Mídia
Nos dias atuais, há uma certa exacerbação, uma lacração do horror, da tragédia e da guerra nas mídias e redes sociais.
Apesar da mídia capitalista, que instrumentaliza e transforma pautas sociais como racismo, machismo, violência contra mulher, homofobia, em mercadorias, mais preocupada em aumento de audiência do que em gerar consciência na população;
Apesar dos oportunistas de plantão que se utilizam da má-fé para se aproveitar das leis criadas para reparar e proteger as minorias;
Apesar dos publicitários que almejam trabalhadores cada vez mais segmentados e divididos em guetos, com o intuito de ampliar seus nichos de mercados.
Apesar de saber que alguns negros conseguiram, com muito esforço, ascender socialmente, mesmo em um contexto adverso, permeado por um estado extremamente ausente e omisso em setores fundamentais para a promoção do bem-estar social, como educação, saúde, trabalho, segurança e lazer.
Apesar de perceber todas essas situações no dia a dia, não considero como justificativas suficientes para invalidar a importância das políticas e ações afirmativas feitas pelo governo com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos, frutos da escravidão e da ação nefasta da elite brasileira que funcionalizou o atraso como forma de aumentar seus lucros.
As ações afirmativas são fundamentais para reverter a representação negativa dos negros, promover igualdade de oportunidades e combater o preconceito e o racismo tão presentes e enraizados na sociedade brasileira.
Não podemos falar de meritocracia no Brasil sem considerar as condições absurdamente desiguais em que as pessoas começam a sua vida nesse país.
É como dar um Fusca a Maria e uma Ferrari a Luzia e achar que a vencedora da corrida sairá por méritos.
A sorte, o esforço e o mérito de alguns negros e negras na história do Brasil, como Machado de Assis, Lima Barreto, Teodoro Sampaio, André Rebouças, Luís Gama, Milton Santos, Ruth de Souza, Antonieta de Barros, Laudelina de Campo Neto, são exceções que na verdade confirmam o racismo e a exclusão dos negros e negras ao longo da história do Brasil.
Nesse Brasil desigual, meia dúzia de pessoas que vencem por esforço próprio são exceções, não podem ser vistas como exemplos que retirem a culpa de um estado ausente e omisso, transferindo exclusivamente para o indivíduo a responsabilidade pelo sucesso ou fracasso na vida.
Dando oportunidades e condições iniciais iguais para todos, permitimos um crescimento substancial e generalizado da população. Ideal para qualquer país que deseja ser grande um dia.
Crescimento individualizado de forma generalizada é regra. Crescimento individualizado de forma isolada é exceção.
A mídia capitalista é especialista em retirar e veicular apenas a parte do contexto que atenda aos interesses pessoais e econômicos dos Donos do Mundo.
Não está preocupada com os dilemas da população pobre, mas sim, com o aumento do Ibope.
Não estão preocupados em debater o Dia da Consciência Negra ou a violência contra a mulher, mas sim, em vender recortes de conveniência que garantam aumento de audiência.
Quando a mídia de extrema direita abraçou as causas sociais, de certa forma, enfraqueceu o movimento de esquerda.
Isso ocorre principalmente ao vender o racismo, homofobia e feminicídio como mercadorias, mais preocupada em aumentar a audiência do que em resolver os problemas de fato.
Ao fazer recortes do contexto e focar apenas na parte que gera mais audiência, estão contribuindo para aumentar a segmentação e o extremismo na população, colocando uns contra os outros.
Tanto na mídia tradicional quanto na digital, presenciamos a instrumentalização dos problemas sociais, como machismo, racismo, sexismo, misoginia, homofobia... com o objetivo exclusivo de gerar lucro, sem qualquer pretensão em solucioná-los.
Por isso, é fundamental fazer um filtro antes de dar likes, compartilhar, comentar, opinar... Notícias plantadas propositalmente apenas para monetizar as plataformas digitais atrapalham muito mais do que ajudam na luta das minorias sociais.
No mundo atual, as questões sociais são tratadas pela mídia capitalista mais como oportunidades de lucro do que como problemas a serem resolvidos.
Tela alienante
Na tela radiante, o mundo se enreda, a mídia escraviza.
Na massificação, a alma se perde. Na despersonalização, a essência se dissolve.
Nas ideias moldadas, pensamentos são guiados, pressionados e aprisionados em cárceres disfarçados.
Precisamos quebrar esses grilhões, despertar a visão na alienação, resgatar a singularidade na diversidade, encontrar a redenção na educação rumo à libertação da tela alienante.
O racismo virou uma espécie de mercadoria na mídia brasileira.
Estão mais preocupadas em preencher as pautas dos telejornais do que combatê lo de fato.
A mídia capitalista coloca burguesia contra periferia, periferia contra burguesia, hetero contra gay, gay contra hetero, branco contra negro, negro contra branco, escravo contra escravo...
Políticas afirmativas foram feitas para reparar, mas a mídia usam para separar.
Nas plataformas de mídia social, a relevância não está mais intrinsecamente associada à identidade ou autoridade pessoal, mas sim à habilidade de atingir uma audiência significativa.
Este fenômeno é observado em uma diversidade de temas.
Mente preguiçosa, se alimenta da mídia tendenciosa, não é imparcial analítica, vive do mal da falação sem autocrítica, sendo a mesma, vítima da exploração política.
De nada adianta tentar uma boa configuração de mindset se se ainda utiliza como mídia a fita cassete
Aprenda de uma vez por todas que a mídia mente o tempo todo para você. Eles mentem nos filmes, nos documentários, nas séries, nos desenhos, nas novelas, nos telejornais etc.. A mídia é um dos instrumentos mais eficazes dos controladores do mundo, e tudo que eles criam tem um propósito bem definido. O objetivo é te desinformar, alienar, manipular, e te tornar fonte de renda ou mão de obra barata para manutenção do status quo da burguesia.