Meu quarto
Noite Fria
Sozinho em meu quarto
Triste, pra baixo
Deito e desejo
Esquecer o passado
Um passado recente
Que insiste em situar-se
Em minha mente.
Em uma noite fria
Me perco nessa agonia.
Ligo a tv
Buscando relaxar
Mas a tristeza
Tenta me tomar
Procuro respostas
E não entendo
O por que
De tanto sofrimento.
Pensamentos vem e vão
E atormentam, meu coração.
O tédio me consome
E em minha cabeça
Só me vem, o seu nome
Olho no espelho
E deprimido me vejo
E naquele estado
Não me reconheço
Paro por um momento
E me bate
Um grande arrependimento
Do por que a deixei ir
E o desejo em saber
O por que escolheu partir
A saudade vem
As lembranças também
E eu, vou seguindo
Nesse desespero
Quando, o que eu apenas queria
Era está dormindo
Para poder acordar
Desse pesadelo.
Sem você eu não sei mais o que é dormir
A solidão visita o meu quarto
é uma tristeza
Que não tem medida
Imaginar você
É minha única saída
Tuas lembranças me oportunam
O que é que eu vou fazer
As mesmas mãos que te tocaram
Querem te aquecer
Eu fazia as coisas pensando em nós dois
o meu ego não falava por mim
Tudo piorou depois que você se foi
O meu mundo deu um nó quando te vi partir
Queria pegar um atalho por onde você pudesse voltar
saber o que está pensando
qual o único modo de você me perdoar
A minha mente anda em circulos
Sem você nada mais tem sentido
te perder foi o meu pior Destino
E o espiral de fumaça do cigarro
escreve teu nome no teto do meu quarto
Leio as frases dos poetas que amo
e penso que a vida é boa
mesmo lendo a tristeza
a dor
a falta de silêncio
em mentes como a minha
Cortei meu cabelo
pela praticidade de tu desarrumar
e pela alegria de sentir tua mão
na minha nuca
e todos os carinhos mais perto da pele
Minha gata sentiu que tu caminha na minha estrada
e eu fiquei feliz em saber pelo miado
que é verdade
E que não é mentira o que diziam sobre amar
Que o amor é forte
e indescritível
como só quem amou, sabe
Quem sente saudade
sabe do que escrevo
quem já sofreu
lê com o coração
Eu já me apaixonei
e disse que te amo
mais de 5 vezes
só hoje
E posso dizer
pelo resto da vida
já que o amor não se esgota em palavras
nem se dilui em mil sorrisos
Eu já sabia que iria amar
preparei tudo que pude
e parece que tanta felicidade
não é suficiente
nem toda poesia poderia viver nas letras
E com todas as tentativas que eu puder
direi que te amo
Nem que a vida seja competente em
entristecer-nos.
Uma poesia vagueia.
Ela precisa de um abrigo
e invade o meu quarto na madrugada.
Por isso, atrevida, me acorda.
As palavras chegam e partem
(alegres ou tristes).
Ecoam seus versos
igual ao som de sino rouco.
Envolvem minha alma.
Em troca, florescem os meus sonhos.
Gosto da bagunça
Das roupas espalhadas pelo canto
Dos sapatos jogados
No meu quarto,
Das fotos empinduradas
Dos quadros
Gosto do meu sorriso escancarado
Do meu olhar fugaz
Da minha boca escandalosa
Da minha pele quente,
Gosto do fora do lugar
Das palavras perdidas
Do riso fácil,
Do batom manchado
Das marcas no meu rosto
Do cabelo despenteado,
Do meu traje diferente,
Amarrotado,
Gosto dos meus sonhos de pecado
Dos meus desejos sem juízos
Das minhas vontades loucas,
Da minha alegria biruta,
Gosto de mim.
No meu canto, no meu quarto, penso: "Será que vale a pena sofrer tanto? Será que todo esse pensamento negativo não tem fim? E eu, com meu velho pessimismo, respondo-me: não!"
Falta de vontade? Falta de vergonha? Ah! É o que, aqueles que estão ao meu redor pensam, mal sabendo eles dá minha mente perturbada. Mistura de uma luz no fim do túnel almejando sempre à escuridão.
O FILME DA MINHA VIDA
No silêncio do meu quarto imagino cenas lindas
Nós como protagonistas
E o amor como diretor
Entre o silêncio da natureza e o
Silêncio do meu quarto,
Prefiro o meu quarto,
Pelo simples fato
De poder ouvir as batidas
Frenéticas do meu coração
Ao pensar em você
"VESTES DA NOITE"
A noite cai, é noite de lua nova
Sozinha no meu quarto, olho para o teu retrato
A saudade é como uma espada que dilacera o meu coração
Despi as minhas vestes, vesti-me de solidão
Deixaste-me com uns restos, no corpo, na alma, no coração
Um olhar triste, lágrimas, choro
Mãos vazias, aflitas, coisas mortas, ideias soltas.
Olho a janela do meu quarto
Pensando nas possibilidades
Então de repente algo chama
A minha atenção e mexe com
Todo o meu raciocínio de um
Futuro cheio de buscas frustradas
Minha curiosidade me mata
Não consigo me controlar
Tenho que dar uma espiadinha
Nessa estrela
Quando eu fui ver lá estava
O fim de tanta sem sentido
Agora eu vejo que nada do
Que eu fiz foi em vão
Depois de tanta procura
Em outros céus e imensidões
Atrás de uma única estrela
Que tem a chave do meu amor
Finalmente achei você ali
Uma única estrelinha que
Em segundos se tornou mais
Importante que Sol e a Lua
São para a Terra.
Hoje espero a hora em que
Poderei entrar nesse seu
Universo que me faz querer
Ser astronauta para pousar
Na sua atmosfera.
Daqui do meu quarto andar, eu consigo ver o norte, eu consigo ver a linha do horizonte que por mais que a gente queira nunca vai terminar, assim é o amor que sinto por ti.
Homenagem à Chuva (na Chapada Diamantina)
Eu vi a chuva cair
da janela do meu quarto
e uma esperança sair
das folhas que balançavam
ao vento que a levava
para bem longe d´aqui.
Fitei o seu caminhar
e para minha alegria
ela tinha nas asas
a chuva que caia
e que molhava o caminho
que o fogo percorria.
Nesse exato momento
fiquei a meditar
sobre a força da chuva
diante do fogo ardente
que queimava a esperança
mas não a “esperança” da gente.
No silêncio barulhento do meu quarto
Em um longo tempo prévio
Vejo tudo passar rápido
Em um curto tempo
Quando acordo
O tempo já não é o mesmo
Tudo mudou,
Só eu que não mudei.
Tentei mudar algo
Mudei meu quarto
Percebi que não era isso
Mudei a sala
Não era isso que mim satisfazia
Mudei a cozinha, tudo!
Pensei em mudar o banheiro,
Olhei o espelho e vi
As coisas não precisam ser mudadas mais sim eu mesmo.
Apaixonei-me pelo seu sorriso cínico
Na qual pouco vejo na escuridão do meu quarto, mesmo tendo uma tênue e fosca luz entrando pelo vidro da minha janela ainda percebo traços gravados em minha memória.
Carimbado na alma não existente que tanto é eficiente contrariar o racional enlaçado de incertezas.
Percebo teu corpo tão tenso e forte me apertando contra parede devorando meu corpo, bebendo as minhas custas o mais amargo dos lábios, saboreando minha personalidade selvagem e embriagada de prazer.
Minha jornada a percorrer
é vista pela janela
Não pela janela do meu quarto
Mas sim, pela janela da minha alma.
Autor: Nelson Martins
Quereres
Quero abrir hoje todas as janelas.
Deixar que invada o sol meu quarto a dentro,
Soltar amarras,enfunar as velas,
ir dos meus mares navegar ao centro.
Quero pintar alegres aquarelas
e não deixar pelos versos que invento,
nenhum vestígio de dor ou següelas,
destas que o amor traz qualquer momento.
Quero sentir o vento no meu rosto.
Ir beber água da mais pura fonte.
Me inebriar na luz d'algum sol posto
e antes que a noite torne a terra um breu,
eu quero crer que as nuvens do horizonte
escrevem o teu nome junto ao meu.