51 textos e mensagens para profissionais da enfermagem đŸ©ș

Se um Ășnico homem atingir a plenitude do amor, neutralizarĂĄ o Ăłdio de milhĂ”es.

Não é o crítico que importa, nem aquele que mostra como o homem forte tropeça, ou onde o realizador das proezas poderia ter feito melhor. Todo o crédito pertence ao homem que estå de fato na arena; cuja face estå arruinada pela poeira e pelo suor e pelo sangue; aquele que luta com valentia; aquele que erra e tenta de novo e de novo; aquele que conhece o grande entusiasmo, a grande devoção e se consome em uma causa justa; aquele que ao menos conhece, ao fim, o triunfo de sua realização, e aquele que na pior das hipóteses, se falhar, ao menos falharå agindo excepcionalmente, de modo que seu lugar não seja nunca junto àquelas almas frias e tímidas que não conhecem nem vitória nem derrota.

A cobiça envenenou a alma do homem, levantou no mundo as muralhas do Ăłdio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a misĂ©ria e os morticĂ­nios. Criamos a Ă©poca da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A mĂĄquina, que produz abundĂąncia, tem-nos deixado em penĂșria. Nossos conhecimentos fizeram-nos cĂ©ticos; nossa inteligĂȘncia, empedernidos e cruĂ©is. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que mĂĄquinas, precisamos de humanidade.

Charles Chaplin
O Grande Ditador (1940)

Nota: Trecho do discurso final do filme de Charles Chaplin "O Grande Ditador" (1940).

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A desobediĂȘncia, Ă© aos olhos de qualquer estudioso da HistĂłria, a virtude original do homem.
É atravĂ©s da desobediĂȘncia que se faz o progresso, atravĂ©s da desobediĂȘncia e da rebeliĂŁo.

A pedra preciosa não pode ser polida sem fricção, nem o homem aperfeiçoado sem provação

Conhecer um homem e conhecer o que tem dentro da cabeça são assuntos diferentes.

Como homem ciumento eu sofro quatro vezes: por ser ciumento, por me culpar por ser assim, por temer que meu ciĂșme prejudique o outro, por me deixar levar por uma banalidade; eu sofro por ser excluĂ­do, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum.

Frustrado
por nĂŁo ter saĂ­da
por ser um homem
sem todas as minhas possibilidades
Feliz por estar vivo
e ter os meus pais
Triste pelo mundo triste
pela gente triste
agora estou puto.

Tenho um pinto no cérebro. Sempre que algum homem fala algo muito inteligente ele cresce e me fura os olhos. Eis o amor cego

O mundo

Um homem da aldeia de Neguå, no litoral da ColÎmbia, conseguiu subir aos céus. Quando voltou, contou. Disse que tinha contemplado, lå do alto, a vida humana. E disse que somos um mar de fogueirinhas.
— O mundo Ă© isso — revelou — Um montĂŁo de gente, um mar de fogueirinhas.
Cada pessoa brilha com luz prĂłpria entre todas as outras. NĂŁo existem duas fogueiras iguais. Existem fogueiras grandes e fogueiras pequenas e fogueiras de todas as cores. Existe gente de fogo sereno, que nem percebe o vento, e gente de fogo louco, que enche o ar de chispas. Alguns fogos, fogos bobos, nĂŁo alumiam nem queimam; mas outros incendeiam a vida com tamanha vontade que Ă© impossĂ­vel olhar para eles sem pestanejar, e quem chegar perto pega fogo.

Eduardo Galeano
O Livro dos Abraços

O homem såbio não busca o prazer, mas a libertação das preocupaçÔes e sofrimentos. Ser feliz é ser autossuficiente.

O homem criativo nĂŁo Ă© um homem comum ao qual se acrescentou algo. Criativo Ă© o homem comum do qual nada se tirou

Como? É o homem apenas um erro de Deus? Ou Ă© Deus unicamente um erro do homem? Quem “criou” quem? ou seria como se “criou”?

‎Eu entendo que um homem possa olhar para baixo, para a terra, e ser um ateu; mas nĂŁo posso conceber que ele olhe para os cĂ©us e diga que nĂŁo existe um Deus.

O homem pode ser a cabeça da família, mas a mulher é o pescoço e ela gira a cabeça para onde ela quiser.

Dificilmente um homem consegue corresponder Ă  expectativa de uma mulher, mas vĂȘ-los tentar Ă© comovente. Alguns mandam flores, reservam quarto em hotĂ©izinhos secretos, surpreendem com presentes, passagens aĂ©reas, convites inusitados. SĂŁo inteligentes, charmosos, ousados, corajosos, batalhadores. Disputam nosso amor como se estivessem numa guerra, e pra quĂȘ? Tudo o que recebem em troca Ă© uma mulher que nĂŁo pĂĄra de olhar pela janela, suspirando por algo que nem ela sabe direito o que Ă©.

Perdoem esse nosso desvio cultural, rapazes. Nenhuma mulher se sente amada o suficiente.

DOS MUNDOS
Deus criou este mundo. O homem, todavia,
Entrou a desconfiar, cogitabundo...
Decerto nĂŁo gostou lĂĄ muito do que via...
E foi logo inventando o outro mundo.

Mario Quintana
QUINTANA, Mario. Espelho mĂĄgico. Ed. Globo. 2005

No fundo, existe apenas um Ășnico problema neste mundo: como fazer com que o homem encontre de novo o sentido espiritual da vida, como provocar a nĂłs mesmos para que retomemos o caminho que nos faz olhar nossas prĂłprias almas.

Sou um homem livre – e preciso da minha liberdade. Preciso estar
sozinho. Preciso meditar na minha vergonha e no desespero em retiro;
preciso da luz do sol e das pedras do calçamento das ruas sem
companheiros, sem conversação, frente a frente comigo, apenas com a
mĂșsica do meu coração como companhia. Que querem vocĂȘs de mim? Quando
tenho algo a dizer, ponho-o em letra de forma. Quando tenho algo a dar,
dou-o. Sua curiosidade indiscreta faz virar meu estĂŽmago! Seus
cumprimentos humilham-me! Seu chå envenena-me! Nada devo a ninguém.
Seria responsável somente perante Deus – se Ele existisse!

Pertence a cada homem sĂł aquilo que ele Ă© capaz de conseguir, e apenas enquanto for capaz de conservĂĄ-lo. É esta condição miserĂĄvel que o homem realmente se encontra, por obra da simples natureza.