Meu Olhar
Não sou emoção
Abrindo as janelas da alma...
Vejo o planeta ser diferente...
A nave do meu olhar vai seguindo...
As asas estão semiabertas..
O relógio é o compasso...
A inspiração emerge...
Sinto o vento soprar...
Direção reta...
Desafio até gravidade...
Aclives ocultos estão as espreitas...
Não posso vê-los...
Mas sei que muitos estão á minha espera...
De pneus borrachudos...
Subo sem precisar me desgastar...
Na métrica sem medidas...
A flecha foi lançada...
O alvo é invisível...
Minhas emoções ficam para trás...
Não posso viver assim...
Emoções não....
Cada metro alcançado....
Já é uma Vitória...
Dou um autografo na união estável para meu pensamento e o meu coração....
Unidos e registrados...
Meu pensamento sempre prevalece...
Multiplico as inúmeras vezes que ele se debate...
Sinto o Real sabor da vida...
Renovando a cada segundo...
O ponteiro...
Onde o tic-tac não compreende direito...
Furioso ele me diz...
Como...?
Como consegue ser assim...?
Utópica não é essa poesia...
Por eu não ser emoção...
Vivo pelo menos em paz...
Com minha própria ilusão....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
"como poderia dizer que te amo se meu olhar consegue compreender as razões necessárias para abrir e curar as dores do teu pequeno coração.
Aos poucos a chuva foi parando, a folha secando e o sol timidamente confundindo meu olhar. Era toda vez assim, quando chovia e hoje já se faziam 40 anos e eu?
Aos poucos a chuva foi parando, a folha secando e o sol timidamente confundindo meu olhar...
Procuro-te !
Meu olhar percorre o salão,
entre pastoras e colombinas não estás.
No frenesi da dança,
nas imagens que os espelhos refletem,
nos blocos em algazarra
te busco, em vão.
Que máscara oculta teus olhos?
Pergunto por ti,
ninguém te viu.
Cika Parolin
A morte da minha fé já tava pegando distância se mostrou então no meu olhar aquele brilho de esperança, confiança, naquele grande sonho de criança.
Me deu uma saudade imensa
Então fixei meu olhar no infinito
Na ânsia de um grito
Em busca da tua presença.
Quem, um dia, observou o meu olhar sobre o horizonte saberá:
as minhas saudades não têm calmaria
estão sempre em devir
E dói
tanto que não caibo em casa,
fico acostado no limiar da porta
desejando algo mais.
Bolo de milho
Hoje eu acordei,
Lavei as remelas dos olhos que durante a noite maquiaram meu olhar,
Fiz café e cavalguei,
Coloquei uma frase onde ontem tinha esquecido,
Encarei os fatos e percebi
Que a roça é farta.
Me inspirei em um milharal,
Pensei,
Aos olhos de muitos animais,
É um alimento diamantado,
Aos olhos das aves,
É ouro de alto quilate,
Entre um pensamento e outro,
Coletando o leite da espiga,
Ralando e temperando,
Foi aí que vi,
Um roçado de milho.
E aos olhos e nas mãos de um poeta,
Criou-se uma poesia,
E no glamour dessa inspiração,
Tornou-se um bolo,
Feito a mão,
Com sabor puro de sertão.
Autor:Ricardo Melo,
O Poeta que Voa.
A noite escura se expande pelo infinito do meu olhar.
Escurecem o céu e iluminam a alma.
Todos os sentimentos vem a superfície com o silêncio da madrugada.
Pontos de luz no céu são caminhos que abrem portas nos pensamentos e nos levam ao portão dos sonhos.
O corpo imóveis só sente, e o resto em movimentos transformam teus desejos em realidade, tuas vontades em ações.
Um mundo novo se cria, num piscar de olhos, mas tão intenso, que transborda um coração esquecido , agonizando num corpo lutador, somente existindo.
Somos cúmplices, astros, planetas e a noite escura, dessa procura, desse encontro com a imaginação
Sinos tocam, cantos entoam, sons de propagam no ar.
O silêncio se dispersou.
Acordei!
O meu olhar meu olhar
feito passaro
pousaste no meu caminho,roubando todos os meus silêncios.
Ao pousar, respirei fundo e meio tonto, quase não lhe respondi, ia te procurar e te via passar e seu olhar me transpassava o coração como uma flecha do cupido, sua voz invadia minha alma e acelerava minha respiração, e cada vez que você me chamava, flutuava até você, e quando tinha a oportunidade de te tocar.
Provei do teu gosto e guardei, o teu hálito,
todos os teus sabores.
Misturou-se , ao meu sal, o teu suor.
Bailei nos versos que a tua boca preferiu falar.
E cantei as tuas cores todas,bebi todos os teus segredos,
arrepiei todos os teus poros e fiz eriçar
todos os teus desejos.
E depois de tudo, como uma roda viva , o mundo virou, e vc foi e eu fiquei, não sei a onde, e fui atrás de vc, contar o que aconteceu, Eu queria te falar, mas não sabia como falar!!!?
Como não sabia falar !!!
Eu só mostrava o
Meu olhar, meu olhar, o meu olhar!
Autor desconhecido.
VOEJAR...
Refugiei meu olhar num lugar distante...
Livre das ambições humanas
Vislumbrava paisagens inarráveis
Iluminando minha retina
Que retina, as emoções de um coração alado
Voejava entre as colinas, riachos e por toda a natureza
Livre das amarras, que nos enlaçam neste cotidiano nebuloso
Entreolhei o lugar, as cores avivadas
Uma aquarela de cores de puro encanto
Na liberdade de sentir, pisar descalça entre a terra e o mar...
Na linha do horizonte, havia um bailado de cores
Eram o arco-íris aplaudindo a sinfonia cantada pelos anjos
Brindei a vida com um Tim... Tim...
Retornei ao meu mundo de reflexão
Na compreensão, o que era voar além de mim...
Ferrovia da sabedoria.
Obedecendo a direção do meu olhar,
Esqueço de tudo e avanço,
Sem obstáculos eu compro uma passagem,
Passo pela catraca da ferroviária e vou para a estação,
Dizem por aí que essa ferrovia que irei percorrer não tem e nunca terá fim,
Escolho ficar no último vagão,
Por opção,
Sento-me na última poltrona,
E com exclusividade na lateral,
Abro a janela e respiro fundo,
Me aconchego e a locomotiva dá o seu Start,
Olho para os campos e as curvas que a paisagem me proporciona,
O trem é enorme e a máquina é potente,
O piloto e o copiloto são experientes,
Não tenho com que me preocupar,
Como passageiro nato,
Um fone de ouvido para ouvir uma canção,
E começo a refletir,
Quantas folhas desperdiçadas,
Quantas sementes jogadas ao léu,
Quantos frutos amadurecidos e caídos,
Pelo tempo,
Apodreceram e não percebi,
Que pena,
E não voltam mais,
De repente,
Um túnel a frente,
Instantaneamente uma escuridão,
Rendido pela poesia,
Me lembro das palavras que não precisava ouvir,
Me lembro de risos falsos que não precisava ver-los,
Me lembro das promessas que jamais se cumpriram,
Me lembro também de cada pecado cometido,
Moderado no meu silêncio naquela escuridão,
Me livrei de algumas regras impostas pela minha imaginação,
Fui colocando em ordens tudo que minha alma na vida gravou,
Decidi nessa inusitada viagem não me proibir de nada,
Uma leve filosofia me veio á mente,
Se eu mesmo me proibir de "Ser, Ouvir ,Viver e Sentir ?
Como posso saber o quê é melhor entre tudo que Ouço , Tudo que vivo. Tudo que Sinto e Tudo que Sou ?
Indeciso,
Parei,
Por alguns segundos veio-me um filme gravado e ele começou a me mostrar todos os meus dias vividos,
Quão belos dias!
Quão belos!
Uma decisão rústica tomei,
Passei vagão por vagão até chegar aos maquinistas,
E fiz um pedido a eles,
Pare.!
Pare por favor,
Pare,
Aqui eu desço,
Aqui eu fico,
Aqui eu me despeço e daqui eu sigo só,
Caso não me acham nessas trilhas,
É porque sobrevivi em outro lugar,
Mesmo que não me encontrem em todo esse território terrestre,
Entrem na fila e aguardem sua vez,
Lá no céu com certeza estarei,
Esperando cada um de vocês.....
Autor:Ricardo Melo .
O Poeta que Voa.
Quem me dera, AMADA Linda; que visses com meu olhar…
Que visses com meu olhar, como a Ti vejo;
Pois verias nesse olhar, quão te desejo!...
Que visses com meu olhar, como a Ti tão Amo;
Pois verias nesse olhar, quão não te engano!
Que visses com meu olhar, como a Ti quero;
Pois verias nesse olhar, tudo o que espero!...
Que visses com meu olhar, o meu desejo;
Pois verias nesse olhar, quanto em ti vejo!
Que visses com meu olhar, todo a Ti ver;
Pois verias nesse olhar, todo o meu ser!...
Que visses com meu olhar, o que em Ti vejo:
Pois verias nesse olhar, pra mim desejo!
Que visses com meu olhar, o meu querer;
Pois verias nesse olhar, Amar teu ser!...
Que visses com meu olhar, o meu sonhar;
Pois verias nesse olhar, tudo a Ti dar!
Que visses com meu olhar, meu tão Te Amar;
Pois verias nesse olhar, meu tão gostar!...
Que visses com meu olhar, meu desejar;
Pois verias nesse olhar, contigo estar!
Que visses com meu olhar, meu mais querer;
Pois verias nesse olhar, UM a nascer!...
Que visses com meu olhar, sem ti ficar;
Pois verias nesse olhar, não suportar!
Que visses com meu olhar, meu tal desejo;
Pois verias nesse olhar, o que em ti vejo!...
Qua nada mais é que esta minha vida;
Chorar, por ter que te ir cá deixar Querida!
Deixar, quando a má morte me levar;
Por ser tal ver, que em mim verias também!...
Num primeiro que tu, partir pra o além;
Para um dia, em nosso Amor, te vir buscar.
Amo-te, como vejo que tão bem, isso em mim vês;
Ele já não é mais meu.
E eu, não sou dele. Nem minha.
Me perdi de mim quando encaixei meu olhar naqueles olhos verdes. Fui esquecendo gradativamente de me pertencer quando sentia as mãos dele em mim e deixava que tomasse minha boca. Me entreguei totalmente a ele, pois acreditei que era o que ele queria. Estava errada.
Lembro de todas as vezes que ele testava minha ansiedade ao dar um beijo lento segundos antes do sinal abrir. Lembro das vezes que a sua mão abandonava o volante, o celular ou o prato para dialogar sem pressa com a pele da minha coxa ou do meu pescoço. Lembro de pedir mais dele, mesmo estando exausta. Lembro de não querer ir embora, pois parecia que o tempo passava rápido demais e que não tínhamos aproveitado o suficiente. Realmente não aproveitamos.
Não foi uma escolha minha, foi dele. Eu me desmontei e desmanchei para que pudesse caber com perfeição nos espaços que ele me oferecia. Me esforcei para que não sobrassem vazios e para que o encaixe dele em mim fosse confortável. Mas não foi o suficiente.
Eu estava disposta a me adaptar. Mas ele não.
Talvez eu tenha errado ao aceitar tudo fácil demais. Talvez não doeria tanto se eu tivesse sido menos intensa. Talvez eu deveria ter esperado ele andar comigo e não ter puxado a frente.
Mas eu sentia demais. Eu queria demais. E ele, não.
Eu ofereci minha intensidade à alguém que não soube lidar com ela. Não soube porque não quis e nem tentou.
Agora me resta recolher os cacos e me reconstruir. Voltar a me pertencer para que no próximo amor eu possa me doar por inteiro novamente.
Do meu olhar gotas de sangue caiem pelo lenço já ensopado do sangue que você arrancou do meu coração, agora olhas de longe a sorrir o choro desse que tanto te ama, escrito por Armando Nascimento
Me da vontade de cantar tão suave...
Suas mentiras vou derrotar...
A verdade brilhando
No meu olhar"