Minha Mãe
Mortas Metades
S i l v i a S c h m i d t
Que falta fazes, minha mãe querida!
Sempre te amei, mas não sabia o quanto.
Tu não mostraste em vida nenhum pranto
Que revelasse como eras sofrida.
Não sou mais eu depois de tua partida,
Busco minh'alma aqui por todo canto.
Onde estará meu tão perdido encanto?
Onde encontrar agora um fio de vida?
Partiu contigo o amor que eu tanto via,
Foi-se de mim a busca da alegria,
No meu silêncio cresce a tua saudade.
Que falta fazes, linda senhorinha!
Morreu contigo uma metade minha,
E morta aqui restou a outra metade.
É o choro que lava a alma... “MINHA MÃE, MEU GRANDE AMOR”, o amor verdadeiro ultrapassa todos os limites.
Depois da partida da minha mãe, Walnice, a saudade tem sido um sentimento constante na minha vida, mas sempre em datas comemorativas fico mais vulnerável e acaba doendo muito mais. A cada dia que passa a saudade aumenta, é uma saudade que não da para explicar, saudade das broncas, do abraço, do cheiro, da pele, do sorriso, das brincadeiras, dos conselhos, das conversas... Queria estar perto dela só mais um pouco, queria ouvir o meu nome saindo dos seus lábios, queria um abraço, eu queria... eu queria... eu queria... ...tantas coisas que só temos a coragem de dizer ou fazer quando a gente perde alguém ou quando a pessoa não esta mais entre nós. Quando nascemos à ordem natural das coisas é essa, já sabia que um dia isso iria acontecer e nos separaríamos, e ela iria fazer uma falta absurda. Mas agora que a separação é pra valer, a dor é bem maior que eu poderia imaginar. É nesse momento que a saudade teima em doer, uma dor sem cura.
Eu sei que sou uma pessoa muito feliz, pois tenho por perto dois irmãos com quem posso contar, tenho duas filhas com saúde e com um futuro lindo e promissor pela frente, tenho duas sobrinhas que amo muito e que sempre estarei aqui para o que der e vier, tenho amigos verdadeiros ao meu lado com quem divido minhas alegrias e lamentos. Todos eles com muito carinho e ouvidos. Mas ninguém é igual a minha mãe! Que vibrava junto com minhas conquistas e chorava com minhas perdas. Escutava e prestava atenção a tudo que eu dizia mesmo que aquilo não fosse nem tão importante. Eu achava que a minha mãe era eterna e que iria ter sempre ela ali comigo para me aconselhar. Se eu falasse mal de alguém sem razão ela na hora me escutava e me dava forças mesmo que depois ela me mostrasse outra visão dos fatos e falava que não precisava daquele desgaste todo. Coisas, que só nossa mãe faz!
São pequenas coisas que fazem uma diferença enorme e que só percebemos quando ela não esta mas entre nós. Um paliativo pra essa dor, só o amor dos nossos filhos. Não é tristeza, é só saudade de um tempo bom que vivemos.
Um conselho de uma pessoa amiga: não deixe de aproveitar pequenas coisas ao lado dessa pessoa maravilhosa que Deus colocou em sua vida para te amar, cuidar e proteger. Aproveite muito, muito, muito... Pois, em um futuro próximo ela não vai mais estar aqui e você vai perceber que um pouco ou muito dela vive em você.
Saudade é um amor puro e verdadeiro que fica.
Minha mãe.
Um texto não precisa exaurir uma ideia, assim como uma iguaria não precisa matar a fome.
A morte é o fim e pode ser também o começo, a religião não foi feita para ser entendida, devemos aprender a ler os sinais do Criador para acreditar que não estamos aqui por acaso.
Depois disso, dá para escrever essas linhas sem a preocupação de que mais de noventa anos de vida possam ser resumidos em algumas palavras.
Minha mãe partiu!
Apesar do o triste e doloroso último ano ela não tinha nenhuma doença e não queria morrer. O brilho nos olhos durou até o último suspiro e espero que ela já tenha encontrado aqueles a quem amou e de quem teve as melhores lembranças.
Muitos vivem, alguns deixam um legado e a saudade é personalíssima, podendo ser dolorosa para uns e gostosa para outros.
O legado deixado pela minha mãe vive dentro de mim como sempre viveu. Sou capaz de lembrar-me dela desde os meus cinco anos de idade, me acompanhando nas lições do colégio, com muito rigor e com doçura.
Lembro-me dela por toda a vida deixando de lado a sua para acompanhar a minha. Lembro-me do seu desespero quando na rebeldia dos meus vinte anos, ameacei deixar a escola e ela me convenceu a continuar.
Lembro-me da mãe guerreira que cuidou da casa sozinha e ainda trabalhou, dando aulas particulares de piano na casa dos alunos, poupando-os do trajeto que ela fazia sem reclamar.
Lembro-me da sua alegria de encontrar um novo companheiro, com quem viajou todo o mundo por várias vezes e de quem falava sempre com muito carinho em vida e depois que ele partiu.
Lembro agora e sempre lembrarei, que a parte boa de quem sou veio dela.
Não estou triste. Com a convicção que ela tinha que ao partir reencontraria seus queridos, breve estaremos juntos novamente.
As vezes queria ter 4 anos de idade e lembrar da sensação de quando minha mãe me acordava com um beijo no rosto e dizia vamos já está na hora. Ai eu acordava,tomava café e segurando em sua mão íamos juntas pra escola.
Agora estamos separadas pela a distância e unidas pelo o telefone...se é que isso é possível.
Temos momentos nostálgicos que dar vontade de voltar no tempo custe o que custar.
Agradeço a minha MÃE pela criação que me deu
fui criada para não ter preconceitos ser sempre generosa educada e mostrar a FAMILIA o valor que ela tem...
Estava sentada hoje olhando pro nada, e comecei a relembrar de quando minha mãe coloca aquela piscina de 1000litros nos fundos da casa para mim me divertir enquanto ela limpava a casa. Eram tempos difíceis, mas felizes. Não que hoje não seja, mas como diz o ditado: Eu era feliz e não sabia. Lembro-me das músicas favoritas, das brincadeiras de power ranger e de imitar os cantores favoritos kk, lembro-me dos teatros da igreja e da Infância Missionária, das aulas de música e de teclado. Lembro-me da escola, de quando eu só conversava e mesmo assim tirava notas altas no boletim, ou de quando eu brigava com minha melhor amiga em um dia e no outro eu já estava rindo com ela novamente. Lembro-me das novelas de criança que passava no sbt, e do nome do menino que eu gostava e que escrevi na árvore. Lembro-me dos choros de dor por um tombo, ou por achar que minha mãe havia sofrido um acidente de tanto demorar para me pegar na escola. Lembro-me das rizadas, das verdadeiras gargalhadas que dava por coisas bobas, idiotas mas boas com as minhas amigas. Sinto saudades de palavras e sonhos, do olhar verdadeiro e do sorriso de bom dia. Sinto saudades da brincadeira de pega pega, das promoções da coca cola que tínhamos que colecionar tampinhas para ganhar bichinhos, sinto saudades da verdadeira musica sertaneja e gaucha, sinto saudade do natal em família, e da páscoa quando ganhava um monte de chocolates. Sinto saudades de pessoas que passaram, de pessoas que foram e não voltam mais, de pessoas que não sabem o quanto foram e são ainda importantes pra mim. Sinto saudades da minha infância, que não volta, mas que deixou inesquecíveis lembranças.
Minha mãe fala:''Jéssica se você der uma festa,é claro que vai vir um monte de pessoas,e você fica:nossa como eu tenho vários amigos!''
''Mas fique doente e você vai ver,quem são os seus amigos verdadeiros ,que se importam com você,eles sim vão vir tê visitar!''
Com minha mãe aprendi a sorrir,
Com um simples gesto que a mim
Quis fazer, olhando em meus olhos e dizendo:
"Você foi o presente que, em minhas mãos,
Deus colocou. Só espero que para sempre
Você se lembre que aqui estou".
NASCE, CRESCE, FILHO DA RUA
Desde o ventre da minha mãe que conheço as ruas. Minha mãe é zungueira de profissão, já desde o ventre que tenho acompanhando-lha nas suas zungas. Presenciou as caminhadas que ela faz para nos sustentar, as muitas corridas que faz e sofre dos fiscais e os senhores policiais para não perder o negócio que nos é rentável. Outras vezes ela não escapa e é nos cassumbulado o negócio, fonte do nosso sustento. Muitas vezes chicoteada por reivindicar que até sinto a dor da chicotada.
Fui gerado na rua porque até aos nove meses a minha mãe zungava a necessidade é enorme, para completar o enxovalhe e a panela em casa não entrar em greve. Esqueceu-se do dia, mês, hora que vinha ao mundo, acabei por ser gerado na rua e assim me familiarizei com a rua.
Três, quatro mês depois comecei a gatinhar minha mãe decidiu que já era o momento oportuno de acompanhar-lha na zunga, não há dinheiro para mim, ir a creche e ela não pode ficar parada ou seja ficar em casa. Apesar de requerer ainda muitos cuidados materno, porque se não morremos de fome.
Passo toda a minha infância na rua ao lado da minha mãe, sem crianças a minha volta porque as deixei todas no bairro em que vivemos e assim vou crescendo.
Sou da rua, alimentam-me, tomo banho, vestido na rua ao céu aberto ou seja ar livre.
Deste modo vou familiarizando com a rua, conhecendo-as do musseque à cidade. Quando completo os meus 5, 6 anos. Já sei fazer o mesmo trajecto me é familiar. Conheço-o tão bem que perco o medo de andar sozinho, criança que só. Esquecendo que as ruas são tão violentas e perigosas, criança e inocente. Mas como posso ter medo se presenciei as mesmas muito antes de andar nelas, sozinho.
Com os meus 10, 12 anos as ruas adoptam-me e passo a vida a lavar carros. Os grandes jipes, carros que só via nos filmes. Hoje tenho o prazer de os lavar e ver o seu interior fico fascinado com o que vejo, lavo para ganhar algum trocado.
Se puder depois vou para à escola aprender alguma coisa, de momento aprendo mesmo aqui, na rua mal ou bem. Essa é a vida que levo, prioridade para mim, agora é mesmo kumbo. Porque tenho que ajudar a velha com as despesas no cúbico.
Tenho os meus irmãos, mas novinhos que precisam encontrar outro cenário, talvez estudem para saberem alguma coisa para contornarem o caminho que segui. Terem um futuro, destino diferente do meu. Porque se tivesse escolha talvez não é esse o destino que queria para mim.
Emoções
Sinto o sabor da comida feita por minha mãe.
Sinto o intenso vazio e dor quando perdi meus pais.
Sinto a emoção ao ver o rosto dos meus filhos pela primeira vez.
Sinto tudo como se eu estivesse vivenciando hoje.
Sinto o ar entrando pelas narinas trazendo o alívio da liberdade com o final de um casamento infeliz.
Sinto cada arrepio quando me vi te amando.
Lembro-me de cada palavra,música,gestos..
Emoções diferentes numa mesma pessoa,que encontra a cada amanhecer uma razão a mais pra viver.
O melhor ano da minha vida, foi aquele que passei 9 meses dentro do ventre da minha mãe e os outros 3 meses em que ela cuidou e me amou como seu mais precioso diamante a ser lapidado.
Existe uma cousa que minha mãe me ensinou muito bem, e ser educado com todo os seres humanos, principalmente com o ser chamado Mulher, qualquer mulher, que tenha a capacidade de me dizer coisas me faça derramar lagrimas ou me magoar, jamais farei a mesma cousa... Apenas desejarei o bem de todos principalmente para toda as mulheres do nosso mundo...
Minha mãe
Mulher que me pôs no mundo e nele me deixou
Porém antes de ir, tudo que pôde me ensinou
Logo que se foi pensei: sozinha, tudo terei que aprender
Mas, como sempre, novamente veio a me surpreender
Sim, você se foi
Mas, exercícios pra casa passou
E nomeou a vida a ser meu novo professor
Pois sabia que assim como você
Ela iria cobrar e corrigir
Para que quando eu errasse, soubesse reconhecer
E então evoluir.
Muitos foram os momento s em que me perguntei:
Por que me deixas-te só?
E por muitas vezes chorei
Só depois de muito tempo, que então entendi
Teve que fechar os olhos, para que os meus pudessem se abrir!
Antes , eu não queria dormir , por que não conhecia o mundo; Hoje , eu entendi por que minha mãe queria tanto me ver dormindo.
Minha Mãe, Mãe Bárbara
Mais que Senhora linda,
Senhora negra, Senhora da bondade.
Quanto amor vós tens por tua Comunidade
Senhora que recebeu de Deus o dom de humanidade.
Filha de Oxalá, paz tens e nos trazes,
Calor da Mãe Iansã que nos aquece com equidade
Filha do Tempo, senhora da mudança, que muda nossos pensamentos,
Senhora de palavras fortes e eficazes.
Senhora do olhar de Xangô,
Senhora do N´kise Lembá,
Senhora minha Senhora,
Senhora do caminho de Obatalá;
Senhora que recebeu o Adjà,
Mãe do meu Kanzuá,
Senhora filha de Caxuté,
Senhora da Língua Bantu,
Senhora da Língua Yorubá;
Senhora minha honradez,
Senhora que ao mundo meus avós geraram felicidade,
Senhora que sabe que vos amo,
Senhora responsável por minha honestidade;
Senhora de asè
Sacerdotisa Afro, Mãe do abà,
Mãe Bárbara do Terreiro Caxuté,
Mameet´u dyá N´kise Kafurengá.
Glossário
Oxalá: Orixá do manto da Paz;
Iansã: Senhora das Tempestades, dos trovões, dos raios;
Tempo: kitembu, Divindade do povos africanos bantu;
Xangô:Orixá da Justiça;
N´kise: caminhos, força da natureza, dinvindade bantu como os Orixás dos Yorubás;
Lembá: Dinvindade bantu, assimilado com Oxalá;
Obatalá: senhor dos caminhos;
Adjà: instrumento de percusão de posse do (a) Sacerdote (isa) Afro;
Kanzuá: palavra bantu que significa casa, lugar de culto as divindades;
Caxuté: Terreiro de Candomblé da nação Angola bantu;
Yorubá: Idioma falado pelos nigerianos;
Asè (axé): força sagrada da natureza;
Abà: amor;
Mameet´u dyá Nkise: título de uma sacerdotisa afro nos candomblés angola bantu;
Kafurêngá: nome religioso de Maria Balbina dos Santos, Mãe Bárbara do Terreiro Caxuté.
Se mãe do outro e minha mãe, uma rapariga de 15 anos que nasce um filho passa a ser minha mãe também?!
Meu pai, me deixou, minha mãe me assumiu, vergonha tenho de todo o homem covarde, orgulho de toda mãe solteira, peço a Deus que as abençõe
Um fato, Minha mãe esperou 9 meses para mim nascer mais não pode esperar 5 minutos para mim sair do PC.