Meu quarto
E quando eu estiver na solidão do meu quarto me lembrarei de todas as vezes que você me fez sorrir...
Então quero que você venha para deitar comigo no meu quarto novo, para ver minha paisagem além da janela, que agora é outra, quero inaugurar meu novo estar-dentro-de-mim ao teu lado, aqui, sob este teto curvo e quebrado, entre estas paredes cobertas de guirlandas de rosas desbotadas. Vem para que eu possa acender incenso do nepal, velas da suécia na beirada da janela, fechar charros de haxixe marroquino, abrir armários, mostrar fotografias, contar dos meus muitos ou poucos passados, futuros, possíveis ou presentes impossíveis. Dos meus muitos ou nenhuns eus. Vem para que eu possa recuperar sorrisos, pintar teu olho escuro com kol, salpicar tua cara com purpurina dourada, rezar, gritar, cantar, fazer qualquer coisa, desde que você venha, para que meu coração não permaneça esse poço frio sem lua refletida. Porque nada mais sou além de chamar você agora, porque não tenho medo e não estou sozinho, porque não, porque sim, vem e me leva outra vez para aquele país distante onde as coisas eram tão reais e um pouco assustadoras dentro da sua ameaça constante, mas onde existe um verde imaginado, encantado, perdido. Vem, então, e me leva de volta para o lado de lá do oceano de onde viemos os dois.
No meu quarto
A única vontade que eu tenho
É que você estivesse
Deitada aqui comigo
Ouvindo o som da chuva caindo
No telhado do meu quarto
Ouvindo os ruídos do vento
Pssando pela janela do meu Quarto
Como um dia nós imaginamos
Deitados Agarradinhos no meu quarto
No meu quarto
Nas noites quando as estrelas iluminam meu quarto, pela janela aberta, que sopra o vento frio e calmo da noite escura, me sinto sozinho falando com a lua, tento chegar até você na esperança de que você esteja no outro lado falando comigo também. E de repente você se torna o motivo mais sincero dos meus sorrisos!!!
Na madrugada, invade meu quarto sem nada temer...
se joga na cama a contar histórias que não quero ouvir,
pinta quadros que eu não quero ver,
insônia maldita, me deixe dormir!
As mentes estão tão cheias de duvidas, cheias de certezas incertas, cheias de razões desvirtuadas, de estranhezas inusitadas.
No fim de tudo é apenas o desejo de refazer algo que outrora não foi possível! não é remorso, é saudade, é lembrar que não vai mais voltar!
A cada musica escutada uma lágrima a jorrar, não por ser algo ruim e sim por ter vivido o momento! É triste ver alguém se entregar a tristeza,se importar com besteiras e quem sabe até se isolar!
Sei que não sou criança,meu tempo já passou,mais ainda carrego bem viva na mente a liberdade dum explorador!
Cada dia uma nova descoberta e redescoberta de sensações!
Transformar o dia tedioso e caseiro na maior das aventuras!
Antes meu mundo era meu quarto, hoje coloco meu quarto ao mundo!
fotos, artes, binóculo, óculos de mergulho, estátuas e absurdos!
Duvido que não seja assim tão igual a ponto de ser tudo diferente!
Somos todos inconsequentes das nossas duvidas, cheias de razões desvirtuadas, de estranhezas inusitadas!
Eu tinha resolvido fazer uma faxina no meu quarto. Esvaziei todas as prateleiras e gavetas, joguei tudo no chão e fui limpando coisa por coisa antes de devolve-las ao seus lugares.
Burrice minha! É claro que eu não conseguiria arrumar tudo aquilo de uma só vez.
Acabei me distraindo com as relíquias que encontrei e perdi o entusiasmo pela arrumação. Ficou tudo jogado, até que a diarista veio e guardou tudo nos lugares errados para que pudesse me deitar na minha cama e caminhar pelo quarto sem ter que me desviar das coisas. Agora, quando procuro minhas coisas e não as acho, não posso sequer reclamar, já que ninguém tem culpa por eu ser tão desorganizado.
Minha desorganização não me preocupa tanto quanto minha mania de deixar as coisas inacabadas, como eu fiz com a "faxina" por exemplo.
Meu computador está cheio de textos sem desfecho, minha estante tem um porção de livros lidos pela metade e existem dezenas de filmes que comecei a assistir e não terminei. Às vezes passo dias trabalhado em uma ideia e desisto com a mesma facilidade antes de colocá-la em prática.
Não é que eu não seja fiel aos meus ideais - tenho minhas convicções e chego a me irritar por eu ser tão inflexível.
Eu me refiro as coisinhas pequenas, como escrever uma carta, aprender um instrumento, experimentar uma receita. É como se nada fosse interessante o bastante para manter minha atenção focada.
Eu sempre fui meio hiperativo, então quando as coisas começam a me entediar, eu desisto logo, ou então, as troco por outras que me chamem mais atenção. E isso me incomoda, porque eu sei que a vida exige perseverança. Eu não posso desistir dos meus objetivos antes de alcancá-los, por menor sejam, pois se isso vira um hábito eu me torno uma pessoa sem propósito algum.
Felizmente, se minhas vontades são promíscuas e efêmeras, meus sentimentos são por demais persistentes. Eu não desisto de um amor só porque está complicado, desisto somente quando não há jeito. Não troco de amigos somente por eles não serem divertidos. E outra coisa! Eu não deixo as coisas pela metade quando faço para outros, pois eu sei que é importante para eles.
Talvez seja isso que esteja faltando em mim, certeza das coisas que são realmente importantes para mim.
Eu paro e penso, "não vou morrer se eu não fizer ou concluir isso" quando na verdade eu deveria pensar "vou fazer e concluir, porque é importante para mim!" Eu preciso parar de ter vontades e começar a senti-las, pois aquilo que temos, podemos perder, porém sentimento é como energia; não se cria, não se perde, simplesmente se sente e se transforma.
Gosto da minha solidão
do meu canto
do meu quarto
do meu silêncio ...
Não sinto nenhum incômodo
em ficar sozinha .
Pelo contrário ...
Vou delicadamente
me cuidando
e me regando por dentro .
O momento
em que me sinto mais feliz :
É quando fecho os olhos
mergulho profundo
esqueço toda dor
E me acaricio em alento .
Um quadrado sem cor, uma luz amarela que aquece tudo ao seu redor, uma arara sem vida e que não canta, um descanso ao meu corpo exausto, enquanto você relaxa sentado. Mas isolada sem carinho, abraço a minha própria companhia, um véu e disponibilizado para me acolher discretamente em seus braços, sinto a melodia que soa agora aos meus ouvidos, como um bálsamo acalentando minha alma no imenso vazio, me perco no sonho de ir ao sol, aquecero coração ainda gelado, mas se no caminho encontrar as estrelas me envolvo com sua poeira brilhante e enfim consigo serrar as janelas que abraçam mundo. Deixo você me guiar pela noite.
"Enquanto alguns se inspiram em festas e bebidas, minha inspiração está no meu quarto, onde crio algumas das ideias mais inacreditáveis possíveis."
Da janela do meu quarto nuvens me sorriem e brincam de desenhar seus olhos que miram na minha direção,cuidando de mim.
Sozinho em meio a densa fumaça que cobre meu quarto, delirando sobre alguns graus de febre e a overdose de remédios, meus fracos pulmões relutam ainda em suspiros para eu não apagar de vez, contudo, não importa, um dia a mais um a menos, lamentos, lamentos, delírios de alguém que já não vive mais, apenas, sobrevive, não espero mudanças, apenas aguardo o final.
O silencio total do meu quarto é a minha desolação, os pássaros cantando por detrás da janela fechada é como os gritos das almas que vagam no inferno, é isso, esse é o meu inferno, esse é o meu próprio destino, apenas um ser vivo tentando sobreviver, sem ninguém, sem nada, sem palavras e sem pessoas.
O caótico ciclo da vida nos leva a lugares inusitados, tipo, dentro de si mesmo, vendo tudo e não vendo nada, a solidão é sólida como um bloco de tijolos, fria como um edredom molhado do vinho que você derrubou enquanto tentava esquecer que estava vivo, enfim, não é tristeza, é apenas, metamorfose.
Real e irreal,
Um determinado dia mandei pintar uma bela gravura na parede do meu quarto,
Paisagem esta que a observava sempre, pois sentia ali naquela imagem a pureza de realidade.
Muitas noites na madrugada ao levantar sonolento tentara atravessar aquela gravura na parede, pois jurava ser ali o meu porto seguro.
O quadro desenhado era de um por de sol.
Jurei de pés junto em conversas que estive naquele lugar, e não aceitei contrariar este pensamento pois ele me dava uma sensação de alivio da minha mente turbilhona.
... e ai entendi que real ou irreal sou eu que decido,
►Na Escadaria de Pedra
E pela janela do meu quarto eu vejo a lua
Durmo no aconchego de sua ternura
Toda a dor do dia se vai, encontro minha paz
E pela janela antiga eu observo minha amiga,
Aquela que tanto citei em minhas tentativas poéticas
Escrevo agora admirando-a, e imaginando
E, em devaneios noturnos eu me pego sonhando
Um sonho bom, caloroso, que faz bem ao meu coração
Escrevo não só para ela, escrevo para remediar as dores
Dores de uma antiga donzela, de uma amizade outrora bela
Dores de um romance desfeito, de uma traição do peito
Escrevo para sarar, para me recuperar, me alegrar.
Momentos que outrora me deixavam sereno,
Hoje se revoltaram, se tornaram um tormento
E, como passatempo, eu caminho no relento,
Procurando, buscando um sorriso meigo.
Não sei dizer o que sinto quando me encontro despedindo
De sentimentos que não foram ouvidos,
E que foram grosseiramente omitidos
Não sei o que pensar quando estou sozinho,
Sendo assombrado pelos meus medos reprimidos
E também desconheço o que é ser verdadeiramente amado
Eu gostaria de experimentar, degustar de um sentimento tão bem falado
Faço então uma tentativa escrita, um texto fraco.
Sentado em uma escadaria de várias pedras, eu penso
Estou sozinho, refletindo sentimentos
Lento, talvez seja a melhor definição para o momento
Eu penso, logo existo, em um tempo que me sinto um inquilino
Sem moradia, sem uma casinha só minha, sem nada
Reflito sim, pois o que me resta é pensar no meu fim
Estarei lamentando os arrependimentos?
Estarei sozinho? Sem uma família ou amigos?
Se eu de fato existo, logo, posso tentar pensar
Se posso pensar, por que então não posso tentar amar?
Mas amar quem? Quem me deseja ao seu lado?
Estou enlouquecendo com pensamentos insaciáveis
Eu quero amar, assim como o meu avô amou sua esposa
Eu quero acreditar, que a solidão, com a minha vontade, irá passar
Então escrevo, na escuridão das ruas do meu peito
Medo? Sempre, afinal já escrevi inspirando-me nele
Talvez a palavra que está faltando em mim é serenidade
Talvez a coloque daqui a alguns poucos meses
Escrevo junto a minha necessidade e amizade perante a caneta
Escrevo, sem dia ou hora, a minha já exposta incerteza.
E dá janela do meu quarto,
que eu via teu sorriso.
Enquanto o meu escondia-se na decepção.
Fui Saber com O meu Coração que você era muito Pouco Para ele.
Raiane Oliveira,.