Meu Silêncio
Apenas um Canto
Um canto,
No meu canto,
Encanta o meu silêncio.
Fazendo o meu dia raiar,
Fazendo a minha vida vencer
O medo da morte,
O medo da sorte,
O medo, o medo, o medo, o medo.....o medo................o medo.
...Lança teu grito no meu silêncio
descobre-me
dá-me um nome.
Quero olhar-te com
a última-face-oculta
emergida de mim.
Crava tua verdade em minha verdade.
Revela-me
ou destrói-me..."
Quando me encontro em desespero
Com meu silêncio e minha razão
O silêncio me faz pensar,
A razão me diz vai,
Meu corpo segue a voz da razão
E quando cai, se lembra do silêncio que vem lhe dar a mão.
Do livro SER EM TRÂNSITO" (1979)
Amigo,
daí o meu silêncio
esse olhar ambíguo e um certo ar viajante de quem
não está-estando
a mão pendida numa mala ausente.
E daí esse soluço
que me trava a voz, se na flor da boca
um nome irrompe como um sol nascente.
...
Mas por que agora me dói teu nome
e ao ouvir teus passos me estremeço?"
Poxa. Eu sei que não sou a única com problemas, mas é tão difícil respeitar meu silêncio? As pessoas vêem que eu não estou bem e insistem em tocar na ferida. Sem contar que exigem simpatia o tempo inteiro. Eu não posso fechar a cara ou ser grossa por um segundo que todos caem matando em cima de mim. É como se jogassem tijolos no meu ombro sem se importar com o peso que eu ia carregar. Por favor né.
Meu silencio, me faz escultar meus sentimentos gritando,
Berrando sua propria vontade,
Qurendo liberdade,
Procurando um colo!
E mesmo que eu tente calar seu pedido de socorro,
mesmo em voz baixa,
fica muito claro,
Que o medo n compensa!
E melhor errar tentando
Do que se arrepnder de nao tentar,
Calar sua alma por desepero
Nao compensa a alegria da conquista.
Som no Silêncio
Poderia silenciar neste momento, mas dentro deste meu silêncio estariam duas pessoas que brigam e gritam, e choram, e incomodam a minha pessoa. Eu e eu, insistidamente, conscientemente e as vezes nem tanto assim, discutindo sobre um só tema-; outra pessoa. E então meu silêncio se chamaria solidão, abandono, e ele não resultaria em nada, ou sim, apenas em uma mágoa afogada em uma depressão mórbida