Merecimento
A esperança, num mundo onde já não há esperança, precisa merecer as coisas que se esperam, e por isso tem que passar pela provação do desespero”.
As pessoas podem não merecer sua ajuda, mas o genuíno interesse em ajudar essas pessoas é que vai te levar às alturas!
Quando você não ficar mais satisfeito com esse mundo é porque compreendeu que foi feito para viver em outro lugar.
Deus nos dá muito mais que precisamos,
mas sempre desejamos muito mais que merecemos; assim aqueles que cobiçam as coisas alheias, correm sérios riscos de nunca alcançarem o que desejam.
A vida é cheia de batalhas, são varias mesmo! não se preocupe se precisar de desistir ou perder algumas. Sempre vai aparecer outras e talvez o mérito da vitoria seja Maior.
A angústia que me rodeia.
A angústia me assela, me domina e me fascina.
Me cativa assim como a solidão.
Tão reconfortante quanto se sentar em um banco solitário, em meio ao caos do cotidiano.
Sem questionamentos tolos, sem um real interesse.
Sem a sufocante alusão a meritocracia, que é imposta a nós de uma maneira tão singela e amargosa.
E em meio a isso, chegamos no fim do dia.
Desolados e sem rumo.
Em busca de respostas a qual caminho seguir.
Mas afinal, qual o motivo disso?
Para quem não sabe onde vai, qualquer caminho serve.
Tá sendo perseguido Abra seu olho se valoriza,porque isso é medo de eles descobrir o seu potencial.
A sorte nada mais é que uma ajuda a mais daquilo que você faz, da sabedoria divina agindo em seu caminho.
"Não perca tempo se vitimizando, apenas acredite que a vida é guiada pela lei do retorno e do merecimento."
"Se você não fizer por merecer, se não se esforçar de forma mental e física para criar as condições adequadas e se não souber esperar o momento oportuno, nada conseguirá realizar."
"Buscando a cura bebendo veneno, enquanto espera uma fantasia que uma fraca fé sugere que vá alavancar sonhos caducos. Os contos de amor eterno são lembranças de promessas que não passaram de palavras... Os atores, hoje são estranhos em novas personagens de peças as quais você não faz parte... A sua mala esta vazia em sua caminhada, as suas incertezas alimentam meias vontades. Aquilo o que você aceita é o seu merecimento."
Na jornada da evolução, deixamos para trás o que não nos agrega. Compreendemos que muitos prazeres momentâneos não trazem a plenitude que buscamos. Avançar exige sacrifício e investimento, seja de tempo, dinheiro ou energia. Então, reflita: o que você investe hoje te conduz ao merecimento ou te mantém preso à escassez?
Viver com Afantasia em uma Sociedade de Fantasias
Imaginar o mundo ao nosso redor é algo que a maioria das pessoas faz naturalmente, mas para mim, isso é uma impossibilidade. Vivo com afantasia, uma condição onde o ato de visualizar imagens mentais simplesmente não acontece. Enquanto outros conseguem projetar lembranças, cenários e sonhos com vivacidade, minha mente opera em um plano puramente conectado à realidade objetiva. Minha realidade é feita de informações (memórias semânticas), sem o colorido de imagens mentais. Isso já cria uma distância imensa entre como eu experiencio o mundo e como os outros parecem vivê-lo.
Além disso, existe outra camada de complexidade. Vivo também com autismo e outras neurodivergências, condições que moldam ainda mais minha percepção e interação com o mundo. E uma parte fundamental dessa vivência é o fato de que, objetivamente, só consigo experienciar o sentimento do agora. Não tenho uma herança sentimental que me ajude a filtrar o valor das coisas. Vivo de forma intensa e imediata, cada momento sem referências do passado, sem scripts mentais, não importa quantas experiências eu tenha tido. As decisões importantes que tomo são baseadas nesse único sentimento presente e na frieza do conhecimento semântico, porque não consigo conectar essas decisões a uma compreensão emocional do passado ou do futuro.
Essa ausência de uma herança emocional faz com que eu não entenda o valor das pessoas da forma como a sociedade espera. Sentimentos como gratidão me escapam, assim como os comportamentos sociais derivados disso. Eu não sei o que é "puxar saco", não faz sentido para mim, e nunca vou participar de padrões de comportamento que considero desprezíveis, apenas porque as pessoas rotuladas como "normais" dizem que isso é uma fórmula para o sucesso – sendo que é claramente parte da trajetória que levou a humanidade a construir um sistema podre.
Para mim, o que chamam de "sucesso" e "meritocracia" são lendas urbanas. A realidade é outra: é uma sociedade movida por aprovações sociais e fantasias, onde o que importa é a adequação a normas, expectativas e imagens mentais compartilhadas – algo que, na minha experiência, não faz sentido e nunca fará. Vivo desconectado desses padrões, porque, para mim, eles simplesmente não se aplicam.
Essa desconexão se torna ainda mais intensa em uma sociedade que insiste em vender a ilusão de que todos têm as mesmas oportunidades e opções. O positivismo, com sua insistência na superação individual, ignora as limitações reais que muitas pessoas, como eu, enfrentam diariamente. Para mim, que sou misantropo por questões cognitivas, o positivismo soa vazio. Ele ignora as limitações reais da vivência de grande parte da população, que sofre por ignorância e miséria, sem oportunidades reais – e de uma minoria de neurodivergentes que sequer compreende as regras sociais forjadas para manter a ilusão.
No final, o que resta é a busca por um espaço onde minha existência, sem fantasias e sem ilusões, seja reconhecida. Não me interessa seguir roteiros sociais que só reforçam comportamentos vazios. Vivo em um mundo que valoriza essas fantasias, mas para mim, o presente, com toda a sua objetividade e limitações, é tudo o que eu conheço. E nesse espaço, eu não encontro sentido nos padrões sociais que outros consideram normais.
Estar adaptado a uma sociedade que valoriza indivíduos com transtorno de conduta não é um bom sinal de saúde mental.
Eu sou merecedora.
Acredito na minha fé em Deus e recebo com gratidão as bênçãos que ELE me oferece. Estou aberta para o melhor ou para as lutas que o Senhor meu Deus tem a me dar.