Metamorfose
METAMORFOSE
Um longo tempo fiquei num casulo
Tão só, tão triste...
Eram tantas dores
Tanta solidão!
Chegou um tempo
Em que meu corpo não cabia mais naquele pequeno mundo
Um aperto, quase me faltava o ar.
Eu precisava me libertar , respirar!
Quando me percebi no casulo
Um fio de luz reluziu lá de fora
Era apenas uma pequenina fresta
Precisei de coragem para lutar contra meu medo
Escancarei a pequena fresta
O medo do desconhecido era grande
Mas, pela fresta já aberta,
Aos poucos fui saindo
Corpo úmido, cansado, dolorido...
Já via a luz vinda lá de fora
Como era linda!
Era o brilho do sol, que com seu calor me secou
O peso se desfez, senti-me leve
Foi tamanha a surpresa: Percebi que tinha asas!
Agora poderia voar!
Ah! Como são lindas as minhas asas
Olhem! Posso voar linda, solta pelo ar...
Deu-se então a metamorfose
Deixei de ser uma insignificante lagarta
E tornei-me uma linda borboleta
Liberta das dores e da escuridão!
Eu, timidamente livre
Livre para voar
Para viver
Livre para o amor
Livre para sonhar! E você, o que te impede de sair do casulo?
A capacidade de hoje enxergar as coisas assim demorou para acontecer...é como uma metamorfose em que enquanto lagarta ninguém pode abrir o casulo e te tirar de lá...porque isso inibe suas forças de voar...
Por mais que os amigos tentem, falem, se esforcem para que possamos nos transformar em borboletas, temos que romper os casulos sozinhos...sem muletas emocionais...
***O voo só é livre quando você percebe que foi você quem decidiu voar!!!!***
Sou assim, esta metamorfose ambulante
que apenas busca o caminho da felicidade,
sem se preocupar com o que pode me ocasionar.
Buscando a qualquer preço um sentido na vida para ser feliz.
Apenas mais um escravo do mundo, vivendo uma prévia realidade,
Que me leva a solidão...
METAMORFOSE
Minha vida consiste agora
De idas e vindas
Partidas e chegadas
Chegou a hora
Mudança, transformação
Ao alcance da minha mão
É só eu querer
Deixar acontecer
Vou me arriscar, tentar
Sem medo de fracassar
Não olharei para trás
E se eu vier a chorar
Não será por covardia
Minha noite enfim, tornar-se-á dia
Quero ser apenas uma Metamorfose Ambulante, ou apenas Ouro de Tolo. Porque Eu Também vou Reclamar.
Quero viver na Sociedade Alternativa e pegar o Metrô Linha 743, ou até mesmo o Trem das 7 e como Vovó já Dizia, nasce o novo ano. Por isso Tente Outra Vez.
Quero viver como o homem vive com Medo da Chuva e na Louca Paranoia, pode ser como Al Capone, porque...
Eu nasci há dez mil anos atrás!
Eu prefiro ser essa metamorfose âmbulante,
do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo...
Sobre o que é o amor, sobre o que eu nem sei por que.
Nota: Trecho da música "Metamofose Ambulante" de Raul Seixas
quadro morto.
Com o tempo a gente vai se contemplando. E então se acostuma com essa metamorfose constante entre nós. Se deixa levar pelo vento, faz bem. E da maneira incerta que sempre vou, me queixo e me espalho sorrateira no chão da rua, do trabalho, das festas. E enquanto não posso escrever teu jeito, me sinto no desleixo de poder imagina-lo, me deixo entrar totalmente em meus próprios planos, me clamo. Como sempre vou, indignada, procurando em todos os cantos palavras novas, mas são sempre as mesmas que sei, são sempre as velhas. Sinto inteiramente meus sonhos interligados com a insignificância do meu amor por ti, do meu sofrimento ligado parcialmente com o seu desconhecido, dos meus dedicados textos à ninguém, e pela pausa antecipada do vento, do sol, do planeta sem estória, sem conteúdo, ninguém sabe o que aconteceu antes de sermos jogados por aqui. Ninguém tem certeza. A única certeza é de que há muita incerteza por menos de pouco amor, sermos inteiramente ligados há uma energia que contém prazer, faz sentirmos algo que decidimos batiza-lo de amor, isso pra mim é desculpa esfarrapada pro sexo…Eu sei, não é assim, mas deixe-me fingir. Um dia o vento passa e leva, minhas pétalas indecisas, minhas flores plantadas em quadros, meu retrato morto, encostando-me ao fim de tudo.
Têm certas pessoas que brilham tanto na terra que passam por uma metamorfose e se transformam em estrelas... Certas estrelas têm luz própria e um coração tão bom que não se contentam em iluminar apenas os que as cercam, por isso fazem morada no céu para iluminar a todos...
Metamorfose
Crescer é perder as amarras que te prende no chão
Chacoalhar a poeira da alma e voar com toda emoção
è deixar as assas crescerem para explorar todo o mundo
Cada canto, cada alma, cada mar, cada sorriso
è aprender os anseios mais profundos
è esperar a metamorfose acontecer
Se Metade amor fosse... mas acho que a metade não é
Pois crescer não é em pedaços
Crescer é perder as amarras que te prende no chão
Todas ao mesmo tempo, assim não haverá tempos em vão
Que gastaria com medo, na surdina
desamarrando com disciplina
Cada laço bem forte que te prende e nem pede perdão.
A Meta amor é fase
Faze de erros e aprendizado
Meta de experimentar
Amor de ser azarado
e amar alguém que ainda não passou pela metamorfose
Crescer é perder as amarras que te prende de amar a fase da metamorfose
Metamorfose
Quem vai dizer que já se passaram 21 anos da minha vida,
As vezes não me sinto com 21,
Tem dias que parece que eu sou mais velha,
Pois com tão pouca idade e eu já passei por tantas dificuldades,
Dificuldades essas que só me fizeram amadurecer,
Porém tem momentos em que me sinto como se ainda fosse aquela menininha indefesa e insegura que quer ser notada pelo universo.
As vezes me sinto como se fosse uma borboleta prestes a sair do casulo.
Tem dias em que me acordo e me olho no espelho e me acho linda,
entre tanto, em outras vezes me olho e me sinto feia,
o verdadeiro patinho feio.
Deis de que me conheço como gente vivo cheia de perguntas e duvidas,
ainda sou aquela menina que queria saber da onde eu vim
e por que eu nasci,
A menina insegura, indecisa, confusa, curiosa, sincera,
autentica, orgulhosa e por ai vai...
Sou uma verdadeira metamorfose ambulante.
Já dizia nosso amigo poeta William Shakespeare:
''_Ser ou não ser, eis a questão''
Tua Varanda
Voa com as asas de meus olhos
e partilha da minha constelação
nesta metamorfose de cores.
Que surpresa trará a brisa que passa
entre suas fragrâncias e melodia?
Captura a luz deste ocaso
e pinta de púrpura o teu caminho
Faz com que as orquídeas
combinem com o teu sorriso
e subsista em ti esta doce ternura
este anoitecer mágico
na varanda que espreita
esta sombra viajante
que deixa marcas
em forma de pegadas...
Eu sou dia e noite, chegada e partida, uma pluralidade de sentimentos, metamorfose contínua, sou Humana aprendiz eterna da vida!
METAMORFOSE
Lá vai a feia lagarta deslizando com seu jeito desengonçado por entre folhas e flores. Ela está sempre apressada, em busca de alimento. Não percebe o sol que a aquece, a brisa que a toca, nem as belezas que a cercam. De algum modo ela sabe que tem de ser rápida. Acumular energia, seu instinto a avisa que seu tempo é limitado, finito. Então sua forma flácida desloca-se sem parar.
Eu fico olhando-a, tomada de certa repulsa, controlando a vontade de jogá-la para longe de mim, ou, com a primitiva crueldade inerente a todo ser humano diante do feio, esmaga-la sob meus pés.
Mas algo em mim se contém. Ela é tão persistente! Repentinamente sinto-me tão parecida com ela. Penso na minha fase lagarta. É quando embrenho uma corrida desenfreada na selva do meu cotidiano, em busca de alimento que abastecerá meu EU. Fase egoísta onde se me é difícil olhar para o lado. Onde meus sentidos conduzem-me como autômato, em busca de acúmulo de energia estagnada, que torna meu espírito obeso. Mas definha minha capacidade de doar e torna anoréxica minha compreensão.
Tenho fome e tenho pressa! Mas não tenho uma meta, um objetivo ou um rumo. Nem consciência. Apenas existo.
Então, das entranhas da minha alma, sinto nascer uma nova necessidade. Eu não a compreendo a princípio. É também uma espécie de fome: falta-me um complemento. A pressa sai de mim e achegam-se às divagações, começam os questionamentos. E o mundo que antes era meu limite, torna-se cansativo.
Lá vou eu, feia lagarta, construir um casulo, onde, na escuridão permanecerei inerte.
Difícil decisão! Admitir que meu espírito é flácido, gelatinoso. Não gosto da forma que tenho, não suporto mais ser lagarta. No aconchegante escuro do casulo onde me encontro, readapto minha visão. Fecho os olhos, abro a percepção e olho para dentro.
Espio nas gôndolas da despensa de minha alma, avalio os alimentos ali estocados.
Quanta coisa que nunca consumirei! E quanta fonte de energia sadia!
Ei! Eu não preciso de tudo isso que guardei. Posso repartir, alimentar.
Olhando com mais atenção, vejo que na ânsia de abastecer-me, tornar robustas minhas certezas, muitas coisas perderam o prazo de validade:
Tornaram-se dúvidas.
Repentinamente o breu torna-se luz e posso ver com exatidão. Ela, a esperança, vem fazer-me companhia. Mas ainda sinto o frio da solidão.
Não posso mover meu corpo inferior, as pernas da minha força de vontade ainda estão atrofiadas. Começo uma longa sessão de exercícios, reeducarei meu instinto, alongarei minha bondade e estirarei ao máximo os músculos do amor incondicional. Então, depois de muito tempo sinto uma nova sensação. Ela sai de mim em forma de uma morna lágrima, deslizando silenciosa pela face resignada da honestidade para com minha condição.
Quero sair daqui, quero nascer de novo. Adquirirei uma nova forma.
O suor escorre de minha face enquanto rasgo o útero da minha segurança. Os soluços do choro que não pode ser contido umedecem as finas membranas que me farão adentrar num mundo novo e desconhecido.
E nasço de novo! Sinto dor. A dor de nascer e saber se impossível retroceder.
Movo os longos apêndices que saem de mim. São asas! Posso voar. No afã de recomeçar, recolho todos os meus pertences, quero subir, redescobrir.
Muito rapidamente percebo que não posso levar nenhum peso sobressalente. Então dou um emocionado abraço de despedida na parte de mim mesma que ficará para trás e o vento brando me leva sem rumo.
Provo o néctar doce da emoção, sinto o perfume da minha nova capacidade. Sou a persistência de levar a beleza. Sou a candura de ver um mundo encantado. Sou a poesia da renovação. Infinitamente mais frágil, mas serenamente mais sábia.
Meu íntimo avisa-me que este é meu último estágio, devo desviar-me dos ventos fortes das dificuldades, do peso sufocante do medo da altura. Embrenhar-me neste fascinante mundo do querer. Eu não tenho nenhum medo de errar.
Do livro "METAMORFOSE" BY BARTOLOMEU ASSIS SOUZA
ARGILA (B.A.S)
Faço, d'argila de que sou feito
Boneco tão parecido comigo
O ar quente que exalo
Endurece o que antes era maleável
Se o barro faz alguém
Sou essa argila da terra moldada
Produto criado, cozido e temperado
E esse boneco sou eu, ou argila?
(Bartolomeu Assis Souza, especialista em linguagens, poeta)
Metamorfose - I
É bossa nova o som que sua luz toca
Mescla os raios de sol ao puro vermelho
Que enaltece sua branca face em anseio
A confirmar meu juízo: é carioca
Mas não conclua agora nem muito pense:
Leves traços, mas seu olhar irradia
O poder de atrair com toda a ousadia
E assim me faz pensar: é brasiliense
É a moça que brinca com meus sentidos
É dentre todas, a mulher mais bela
É a dona dos tesouros escondidos
Onde o sol e o céu são somente dela
É a menina que faz sonhos partidos
E eu pergunto: afinal, quem é ela?
Me sinto um casulo. Mas decidi que é hora de viver uma metamorfose, ser borboleta. Livre, linda e feliz. É hora de radiar paz no espirito de quem me olha.