Mente
Dois segundos
Blá, blá, blá...Blá, blá, blá!
Respiro fundo e pronto:
Dois segundos são suficientes.
O ar invade afoito minhas narinas
os pulmões se inflam
o tórax se expande
o cérebro oxigena-se.
Enquanto vaga a mente
tentando racionalmente pensar
das amarras desprendem-se as ideias
voam longe os pensamentos
dois segundos se seguem
e nada me vem.
Só a poesia.
Não que minha poesia não seja racional
é que por estar sempre à margem
me tornei marginal
marginalizei minhas ideias
marginalizei a teoria
teorizei a marginalidade
(des)marginalizei-me e à minha poesia.
É contingente pensar o mundo de tal ponto de vista
é-me conveniente fazê-lo deste modo.
Vagarosa perambula a mente
enquanto vaga pelo mundo
lucubra
arbitrária, dissimula
e agora, também mente.
"Quando minha sensitividade gravita no pólo baixo, meu coração e mente se inquietam. Só com o silêncio me entendo."
Algumas pessoas não entendem que não há psique idêntica, porque as vivências são individuais, e cada ser tem suas características adquiridas e genéticas. A mente adquirida coordena seus valores e os valores de outrem.
Nos é outorgado viver livremente, mas devemos saber que nos é delegado uma memória, que é dependente inconscientemente do que contruímos e da ânsia do que contruiremos, sendo primordialmente consciente do que estamos contruindo.
A minha mente é como uma rota, onde as estradas possuem infinitas encruzilhadas, me fazendo viajar sem destino.
A Mente essencialmente procura evoluir, mas há também aquela que foge do seu destino, que se fecha ao seu próprio mundo, que mora em uma mentira, que esquece e que se recusa a conhecer a verdade por medo do desconhecido desconhecer o que já se conhece. __ BY AJ.
Aparentemente sou volátil, auto obsessivo e pouco sociável. Isso é consequência da minha mente em tons de cinza.
O saber exige conhecer; para conhecer é necessário observar, ler e refletir e para isto exige trabalho do cérebro, e trabalhar a mente é para poucos.
Sou do tipo de pessoa que ensaia discursos mentalmente. É colocar o fone de ouvido, ou entrar no banho pra começar a desenvolver meu melhor repertório sobre determinado assunto. Hoje ao seguir meu ritual, criando enredo pra coisas que ainda não aconteceram e que talvez nunca aconteçam caí na real, eu sou a dona da minha ansiedade, sou eu quem a atraio e portanto só eu posso controlá-la. Da próxima vez que começar meus ensaios sobre o hipotético vou fingir que tenho pavor de falar em público e fugir de mim mesma.
Quanto mais ela mente, mas a verdade dá lambada nela, vai mentir no inferno dilma minusculo, o tempo desmente você não percebeu ainda?
Refletindo conclui que não posso condenar e ridicularizar uma parcela de nossa população na qual enxerga como única realidade e prazer, o próximo show ou festa da moda!
A menina que eu amo.
A menina que eu amo não quer amar a mim,
A menina que eu amo vive um sonho ruim,
A menina que eu amo diz ter a mente aberta mas o coração fechado
A menina que eu amo diz que já sofreu antes, que não quer repetir as cenas com um protagonista diferente.
A menina que eu amo, não sei bem se ama a mim, visto que se ela me tivesse amor, saberia que não é o protagonista, mas as cenas, saberia que eu não to aqui pra reprisar vivências e sim pra construir a nossa história.
A menina que eu amo não sabe bem o que quer de mim e se quer algo de mim, dizia ela: Eu não estou pronta !
Digo eu agora: Então quando, amor? será que existe um pronto?
A menina que eu amo tá me deixando ir embora, porque pra ela vale mais sorri pela metade, do que sofrer por inteira, porque pra ela a dor é questão de tempo, e eu, é mais que óbvio: Farei com que sofra.
A menina que eu amo não sabe bem o que é o amor, embora diga aos quatro ventos e coloque o dedo na cara de quem quer que for.
A menina que eu amo é a mulher da minha vida e embora o seja, ando cansada
Uma mulher pra amar
uma mulher que não quer ser amada
A mente... vagando, cheia de sonhos;
Sozinha!
No inverso
Ao avesso
Observo o invisível
Indizível
Inimaginavelmente
Consequentemente
Inconsequente mente
Tropeça em passos torpes
Cidadão selvagem
Cidade turva
Chuva ácida
Flores murchas
A complexidade do simples
A simplicidade do exato
Becos humanos, ratos urbanos
Se escoem por ralos
Pudera eu ser outrem
Sendo eu pra ser o Todo
Em meio a tanta sujeira
Desvio-me do esgoto