Mergulho

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Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio – e eis que a verdade se me revela.

Desconhecido

Nota: O pensamento costuma ser atribuído ao físico alemão Albert Einstein, mas não há evidências que confirmem essa autoria. Segundo o físico brasileiro Carlos Alberto dos Santos, a frase não consta nas biografias de Einstein (fonte).

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Não consigo molhar os pés apenas
eu mergulho e só paro quando me afogo
eu me queimo e só paro quando derreto
eu me jogo e só paro quando me param.

Martha Medeiros
MEDEIROS, M. Cartas Extraviadas e Outros Poemas. Porto Alegre: LP&M, 2010.

Mergulho em você mesmo

Temos medo de estarmos conosco, mergulharmos em nosso interior. O silêncio e sua prática nos leva a esta possibilidade de encontro profundo e revitalizador. Com o silêncio, encontramos a paz e o amor incondicional vem com toda a força transformadora. O amor é a força mais sutil do mundo. O mundo está farto de ódio. É é este ódio irracional e distante da força criadora que destrói, corrompe e ensurdece a humanidade.

Pare! Recomece! Reprograme-se... O silêncio pode ser o ponto-chave desta nova caminhada. Pratique-o diariamente e transforme um pouco nosso mundo. Ouça-se.

Temos de nos tornar a mudança que queremos ver no mundo. Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim.

Pratique diariamente o silêncio da paz. Respire profundamente algumas vezes. Inspire e sopre lentamente até ir relaxando e mergulhando dentro de si mesmo. Feche os olhos e silencie seus medos, preocupações e ansiedades diárias, por alguns momentos. Dê a chance à sua paz e à paz do mundo.

Faça a sua parte, se doe sem medo. O que importa mesmo é o que você é...
Mesmo que outras pessoas não se importem. Atitudes simples podem melhorar sua vida.

Você nunca sabe que resultados virão da sua ação. Mas se você não fizer nada, não existirão resultados. Espalhe esta ideia.

Transforme o mundo, a partir de você. Seja a mudança que você deseja para o mundo.

Beijo é maravilhoso porque você interage com o corpo do outro sem deixar vestígios, é um mergulho no escuro, uma viagem sem volta. Beijo é uma maneira de compartilhar intimidades, de sentir o sabor de quem se gosta, de dizer mil coisas em silêncio. Beijo é gostoso porque não cansa, não engravida, não transmite o HIV. Beijo é prático porque não precisa tirar a roupa, não precisa sair da festa, não precisa ligar no dia seguinte. E sem essa de que beijo é insalubre porque troca-se até 9 miligramas de água, 0,7 grama de albumia, 0,18 de substâncias orgânicas, 0,711 miligrama de matérias gordurosas e 0,45 miligrama de sais, sem contar os vírus e as bactérias. Quem está preocupado com isso? Insalubre é não amar.

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "Beijo na Boca" de Martha Medeiros.

Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços e você me beija e você me aperta e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo, tudo bem...

Não gosto de nada que é raso, de água pela canela. Ou eu mergulho até encontrar o reino submerso de Atlântida, ou fico à margem, espiando de fora.

De púrpura, seu mergulho
no aquário. No coração,
o mais antigo azul.

Acho que a vida gosta de fazer isso com a gente de vez em quando; te joga num mergulho em alto-mar e, quando parece que você não vai suportar, ela te traz pra terra firme de novo.

Por isso odeio espelhos que me revelam meu verdadeiro rosto. Sozinha, muitas vezes mergulho no nada. Preciso firmar meu pé fortemente, se não, caio do limite do mundo para dentro do nada. Preciso bater minha mão contra uma porta rija, para me chamar de regresso a meu corpo.

Mergulho no cheiro que não defino, você me embala dentro dos seus braços, você cobre com a boca meus ouvidos entupidos de buzinas, versos interrompidos, escapamentos abertos, tilintar de telefones, máquinas de escrever, ruídos eletrônicos, britadeiras de concreto, e você me beija e você me aperta e você me leva pra Creta, Mikonos, Rodes, Patmos, Delos, e você me aquieta repetindo que está tudo bem, tudo bem.

MERGULHO

Almejo mergulhar
na solidão e no silêncio,
para encontrar-me
e despojar-me de mim,
até que a Eterna Presença
seja a minha plenitude.

Helena Kolody
Sempre palavra

Mergulho no mar da minha vida,
defloro o desconhecido
e faço florir meu ser.
Na magia do mistério,
sou imigrante
de mundos diferentes
que me identificam
e me acolhem.
Diante do revelado,
calo-me.
E, neste silêncio,
a paz se propaga.

ficção:
o oceano
em que
mergulho
de cabeça
quando
não posso
mais
respirar
na
realidade

Às vezes um mergulho na alma é extremamente importante, pois só a partir disso conseguimos fazer àquela faxina necessária ao espírito, que nos ajuda a separar o bom e o ruim dos sentimentos. E com o tempo a gente enxerga do lado de dentro, tudo àquilo que a gente supõe existir somente do lado de fora. Que o que nosso caminho é nosso e nada nem ninguém consegue nos manter longe dele por muito tempo.

As mazelas da vida, vem pra me atrasar.
Mergulho em escrituras pra me libertar.
Doutrina, conselho, reflexo do espelho
da alma...
Aqui posso me encontrar.

...tu és a semente da eternidade, do infinito... Hermógenes, Mergulho na paz. UM DOS CAMINHOS DA DIVINIZAÇÃO É REPETIR...HAM SA, SA HAM, ou seja Eu sou Ele, Ele é eu. É um mantran univewrsal que, à força de ser repetido com fé, convicção e tranquila inistência, acaba por realizar-se

Ser seu ser
Mergulho em si
Ser e só ser
E sendo assim
Transcender os confins
Renascer a cada fim

Mergulho

Por isso tome fôlego
Que eu vou até o fundo do que posso

Posso bem menos do que imaginas
Posso bem mais do que pensei
Se a superfície é cristalina
Só mergulhando eu sairei

Posso aprender a vida ensina
Posso ensinar aprenderei
Posso enfrentar a minha sina
Posso ter medo mas te amarei
Posso?

Mar em ressaca ou Mergulho em MIM.

Eu não sei ser maré baixa. Não sei ser RASA, ser pouca água. EU SOU turbilhão... vulcão... cachoeira... por isso se não tiver muita água, prefiro nem ir a praia.
A vida acontece num tempo diferente do tempo do meu egoísmo. Aceitar isso é sabedoria.
O tempo tem sua própria duração, independente de mim.
O tempo é uma ilusão da existência material.
Mergulhei em mim, entrei em minhas fragilidades. Era um território estranho, conhecido, mas disfarçado.
Logo de cara vi minha Hipocrisia. Sempre tão discreta, tão velada. Andava se esquivando, se escondendo em mim, como se devesse algo a mim mesma!
Conheci meus Preconceitos. Exclamei:
- Vocês por aqui? Achei que já não faziam mais parte de mim!
Eles, sempre orgulhosos, responderam:
- Ah! Já somos enraizados. Temos essa boa desculpa conformista pra existirmos em você.
Tomei um susto quando encontrei minha Vaidade. Parecia um Pavão dançando. Parecia uma Sereia, perdida no egoísmo de seus próprios cabelos.
Sempre tive uma relação curiosa com minha Vaidade. Ela sempre me deixou Vulnerável. Minha Vaidade é burra, me Vende por pouco. Às Vezes por um elogio, que nem precisa ser sincero. Achei melhor nem falar com ela.
Reconheci as velhas amigas: teimosia, preguiça, determinação...
- Ola! Vocês tão sempre por aqui, né? – cumprimentei com um aceno de mão.
Dei uma espiadela na minha ignorância. Para variar ela estava preocupada com algum detalhe desprezível e nem me viu passar.
Onde estava minha parte sã? Será que ela fica separada do resto pra não contaminar? O que fazer com tudo aquilo que era tão feio, mas era tão “EU”?
A Lispector sempre me tranqüilizava com o GH que diz que nossos defeitos são colunas que sustentam nosso existir. Lindo, poético, confortante... Mas naquele mergulho, nem Clarisse me acalmou.
Porque, defeitos? Não somos imagem/semelhança de algo maior? ...
Esses papos complexos sempre me despertam a fome.
Foi ai que eu encontrei a Gula:
- Olá! A senhora anda sumida hein? Aconteceu alguma coisa? Deu uma emagrecida... Ta mais bonita!
Ela nem me respondeu. Tava meio magoada com essa nova fase da minha vida. Mas ela é tinhosa, tinha certeza que poderia voltar a correr nos campos de meu descontrole.
Às vezes desconfio que a Gula, a Compulsão e a Ansiedade, (primas inseparáveis) andam aprontando alguma coisa em surdina. Estavam muito quietas.
Tenho medo de qualquer silêncio.

[Pausa Dramática]

Somos feitos só de virtudes! Os defeitos nascem do uso exagerado de algumas qualidades: Minha ótima memória usada ao extremo me faz rancorosa. E minha determinação, quando cega, me faz teimosa.
Tenho tanto medo de meus impulsos. Preciso aprender a respirar... Minha consciência precisa de AR pra funcionar (salve Osho). Antes de deixar o impulso explodir, preciso levar ar pra minha consciência agir!
Quero a plenitude duradoura!
“Domesticamos passo a passo os “demônios” que nos habitam, sem recalcá-los, sem cortar-lhes os chifres, mas controlando-os e canalizando essa energia poderosa para nosso crescimento... até que nossa parte sã cure nossa parte doentia”
Sabia que Leonardo Boff seria capaz de codificar isso.
Dosar Conscientemente meus defeitos.
Domar conscientemente minha impulsividade.
Achar o tal do equilíbrio!

Mergulho no mar da solidão, na profundesa escura e perdida procuro meu pobre coração, que esta a se afogar no mar dessa doce paixão.