Meu Silêncio
Pousa a mão na minha testa
Não te doas do meu silêncio.
Estou cansado de todas as palavras. Não sabes que te amo?
Pousa a mão na minha testa.
Captarás numa palpitação inefável, o sentido da única palavra essencial - amor
O meu silêncio fala o que a boca não tem forças pra expressar, o que o coração não tem condições de sentir e o que gestos não conseguem demonstrar.
Ah, como amo o silêncio, o observar da natureza, o canto dos pássaros.
Gosto do meu silêncio e pouco sou de conversar ou falar, pois percebi o quanto minha liberdade de pensamento ofende os que habitam na prisão da inconsciência.
Não quero nada da vida senão a liberdade de existir, de pensar e viver viajando pela superfície dessas bagunças.
Nilo Deyson Monteiro Pessanha
[...]
Um dia entenderás
Que esse meu silêncio
era uma longa estrada
*
Um dia entenderás
Que esse pobre sorriso
nunca quis dizer
absolutamente, nada
*
Haverá contrastes
ilusões que tu mesmo criaste
haverá neblinas delineares
abandonos a milhares
*
Oceanos,
é toda cor que sai dos olhos
dos poros pretos e brancos
horizontes, sejam sempre santos
MEU SILÊNCIO
Eu consigo ouvir o som ensurdecedor do meu silêncio.
Um silêncio que não é completo e nem poderia ser.
O pulsar de cada artéria do meu corpo grita mais alto que um agonizante soldado ferido.
Mas, as falas dentro de mim, tornam-me mais audível, viva, serena.
Quisera ser somente eu e o meu silêncio.
Necessário é que seja assim.
Calo-me diante do meu silêncio e busco compreendê-lo. Saio do mundo para entrar dentro de mim mesma.
Por vezes falo mais alto que a voz dentro de mim. Perco-me em pensamentos incompreendidos justamente pelo fato de não deixá- los falar.
Aquilo que não é necessário falar não deveria ser dito. Aquilo que não pode ser compreendido deveria ser falado. Por vezes as repostas estão nas horas silenciosas que insistimos em falar.
As vezes no silêncio de mim mesma ouço outras vozes agonizantes, todas fora de mim.
Muitos que não ouvem seu próprio silêncio buscam ser ouvidos por quem não poderia compreendê-lo.
Minha atitude diante disso é o silêncio, silêncio que fala, que sente, que ouve.
Há um certo egoísmo no meu silêncio, e um certo altruísmo comigo mesma.
Calem-se todos, e fale eu! Eu ouvirei meu próprio silêncio. Mas, serei solicita as vozes que me falam.
Ouvirei muito, ouvirei tanto, até compreender a razão do silêncio dessas vozes. Compreenderei o vosso silêncio, e entenderei o meu.
Enquanto ouvem-se as vozes, eu ouvirei o silêncio, e falarei a mim mesma o que é pedido que eu cale. E, neste meu silêncio e no vosso silêncio, compreendo muito mais do mundo do que pelas vozes que me falam.
O meu silêncio só tem único significado, estou a tentar desenvolver um antibiótico que me faça tão forte quando você tentar me machucar.
Encontrar
Ouço o meu silêncio
Seus segredos revelar...
Tudo eu lhe diria
Se me quisesses escutar,
Mas o silêncio já revela
Que não deixo de te amar...
Quem te pode me afastar
Desse amor que em mim há,
Não há distância ou barreiras
Que nos possa separar.
O que me espera nesta vida
Já não careço mais buscar,
Pois é você, ó minha amada,
Que eu precisava encontrar...
Edney Valentim Araújo
1994...
❝ ... Quando o mundo parou consegui escutar a vós do meu silêncio.
E neste silêncio consegui me aproximar mais de Deus. Consegui
mergulhar no intimo de minha alma, e vi o quanto sou forte, mas
em minha fortaleza tinha rachaduras que só Deus podia curar.
O mundo parece um campo de batalha, onde os fracos e indefessos
não sabiam para onde ir. Neste momento minha Cruz era como uma
flor, não pesava quase nada ao ver as cinzas do que restou. Mas a
certeza de um novo dia, um novo recomeço me faz forte. Em meio
ao caos nasce outra rosa, outro sol, outro dia. Uma brisa leve paira
no ar. Que eu possa aceitar o que não posso mais mudar, e lutar
para ser melhor a cada dia mas...❞
-------------- Poetisa: Eliana Angel Wolf
O meu silencio, não é a confirmação das suas acusações, mas é a maneira educada que encontrei para dizer que não sou igual a você!
Flores não nascem no inverno
Com meu silêncio teu corpo conversa
Não vê novidade
Não vê verdade
Mas de minh' alma o fundo enxerga
Onde por tudo procura
E só dúvida encontra
Pedaços de mim num porão
amontoados em fria solidão
Nenhum é meu de verdade
Como é cara a vaidade
E só você que é flor do inverno
Pode me tirar desse inferno
Você que nasceu do gelo
Você que não tem estação
Me guarde em seu coração
E me arranca esse medo
Não faça *Barulho* por causa do meu silêncio, aprenda a *Observar* minhas *Escolhas* e saberá que não foi *Fácil* escolher *Silenciar-me, que Retratar-me* diante de ti.
Amo-te que as vezes é melhor sofrer que *Perder-te.*