Metamorfose
Num mundo em metamorfose, onde a mudança se insinua,
Reina uma atmosfera de ansiedade e tristeza,
Os pais, distraídos, rotulam como frescura,
Sem compreender a nova essência que a vida tece.
Amores fugazes, rasos, desprovidos de profundidade,
Falta de respeito, inveja e insegurança a pairar,
Relações efêmeras, sem criar intimidade,
Pressa cega, impedindo o tempo de nos revelar.
Alguns se priorizam, exaustos de desilusões passadas,
Esquivam-se do amor para evitar as dores,
A frieza é admirada, como se ser rude fosse sabedoria,
A sensibilidade, tida como fraqueza pelos dissabores.
Traição banalizada, diversão sem consequências,
Para as mulheres, um peso de culpa e dor,
Enquanto para os homens, é visto com complacência,
Essa dualidade de julgamentos nos causa tremor.
Racismo persiste, um resquício de tempos sombrios,
Homofobia, pelo simples ser de cada um,
A aceitação ainda é um desafio em nossos dias frios,
Amar e aceitar, é o que clama o nosso comum.
Discursos de ódio, por cabelos e regiões,
Modismos vazios, trocas de pele sem verdade,
Privilégios concedidos, gerando divisões,
Machismo tóxico, negando igualdade.
Cobranças incessantes por um futuro independente,
Padrões de beleza que aprisionam a alma,
Comparando-se, buscando agradar toda gente,
Esquecendo que a verdadeira beleza é a que se acalma.
Toda essa metamorfose que estou passando não veio pra me derrubar...e sim pra me deixar mais forte ...pra colocar tudo no seu devido lugar... pra me reestruturar, me reerguer, me mostrar a luz no fim do túnel, me tirar do fundo do poço e me ajudar crescer e amadurecer ..... eu sai do casulo, me refiz, me levantei e vou vencer! Eu mudei, me transformou, eu aprendi...borboletei!!!!
Cada pérola é única e expressa a experiência particular da metamorfose da vida: enriquecida pela provação dos "atritos", enriquecem nossa visão e adornam nosso coração.
A única coisa que quero me permitir nesse momento, é uma metamorfose. Cansei de ser o mocinho da história! Agora eu sou o vilão!
Vou ressurgir das cinzas que me queimaram com o fogo do inferno.
E vou voltar transformado num diabo.
Amanhecer como metamorfose
Minha moradia situa-se em meio a uma ativa artéria comercial da cidade.
Hoje levantei pela manhã, àquela altura, a rua já em efervescência com movimentação de pessoas indo e vindo nas calçadas. Enquanto os carros numa direção única, em linha reta, também ocupavam os espaços legais da via pública.
Para surpresa, ademias, ao meu lado, vem a se manifestar sorrindo, um empàtico transeunte, apontando o dedo à riste, para uma placa comercial, com o nome Penélope e fazendo alusão quiçá, ao amor platônico entre Penélope e Ulisses.
Assim, percebi a enorme contribuição que as criaturas, apenas espreitando coisas ou fatos podem espontaneamente, oferecerem aos avanços da vida cultural, social e econômica.
Por outro lado, o avanço do fluxo de automóveis e de pessoas vai impactando numericamente, o espaço e a multiplicidade do comércio dalí, cada vez mais portas abertas e transações comerciais indicando um próspero dia de atendimento ao público consumista, sedento de suas demandas e longe do ponto de equilíbrio.
Porém ali, todos a indicar suas labutas!
Neste sentido, quão é relevante integrar as emoções destes momentos de felicidades e de realizações humanitárias, aonde basta observar o que se passa no cotidiano.
Corroborando desta forma, em pouco tempo, a maioria já na sua ocupação, porém, uns ainda nos seus lanches matinais, outros como o fazem bilhões mundo a fora, buscando meios de suprirem as suas primeiras necessidades do dia a dia, de cada manhã.
Importa isto, não só como relato cronista, mas sobretudo, como indicação da existência de uma harmonia natural de transmutação, em cada amanhecer, desde o cantar dos pássaros ao nascer do sol, a luz realça no firmamento.
Por fim, esta esplêndida metamorfose é esperança aos seres vivos e faz com que imensurável número de criaturas exerçam o sacrossanto poder de ampla mobilidade, numa disseminação da seiva nobre da vida por toda natureza.
Dei forma à minha quimera
E nela vi cores, transformações
Fui um pouco Morfeu e quis metamorfosear
a sensação de uma ação que só um sonho sabe contar!
“ Sou como uma borboleta na crisálida em constante metamorfose.
As transformações são doloridas, pois nos tira da zona de conforto para nos conduzir para o novo. O desconhecido é assustador, porém necessário, afinal chega um momento da vida em que não nos cabe mais as mesmas roupas, os velhos hábitos.
A transformação, ainda que dolorosa, é uma possibilidade de preservação da vida. Entre dores e anseios vivo o silêncio na expectativa pelo grito de liberdade. Já sinto minhas asas se formarem não importa o tempo e nem as adversidades, pois a minha essência é a mudança e o meu destino é o voo.”
Viviane Andrade
Ao contrário da borboleta a metamorfose do amor é no fim. É no final que ele se torna uma sombra imprecisa, um espectro triste e pálido do que foi. É nesse tempo indefinido e tardio que ele tenta se manter vivo alimentando-se com as migalhas que sobraram. Como uma lagarta arrasta-se carregando o peso e a culpa do fim. Agarra-se com tanta força às lembranças que chega a pensar que são reais. Mas como amor é par, sozinho definha aos poucos, rende-se ao tanto faz da indiferença e resignado à triste sorte entrega-se à clausura do casulo .
"" O ovário critico menstruou
uma insígnia metamorfose mediática
Não obstante, julgou plena convicção
Não sabe dos deuses
Que não estava em período fértil
E absorveu seu próprio sangue
No vértice de sua estupidez...""