhão de disparos elétricos, o cérebro de minha mãe sabe que, para sua dona, o descanso se dá no TRABALHO.
Hoje continuamos na expectativa do seu DESPERTAR.
O homem tem feito todo o possível para ajudar nessa reconfiguração cerebral, mas uma mão maior e mais poderosa está atuando.
Toda a Familia esta na expectativa do momento em que minha mãe ira acordar.
Amigos estão orando e ate anonimos estão nesse momento torcendo para ver a minha mãe de pé.
E isso VAI ACONTECER.
HOJE é o dia de seu despertar.
Para Deus o tempo nao há, A eternidade se dobra e se guarda como um pequeno grão de areia na sua poderosa e redentora mão.
Para Deus, o hoje ja aconteceu e nesse hoje minha mãe ja despertou.
Portanto so nos resta CONFIAR e aguardar pelo Seu tempo.
Por isso, volto a dizer: hoje minha mãe VAI despertar...
E se nao for hoje, amanhã, o hoje SERÁ!
A minha mãe trabalhava sozinha em casa o dia todo sem descanso e o meu pai apenas treinava o dia todo a arte do sabre com o meu irmão e ambos passeavam pelas várias montanhas que o Japão lhes oferecera. Jurei para mim mesmo que nunca permitiria que isto acontecesse com a minha família.
Cresci e formei uma família e aconteceu exatamente aquilo que acontecia com os meus pais e o meu irmão.
Separei-me e cheguei à conclusão que sozinhos estamos melhor. Sozinhos sentimos o verdadeiro sentimento da liberdade enquanto mortais.
Minha mãe sempre usa uma palavra que creio que também cabe muito bem em nosso “guarda-roupa” em nosso “vestuário”, essa palavra é AUTENTICIDADE, que nada mais é do que ser verdadeiro, sermos nós mesmos, e sem sombra de dúvidas a autenticidade é o ”acessório” mais fashion e curinga da nossa personalidade. Ser autêntico ao contrário do que muitos pensam não é ser bruto, ignorante, mal-educado ou até mesmo arrogante, mas sim saber respeitar os outros com suas diferenças sem deixar de ser você mesmo.