Mera Distração
Fusca, 67 ou 69
Setenta ou Itamar
É certa a distração
Vermelho, azul, branco ou bege
Você vai amar
Ou não.
A vida da rainha órfã
Dando-lhe o nascimento, mãe visionária.
Distração sombria do destino!
Um ano... é muito pequena para ser pária;
criança negra errada em nascer sem tino.
Então, uma senhora aceitou esse pobre ser;
A avó levou a criança nos braços
E tornou-se materna. Coisa estranha de se conhecer.
Salvar o que uma pessoa morta deixou estilhaços.
Instintivamente, o oprimido sofrimento sem encolher,
nas mãozinhas que se estendem na sombra;
Alguém deve estar lá para o dever;
A vida da rainha órfã
Dando-lhe o nascimento, mãe visionária.
Distração sombria do destino!
Um ano... é muito pequena para ser pária;
criança negra errada em nascer sem tino.
Então, uma senhora aceitou esse pobre ser;
A avó levou a criança nos braços
E tornou-se materna. Coisa estranha de se conhecer.
Salvar o que uma pessoa morta deixou estilhaços.
Instintivamente, o oprimido sofrimento sem encolher,
nas mãozinhas que se estendem na sombra;
Alguém deve estar lá para o dever;
deve ser bom sob o escuro céu assombra.
Teme que a lágrima nos corações seque;
É preciso alguém grande para dizer: Vamos amar!
Isso cobre a vida com doçura em xeque,
Quem é velho, quem é jovem e quem é de brigar;
É por isso que Deus, este mestre oculto,
Às vezes, substitue a mãe pela avó
E julgando o inverno sozinho capaz de indulto,
Na alma da velha choca o coração em dó.
Logo, a humilde rainha nasceu, ficou órfã,
Tinha seus grandes olhos de sombra e luz plena,
Gaguejou as palavras da linguagem cortesã,
Foi a inocência, desavergonhada da pena.
este anjo, mulher antes de ser completa;
E a avó, pelos anos, contemplou
Como se contempla um céu que se projeta.
Como esse pôr-do-sol, o amanhecer adorou!
A vida da rainha órfã
Dando-lhe o nascimento, mãe visionária.
Distração sombria do destino!
Um ano... é muito pequena para ser pária;
criança negra errada em nascer sem tino.
Então, uma senhora aceitou esse pobre ser;
A avó levou a criança nos braços
E tornou-se materna. Coisa estranha de se conhecer.
Salvar o que uma pessoa morta deixou estilhaços.
Instintivamente, o oprimido sofrimento sem encolher,
nas mãozinhas que se estendem na sombra;
Alguém deve estar lá para o dever;
deve ser bom sob o escuro céu assombra.
Teme que a lágrima nos corações seque;
É preciso alguém grande para dizer: Vamos amar!
Isso cobre a vida com doçura em xeque,
Quem é velho, quem é jovem e quem é de brigar;
É por isso que Deus, este mestre oculto,
Às vezes, substitue a mãe pela avó
E julgando o inverno sozinho capaz de indulto,
Na alma da velha choca o coração em dó.
Logo, a humilde rainha nasceu, ficou órfã,
Tinha seus grandes olhos de sombra e luz plena,
Gaguejou as palavras da linguagem cortesã,
Foi a inocência, desavergonhada da pena.
este anjo, mulher antes de ser completa;
E a avó, pelos anos, contemplou
Como se contempla um céu que se projeta.
Como esse pôr-do-sol, o amanhecer adorou!
A avó construiu um lar com parcos recursos
Nos prados, de onde se pode ver a cerração
Que uma criança sozinha inunda com sorrisos.
Planícies verdes com todos os tipos de respiração.
Teve um grande jardim e este festejo
todos esses perfumes e toda essa rasteira
Acariciou a criança; as flores não têm desejo.
Neste jardim cresceu a laranjeira, a macieira.
As margaridas, os ramos foram separados para andar;
Transparências da água tremiam sob as araucárias;
Da inocência perdida para a vida adulta afundar
face a face com o egoísmo, miséria ordinárias.
A vertigem da ganância a rainha ensurdece
O medo do sofrimento cegou seus atos medianos.
Entre a cobiça, a inveja, aos outros oferece
e desfruta o destino de ouro e prazeres mundanos.
Cuidado com a sedução das trevas. Tome cuidado!
Onde quer que chore e grite um cativo, Deus aparece.
A liberdade que tiramos dos pássaros, soldado.
O destino leva de volta ao injusto que padece.
O feitiço segura a sua valente letargia.
Este condenado, lança-te uma sombra escrava.
A consciência humana está morta; na orgia,
Ela se ajoelhou; no cadáver que lhe deprava;
A prostituição do juiz é o recurso.
Os clérigos fazem o honesto estremecer;
Eu não vou recuar! Sem queixa no decurso,
Luto no coração, despreza o rebanho desfalecer,
Eu vou te abraçar no meu amável exílio
Eu aceito o amargo retiro, se não tivesse fim,
Sem tentar saber e sem considerar auxílio
Pensando mais firme ajoelhados, Senhor do Bonfim?
E se muitos forem embora, quem deve ficar?
Se somos apenas cem com a espada da Justiça,
Eles são mil com maldade na nação mestiça,
eu ainda tenho coragem de lutar!
E a gaiola pendurada nos sonhos da sua casa
Viva, cante e tire as algemas da prisão.
“Num momento de distração, decidi me tornar um escritor. Quando me peguei com este sonho na mão, disse a mim mesmo: se o senhor quer ser escritor, certifique-se de que vai escrever coisas que te darão dinheiro. Mas o estrago estava feito: sentei-me para escrever depois de anos, com uma responsabilidade nova em mãos, e o que saiu não foi uma coisa fácil e ampla: foi um soco no papel. Descontada a raiva, o preço veio. Não consegui mais parar de escrever. Na tentativa de estancar o sangramento, tentei pensar o processo, buscando me enganar e me convencer de que aquilo não era para mim. Ergui barreiras através de inveja e de obstáculos fictícios. O desprezo pelas palavras que saíram, no entanto, só alimentou o fogo. A escrita suavizou e abriu as portas de uma coisa muito funda e pesada, e, ao mesmo tempo, cristã. Aquele momento de distração me fez tomar esta tarefa cedo demais, quando eu ainda estava tentando me descobrir. Tornei-me um soldado raso incumbido de comandar um exército à batalha, sem soldo ou respeito dos meus comandados. Em tese, tudo que eu precisaria fazer seria dar ouvidos aos que falam comigo, mas eu já tinha visto coisa demais para fazê-lo. Aprendi a olhar para as pessoas no processo, então descobri que elas são terapeutas mal qualificados. Num momento de distração, respondi à pergunta que eu deveria ter passado uma vida inteira carregando em minha bagagem, temendo e ansiando pela resposta, engendrando-me no vício de esperar um amanhã melhor ao invés de viver hoje.”
Você é minha ruína, você é minha musa
Minha pior distração, meu ritmo e minha melodia
Não consigo parar de cantar, está tocando, em minha mente para você
Distração
Distante
quando no instante
sou conduzido a tração
de sair do mundo real
na ação variável de dispersar.
Acredito que. Oque se entende por felicidade é tão somente o grau de distração em que o sujeito está imbuído!
E ao perceber o modos operandi de sacrifícios e dor, se entra em novo estado de busca desse conforto distrativo, e não percebendo vai-se pro opressores do imaginário, ou seja os "entorpecentes" inclusive as paixões...
Não tive a intenção na pura distração errei, esta errado, mas vinha pra ficar quando dei por mim por um tempo tudo bem, tudo meu, furo meu.
Dava para encher o universo da vida que quis pra mim, livre para amar eu mergulhei no fundo do mar azul do olhar de minha paixão.
Numa distração inesperada, Deus nos surpreende, Ele entra com resoluções, muda histórias, decretos, perspectivas e faz milagres acontecerem...
Porque Deus é Deus de providências... a gente ora, clama, pede e espera.
No tempo certinho tudo se ajeita.
É só confiar!...
Rosely Meirelles🍃