Meu Silêncio
Meu silêncio entrelaçado com as esperanças desfaz as trevas de minha vida e resplandece todo o meu caminho para um amanhã convincente;
Meu silêncio me trazia um escuro, mas ainda era dia em minha rotina fazendo o sol invadir com reflexo no espelho para com minhas ansiedades;
Eu percebia que os meus problemas eram um quintal com crianças brincando a rua do que sobrou das verdades solidas;
Minha razão invisível escondia meus sentimentos mais verdadeiros com a força da falta de esperança que um dia se fez lúcida para com o meu coração;
Ouço o lado de uma epidemia amplificando a armadura de um coração arrasador, mas carente deixando a sua própria sina escrever a história;
No mais profundo do meu silêncio a musica fala com algum sentido valoroso, me fascina e me ensina para entender a aonde vou;
Alguns tácitos amigos questionam meu silêncio, porém, devo dizer que a vida é por demais curta para se expressar pensamentos à quem sei que será em vão. Algumas pessoas deviam entender meu silêncio '
SOU UMA MENINA NEGRA NA COR
A aurora chega trémula no tom, quebrando meu silêncio cansado
Tristeza no olhar, mas tenho que levantar
Já é manhã cedo
Desço a Avenida, tropeçando na calçada sem nível
Atravesso sob o olhar fixo do farol
Único que não vê em mim, a menina negra que sou
Nada dificulta ser pontual para servir
É já ali, onde tudo começa
Vidros, janelas, portas, escadas e gente
Perguntas no olhar, silêncio na fala
Minha incerteza aconselha-me a desistir
Quero esquecer toda diferença e terminar minha caminhada
Sou mais uma menina negra na cor
Semelhante no rácio
Hábitos que divergem com dedo na cor, eu sei
Meu andar é compatível
Penso correr para bem longe e chorar
Acabo sozinha bem perto daqui
No corredor cínico que dá esperança de vida
Vozes simpáticas na cor pra me animar
Quando canta o galo na rocinha
Menina sem tecto, tristeza na cor
É cor na actitude que ensina
É cor na companheira de sala, eu sei
Distante dos meus, vou resistir
Menina negra na cor, eu sou
Não vou desistir
Esperança na raça, eu tenho sem cor.
«RGomes«folhas c.v. morta
Meus momentos pedem o meu silêncio e não querem ter a explicação quando caiem lágrimas sem sentidos, escolhendo um caminho certo para consigo mesmo;
É no meu silencio que encontro inspiração para escrever. Na verdade escrevo somente o que eu sinto e o meu silencio é apenas guardião dos meus sentimentos. Sentimento esse que prefiro esconder, pois escondendo não corro o risco de perdê-los.
Em meu silêncio eu grito o mais alto que posso, choro como uma criança inocente e me ergo como uma águia corajosa;
Eu me desconheço quando me vejo em meu silêncio, pelo o meu desfavorável que me desprende no mínimo desapego;
Tento vivenciar minhas alegrias, me esbaldar com os meus momentos em versos que acalentam minhas ansiedades do exemplo que move todos os sentimentos;
Minhas mágoas se mostram através do meu silêncio ignorando o meu escuro que me mostra com minhas fraquezas;
Agora que estou bem,
que me acostumei ao silêncio,
não fales.
Cala-te e deixa-me no meu silêncio.
Eu odiava o teu silêncio.
Suplicava por ouvir tua voz.
E tu em silêncio ficavas,
não me escutavas.
Agora suplico: deixe-me mergulhada no silêncio,
sufocada pelas palavras que nunca falaste.
Tu não sabes ainda, mas um grande amor mataste.
Deixa-me em silêncio.
Não tenho sempre o que falar. Então prefiro me calar, se não for capaz de entender meu silêncio... O que poderei fazer? Calada continuarei!