Metáforas
[A CIDADE COMO TEXTO]
Entre as diversas metáforas operacionais que favorecem a compreensão da cidade a partir de novos ângulos, uma imagem que permitiu uma renovação radical nos estudos dos fenômenos urbanos foi a da “cidade como texto”. Esta imagem ergue-se sobre a contribuição dos estudos semióticos para a compreensão do fenômeno urbano, sobretudo a partir do século XX. Segundo esta perspectiva, a cidade pode ser também encarada como um ‘texto’, e o seu leitor privilegiado seria o habitante (ou o visitante) que se desloca através da cidade - seja nas suas atividades cotidianas para o caso do habitante já estabelecido, seja nas atividades excepcionais, para o caso dos turistas e também do habitante que se desloca para um espaço que lhe é pouco habitual no interior de sua própria cidade. Em seu deslocamento, e em sua assimilação da paisagem urbana através de um olhar específico, este citadino estaria permanentemente sintonizado com um gesto de decifrar a cidade, como um leitor que decifra um texto ou uma escrita.
[trecho extraído de BARROS, José D'Assunção. Cidade e História. Petrópolis: Editora Vozes, 2007, p.40].
Abstrato
Debulhando letras, salpicando metáforas
e metonimia, dá vida a sua viagem
e nas paisagens... algum sorriso culpado,
inocentemente parte do enredo.
Move-se com as notas e elas pairam no ar
encantam os ouvidos, transporta sonhos
perfume, doce lembrança, partitura nas batidas
do coração, Instintivo melodia desejos.
Displicente passeia pelas noites, pena vagueia
nos sonhos que dormem, ler Brida, interpretá-la?
...seriam os olhos teus? Seriam teus olhos?
Que amortecem os medos e os arrepios...
Brida di Beenergan
[ONDAS INTERDISCIPLINARES]
Entre as metáforas muito empregadas para se falar dos diversos impulsos interdisciplinares que, de tempos em tempos, beneficiam determinado campo de saber, está a imagem das ondas. Certo campo de conhecimento está bem posicionado em seu lugar, como se fosse uma bela praia tropical, e de momentos em momentos o oceano lhe entrega uma vaga de ondas, que vêm banhar suas areias e as renova, mais uma vez. Há depois o repuxo. Mas então as águas já deixaram algo de si nas areias, que por isso já não são mais exatamente as mesmas. E as próprias ondas, por outro lado, também levaram consigo um pouco das areias que ajudaram a fertilizar.
A Interdisciplinaridade, entrementes, não envolve propriamente um campo de saber estático (a praia) e outro ativo (a onda). Os diálogos e movimentos interdisciplinares implicam dois campos de saber em movimento. Um atua sobre o outro. Os encontros interdisciplinares são como as águas de dois rios que se encontram, por vezes placidamente como se ensaiassem um abraço amoroso, por vezes defrontando-se com certa violência, como se uma corrente desejasse submeter a outra, absorvê-la dentro de si mesma para depois seguir adiante, fortalecida. Ou, então, um diálogo interdisciplinar pode ser comparado a duas ondas que se abraçam no meio do oceano, o que só poderia se dar se as ondas tivessem movimentos próprios para além daqueles que lhes são ditados pelo próprio mar. A imagem é aceitável?
Quando duas ondas se encontram – em uma operação da natureza que simultaneamente envolve, de cada parte, a suavidade e a violência, o abandono amoroso e o domínio quase belicoso – elas daí por diante levam consigo algo de uma na outra. Um encontro entre duas ondas não pode ocorrer sem que as duas partes efetivamente se transformem; e sem que, de alguma maneira, o próprio oceano, vasta extensão agitada por muitas e muitas ondas, também se transfigure. Fiquemos com essa imagem. A Interdisciplinaridade é um encontro de ondas.
[trecho inicial do livro 'História, Espaço, Geografia'. Petrópolis. Editora Vozes, 2017, p.9].
“O que é a verdade, portanto? Um batalhão móvel de metáforas, metonímias, antropomorfismos, enfim, uma soma de relações humanas, que foram enfatizadas poética e retoricamente, transpostas, enfeitadas, e que, após longo uso, parecem a um povo sólidas, canônicas, e obrigatórias: as verdades são ilusões, das quais se esqueceu que o são, metáforas que se tornaram gastas e sem força sensível, moedas que perderam sua efígie e agora só entram em consideração como metal, não mais como moedas
E logo eu que sempre amei metáforas, vi todas elas fugirem ao pensar em como escrever sobre minha vontade infinita de beijar seu sorriso.
Não só pelo sorriso, mas por tudo que ele representa.
Não se admira um único bater de asas de um beija-flor, mas sim o seu voo inteiro.
E ali eu me vi, tentando segurar o seu voo inteiro com meus dedos finos e tentando fazer meus lábios encontrarem o que é tudo isso que revira meu peito, que faz meu furacão no estômago perder a direção e meus cabelos parecerem bagunçados demais.
Mas eu não sei explicar tudo que se amontoa em meu pensamento ao te ver, todos os textos que fazem minhas mãos tremerem e todas as palavras que se engasgam me fazendo não falar nada, como se todas as penas de um beija-flor invadissem meu nariz e fosse impossível respirar e não sentir o teu perfume.
E quando finalmente eu o vejo seguindo para outra flor ou para o jardim de onde veio, eu mesma me descubro beija-flor e me enxergo voando em direção ao seu sorriso-flor.
ADVERSIDADE
Foi-se-me
o tempo
adverso
em
que rimas
de ferro
e metáforas
de aço
eram
o invólucro
do meu
verso!
VARANDO A MADRUGADA
metem
medo
metas
metá[foras]
meta[morfoses]
minto
mentiras
menti [rosas]
met[amor]fose
melanialudwig
A religião sem poder é grave, pois ela reduz a pregação bíblica à uma série de metáforas sagradas esvaziadas de sentido transcendente. Esta abordagem não passa de humanismo secular transvestido de religião.
Metáforas
Nunca Entendi,Nunca Aprendi.
Sera Que Vou Morrer,
E Ainda Assim,Não Vou Aprender A Viver.
Nesse Impasse Diário,Sigo.
Entre Sorrisos e Abraços,
Alegrias e Abraços,
Sentimento,Me Ensine
A Viver,Sem Sofrer.
Procure-me Em Um Olhar,
E Com um Sorriso Ira Me Encontrar,
Me Procure Com Uma Dor,
Que eu Curo Com Esse Amor.
Metáforas,Mistérios,
Nada me Faz Sentido,
Nada me é Certo,
Sigo Vivendo,Esse Futuro Incerto.
Uma das metáforas da vida espiritual é a da jornada de caminhar com o Eterno dentro de nós. Só que encontrar-se com ele é mais do que ir de um lugar para outro. Precisamos de uma agenda de coração, precisamos de um tempo a sós com ele. Como diz Henri Nouwen, precisamos sentir as batidas do coração do Pai quando cultivamos a presença dele em nós. Pensemos sobres isso!
Escrevo rabisco e metáforas que descrevem sentimentos...
No entretanto achas tem haver com quem lê ou dei um texto...
Embora sejam palavras mortas fazem todo sentido para meu ser...
Tudo que fui dentro desta alma
Nós delírios que me acompanham sois a luz que morre dia após dia....
No extremo dessa vida clamo por você espírito que morreu dentro de mim...
Exploro cada virtude que ressoa em cada discurso ao vento...
Cala frio...
Do seu desejo nunca quis atenção ou mediar uma relação pois o espírito é livre para sonhar.
FORA...
fora da poesia
as toneladas de inúteis metáforas.
fora da poesia
todos os absurdos teoremas menos o de Pitágoras...
fora da poesia
as palavras obscuramente indecifráveis.
fora da poesia
os imensos pseudo poetas execráveis.
toneladas de metáforas
absurdos teoremas
palavras indecifráveis
pseudo poetas execráveis
são vírus
que ferem de morte
a poesia!
©ArthurSantos
Reflexões e metáforas
Crianças são exemplos que mesmo em tempos de sombras sempre haverá luz, pois a sombra só existe porque há luz.
Rituais religiosos, sem amor, são metáforas vazias de religação entre o Deus interior e o Deus exterior. Mesmo o amor incompleto religa um pouco. Na ausência total dessa energia, a maravilhosa religação simplesmente não acontece.
O poeta é que sabe!
Ele é dono do que num poema cabe:
Belicosas metáforas ou não, ou então
Atalhos, fina ortografia ou alto calão!
O poeta é dono! O poeta é que sabe!
Enquanto um poeta tem de a sentir,
Um tolo tem de a perceber e explicar!
Poesia é como o rio, a chuva e o mar,
Há que molhar pés para depois sorrir!
Tanta tola criatura que uma razão dá
À poesia que lê, e diz que ela requer
Um preceito, que por vezes não há!
Enquanto versos o poeta compuser,
Ilustre e tola gente nunca entenderá
Que poesia, é o que o poeta quiser!
COMO EXCITAR A ALMA?
É só ser brega e tirar a roupa da alma
Começar com metáforas e hipérboles clichês sobre a lua e o brilho dela que reflete no olhar.
Pra arrepiar o coração (o cangote também) é só falar do perfume que faz inveja a qualquer terra molhada depois da chuva ou a qualquer café que ferve às 7 da manhã de um domingo meio nublado.
Se tua alma se excitar com isso, então não importa se foram 1 minuto ou 1 hora, os versos valeram por 1 infinito de pensamentos que nenhum relógio pode contar