Mentira
A sinceridade pode ferir por um instante mais logo ela cicatriza ,
Mais a dor de uma mentira é como uma doença que não se ve , sabemos que existe mais demoramos para descobrir , e quando descobrimos é dificil curar e sempre deixa sequelas.
A mentira e suas pernas.
Todos mentimos. Eu, tu, ele, nós, vós, eles. E isso, diga-se de passagem, constantemente. Posso estar mentindo nesse momento aqui... Jamais alguém saberá a verdade mesmo; uns mentem "na cara dura" e outros são mais convincentes. Mas uma mentira, às vezes, cai bem; digamos que se torna a salvação daquele momento. Olhando ao meu redor, deparei-me com vários tipos de mentiras, e comecei a perceber o porquê as pessoas fazem isso e cheguei a seguinte conclusão: é uma espécie de defesa própria, pois, pode reparar: Sempre que mentimos, estamos nos protegendo de algo que pode tornar de nossas vidas, amizades, amores e profissões um verdadeiro inferno.
Um exemplo mais próximo que tive nos últimos tempos foi o dele que está com um pé no altar e continua a me “aporrinhar” as idéias. Afirmo: Ele mente. Pra mim? Claro que não; para ela: a noiva, pobre coitada que mal sabe dos megamalabares que ele, o pilantra, faz com o intuito de driblá-la. E eu não “tô nem aí” como diria àquela música que tocava mais de cinco mil vezes no rádio; não preciso dele, não o amo e não quero ser pivô de algo que eu não tenho o mínimo interesse. Contudo, se ele fosse o homem de minha vida... Esse discurso seria completamente diferente, pode ter certeza! Outra mentira que me chamou atenção foi uma própria que contei a uma pessoa; sem mais delongas ela se tornou uma mentira necessária e se estendeu por anos a fio - mas essa morre comigo - nunca, nem sob tortura de arrancar minhas unhas eu admito... Muito menos para ele que mereceu a mentira. Sim, tem dessas ainda: merecer a mentira! Como? Pela pessoa que ele era. Merecia várias mentiras...
É preciso treinar a mentira, para não se contradizer. Não prolongar a história, para não esquecer. Outro dia mentiram para mim e eu, não sei como, percebi a trapaça. Mas preferi acreditar no que ouvia e fazer com que aquele momento ficasse “um minuto mais longo”. Tem dias que somos surdos, cegos e mudos por conveniência e não por opção. Mas tá valendo, pois, costumo fazer as escolhas não por “rótulos” e sim por intuição e olha – ela nunca me falhou – Se for mentir, escolha um enredo prático e curto; talvez você optando por esse caminho, fique bem mais fácil de mentir outra vez, quando necessitar. E quando não necessitar também, afinal: saber mentir acaba se tornando uma arte. (arte essa que "poucos" sabem fazer com maestria de dar inveja).
Me diga a verdade, mesmo que doa, mesmo que eu sofra. Porque a verdade machuca, mas a mentira, ela derruba.
É bem mais confortável acreditar em mentira que voce mesmo inventa pra si do quer ouvir a verdade dos outros. Mentiroso não.
Dizem que o tempo cura qualquer sofrimento. Mas quer saber? É mentira. A gente que finge que esqueceu.
Não preciso de uma mentira perfeita...
Não me preocupo com as críticas e nem se elas nunca aparecem de uma só vez...
Sempre me desfaço dos meus segredos...
A lenda do sacrifício
Muda-se o tempo, os corpos mas nunca a máscara, a mentira ainda produz seus monstros visíveis ou não. Hoje, já não caminho pelas estradas da tentativa, analiso, reflito e constato apenas, me desgarrei de qualquer expectativa que alimente meus desejos. Nesse jogo injusto de xadrez, tento não ser peça, mas apenas, quem move o jogo para uma direção mais justa. Engraçado como o discurso da multidão ecoa e causa grandes danos sem que percebamos seus efeitos colaterais. De algum modo ainda rastejamos para a margem errada da solução, mas nossa lógica atordoada insiste em dizer que estamos certos e que nada esta perdido. Adoramos nos espelhar na idiotice da modernidade, em tudo que é fácil e que nos coloque em um altar, herdamos uma ideia de beleza e padrões, fúteis e nojentos. A diferença não se aceita, teremos que ser "uns mais iguais que os outros". E diante de todo esse carnaval de sentimentos, eis que nos surge à ideia brutal do sacrifício e viver para o que nem sabemos para que e por que, tornar-se humano hoje é algo raro, se iludir sempre é mais fácil, dói menos mas custa caro. Mas diante dessas alternativas prefiro me tornar real, sem máscaras ou falsidades. Simples e humano imperfeito mas digno, levando consigo a chama do que dizem ser impossível.
O homem não pode pretender alcançar certas verdades,
enquanto conserva dentro de si certas mentiras.
Agora eu sei que essa história de que só não é feliz quem não quer é mentira, por que por mais que eu tente não consigo.
Atrás dos teus olhos eu vejo mentira, atrás de teu sorriso vejo tristeza, em tua personalidade vejo um personagem, como tu podes tentar me enganar se nem mesmo o mundo tu enganas, debaixo de um corpo forte existe uma carcaça desmoronando em total agonia, agonizando em um profundo e escuro mar causado pelas tuas propias lagrima e mesmo com um salva vidas e inútil tentar sair porque em você estar fixado uma ancora com o peso de tudo de ruim que já viveu. Atordoada demais para sentir alguma coisa e como se não bastasse a melancolia insisti em tentar invadi sua alma como se seu corpo estivesse dormente os sentidos estivesse completamente confusos.
CARNAVAIS
São nos carnavais que as pessoas de mentira se tornam reais.
São nos carnavais que pessoas de idade se tornam crianças.
Nos carnavais os sorrisos se tornam mais brilhantes, e os confetes que são jogados pro alto se igualam aos nossos problemas, quando são pisoteados ao encontro de soluções.
No carnaval, tudo se torna o inverso.
No carnaval você pode encontrar quem você esperava por toda a vida...
Ou esquecer alguém que fez parte da sua eternidade.
No carnaval as pessoas não são pessoas, e as fantasias são reais como os olhos de quem as conquistam.
No carnaval você ama aquela pessoa que te olhou por cinco minutos.
No carnaval cinco minutos de olhares, se tornam cinco décadas de um amor que aonde quer que esteja sempre terá como objetivo maior, dizer que o carnaval faz das histórias reais grandes amores de uma realidade, onde só quem sente, pode dizer.
No carnaval, você quer correr atrás de alguém que você viu ontem, e quem sabe no amanhã ele não estará mais ali, mais o hoje fez com que cada momento fosse uma dimensão diferente, e a fantasia que se vestia veio ao chão, e quando os olhares se cruzaram, os tambores pararam, as pessoas sumiram, e apenas o carnaval e duas pessoas se encontraram presentes naquele momento...
Momentos onde primaveras jamais teriam o dom de re-criar, mesmo que fosse por míseros milésimos de segundos.
No carnaval todo mundo se torna negro.
São nos carnavais que as ruas se tornam salões de festas imensos de pessoas cobertas de alegria.
São nos carnavais que os copos se tornam quentes, e as pessoas se tornam mais frias.
Nos carnavais um sorriso é a melhor forma de dizer que a liberdade é o antídoto de toda a doença venérea dessa jaula de concreto invisível em que vivemos.
Nos carnavais somos um só sorriso, nos carnavais nós nos tornamos uma só vida, nos carnavais nós nos tornamos um só coração.
Nos carnavais os amores são incolores.
São nos carnavais que nossos corações palpitam.
São nos carnavais que percebemos que...
A quarta de cinzas é agora, e somente no ano que vem teremos o direito de amar, se fantasiar se apaixonar, sorrir, aprender, viver, acompanhar, ouvir a batucada dos tambores, a voz dos compositores...
E percebemos em fim, que o carnaval se foi; mais por um lado percebemos que todo o momento desse carnaval, ficará guardado para sempre mesmo que venham outros carnavais futuramente.
Mais um carnaval que se vai...
Porém, as lembranças, os olhares, e os momentos que o coração palpitou mais forte que o barulho dos tambores, será guardado dentro de você, como se sempre existissem em todos da sua vida, e não apenas poucos instantes de celebração carnavalesca.