Mestre
O meu mestre ensinou-me variadas coisas que eu nunca compreendi ou concordei. Escrevê-las fez-me ver o seu verdadeiro significado.
O sentido é abstraído do seio ou da veia,
do mastro ou do ralo,
do mestre ou da peste
das dunas caladas em forma de morros
dos sonos profundos em formas reais,
dos olhos, do Baco, do leite e azeite,
enquanto cála-te os dentes e ouve seu tom
enquanto abre sua mente e recebe o dom
enquanto falas do vento e ama o amor,
ou odéia a corrente e o mal,
pois nem precisa amar, nem sarar,
nem dizer, talvez nem calar,
pois nem digo que basta,
pois a vida define o que passa
pois só a vida determina a razão
e o sentido quem diz somos nós
com um choro, um sorriso
ou uma fala qual quer
com um grito, uma bandeira
e o mastro que der
que sentido não mata nem morre
muito menos nós
como um sopro
num espaço e num tempo
martilheiros da liga
de corpo profundo
e uma alma sequer!
''Morte , essa que pra mim será uma saida de mestre pois ja posso morre tomei o melhor vinho toquei o melhor violhão só não vivi o melhor amor e se não é pra viver prefiro morrer''
MESTRE
Aqui estou diante de vós.
__ Que curaste os doentes, os leprosos, os paralíticos...
Humildemente te peço:
Cura a lepra dos corações, da incompreenção, do egoismo, a paralisia dos sentimentos.
__ Que ressucitaste os mortos...
Humildemente te peço:
Ressucita Mestre o amor, o perdão, a compaixão, a caridade e humildade.
__ Que disseste atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado...
Humildemente te peço:
Faz com que antes de apedrejarem reconheçam suas faltas, seus erros e apedrejem a si próprios antes de atingirem um irmão, com as pedras do HOJE; calúnias mentiras, desrespeito, inveja, ódio, falta de caráter, omissão...
__ Que injustamente foi condenado e crucificado...
Humildemente te peço:
Cura a cegueira das almas, arranca Mestre a trave dos olhos e não permita jamais tantas crucificações sem a CRUZ VISIVEL.
Quantos encontram-se cravejados aniquilados, sangrando intimamente pelos açoites da humilhação, da injustiça das perseguições.
__ Que derramou seu sangue para nos salvar...
Humildemente rogo a ti:
Que és amor mostre o caminho aos que estão perdidos na descrença e na maldade.
Humildemente Te agradeço!
As lições de cada dia...
A família que escolhi, cada membro familiar no seu deserto intimo e em seu calvário particular, mas todos em busca de Ti.
Por me amparar sempre que necessito, me consolar quando sofro,me ouvir quando te busco para desabafar.
Amigo fiel que me aceita pecadora que sou, me apóia, me critica quando estou errada e me aconselha com mansidão.
Mestre não sou digna de erguer meus olhos diante de Vós, mas as lágrimas do meu coração são de agradecimento por hoje e esperança num amanhã eterno.
Humildemente Te suplico:
Por mais duras que sejam as provas desta existência jamais permita empedernir mau coração para que eu perca a vontade de sorrir
Te rogo, Te peço, Te suplico
Ensina-me a perdoar
Aceita eu Te amar
Dá-me a Tua paz
Amém!
Mestre me fale sobre o amor...
O amor é aqui que não se explica, mas que em sua excência e a força que cria o universo.
Amar é dar de si, sem que seja preciso devolver...
Mas, só na verdade se sabe o que é o amor, quem já o teve...
Perguntei a meu mestre porque todos os treinos sou derrubado ao invés de aprender a derrubar então ele me disse:
como pensa em tentar derrubar alguem se nao consegue se levantar
Se todos os seres humanos procurassem seguir o Grande Mandamento que o Mestre dos Mestres nos ensinou, com certeza o AMOR E O PERDÃO seriam constante.
Não estou em busca de nada a não ser perseverar nos ensinamentos do meu Mestre Jesus, no dia que eu chamo hoje e no momento que eu chamo agora.
O mestre é alguém que conduz despertando a consciência do povo.
O líder é alguém que lidera se colocando como consciência do povo.
Quem é o mestre
Mônica Lepri envia a seguinte história da tradição sufi:
Um discípulo perguntou a Nasrudin:
- Como você se tornou um mestre espiritual?
- Todos nós já sabemos o que precisamos fazer em nossas vidas, mas nunca aceitamos isso, – respondeu Nasrudin. Para entender esta verdade, precisei passar por uma situação curiosa.
“Certo dia, eu estava sentado na beira de uma estrada pensando no que fazer, quando chegou um homem e postou-se diante de mim. Para afastá-lo dali, eu fiz um gesto, e ele o repetiu. Achei aquilo engraçado, e fiz outro gesto; ele me imitou, e acrescentou um novo movimento”.
Nós começamos a cantar e a realizar toda sorte de exercícios. Eu me sentia cada vez melhor, e passei a adorar o meu novo companheiro. Algumas semanas se passaram, e um dia eu perguntei-lhe:
“Diga-me: o que devo fazer a seguir, Mestre?”
E o homem replicou: “Mas eu pensei que você era o mestre!”
Salve, mestre das ilusões,
das construções lapidadas pela sede do saber...
Dos passos acanhados que mentes em evolução encenam,
Ainda que cabisbaixas, atentam para o medo de errar,
Como se do erro não surgissem conquistas muito além da instantaneidade...
Numa era onde o agora já passou e o amanhã nunca chega!
O Homem é um aprendiz e o seu mestre é a dor.Aprenda com os fracassos e não tenha medo de pedir perdão pelos erros.É melhor dar a volta por cima do que não adimitir que errou..
O CERÂMICO GUARDADOR DE PAISAGENS NORDESTINAS
(EM MEMÓRIA DE MESTRE VITALINO)
Um grande homem do povo,
Semente nascida da acre terra bucólica,
Floresce, novamente, ao ser preso
Pelas malhas do sortilégio da cerâmica:
Opulento universo da prolífica verve prodigiosa, epifânica!
Da carne desta mágica argila,
Pulula um cosmo
Que dá loquacidade, eloquência, garbo e encanto
Á estóica vida no nordestino campo:
Os carros de bois em caravana;
A contenda dos amantes conjugais
No exíguo aconchego da sua adôbica cabana;
Os cangaceiros paramentados
Como a realeza do fogo sepulcral;
A Igreja, o santuário da fé imortal;
A gente sofrida, templo da incansável esperança!
Afinal a humilde nação do semi-arido:
Reino dos sábios gigantes,
Forjados pelo metal do contínuo drama insuplantável;
A serena gana de ter direito á vida. Esta gana os agiganta,
Torna-os a indelével chama magnífica!
E então, o artífice
Á rude paisagem sublima:
O olor do cotidiano da faina campestre
Se eterniza, eiva a mente e a visão
Dos presunçosos ignaros
Que desdenham a grandeza
Da laboriosa estirpe do Nordestino Sertão:
Incessante florescência da animosa
Flora tenaz, incarcomível, insoçobrável!
Ah, maestria, ah vitalidade!
Vitalina é a centelha
Que lhe alimenta
A frondosa árvore da criatividade.
Ah, etéreo mago fantástico!
Ah, genial alquimista do barro!
Sua mente, na verdade,
É um cinético vulcão de avatar
Que, ao entrar em erupção,
Transforma o deserto da nossa visão
Em verdejantes bosques de sensibilidade e lirismo.
Enfim, tocados por sua mágica,
Começamos a contemplar a beleza
Cujo perfume, que aprisiona
O organismo, o corpo, a retina e a órbita
Do palato, da audição e do olfato dos olhos,
Molda, norteia e afaga
Os passos da prole do éden da sáfara.
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
Alguém Como Eu
Stenio Marcius
Entra, Mestre,
Descansa um pouco:
Estás cansado,
Estás sedento
E rouco…
Dorme, Mestre,
A casa é Tua:
Já fechei porta
E janela
Pra rua…
Deixou-me falando só;
Dormiu tão pesado,
Fazia dó…
Como será, Mestre,
Este sonho Teu?
Sonhas como homem,
Sonhas como Deus?
Sonhas com a glória
Que tinhas com o Pai, na luz?
Ou sonhas com a cruz?
Perdoa, Mestre,
Mas já é hora:
Uma multidão
Te espera,
Lá fora…
Estás decidido,
Não Te detenho:
Vais curando
Até chegar
Ao lenho…
Partiu, fica a paz em mim:
Fica a sala
Com cheiro de jasmim…
Vai verter a vida
Do corpo Seu,
Pra levar a culpa
De alguém como eu;
Pra lavar o sujo
Do meu próprio eu:
Levar-me puro
A Deus.