Metro
Hoje vi o avião batendo asas, vi o metrô mostrando a língua e os carros carregando folhas. Escutei o ônibus fazer “MUUH”, a moto “relinchando”. Devo estar sonhando! Mexi nos olhos e de primeira acordei. Minha família estava toda animada por que iriamos ao sítio. Deve ser esse o motivo de ter sonhado com essas loucuras.
Pronto! Nos arrumamos e saímos. No caminho tudo normal, vi o avião com suas asas imóveis, deixando todo o trabalho para a turbina. O metrô sério, como sempre, os trabalhadores em seus carros, o ônibus com suas buzinas e a moto com aquele barulho do escapamento.
Chegando no sítio, aparentemente está tudo tranquilo. É, isso era o que eu esperava. Olhei para cima e vi uma ave com turbina, assustado parei de olhar para cima, olhei para o lado e vi uma cobra com sua língua que não parava de mexer. Até aí normal, não é? E se eu te falar que ela era inteira de aço? Estranho!
Olhei para baixo… Ufa!! Vi formigas, olhei mais de perto e estavam com rodas. Aí não deu outra, entrei em desespero, o pior foi ver a vaca com janelas e o cavalo com escapamento. Nossa! Acho que enlouqueci! Não é possível que de novo eu dormi… Me belisquei imediatamente na intenção de acordar. Ou estou louco, ou minha mente está muito fértil.
Abri os olhos, ufa! Está tudo escuro, estou na minha cama, mas aí escuto barulhos: “Miau, Miau”, “Uau, Uau”. Levantei para averiguar... Droga! Era o velotrol e a bicicleta do meu filho brigando de novo.
Ela queria bater com os pés e gritar e falar bem alto, comer até ter um metro e oitenta de altura e depois fugir.
AMANHÃ
Amanhã a felicidade vai sorrir
Com sua boca banguela de criança arteira.
O metrô será um coração de mãe
E a Radial Leste estará livre como um tapete mágico.
Amanhã a alegria será um touro rosa correndo pelas ruas,
Lambuzando de cores os olhos de pedra da cidade
E colorindo cabeças e janelas.
Amanhã Criolo vai dar canja,
Marco vai captar o momento exato,
E Casulo vai construir uma peça lotada de gargalhadas.
Amanhã todos os faróis estarão piscando VERDE,
Na Casa das Rosas vai ter sarau,
Mariana vai parir um poema azul,
E Helô vai preparar o pão dos Elfos.
Amanhã vai ter samba na Santa,
Será meu dia de folga
E Deus vai dormir numa rede de mariscos.
Amanhã é dia de pastel na feira,
Nina vai botar uns pingos nos is,
A Paulista será só para os sapatos
E o Messias encantará um cordel.
Amanhã a felicidade banguela vai sorrir,
Porque hoje eu acordei mordido de alegria
E com um vontade infantil de acreditar.
Talvez eu não seja desse tempo, um viajante intergalático parado na estação retro do metro*. Mas aqui é tão bom, apesar dos conflitos constantes não sei se gostaria de seguir adiante*. Construo pontes mas não castelos, cada dia é uma fase deste caminho na estação, onde eu torço para o metrô se atrasar e eu não embarcar.
Sou a favor do metrô de Brasília tanto quanto sou a favor de que alguém coma um Big Mac. Desde que nenhum dos dois seja pago com dinheiro público.
...uMa TARde dEsSAS....
18hsr e 42mint e eu aqui sentada numa estaçao de metro, ja se passou dois de minha espera e nao consigo ir pra casa sinto que estou em direçao oposta mas quando dou por mim estou no sentindo certo, mas nao e pra esse rumo que quero seguir, nao consigo me encontrar mas pareçe que procuro que meu eu me encontre num rumo neutro!!!
Metrô NY 1300 KM, 450 estações, R$ 48,00 por uso ilimitado por 1 semana.
Metrô Rio 47 KM, 35 estações, R$ 3,10 por viagem.
Gentileza: Ceder o lugar
Ceder o lugar
Seja na terra ou no mar;
No metrô ou no ônibus;
No trânsito ou no ar.
Gentileza é tudo.
Tecidos.
Desenrolando os tecidos da vida...
Cada metro que solto ao vento...
Vou observando os mistérios da mente e do coração...
E eu como Poeta....
Vou tentar ser nesse poema....
Um serigrafista amador...
Quem sabe ao termina-lo.
Saio um profissional nomeado...
Minha função...
É atingir acima do meu pensamento...
E debulhar o tal...
Afamado coração...
Nessa materia...
Vou tentar buscar a raiz dos dias passados...
O tempo está passando...
Na diversas cenas que meus olhos filmaram...
Muitas não foram boas...
Discórdias e revoltas...
Raivas, ódios e rancores...
Diversas cicatrizes...
Vidros estilhaçados....
Manchas de sangue...
Teias furadas com outros materiais...
Na estampa...
Fácil é de ver...
Tanta vergonha e arrogância...
Maliciosas mentes...
Dúvidas ,medos e prepotência...
Mas como Poeta inspirador...
O ano de 2020 está se findando...
Poderia até me nomear aqui...
Como coreógrafo escritor...
No bailado...
Serigrafista e domador....
Sou de uma gema...
Que não é do ovo...
E sim do Senhor.....
Jeans , brim e cetim...
Rasguei tudo e fiz tecidos seda...
Sedas suaves...
Sentimento único...
Bem acima de qualquer razão...
Trazendo dois comparsas...
×××O amor e o perdão...×××
Com essa proeza...
Inalterado fica esse tema...
Cujo não é uma poema...
E sim...
Uma obra prima e blindada...
Pano inacessível...
Um tecido que não aceita tinturas...
E quem tentar pinta-lo
Essa seda é inabalável...
Inacessível e inatingível...
Onde mora a paz...
Os tecidos se torna de altíssima qualidade..
E está aqui...
No âmago..
Do meu coração...
Assim...
Desvendei todo mistério...
Tanto dele...
Como da minha mente...
Feita pela minha imaginação....
De uma inspiração feita...
Buscando apenas...
O amor e perdão...
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
RINÓPOLIS - a cidade da minha infância; sem metrô, nada de relevância.
Na balaústra do portão, o padeiro deixava o pão; apertava a buzina estridente, fixada na carroça azul, com a mula amarrada na frente.
Às seis da tarde, via a noite chegando, ao som do sino tocando, meu pai na Belina chegando.
A área comercial, tinha o bêbado oficial. Dormia ao chão atirado, com repulsa social; às vezes falante, em outras deprimido, mas por todos conhecido.
Quando ligava o auto falante, e tocava a `Ave Maria`, de longe já pressentia: alguém havia partido. Era hora de silencio, pra saber do falecido.
Sorridente ou infeliz, aos domingos de forma sagrada, o povo cercava a matriz. Grande era a movimentação, o padre Miro finalizava o sermão, os bancos eram disputados, e os diálogos encetados.
O cardápio era bem limitado: sorvete, pipoca ou amendoim ensacado (cru ou torrado).
Dali um dia parti, para um rumo desconhecido; vinte anos mais tarde voltei, quando então me assustei, com o que tinha acontecido - era um filme repetido.
Tudo estava no mesmo lugar. O velho taxista, com seu Fusca foi me buscar.
Achava a vida meio parada, mas na verdade, era apenas descomplicada.
Era um tempo de buscar o barulho, o tumulto, agitação, progresso e competição.
Agora, sinceramente, confesso: hoje penso no regresso. Com o passar dos anos, se descobre que a vida, quando corrida, passa rápido e despercebida.
Que Marcella cresça
1 metro
2 metros
3 metros
Um monte de metros
De alegria, de saúde, de traquinagens, e de marmelagens!
Que Marcella engorde
1 kilo
2 kilos
3 kilos
Um monte de kilos
De inteligência, de descobertas, ela é atleta!
Que Marcella seja
1 ano
2 anos
3 anos
Um monte de anos
Feliz, saudável, sorridente com um monte de dentes, e sempre!
Esperançoso, Gonnifer arrancava com os punhos, as quiçacias enterradas a meio metro de profundidade, no solo íngreme do penhasco, na intenção de que uma daquelas ervas, fosse a profetizada raiz vermelha.
No metrô
Passei pela Luz
Não a via
Passei pela Liberdade
Não havia
Passei pela Consolação
Não ouvia.
João Luís dos Santos