Meus Filhos minha Vida
Bodas é o enlace matrimonial, nosso casamento. Hoje dia 09.03.2019 completamos 28 anos de casamento, é conhecido como bodas de hematita que pode ser simbolizada pelo diamante negro, e que denota muita coragem devido a uma união tão duradora. Na verdade, se formos contabilizar nosso tempo de amizade, namoro e casamento lá se vão 38 anos. Uma vida.
Nunca me esqueço, um dia no trem do metro ao passar pela estação Carandiru de falar para o Albert, que nosso relacionamento deveria ser baseado em cima de um alicerce forte de confiança e amizade acima de tudo. E desta forma foi que seguimos por todos estes anos. Sempre houve paixão, principalmente nos primeiros anos, mas o seu fortalecimento virou AMOR e de tal forma que apesar de várias tormentas, nada e ninguém nunca conseguiu abalar.
Lembro muito bem antes de entrar na igreja, fiz questão que fosse na Nossa Senhora do Brasil, pois amo muito a minha Pátria e que fosse também na hora da Ave Maria, para que nossa Mãe, nos desse proteção plena, além de nosso Pai Celestial. Empinei o meu bouquet de orquídeas lilás, são as minhas flores preferidas, o meu vestido desenhado por mim parecia com o da princesa Lady Diana, pela qual tinha muita admiração, dei o braço para o meu pai, e chocalhei o vestido, um largo sorriso se abriu, tinha certeza absoluta do que estava fazendo.
Vi muitas lágrimas rolarem de nossos convidados e familiares, uma igreja cheia, não faltou nenhum convidado, éramos muito queridos. Mas não soltei nenhuma lágrima, o meu sorriso firme demonstrava a confiança de quem tinha feito a escolha certa. Sim eu acertei. Deste relacionamento tivemos a concretização mais linda do mundo, 03 filhos, diferentes completamente entre si, mas que foram criados sob base do mesmo princípio.
O Bruno e a Andressa seguiram seus caminhos, se vão manter o que nós os ensinamos cabe a eles decidirem, a nossa parte foi feita, e diga de passagem com muito esmero, acho até que dei mais do que devia, mas sempre procuramos dar o melhor de nós para os filhos que tanto amamos, foi assim que tivemos e assim oferecemos também. Cabe a nós apenas a responsabilidade da nossa Lele, que infelizmente não poderá fazer suas próprias escolhas, mas até quando Deus nos permitir iremos manter firme nosso apoio e dedicação com todo AMOR que sempre tivemos pelos três.
E como um diamante negro e raro, confesso e repito os meus votos de AMOR, CONFIANÇA e RESPEITO, que seja eterno enquanto dure, na doença e na saúde, nas alegrias e tristezas, até que a morte nos separe. EU TE AMO MUITO MEU ESPOSO e pretendo, realmente, completar a verdadeira, bodas de diamante.
Momento de Reflexão
“Todo casamento deve começar com alicerce forte baseado em Amizade, Confiança, Respeito e Amor, somente assim o tempo não irá acabar e sim fortalecer”.
Cassia Guimarães
A violência, jamais poderá ser aceita, principalmente contra as mulheres e, atualmente está tão absurdamente sem noção, onde até parece que os agressores são filhos de chocadeiras.
Casa da Vovó
Minha avó era exatamente o que se esperam de uma avó, bem tradicional. Cabelos totalmente brancos, ancas largas e usava avental. A casa dela tinha tudo o que não tinha na minha casa, nem nas casas das minhas tias, sei lá, era só um lote típico da grande BHte dos anos setenta. Trezentos e sessenta metros de área, mas tinha tanta árvore frutífera que parecia uma chácara fincada na Cidade Industrial. Manga Ubá, cana, figo, uva, abacate, pitanga, limão, laranja, frutas e mais frutas que davam o ano inteiro. Cada fruta em seu tempo próprio faziam o lote ser um paraíso para mim, meus irmãos e meus primos.
Minha avó jamais brigava conosco quando nossos brinquedos eram suas coleções de moedas antigas, ou os trotes ao telefone que só lá tinha. Quando eu estava lá sozinho, brincava com os cães do meu tio ou me estirava no sofá que parecia tão gigante na frente da TV. O café da minha tia... Humm que delícia de café!
Minha mãe se tornou avó como minha avó. Cabelos brancos, ancas largas e eventualmente um avental. Um "fubá suado" como nunca mais experimentei. Ver meus filhos e meus sobrinhos brincando pela casa, subindo na laje, descendo o morrinho do portão, voltando em bando para comer o bolinho de chuva com recheio especial... Ontem fez um mês que elas se reencontraram na casa nova...
Não há palavras suficientes que eu possa dizer para descrever a importância que meu pai teve e tem para mim.
Já são dezessete anos sem a presença física dele, mas o tive em minha infância e em minha mocidade, participando integralmente em minha formação como homem, cidadão e também como pai que sou. Guardo em minha lembrança o som de sua voz, não a frase mas a voz, dizendo “Claudenier, Claudenier!” e isso já seria suficiente para alertar dos perigos e para orientar o meu agir.
Hoje já não sou tão moço... Hoje sou tão mais pai que moço.
Hoje conto com minha experiência de moço, sob a orientação de um PAI e com minha experiência de pai que acredita nos moços. Reconhecendo o papel de meu pai compreendo meu papel na formação de meus filhos e tenho ganância de contribuir na formação de outros moços. E os pequenos? O mesmo amor... a mesma atenção e a mesma certeza de que eles são tão importantes para nós, quanto possamos entender que o somos pra eles.
Obrigado meu PAI e obrigado meus Filhos, pelo Pai que sou.
Nier Araújo
E isso é lindo, não é? Ver que nesse mundo de aparências e falsas felicidades, de interesses e obsessão por números, ainda existem pessoas que não precisam ser nem ter muito para nos conquistar.
PRESENTE NÃO É PRESENÇA. Porque esta geração além de ser preguiçosa também dá presentes demais. Não é de presentes que nossos filhos precisam, é de PRESENÇA!!!
A mesa mostra que eu valorizo sentar junto daqueles que amo e respeito, é um lugar de troca, é o local do espelho, onde os filhos olham para seus pais e podem ver neles alguém a seguir, mesmo que este alguém não seja perfeito, porque ninguém de nós é, mas é um ser que está ali, um PAI, uma Mãe.
Por que os pais não escutam a gente? Às vezes eu tenho a impressão de que tudo o que eu falo entra por um ouvido e sai pelo outro.
Viajei,
No toquinho de madeira,
No bico da mamadeira,
No pinguim de geladeira.
Olho tudo admirado,
No seu colo todo largado,
Até que o sono me deixe irritado.
Eu choro, eu resmungo, eu grito,
Mas também sou seu riso favorito,
Pelo menos é nisso que eu acredito.
Viajei,
Na papinha de maçã,
No bom dia de manhã,
E no beijo da minha irmã.
Ainda não falo,
Mesmo assim não me calo,
Mas se eu pudesse falar,
Eu diria apenas...
Como é bom te amar.
Um dia um senhor, me disse que a família é como uma árvore, sendo os pais o tronco, com suas raízes profundas e resistentes; e os filhos, os galhos, sempre subindo e crescendo; me disse também, que os galhos de uma árvore, acompanham o crescimento das raízes, não indo além do necessário. Diante da explicação deste senhor, discordei dele.
Ao meu ver, os pais são a árvore como um todo, raízes fortes, tronco firme e galhos se expandindo a todo momento. Os filhos entao são os frutos. Uma árvore sempre dá o seu melhor para que seus frutos sejam também os melhores, e se esforçam ao máximo desviando pedras, procurando sustento, fixando-se da melhor forma possível ao solo, superando tempestades de todos os lados para que seus frutos sejam lançados de uma forma tal, que formem outras árvores.
Criamos os filhos, não simplesmente para lança-los ao vento, antes disso, os enchemos dos "nutrientes" necessários, para termos a certeza de que irão gerar ótimas arvores também!
Orgulhosamente só!
Quem é que afinal fica nos meus momentos, segurando as minhas mãos que sempre parecem firmes, que cuidam, acariciam, limpam e carregam todo o peso da vida?
Estou aqui, quieta, a ouvir a música da Celine Dion "Because you loved me" e a pensar que bom que seria ter quem se importasse, verdadeiramente, quem me permitisse parar de ser forte, quem me deixasse repousar, corpo e mente, e fizesse acontecer, por mim, vendo o que sempre vi eu, e que vendo soubesse para onde quero e preciso de ir.
Quem é que me conhece para além do que mostro, sem me apelidar de dura, de demasiado determinada?
Na verdade não há ninguém, porque ninguém viveu ao meu lado, o tempo suficiente para acompanhar o meu crescimento, e ao contrário da canção, nunca ninguém foi a minha força quando fraquejei, ninguém viu por mim quando ceguei, mostrando-me por onde ir, e falando quando me silenciei, quando não consegui articular as palavras que me sarariam por dentro, e o meu mundo, infelizmente, não é um lugar melhor por causa de alguém por quem tanto esperei, nos dias em que me apeteceu desistir de tudo e deixar-me ir. O meu mundo foi esculpido por mim, e atingi o que parecia inatingível, enchendo-me de toda a força que precisava, porque amo quem um dia poderá dizer que teve tudo, que viu e acreditou, porque me tinha por perto, porque eu acreditei sempre, e fui a voz que lhes falhava.
Eu sou a que estive sempre lá, mas por quem nunca ninguém esteve, na totalidade.
Eu sou a que usa a verdade, em todos os momentos, sabendo que nem sempre o fizeram comigo, julgando que eu não o sentiria, falhando em manter-me a acreditar.
Não posso dizer que sou tudo isto, que sou eu, que cheguei até aqui, por alguém, porque me tenham mantido inteira, com um amor seguro e determinado, todos os dias da minha vida. Ninguém conseguiu ver o melhor de mim, ninguém me acordou com a força que mantenho em mim e comigo, todos dias, ninguém me deu no que acreditar, mas eu fi-lo, por mim e foi com as minhas mãos que toquei as estrelas que sempre soube não estarem assim tão distantes.
Afinal eu sou abençoada porque me amei sempre, e porque nunca deixei de me puxar, para cima, e de me multiplicar para também conseguir que acreditem, os que são amados por mim, que tudo é possível, e que nunca deixarei de estar aqui, velando para que sejam tudo o que eu sou, porque os amo como ainda ninguém me soube amar a mim. Eu serei a inspiração dos que crio, e manterei por perto o tempo suficiente para que se fortaleçam e deixem de precisar de mim, mas sabendo que estive quando precisaram e que não arredei pé até que fizessem dos seus mundos um lugar melhor.
Um dia, serão eles, os meus filhos, a dizer, que são tudo, e que chegaram onde estão, porque eu fui o que lhes prometi, desde o primeiro dia em que os segurei no colo e soube que comigo e por mim, o limite seria até onde lhes levasse a imaginação!
A retidão e a justiça são características inerentes ao indivíduo que possui um caráter íntegro. Esculpir esse conceito em nossos filhos é algo primordial para que possamos deixar um legado consistente.
" Pais que pressionam ou impõe de alguma forma a escolha do curso/carreira para os quais os filhos devem prestar vestibular, cometem um crime para com o futuro dos filhos maior do que fariam escolhendo com quem eles deveriam namorar ou casar . Afinal, hoje em dia está mais fácil livrar-se de um casamento, do que de uma profissão que te faz infeliz."
"Muitas vezes nós é que somos os “problemáticos”, e na falta de resolução de nossos próprios conflitos, evitando olhar para nós mesmos transferimos para nossas crianças este peso . Afinal, como estamos reagindo diante de situações cotidianas? Estamos dando bons exemplos? Somos como um espelho para elas! É preciso olhar em seus olhos para assim aprender da sua simplicidade, espontaneidade e amor incondicional e para isso, temos que nos curvar na altura delas para assim nos elevarmos perante a vida, num resgate de nós mesmos."
"Em meio ao crescimento e aprendizagem, as vezes é
inevitável que os pais se tornem uma espécie de arranhador
onde os filhos aprendem a afiar as garras."
Quem nunca passou noites acordadas, por um chorinho, uma febre, uma pilhazinha com carga maior...quem nunca experimentou a sensação de um alguém fazer xixi em você ou até coisa pior...quem nunca se viu rindo e comentando de bobagens que só a você interessa...quem nunca juntou um objeto jogado mil vezes sabendo que seria a milésima primeira vez a ir ao chão... quem nunca tirou de si pra dar a outro...... quem nunca sentiu a dor da agulhada de vacina, no bracinho que não era o seu...quem nunca sacrificou tempo...quem nunca disse um não titubeando e querendo dizer sim...quem nunca chegou a emprestar o próprio corpo como moradia, abrindo mão de toda a estética...ou quem nunca adotou como seu, o sangue de outrem...quem nunca, nunca...coisas de mãe!
DOS PAIS PARA O MUNDO
Quando a vi com aquela mala me olhando na porta. Fiquei fiquei ali calado tentando me situar no tempo, eu não queria acreditar que o meu bebê agora era uma mulher decidida e preparada pra enfrentar o mundo sem mim. Dentro de pequenos flash de memória, a vi me olhando pela primeira vez, com aqueles olhinhos inocentes que mal conseguiam fixar em nenhum lugar, lembrei daqueles primeiros passos que não seriam possivel se não fossem os bracinhos pra cima pra manter o equilibrio, lembrei daquele sorriso sapeca de quem aprontou e pede desculpa, lembrei de quando ouvi pela primeira vez a palavra papai vinda de um filho, foi ali que que entendi que só sabemos o que sente um pai, quando nos tornamos um. Lembrei daquele boletim, que recebi orgulhoso onde as notas me mostraram que estava no caminho certo. Lebrei das brincadeiras, dos machucados, das lições de vida. Foi então que me vi ao mesmo tempo orgulhoso e desesperado, No mesmo tempo que queria abençoa-la queria pedir pra ficar, Ela abriu os braços e me disse: te amo papai, sempre estarei contigo. Ela se virou ,seguiu em direção a porta e seguiu seu caminho, fiquei ali parado por horas como se ela fosse voltar e me dizer que ficaria. Quando lembrei frase que meu pai me disse: Criamos nossos filhos pro mundo, orei por ela sem saber se eu chorava de saudade ou alegria. Cai na real minha princesa agora era uma rainha, agradeci a Deus ter conseguido cumprir a missão de cuidar desse anjo e a felicidade em minha vida agora era completa.
Opto por não falar nada mais delicado, superficialidades, amenidades, televisão, revistas, assuntos do momento como morte de alguma celebridade são suficientes bons para uma conversa agradável.
A sensação é muito intensa, tentar ser amiga de alguém que não foi teu amigo no relacionamento, que não foi legal, companheiro, gentil, amoroso, virar amiga de quem só te desgostou, mas e os filhos?
Desviava a atenção e focalizava no bem comum das crianças que nem são tão crianças assim. Por mais bizarro que possa parecer, não queria meus filhos achando que a separação nos tornou piores.