Mera Distração
Distração
é algo que pode fazer a diferença do fracasso e de uma vida bem sucedida.
Percebo que não é por falta de interesse, nem motivação ou de entusiasmo que sonhos ficam para trás, e projetos são abandonados no meio do caminho.
São as distrações que se apresentam como algo mais prazeroso, porém efêmero, e que são capazes de evitar resultados perenes em nossa vida fugaz.
Até novos começos são distrações quando inviabilizam a conclusão de propósitos mais sólidos.
Com a mente em ebulição pelas reações químicas que provocam uma enxurrada de hormônios em nossa corrente sanguínea, somos impedidos de pensar a longo prazo.
Criamos uma ilusão de eterno para sensações com final eminente, e ficamos aprisionados.
Na tentativa de perpetuar o efeito repetimos dolorosamente a experiência que naquele momento é prazerosa.
A busca incessante por prazer só é superada pelo conforto de uma zona agradável, que sempre demanda menos esforço.
Para quebrar o padrão é preciso escolhe sempre o mais difícil, entre tv e leitura, entre diversão e estudo, entre lazer e trabalho, enfrentar o desafio já é parte da vitória.
Em todo tempo e em toda situação sempre haverá uma escolha, é o que você decidir, definirá sua vida.
Observar,admirar e não tocar, é uma distração formidável. A lei da observação neutra. Lugar onde, você se encontra e não é visto, e nem notado. Admiração discreta, admiração respeitosa.”
Fusca, 67 ou 69
Setenta ou Itamar
É certa a distração
Vermelho, azul, branco ou bege
Você vai amar
Ou não.
Se ficarmos em constante distração
deixamos escapar a essência do que realmente importa nos importarmos.
A vida da rainha órfã
Dando-lhe o nascimento, mãe visionária.
Distração sombria do destino!
Um ano... é muito pequena para ser pária;
criança negra errada em nascer sem tino.
Então, uma senhora aceitou esse pobre ser;
A avó levou a criança nos braços
E tornou-se materna. Coisa estranha de se conhecer.
Salvar o que uma pessoa morta deixou estilhaços.
Instintivamente, o oprimido sofrimento sem encolher,
nas mãozinhas que se estendem na sombra;
Alguém deve estar lá para o dever;
A vida da rainha órfã
Dando-lhe o nascimento, mãe visionária.
Distração sombria do destino!
Um ano... é muito pequena para ser pária;
criança negra errada em nascer sem tino.
Então, uma senhora aceitou esse pobre ser;
A avó levou a criança nos braços
E tornou-se materna. Coisa estranha de se conhecer.
Salvar o que uma pessoa morta deixou estilhaços.
Instintivamente, o oprimido sofrimento sem encolher,
nas mãozinhas que se estendem na sombra;
Alguém deve estar lá para o dever;
deve ser bom sob o escuro céu assombra.
Teme que a lágrima nos corações seque;
É preciso alguém grande para dizer: Vamos amar!
Isso cobre a vida com doçura em xeque,
Quem é velho, quem é jovem e quem é de brigar;
É por isso que Deus, este mestre oculto,
Às vezes, substitue a mãe pela avó
E julgando o inverno sozinho capaz de indulto,
Na alma da velha choca o coração em dó.
Logo, a humilde rainha nasceu, ficou órfã,
Tinha seus grandes olhos de sombra e luz plena,
Gaguejou as palavras da linguagem cortesã,
Foi a inocência, desavergonhada da pena.
este anjo, mulher antes de ser completa;
E a avó, pelos anos, contemplou
Como se contempla um céu que se projeta.
Como esse pôr-do-sol, o amanhecer adorou!
A vida da rainha órfã
Dando-lhe o nascimento, mãe visionária.
Distração sombria do destino!
Um ano... é muito pequena para ser pária;
criança negra errada em nascer sem tino.
Então, uma senhora aceitou esse pobre ser;
A avó levou a criança nos braços
E tornou-se materna. Coisa estranha de se conhecer.
Salvar o que uma pessoa morta deixou estilhaços.
Instintivamente, o oprimido sofrimento sem encolher,
nas mãozinhas que se estendem na sombra;
Alguém deve estar lá para o dever;
deve ser bom sob o escuro céu assombra.
Teme que a lágrima nos corações seque;
É preciso alguém grande para dizer: Vamos amar!
Isso cobre a vida com doçura em xeque,
Quem é velho, quem é jovem e quem é de brigar;
É por isso que Deus, este mestre oculto,
Às vezes, substitue a mãe pela avó
E julgando o inverno sozinho capaz de indulto,
Na alma da velha choca o coração em dó.
Logo, a humilde rainha nasceu, ficou órfã,
Tinha seus grandes olhos de sombra e luz plena,
Gaguejou as palavras da linguagem cortesã,
Foi a inocência, desavergonhada da pena.
este anjo, mulher antes de ser completa;
E a avó, pelos anos, contemplou
Como se contempla um céu que se projeta.
Como esse pôr-do-sol, o amanhecer adorou!
A avó construiu um lar com parcos recursos
Nos prados, de onde se pode ver a cerração
Que uma criança sozinha inunda com sorrisos.
Planícies verdes com todos os tipos de respiração.
Teve um grande jardim e este festejo
todos esses perfumes e toda essa rasteira
Acariciou a criança; as flores não têm desejo.
Neste jardim cresceu a laranjeira, a macieira.
As margaridas, os ramos foram separados para andar;
Transparências da água tremiam sob as araucárias;
Da inocência perdida para a vida adulta afundar
face a face com o egoísmo, miséria ordinárias.
A vertigem da ganância a rainha ensurdece
O medo do sofrimento cegou seus atos medianos.
Entre a cobiça, a inveja, aos outros oferece
e desfruta o destino de ouro e prazeres mundanos.
Cuidado com a sedução das trevas. Tome cuidado!
Onde quer que chore e grite um cativo, Deus aparece.
A liberdade que tiramos dos pássaros, soldado.
O destino leva de volta ao injusto que padece.
O feitiço segura a sua valente letargia.
Este condenado, lança-te uma sombra escrava.
A consciência humana está morta; na orgia,
Ela se ajoelhou; no cadáver que lhe deprava;
A prostituição do juiz é o recurso.
Os clérigos fazem o honesto estremecer;
Eu não vou recuar! Sem queixa no decurso,
Luto no coração, despreza o rebanho desfalecer,
Eu vou te abraçar no meu amável exílio
Eu aceito o amargo retiro, se não tivesse fim,
Sem tentar saber e sem considerar auxílio
Pensando mais firme ajoelhados, Senhor do Bonfim?
E se muitos forem embora, quem deve ficar?
Se somos apenas cem com a espada da Justiça,
Eles são mil com maldade na nação mestiça,
eu ainda tenho coragem de lutar!
E a gaiola pendurada nos sonhos da sua casa
Viva, cante e tire as algemas da prisão.
Pra aumentar a pressão da eleição, nada como uma boa distração.
PONTO DE EBULIÇÃO Rodivaldo Brito
Querida Jade, sinto a saudade; tomACTÍNIO de mim,
Confesso que ESTRÔNCIO loucamente apaixonado por ti,
Estou sendo sincero. Falo CÉRIO,
Não sabes o quanto te BERQUÉLIO.
Não consigo mais ficar no meu apartEINSTENIO,
Começo a lembrar dos maus momentos que tivemos,
Prefiro sair e encarar o SELÊNIO da madrugada fria e sombria.
A ter que lembrar cada palavra que foi dita.
OXIGÊNIO cruel tu tens amada minha,
Não te POTÁSSIO como uma rainha.
Nada fiz de eRÁDIO pra merecer tamanha ofensa,
HÓLMIO coração ENXOFRE com tamanha indiferença.
Minha vida se COBRE de tristeza com tamanha humilhação,
Fico que nem telha de ZINCO em ponto de ebulição.
Jade, porque te contentas na tua maldade?
Fico ENFÉRMIO com o rosto PALÁDIO de TÂNTALO sentir a tua crueldade.
Eu te PLUTÔNIO que reveja as tuas acões. Ainda há tempo!
Não quero te forçar a ter aquilo que TUNGSTÊNIO;
Mas é preCÉSIO que CRIPTÔNIO mais cuidado com as tuas leviandades,
Pois amor também tem prazo de validade.
As vezes me pergunto porque tanto RÓDIO?
Já não basta viver sem o teu carinho,
Sem a tua presenca que me ALUMÍNIO,
E a certeza de CROMO me sinto SÓDIO?
Parece até um peCÁDMIO amar você,
Eu não AMERÍCIO passar por isso,
aCHUMBOm que você pare de brigar comigo,
Porque me trata de forma tão FERROnha?
Se tenho sido mais do que um grande amigo,!
Não tá sendo FRÂNCIO conviver com essa vergonha,
Nunca agi de modo ESTANHO contigo.
Nem faço ESCÂNDIO pelo jeito de me tratar.
Será que tudo isso é porque não quiz ainda casar?
Sei que o GERMÂNIO diz que emBROMO com este noivado,
Mas não acredite NIQUELe falar,
SaBISMUTO o quanto estou apaixonado.
A demora no enlace não proVANÁDIÓ,
Apenas passo um momento de dificuldade,
Nem CÁLCIO tenho pra ir em busca de oportunidade.
DISPRÓSIO pai que preciso daquele emprego, pois estou no ócio,
Afinal ninguém vive do ASTATO que possui,
Pode ser como TECNÉCIO de laboratório,
Quero poder casar e realizar meu sonho,
Comprar um COBALTO PRATA no fim do URÂNIO.
E conhecer a POLÔNIO na EURÓPIO.
É CLORO que você vai comigo,
Sem você, a vida perde sentido,
És a FLUOR do meu jardim de LÍTIOs,
O meu fruto proRUBÍDIO,
O FÓSFORO que me incendeia,
O meu momento preferIRÍDIO,
O brilho do OURO que me desnorteia.
É uma pena que nada disso provoca tua reação,
Não sei porquê não desenCARBONO dessa relação?
Diante de um comportamento tão insano...
Não entendo porque ainda TITÂNIO,
E não desembarco desse amor que me consome,
Porque MERCÚRIO nesse sonho?
E BERÍLIO chamando teu nome.
Talvez o SILÍCIO seja a resposta mais fácil,
As vezes queria ser forte como HÁSSIO,
Mas sou fraco como um ĢÁLIO,
Sei que PLATINAda sou,
Mas PROMÉCIO que sempre será teu...
O meu amor!
É tanta distração, e pra ti, temos que tatear as sabedorias do viver, nosso palatino integrando as providências do ter.
O título terreno era apenas uma distração, pelo favor de sua verdadeira e necessária interpretação, agora muitos saem do lugar, voando com alegrias das continuidades em surgimento pra renovados serões, pela paciência e não simples sugestão.
Vagueia um grito que o "Mundo",
por comodismo ou errônea distração finge não ouvir ou entender!
Quão vago universo me enlaça!
😔😔😔
“Num momento de distração, decidi me tornar um escritor. Quando me peguei com este sonho na mão, disse a mim mesmo: se o senhor quer ser escritor, certifique-se de que vai escrever coisas que te darão dinheiro. Mas o estrago estava feito: sentei-me para escrever depois de anos, com uma responsabilidade nova em mãos, e o que saiu não foi uma coisa fácil e ampla: foi um soco no papel. Descontada a raiva, o preço veio. Não consegui mais parar de escrever. Na tentativa de estancar o sangramento, tentei pensar o processo, buscando me enganar e me convencer de que aquilo não era para mim. Ergui barreiras através de inveja e de obstáculos fictícios. O desprezo pelas palavras que saíram, no entanto, só alimentou o fogo. A escrita suavizou e abriu as portas de uma coisa muito funda e pesada, e, ao mesmo tempo, cristã. Aquele momento de distração me fez tomar esta tarefa cedo demais, quando eu ainda estava tentando me descobrir. Tornei-me um soldado raso incumbido de comandar um exército à batalha, sem soldo ou respeito dos meus comandados. Em tese, tudo que eu precisaria fazer seria dar ouvidos aos que falam comigo, mas eu já tinha visto coisa demais para fazê-lo. Aprendi a olhar para as pessoas no processo, então descobri que elas são terapeutas mal qualificados. Num momento de distração, respondi à pergunta que eu deveria ter passado uma vida inteira carregando em minha bagagem, temendo e ansiando pela resposta, engendrando-me no vício de esperar um amanhã melhor ao invés de viver hoje.”