Meu Gosto é muito Simples
Eu gosto do seu Cristo. Eu não gosto dos seus cristãos. Seus cristãos são tão diferentes do seu Cristo.
Gosto da noite. É nela que me perco em espanto, à espera de uma saudade mais recente. Uma amostra dos dias em que tudo era simples e tu me dizias até já.
Olha, você parece um morango doce. Daqueles que eu gosto. Aliás, vem aqui comigo comer morangos frescos? A gente pode esquecer do que acontece além da porta, apagar o verbo reflexivo "preocupar-se" de todos os dicionários e escutar aquele CD. Ou aquele outro. Ou o que você preferir. Acho que vou estar prestando mais atenção nos seus sons. Me perco, sim, acho que me perco nos seus tudo. Você me põe de cabeça para baixo com todas as suas definições particulares e apimentadas. E só eu sei o quanto eu gosto disso. Vem aqui comigo e entra com a chave que eu vou deixar debaixo do tapete. Vem, porque eu estou esperando com os morangos e só. E vem daquele jeito seu que eu acho lindo.
Você se habilita?
Um sorriso, um abraço apertado, uma música, estar com quem eu gosto, rir até a barriga doer. São coisas simples, mas me fazem muito feliz.
Gosto de Comunicação e Filosofia. Amo muito os dois. Adoro relacioná-los, estabelecer insights que nenhum outro comunicador ponderou. É um amor visceral que já me custou bons empregos em escolas de comunicação que idolatram técnicos americanos e condenam qualquer tipo de reflexão crítica. Tornar-se um reprodutor acéfalo de discursos vindos de além-mar é o componente indispensável na formação da elite brasileira. Um amor platônico por aquilo que vem do norte do planeta e não do que pode ser feito aqui.
Amor por Filosofia, amor por Comunicação, amor por estrangeiros. Amor, amor e amor. Amar é tudo de bom. Não só por ele mesmo. Mas porque torna tudo mais interessante. Assim, se alguém preferir falar de futebol, de política ou de dinheiro é porque os ama.
Por isso escrevo e falo sobre o assunto. Mas a que afeto corresponde esta palavra tão recorrente?
Amor pode ser desejo. Quando estamos apaixonados. Gostaríamos que a vítima da nossa paixão permanecesse ao nosso lado todo o tempo. Como não dá, pensamos nela sem parar. Amamos o que desejamos, quando desejamos, enquanto desejarmos. E podemos desejar quase tudo. Desde uma pessoa até uma groselha bem gelada. Para desejar, basta não ter. Sempre que desejamos, é porque algo nos falta. Desejamos o que não temos, o que não somos, o que não podemos fazer. Assim, o desejo é sempre pelo que faz falta. E o amor, também.
Claro que você se deu conta das consequências deste entendimento. Ou você ama e deseja o que não tem, ou tem, mas aí, sem desejo, sem amor. Paradoxo platônico da existência. Ora, se a felicidade para você e para mim implica ter o que se quer ter, então, o amor não será feliz nunca. Aragon é poeta. Não há amor feliz para ele. Eu sou professor de Ética na Comunicação, ou seja, um pobre desgraçado na definição afetiva daquele filósofo e do Estado que me paga.
Mas Platão e seus tristes seguidores não têm sempre razão. Porque amor pode ser também alegria. É o que nos propõe Aristóteles, seu mais conhecido aluno. E alegria é diferente de desejo. Porque sempre acontece no encontro, na presença. O mundo alegra quando está bem diante de você. Não é como o objeto do desejo, confinado nos seus devaneios. O amor aristotélico é pelo mundo como ele é. Não pelo mundo como gostaríamos que fosse.
E você, andando na rua, declara sem medo de errar: gostei mais desta mulher do que gosto da minha. Afeto carnal. Inclinação erótica. Tesão. Eu prefiro um amor na alegria pelo que tenho do que no desejo pela mulher de capital estético exuberante e apetecível que me falta. Eu, no seu lugar caro leitor, teria cautela. Porque se seu cônjuge for adepto da mesma concepção, amará sempre o que encontrar. Na mais estrita presença. E aí, de duas uma. Ou você ocupa todos os seus espaços e se torna onipresente para ele, ou ele te amará só de vez em quando. Nos instantes de encontro. No resto do tempo ele amará a secretária, a copeira, o personal, o zelador e o que mais lhe alegrar pelo mundo.
Por isso, é melhor que os dois tenham razão. Para que o amor seja rico. E possamos amar na falta, desejando o que não temos, e também na presença, alegrando-nos com o que já se encontra à nossa disposição. É como dar aulas e sustentar uma família, um conflito afetivo entre minha alegria e a responsabilidade orçamentária com meus entes queridos. É bem verdade que não desejamos tudo e que nem tudo nos alegra. Mas não é nenhum problema, pois nossa capacidade de amar não é mesmo tão grande. Amemos no desejo e na alegria, e isto já nos converterá em grandes e refinados amantes.
Espero que nesse ano você, leitor, cultive mais inclinações amorosas do que suas obrigações ordinárias. Rotinas desagradáveis muitas vezes são importantes, mas não são fundamentais. O amor não é tão ruim como nos faz ver Platão. É possível ser prudente, sábio, e, mesmo assim, cultivar amores na vida. Optar pelo amor em detrimento da estabilidade já conhecida pode ser bom. Ser um pouco mais afetivo e um pouco menos racional. Pense nisso.
Eu gosto de gente que se importa. Gente que sorri. Gente que sabe pedir desculpas. Que abraça, que ri nem que seja só com o olhar.
A estreita ligação do erro com a verdade nasce do fato de um erro simples e consumado ser inconcebível e, por ser inconcebível, não existir. O erro fala com duas vozes, uma delas afirma o falso, mas a outra desmente-o.
Gosto de gestos simples e de carinhos sinceros, mesmo que distantes. Amizades verdadeiras são sempre especiais. Com a intensidade das palavras tocamos os corações mais puros.
Homens não suportam ouvir no dia seguinte um simples “gosto de você”. Covardes de merda. Odeio essa hipocrisia masculina. Se eles falam mil vezes que querem te ver é tesão e você não pode se assustar, mas se você falar uma única vez que quer vê-los, é porque você é uma mala que está “misturando sentimentos”.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de você.
É ter maturidade para falar: "Eu errei."
É ter ousadia para dizer: "Me perdoe."
É ter sensibilidade para confessar: "Eu preciso de você."
Ser feliz é ter a capacidade de dizer: "Eu te amo!"
Nota: Frase adaptada do livro "Dez leis para ser feliz", de Augusto Cury. Link
Amigas...
Existem vários tipos de amigas...
amigas que você dá apenas um simples oi e tchau!
amigas que você não sabe, mas te AMA profundamente
amigas que você nunca pode contar com ela
amigas que já te traíram
amigas que já te enganaram
amigas que já deixaram de ser sua amiga
Sempre te darei um oi com a maior felicidade e um tchau com maior tristeza.
Você pode não saber (espero que saiba) mas eu te amo profundamente.
Saiba que você sempre poderá contar comigo.
Nunca irei te trair.
Jamais irei te enganar.
E espero que nunca deixemos de ser amigas!
Tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco...