Meu Gosto é muito Simples

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Sabe muito bem que gosto de você. Gosto mais do que devia gostar, e exatamente por isso, não gosto. Confuso e simples assim.

A beleza da mulher está por dentro. Está no conceito, no caráter. Por fora é questão de gosto de cada um.

Hoje acordei inteira. Migalhas? Pedaços? Não, obrigada. Não gosto de nada que seja metade. Não gosto de meio termo. Gosto dos extremos. Gosto do frio. Gosto do quente. Na verdade eu quero tudo. Ou quero nada. Por favor, nada de pouco quando o mundo é meu. Não sei sentir em doses homeopáticas. Sempre fui daquelas que falam “eu te amo” primeiro. Sempre fui daquelas que vão embora sem olhar pra trás. Sempre dei a cara à tapa.

Elegância é como o estilo, não se pode comprar. É o seu gosto pela arte, a maneira como se movimenta. Você não precisa de dinheiro para ser elegante porque isso vem de dentro.

Eu não gosto de você, Papai Noel!
Também não gosto desse seu papel
de vender ilusões à burguesia.
Se os garotos humildes da cidade
soubessem do seu ódio à humildade,
jogavam pedra nessa fantasia.

Você talvez nem se recorde mais.
Cresci depressa, me tornei rapaz,
sem esquecer, no entanto, o que passou.
Fiz-lhe um bilhete, pedindo um presente
e a noite inteira eu esperei, contente.
Chegou o sol e você não chegou.

Dias depois, meu pobre pai, cansado,
trouxe um trenzinho feio, empoeirado,
que me entregou com certa excitação.
Fechou os olhos e balbuciou:
“É pra você, Papai Noel mandou”.
E se esquivou, contendo a emoção.

Alegre e inocente nesse caso,
eu pensei que meu bilhete com atraso,
chegara às suas mãos, no fim do mês.
Limpei o trem, dei corda,
ele partiu dando muitas voltas,
meu pai me sorriu e me abraçou pela última vez.

O resto eu só pude compreender quando cresci
e comecei a ver todas as coisas com realidade.
Meu pai chegou um dia e disse, a seco:
“Onde é que está aquele seu brinquedo?
Eu vou trocar por outro, na cidade”.

Dei-lhe o trenzinho, quase a soluçar
e como quem não quer abandonar
um mimo que nos deu, quem nos quer bem,
disse medroso: “O senhor vai trocar ele?
Eu não quero outro brinquedo, eu quero aquele.
E por favor, não vá levar meu trem”.

Meu pai calou-se e pelo rosto veio
descendo um pranto que, eu ainda creio,
tanto e tão santo, só Jesus chorou!
Bateu a porta com muito ruído,
mamãe gritou ele não deu ouvidos,
saiu correndo e nunca mais voltou.

Você, Papai Noel, me transformou num homem
que a infância arruinou, sem pai e sem brinquedos.
Afinal, dos seus presentes, não há um que sobre
para a riqueza do menino pobre
que sonha o ano inteiro com o Natal.

Meu pobre pai doente, mal vestido,
para não me ver assim desiludido,
comprou por qualquer preço uma ilusão,
e num gesto nobre, humano e decisivo,
foi longe pra trazer-me um lenitivo,
roubando o trem do filho do patrão.

Pensei que viajara,
no entanto depois de grande,
minha mãe, em prantos,
contou-me que fôra preso
e como réu, ninguém a absolvê-lo se atrevia.
Foi definhando, até que Deus, um dia,
entrou na cela e o libertou pro céu.

Provo teu gosto em silêncio
Como quem bebe o luar
No proibido da noite
Não tive medo de amar

Provo teu corpo num sonho
Deste que ardem por dentro
Guardo comigo, em silêncio
O próprio gosto do vento...

Gosto tanto de você,
gosto de todo o seu jeito,
não encontro defeitos,
Nesse seu jeito
mais que perfeito!

Cadê Você?

Me dê notícia de você
Eu gosto um pouco de chorar
A gente quase não se vê
Me deu vontade de lembrar

Me leve um pouco com você
Eu gosto de qualquer lugar
A gente pode se entender
E não saber o que falar

Seria um acontecimento
Mas lógico que você some
No dia em que o seu pensamento
Me chamou

Eu chamo seu apartamento
Não mora ninguém com esse nome
Que linda cantiga do vento
Já passou

A gente quase não se vê
Eu só queria me lembrar
Me dê notícia de você
Me deu vontade de voltar

SIMONE

Amélie vai ao cinema de vez em quando, às sextas. "Gosto de observar na escuridão as caras dos outros espectadores. E de notar o pequeno pormenor que mais ninquém verá. Mas odeio nos antigos filmes americanos que os condutores não olhem para a estrada." Amélie não tem nenhum homem; Experimentou uma ou duas vezes mas o resultado ficou aquém da expectativa. Em vez disso cultiva um gosto especial pelos pequenos prazeres. Mergulhar a mão em sacas de grão, partir o queimado do leite-creme com a ponta da colher...Fazer ricochetes na água do Canal St.Martin

Não gosto de ficar em cima do muro, por isso tomo partido, tomo decisão. Minhas opiniões são fortes, assim como meu gênio. Tem vezes que sei ser bem ranzinza, principalmente se estou com alguma coisa entalada na garganta ou de saco cheio de alguma situação. Quando algo me desagrada fecho a cara. Ou fico muda. Sou irônica e implicante. Quando pego implicância ninguém me segura. Nem eu.

Não sou forte o tempo inteiro e não gosto de admitir isso, então não espalha. Eu sou fraca às vezes. Muitas vezes.

É isso que eu gosto em você, seu realismo, sua espontaneidade, sua falta de modos. É isso que eu acho bonito numa pessoa, você vive sua vida, aceita suas limitações, não dá muita bola para o que os outros vão achar. Às vezes eu acho as pessoas tão igualmente diferentes, sempre pendurando arengas no pescoço e fazendo um esforço tremendo para parecer legal. Você é você. Estou certo que existem almas formidáveis por toda a cidade, mas se eu fui gostar logo de ti, isso quer dizer alguma coisa.
(Bicho do Mato)

Gosto de quem presta atenção em mim. De quem procura novidade mesmo me conhecendo do avesso. De quem não desiste de me descobrir. De quem não se cansa da rotina. De quem se entrega. Sempre.

"Não gosto de pessoas que, para ter algum efeito, necesitam estourar como bombas, e junto às quais há sempre perigo de perdermos subitamente a audição - e mesmo alguma coisa a mais."

Não gosto gostar de você!
Porque sei que você não gosta de mim.
Isso me parece meio louca mais fazer o que ?

Eu gosto de ficar sozinha. Relacionamentos são uma fria e a gente acaba se machucando.

— Também gosto de pássaros.
— Por que gosta deles?
— Porque podem voar longe quando as coisas ficam difíceis.

Eu gosto de encher o saco das pessoas que eu amo.

Sempre precisei
De um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou
Só sei do que não gosto
Nesses dias tão estranhos
Fica a poeira se escondendo pelos cantos.

Legião Urbana
Teatro dos Vampiros

Intensamente

Tenho um instinto só meu. Gosto de viver assim, sem limites, fazendo a vida se moldar em mim. Brinco com o tempo, contrariando sua exatidão. Nada pode ser sério demais. Sigo os ponteiros do meu coração. Sou de um jeito exagerado, Sou o espanto por não ter na fala a pausa precisa. Sou borboleta arisca, que arrisca,a espera da flor mais bela. Sou a cada minuto, a sugestão de um momento. Sou sentimento, apego,carinho,a falta. Por quanto tempo eu viver, seguirei achando que ainda não amei o suficiente. Sou só eu mesma a todo instante.