Meu Corpo
O anjo e o louco
Tamanha decepção
Foi ver meu corpo machucado,
Coração acelerado
Mas tinha alguém a me amparar.
Me perguntou como estava?
Assustado respondi:
-Melhor que ontem
Não ainda como amanhã.
-A dor ainda é forte
Mas eu sei que tive sorte
Pois poderia não estar aqui.
Anjo muito obrigado
Por de mim ter cuidado
Eu ainda vou lhe agradecer.
que meu corpo contraído de prazer em dócil ardor, desabroche nesse corpo extasiado de sabor e calor...
O sol me encontrou na cama
Meu pensamento rolando na grama
O silêncio ouviu minha alma
Meu corpo em silêncio declama.
Ao som de uma melodia
Na paz e na calmaria
A natureza exaltada
Constituindo esse dia!
Não posso deter o futuro
Nem evitar o presente
Mas posso anotar a vida
Em um reflexo comovente.
Os passarinhos cantando
A natureza compõem
Os pensamentos navegam flutua ( flutuam)
Mesmo sem navios ou aviões!
Não sei se sou quem seria
Em outras circunstâncias vividas
Só sei que tento deixar o melhor
Em página talvez nunca lidas!
Os pés descalço na grama
Me permitindo tocar o chão
O olhar perdido no espaço
Procura encontrar em vão
Algo que em outras vidas
Não deixaria espaços no coração!
Na poça d'água o reflexo
Da copa das árvores
E das nuvens no céu!
O sol ainda ilumina o dia
Mas a lua já enfeita o céu!
Queria dizer a Deus obrigada
Sem nada de retorno pedir
Quero elevar aos céus um louvor
Deus obrigada por meu existir!!!
Djanira do Carmo Lopes
07 de Janeiro de 2017
Quero você aqui
Tento dormir, mas não consigo!
Em meu corpo ainda sinto o seu cheiro
Em minha boca gosto dos seus beijos.
A minha pele fica toda arrepiada só em pensar em você.
Me bate a todo momento uma vontade incontrolável de te amar.
Quero fazer amor, mas não só por fazer, mas sim por prazer.
Aproveitar a noite de luar, te pegar em meus braços e te fazer sonhar.
Hoje eu só queria ter você, mesmo sendo só por uma noite e terminar ao amanhecer. Quero você!.
Lenilson Xavier
Se atirar uma pedra e machucar o meu corpo, pedir ou não desculpas é mesma coisa. Eu não sou do tipo que aguenta dor e perde sangue sem revidar... tarde ou cedo!
Havia fechado os meus olhos para a vida, meu corpo jazia gélido, sem movimento, sem voz, minha alma não habitava mais ali, eu estava agora em um mundo estranho e escuro, um lugar no qual não havia nada além do desconhecido e da escuridão, sem sons, sem cheiros, sem cores, eu não sentia mais meu coração bater contra o meu peito, tão pouco sentia meus membros, caminhava sem tocar o chão, sem ao menos me mover, de repente houve um som estrondoso, que me faria perder os sentidos (se eu ainda tivesse algum), aos poucos aquele som terrível foi se transformando na mais bela canção, jamais cantada por alguém, aquela voz, ah! aquela voz mais parecia com pétalas de uma rosa recém orvalhada, e eis que houve uma claridade e vi a mais bela criatura, cuja beleza era indescritível, sua pele parecia ser coberta pela mais fina das sedas, seus cabelos nada mais eram que um rastro de luz que se assemelhava a luz do sol, seus olhos, bem, seus olhos pareciam aos meus como o mais brilhante par de estrelas, e eis que percebi, estava no paraíso.
Esse gosto..como eu me lembro desse gosto..
Como eu ainda sinto esse seu cheiro..
E meu corpo ainda arrepia ao lembrar seu toque..
Suas digitais ficaram aqui..
tatuaram em mim...
Como eu ainda lembro dos seus olhos..do seu sorriso..da sua boca perfeitinha beijando a minha..
Como eu ainda lembro aquele dia...
Como eu ainda sinto as vibracoes daquela noite...
Teu corpo no meu.. teu gosto no meu..
Tua vida na minha...
Essa noite acordei pensando em vc..
Meu corpo parece que te sentia...
Parecia real aquele beijo...aquele corpo quente..se esfregando todo no meu..
Ainda to sentindo o gosto... O toque gostoso..deu pra sentir ate prazer...
Queria que isso fosse real..
Queria vc aqui comigo de vez...
Sonhar é bom..mas viver o real..é sensacional
poesia mais triste do ano 2
sei um dia te encontro
você saiu do meu corpo sem rumo
destinado ao caos
frieza corro sem esperança
ando vagamente
procurando motivos para viver
esboço sorriso todos os dias
mas sabe o incrível?
que por dentro eu to invisível
uma carcaça perambulante
andando em um mundo
cheio de problemas
e eu me procuro em cada lugar
cada canto
usando uma lupa gigante
procurando sinal de alma
caminhando em um deserto
o desespero bate
o incrível é que eu só quero sair
gritar, chorar, andar
um dia voltar a sorrir verdadeiramente
talvez o desejo de ver geral feliz
me sufoca por dentro
me enforca mas nem que demore uma eternidade
sei que consigo sair da minha calamidade
enquanto isso os meus passos
palavras
felicidade se cala
enquanto isso eu grito
imploro
para alguém tentar me notar
onde é que você está?
tá difícil?
eu grito cadê você?
sumiu em meio ao vácuo ate quando?
alguém me escuta?
alguém me ouve?
alguém?
vejo e observo todo mundo
observo o mundo
e a solidão nos observa
nos modifica e nos alinha junto a ela
de novo eu grito e berro me paraliso em minha cama tentando entender meu outro dia
um turbilhão de pensamentos desalinhados me destrói
o meu peito e meu cérebro corrói
tento fazer algo impedido pela a falta do meu eu
causando conflitos
repetitivos e sem solução
indiferentemente
tudo oque eu queria agora é um descanso
minha mente não aguenta mais tanta pressão
uma pressão preste a explodir
não sei mais para onde ir
novamente só ando perambulante por ai
só aguardando o meu fim.
LÁBIOS BENDITOS
Em teus olhos anoitecidos
De tantas auroras!
Em meu corpo amanhecido
De tanto te amar...
Esse corpo em delírio
Onde soprou-me os beijos
Benditos, os lábios teus .
Rompeu a aurora divina
Que tua mão, à noite fez-me adormecer.
E assim menina, sem me conter
Peguei todas as rosas do jardim
E soprei para ti
O que para mim eram teus beijos:
Meu mais secreto desejo.
De tanta paixão te devolvi.
Quando eu morrer, não digas a ninguém que foi por ti.
Cobre o meu corpo frio com um desses lençóis
que alagámos de beijos quando eram outras horas
nos relógios do mundo e não havia ainda quem soubesse
de nós; e leva-o depois para junto do mar, onde possa
ser apenas mais um poema - como esses que eu escrevia
assim que a madrugada se encostava aos vidros e eu
tinha medo de me deitar só com a tua sombra.
ENTERRAMADO
Eu sou a muito tempo a petrificação da raiva.
Meu corpo já foi assim.
Meu corpo já foi liquidificado.
Meu corpo já juntou na terra.
Eu já fui enterrado,
em terra amarrado,
enterramado.
Meus pais, filhos e avós já choraram,
E já desistiram de lacrimejar.
Minha compania já se casou no verão,
Nem vem mais me visitar.
E eu sou solidão,
Aqui no fundo do mar.
Do mar bíblico,
onde o colosso da justiça,
lança o pecado.
Cá estou .
No mundo do esquecido.
Oque fiz eu pra isso?
Bom não me lembro,
morro esquecido.
Lembro do pior acontecido.
Morri.
Não foi de febre,
Nem de saudade,
Não foi porque quis,
Nem pela idade.
Morri por má sorte,
Porque encontrei no caminho o espírito covarde.
E os anjos estavam ocupados.
Sei lá, talvez no céu ceavam.
E eu fui machucado.
Me espancaram.
Me mutilaram.
Me enforcaram.
Me alvejaram.
Me estruparam.
Me jogaram no lago.
Mas calma,
não foi simples assim .
Me machucaram, quando voltava da missa, próximo do ponto de ônibus me raptaram, me doparam, me usaram.
Me quadricularam, me puserram fogo,
me deixaram na terra.
E como esses, meus outros também me abandonaram.
Me espancaram, quando fui ouvir minha música favorita,
riram da minha roupa,
me chamaram de bicha,
me jogaram no chão,
arrastaram pelos cabelos,
me segaram com os próprios dedos, arrancaram minha roupa e enfiaram todos os dedos em mim.
Depois levaram minhas feias roupas,
sem deixar meu corpo eu cobrir,
nem minha mãe me descobrir,
eu não tinha nem um dente,
minha cabeça se fundiu com a calçada, quem me viu ,
até hoje não consegue dormir,
minha mãe acha até hoje que na verdade eu só fugi.
Me mutilaram, quando neguei dois tragos.
Me espalmaram a cara,
me prenderam no quarto,
e tiraram do peito meu filho,
me empurraram pela casa,
me levaram pra fora,
levaram também uma faca,
ela andou por tudo,
andou bem mais que as minhas lágrimas,
só perdeu pro meu sangue na caminhada,
com cigarros me queimaram,
onde já nem doia,
doía deixar meu filho ainda no início da vida.
Me largaram lá mesmo do lado de fora as traças,
depois do jornal eu fui capa,
meu filho já estava longe,
e eu nem constava no mapa.
Me enforcaram, quando menti dizendo que não sabia onde ela estava,
tinha medo que ela acabasse enforcada,
fui levada pro banheiro,
ajogada na privada,
eu gritava mas a TV estava ligada,
me deram vários tapas na cara,
me ergueram pelos cabelos,
me estrangularam na mão,
deixaram a vida me escapulir de olhos abertos,
foram perversos.
Me alvejaram,
perto de casa,
eu só caminhava com uma sacola de pão,
a morte vinha automatica,
seu barulho eu conhecia,
me veio não sei de onde,
foi de costas possívelmente,
esse tipo de morte,
por satisfação e lazer nunca vem de frente.
Corri mas já era tarde,
senti sede mas nessas horas a garganta arde,
a vizinha gritou,
chutou a roda do covarde,
a sirene soou mas já era tarde.
Na sirene mais alarde,
na minha morte mais covardes.
Me estruparam,
quando fui tomar banho de rio,
quando me escondi atrás da pedra,
Escondida do meu tio,
quando corri entre a plantação de pinho, quando me espremi entre os frepinhos, quando cai em meio aos espinhos,
quando eu não tinha nada,
nem sabia falar os corrigindo.
Me deixaram ali as margem do rio,
e naquele dia choveu,
fui pra depois da fronteira,
o porco da selva fria meu corpo comeu.
Me jogaram no lago, quando beijei ele depois da aula,
se consumiram de inveja,
me seguiram até a passarela,
me pediram satisfações,
eu não tinha pra lhes dá,
então levaram meu celular,
gravaram eu apanhar e me empurraram de lá,
aproveitaram que ninguém viu chamaram seus primos,
e me tiraram da água,
brincaram comigo,
me lançaram no fundo do lago,
que é tão frio que até hoje existo.
Em dois planos em alma vivo,
entre esse lago ou aquele do destino esqueçido.
Há quem sou ,
Ou melhor quem eu teria sido.
Não vale a vida ,
Se na verdade nada é vívido.
Não tem razões me dar um nome,
se passar o resto dos anos no subsolo pérfido.
Não queria ter pisado nesse mundo perdido.
Não tenho se quer um túmulo vazio,
Eles casaram,
Morreram de velhice,
Foram condecorados,
Praticaram outros assassinos,
Voltaram pra casa e almocaram.
E eu estou aqui,
pra sempre calado.
Eu sou o morto,
Eu sou o que colhe os frutos do cruel.
Se existir justiça,
Ela não está nem aí na terra,
Nem aqui no céu.
"O maior milagre é a SALVAÇÃO. Ainda que eu tenha todo meu corpo sarado, eu e toda minha família próspera e bem sucedida. Se não tiver a salvação, [pereceremos].Este corpo físico não vai pra glória, o dinheiro e tudo que ele possa comprar(carro, casa, joías) também não. Prestígios, títulos, e diplomas muito menos levaremos. Tudo que é da terra, pra ela retornará, aqui tudo fica, só vai para o Reino os salvos, porque são de lá.(milagres)"
—By Coelhinha
Vivo meus desejos intensamente, sejam as sensações para o meu corpo, sejam os prazeres para minha alma. O deleite do meu ser é profundo demais para caber em rótulos de quem teme a experiência de criar o seu próprio caminho.