Mensagens Reflexivas
Um dia não estaremos mais aqui! E nossas coisas serão lembranças para os que ficarão. Tudo que um dia nos pertenceu será conosco pó!
Admito que as vezes falo mais do que deveria, mais do que gostaria por não conseguir conviver com a dúvida de "como poderia ter sido”. Isso me consome.
Sei exatamente até onde posso ir e as minhas escolhas nem sempre são corretas aos olhos de quem as vê, mas no calor da emoção é a mais perfeita para ocasião.
Mal consigo dizer o que penso, muitas vezes não sei o que quero, mas tenho certeza do que não quero. A vida me ensinou quando devo dizer não. Aprendi a recusar quando não me é satisfatório. E por maior que seja a tentação digo que NÃO!
Descobri que ser egoísta às vezes, pode ser bom e que eu estou em primeiro plano, depois os outros.
Muitas vezes errei e me frustei, mas por várias vezes acertei também. Ninguém vive plenamente sem erros e frustrações, caso contrário, vc não viveu, vegetou.
Fiz de tudo, ou quase tudo. Simplesmente aproveitei as coisas que aconteceram da melhor maneira possível e aprendi um pouco mais a cada dia e, um dia de cada vez.
O valor de uma pessoa para a outra é semelhante o que elas vê ou acredita, de modo que gera um preconceito ou a favorece um individuo em si.
Quando começar a pensar estabilizei cheguei onde eu queria, para e repensa pois você esta ficando acomodado, desta maneira procura ir ou fazer, novas etapas da vida, o conhecimento nunca é demais, procurar focar outros objetivos ou aperfeiçoa o que você conhece.
A paciência pela espera de um atendimento medico é uma lição de vida, para aguardar um resultado de seu destino, tem que esperar o tempo passar.
O tempo é a favor daqueles que planeja os segundos, sabe cada passo que você tem que levar pois o tempo não para.
O respeito pelas outras pessoas são o peso do seu traje, a visualização da humanidade esta em sua aparência quem você quer ser. Qual é o seu traje que você quer vestir?
Muitos julgam a política pela corrupção, mas ao avaliar a si mesmo te faço uma pergunta, você deve para alguma pessoa?.Você é honesto com cada centavo obtido?.Desta forma a política não começa em altura e sim na população que se transforma a si mesmos em exemplo, não vai ter corrupção se começar por si mesmo.
O primeiro passo para desenvolvimento do conhecimento é analisar a si mesmo, qual é o seu limite, erros que te prejudica, acertos que pode ser melhorados ,os fatos desta analise é procurar o aperfeiçoamento.
Uma ilusão criada para a realidade se torna satisfatório do que se viver sem idealização, pois uma ilusão criada por um sentimento de conquista se tomar gratificante , do que lutar sem motivos ou projeto a ser seguido.
Muitos imagina que uma queda é a pior fase, mas esta errado, pois é a coragem de se levantar que é o importante, tenta outra vez!!!
Quando esta difícil de resolver algum problema, pensa e não acha uma solução, simplesmente deixa para outro dia, pois o celebro recebeu e trabalhou o dia todo processado, quando acorda simplesmente a parece uma solução.
'FÉRIAS AMAZÔNIDA'
O vento sopra o inferno. O calor amazônico flutua sob o rio, deixando as pessoas em flamas, desnutrindo-as nos barcos calorentos...
O rio amazonas engole leitos e o abstrato. Os ribeirinhas se aproximam ainda mais das matas, com seus filhos, pescando nos barcos que passam...
As crianças gritam, sons abafados pedindo comida dos céus. De repente a correnteza os ouvem e algumas migalhas vão ficando para trás, flutuandos ao léu...
A Capital tem ócio, tem casas penduradas, como a violência íngreme e diária. O ribeirinha tem sonhos: passar as férias na capital...
Mal sabe do dragão atormentando pessoas, sem água tratada, sem alegria no rosto. Férias tem mais sabor nos córregos, no vento balançando a casa simples de palha...
No paladar arejado, comendo o peixe sem sal. No mergulho diário lavando a alma. Na ausência de tormento e do barulho da cidade grande...
O cosmopolita tem sonhos: passar férias nas terras do ribeirinha...
'RIBEIRINHA'
Vejo o infinito passear nas águas.
À minha frente há paraísos.
Escurece.
É hora de ascender lamparinas ou olhar vaga-lumes,
desmitificando a escuridão...
O peixe está na brasa.
Crianças alegres estão a brincar,
sem ter pressa de chegada.
Sou morada a ver navios,
com suas guloseimas distantes...
Sou acenos,
canoas cortando rios,
a caçula trouxe um pote de doce.
A mesa está farta.
Cantaremos músicas populares para agradecer.
E para que o amanhã seja feliz como o hoje...
LAR DOCE LAR
Nas ruas,
o barulho tardio.
Pessoas atônitas,
andando de um lado para o outro.
Há crianças perdidas.
Observa-se penumbras.
Pássaros voando sob telhados...
Tudo à céu aberto,
cheiros triviais,
desses sentidos no aconchego do lar.
Em flash back,
as feridas vão se abrindo,
uma a uma...
A percurso será longo,
como a acre canção que não finda.
A chegada cortante,
como o rio e seus talha-mares.
Lentamente,
tudo fica longínquo...
Ventos formam alusões,
e o infinito distorcido aparece.
A metrópole dá lugar a paisagens exuberantes.
A cidade vai encolhendo com seus arranha-céus.
O coração distante,
bate descompassado...
Os olhos molhados agradecem,
na esperança que as telas se reiterem,
e os quebra-cabeças regressem um a um como antes.
A saudade vai sendo esquecida.
E o doce lar vai abraçando seu tirano,
serenamente...
TRABALHA A DOR
A TV na vitrine
Casa emprestada
O operário é um cisne no lago
Asas quebradas
Vendendo força de trabalho
Poder na produção
Não pode cansar [de domingo a domingo]
Manufatura em excesso
Recebe migalhas
Declínio no preço...
Ideologia de igualdades
Sutilizados pelo empregador
O sofisma é aparente
O empregador abastece cidades
Com o suor do trabalha a dor...
Monta todas as TV's
Sem descanso no trabalho
Tem suas aparentes metas
Acorda no alvorecer
Assim como borboletas...
Tentando voar com amarras
Sonhando com a imensidão sem limites
Almejando casulo melhor
Mas é apenas robô mecânico
Mero historiador sem história....
Metamorfose agridoce
O capitalismo é uma sucessão da miséria
Mas permanece como se não fosse
Eis a sorte do trabalha a dor:
Explorado por bactérias...
E eis que o trabalha a dor
Continua sem a TV que tanto sonhara
Sem seu feudo para apaziguar o suor
Utopizando a vida genuína
Falácias de quem vence a dor...
'MEU COLEGA DE QUARTO'
Ele sempre chora.
E perde as estribeiras.
Clama pelas razões que lhe sustentam.
Tem o coração do tamanho de um trem,
viajando por vilarejos,
perfeccionado o amanhã,
diferente do hoje...
Sonha com os pretextos,
esquecidos nas janelas.
Tem o coração remendado de razões banais.
Ele sofre,
como o copo quebrado,
perfurando a pele,
fragmentando abraços...
Tolo,
esquece bicicleta nas ruas,
fotografias no chão.
Espera sorrisos que não vem.
E aguarda esperança nos diálogos trazidos pelos ventos.
O presente fez-se maré,
e todos não entendem...
Ele é reflexo,
vidro polido.
Com suas lágrimas intermitentes e diárias.
O quarto está escuro e não se pode vê-lo.
Queria não sê-lo,
e não desejar-lhe imagens diárias.
Meu colega de quarto,
o espelho,
tão singular,
transparente,
sempre foge de mim...
'PORTA'
A porta não está deserta,
há fantasmas fazendo-lhe companhia.
Indivíduos mórbidos,
cada vez que é entreaberta...
Atrás dela,
as faces e as dores.
Com seus condolentes personagens,
gritos sem cores...
A porta é áspera,
e não abri com facilidade.
Por mais que se tente,
é tristeza aparente e saudade...
Mas a porta há de enfraquecer-se,
nas suas microbactérias.
E os pequenos olhares terão lugar definido,
com suas reconstruções e artérias...
Ela é passagem,
caminho bucólico.
Não precisas mais ocultar-se,
nem cantar canções melancólicas...
Teus segredos já fora definhados,
tenta seguir a razão.
Ser alegre na intuição,
escultando as pessoas de tenra idade...
Somos alguém,
com nossas portas esquartejadas,
algumas dolosas,
nas suas formas diferenciadas...
Porém,
somos vigor e podemos mais que ela,
aflingi-mo-los eis as sequelas,
e as esperanças baterão à nossa porta...
Não evitas o mundo,
nem tenta ser abstrato!
Abre todas as portas sem receios,
e não será mais refém desse quarto...
'ESPARTILHO'
O espartilho,
vazio.
Ninguém vê condolências,
tampouco adiposidade.
Sem castilhos,
sem brio.
Amordaçando consciência,
vislumbrando fatuidade...
Há barbatanas,
melancolias.
Lâminas cortando o abdome,
exíguo.
Ah Juliana!
Vê essa travessia.
Não dê tanta atenção para os homens,
para quê tantos castigos?
Afrouxas o corriqueiro,
delgado.
Já és esbelta,
graciosa.
Coração em jasmineiro,
delicado.
Seguras a fisberta,
e não deixes cair a rosa...