Migalhas de Amor
Soneto da Dor e Superação
Cansado de chorar, vago por migalhas de afeto,
Ajoelhado ao destino, em prantos e rezas, eu clamei,
Queimei velas aos deuses, por teu amor implorei,
Desfiei a lua em lágrimas, num gesto incerto.
Nas estrelas lancei a dor, por teu amor,
Desfiz-me em vários eus, para teu bem-estar,
Machucado em mil, pra te engrandecer, te elevar,
Feri-me, para poupar-te, ocultando meu temor.
Sorrisos camuflando tristezas, dei-te aos montes,
Desfiz-me para ganhar teus elogios e carinho,
Deixei de ser eu, tentando ser nós, montes.
Tantas vezes oprimindo a dor, busquei ser amado,
Encontrei desprezo onde esperava abrigo,
Das cinzas renasço, em mim mesmo, reencontrado.
Valorize a pretona que está ao seu lado ,ela não quer viver de migalhas ou de momentos rápidos, uma pretona de verdade quer ação, comprometimento,luta quer ser vista como a mulher preta que ela é
Coração já sem vida. Apenas migalhas restante de uma alma que padece. Ja destroçada pelas mágoas e desgostos. Sem vida já se vê. Nada sobrou. Apenas querendo um canto mesmo em pranto. Apenas um canto onde possa sentir o fim de alguns encantos
Jose A Nascimento
Aqueles que vivem para alcançar elogios externos, são famintos até para aceitar as migalhas de validação.
Não gosto de receber migalhas de ninguém, porque quando aceitamos, as pessoas se dão o direito de pensarem que deu o Pão inteiro!
Metamorfose
Ela rasteja nas sombras
Em busca de um coração
Vivia de migalhas e vegetais
Que encontrava pelo chão.
O seu mundo era tão pequeno
Ela se sentia apenas um grão
Então vagava solitária
Sentindo apenas a terra e a vegetação.
Um dia tudo escureceu
Um incômodo cresceu
O seu mundo sumiu
Ela logo adormeceu.
Um dia, seus olhos se abriram
Rompeu aquele local que não lhe cabia mais
Rastejar novamente ela tentou
Mas para o seu susto, ela voou.
A terra foi ficando distante
As folhas já não eram mais tão grandes
Ela ganhava cada vez mais velocidade
E ela sentiu pela primeira vez, o que era liberdade.
Das mais belas cores se vestiu
E para o alto decidida ela seguiu
Pois, quem aprende a voar
Nunca mais volta a rastejar.
Poema da Autoestima e da Liberdade
Não dê margem à diminuição,
Recuse torpes migalhas de atenção.
Neste teatro, o amor próprio é rei,
Com equilíbrio e dignidade, jaz o eu verdadeiro.
Pela jornada, torna-te o teu primeiro amor,
Priorizando-se acima do exterior.
Adapta-te, seja fluente como o rio,
Que molda caminhos sem cessar.
Felicidade, um horizonte a conquistar,
Independente, sublime, a brilhar.
Cultiva tua essência com esmero,
Seja só, seja acompanhado, mas inteiro.
Na trilha da vida, seja teu próprio guerreiro,
Amando-se, o universo se torna companheiro.
Diga-me. Mostre-me. Vem à tona.
Pare de me jogar migalhas de gatilhos e fale-me o que realmente é. Não quero ser seu escravo, quero ser seu amigo, eu estou aqui, vamos dar nossas mãos?
"Todos querem receber um banquete.
Mas quase sempre só oferecem apenas migalhas, e os que entregam o banquete, muitas vezes só lavam os pratos"
Deus se faz presente nos mínimos detalhes, em forma de migalhas a formar o pão da Terra, em forma de banquete a se transformar no Céu
Chuvas sempre arrastaram migalhas, mas nem mesmo a maior das tempestades será capaz de mudar o peso da espiritualidade sobre teu destino
Somente um pagão é capaz de sentir a dor de se alimentar de migalhas advindas do banquete servido pelos deuses