51 textos e mensagens para profissionais da enfermagem đŸ©ș

"Porque amor Ă© justamente isso. É ficar inseguro, Ă© ter aquele medo de perder a pessoa todo dia, Ă© ter medo de se perder todo dia. É vocĂȘ se ver mergulhado, enredado, em algo que vocĂȘ nĂŁo tem mais controle."

Eu estou com medo, medo de deixar a melhor parte da vida ir embora sem que nada de especial aconteça, medo da minha vida ser sempre assim. Os mesmos acontecimentos do ano passado, com os mesmo dias chatos, sempre nada acontecendo, sempre sem novidades e com nenhum sinal de mudança.

Garotas tendo ciĂșmes de mim! Garotas com medo de perder seus namorados porque eu era mais atraente! Esses sonhos jĂĄ nĂŁo eram feitos para cima para esconder horas solitĂĄrias. Eles eram verdade.

Deus, pÔe teu olho amoroso sobre todos os que jå tiveram um amor sem nojo nem medo, e de alguma forma insana esperam a volta dele: que os telefones toquem, que as cartas finalmente cheguem 
 Sobre todos aqueles que ainda continuam tentando, Deus, derrama teu Sol mais luminoso.

Soneto XXIII

Tal qual amador no palco,
Que com seu medo Ă© substituĂ­do em sua parte,
Ou algo de feroz com seu excesso de raiva,
Em sua abundùncia de força, fraqueja internamente;
Assim eu, medroso com falta de confiança, me esqueço de dizer
A cerimĂŽnia perfeita do rito amoroso,
E na própria força do meu amor pareço decair,
Sobrecarregado com o peso do prĂłprio poder do meu amor.
Ah, deixa entĂŁo que os meus livros sejam a eloquĂȘncia
E mudos pressĂĄgios do meu peito transbordante;
Que roga por amor e tenta ser recompensado
Mais do que aquela lĂ­ngua que mais jĂĄ se expressou.
Oh, aprenda a ler o que o amor silente escreveu;
Ouvir com os olhos pertence ao fino senso do amor.

"TerĂ­amos acabado sozinhos se governĂĄssemos apenas pelo medo. A classe operĂĄria jamais se submeteria a um governo que pretendesse impor-se pelo medo."

O conformista é inerte e mentalmente preguiçoso.
NĂŁo exerce suas escolhas por medo de assumir os riscos.

A Ășnica coisa a se temer Ă© o medo”. O medo atrai exatamente tudo o que nĂŁo queremos! O medo Ă© uma emoção muito forte e sua energia, ligada Ă  imagem daquilo que se teme, cria todas as circunstĂąncias para que aconteça exatamente o que nĂŁo
desejamos.

Havia o medo e a timidez, todo um lado que vocĂȘ nunca viu. Outra criança adulterada pelos anos que a pintura escondia.

É mais corajoso quem não tem medo de voar pelo mundo ou quem aguenta ficar dentro de si?

Eu sou o medo da lucidez.
Choveu na palavra onde eu estava.
Eu via a natureza como quem a veste.
Eu me fechava com espumas.
Formigas vesĂșvias dormiam por baixo de trampas.
Peguei umas ideias com as mĂŁos - como a peixes.
Nem era muito que eu me arrumasse por versos.
Aquele arame do horizonte que separava o morro do céu estava rubro.
Um rengo estacionou entre duas frases.
Um descor
Quase uma ilação do branco.
Tinha um palor atormentado a hora.
O pato dejetava liquidamente ali.

Manoel de Barros
BARROS, M. Poesia Completa. SĂŁo Paulo: Leya, 2011.

NinguĂ©m disse que Ă© fĂĄcil se relacionar. É por isso que muitos tĂȘm medo. É por isso que tantos outros preferem relaçÔes de uma noite, um final de semana, um mĂȘs. É por isso que muita gente troca de parceiro como quem troca de calcinha. RelaçÔes duradouras e casamentos longos sĂŁo espĂ©cies raras hoje em dia.

Eu tenho medo de vocĂȘ melhorar minha vida de um jeito que eu nunca mais possa me ajeitar, confortĂĄvel, em minhas reclamaçÔes. Eu tenho medo da minha cabeça rolar, dos meus braços se desprenderem, do meu estĂŽmago sair pelos olhos. Eu tenho medo de deixar de ser filha, de deixar de ser amiga, de deixar de ser menina, de deixar de ser estranha, de deixar de ser sozinha, de deixar de ser triste, de deixar de ser cĂ­nica. Eu tenho muito medo de deixar de ser.

Nada a retinha, nem o medo. Mas mesmo que agora se aproximasse a morte, mesmo a vileza, a esperança ou de novo a dor. Parara simplesmente. Estavam cortadas as veias que a ligavam às coisas vividas, reunidas num só bloco longínquo, exigindo uma continuação lógica, mas velhas, mortas. Só ela própria sobrevivera, ainda respirando. E à sua frente um novo campo, ainda sem cor a madrugada emergindo. Atravessar suas brumas para enxergå-lo. Não poderia recuar, não sabia por que recuar.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Era uma falsa revolta, uma tentativa de libertação que vinha sobretudo com muito medo de vitória.

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Eu perdi o meu medo da chuva. Pois a chuva, voltando pra terra, traz coisas do ar.

Me explica, que Ă s vezes tenho medo. Deixo de ter, como agora, quando o vento cessa e o sol volta a bater nos verdes. Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde estĂĄ constantemente amanhecendo.

Conheço apenas o medo, Ă© verdade, tanto medo que me sufoca, que me deixa a boca aberta mas sem fĂŽlego, como alguĂ©m a quem falta o ar; ou noutras alturas, deixo de ouvir e fico subitamente surda para o mundo. Bato os pĂ©s e nĂŁo ouço nada. Grito e nĂŁo percebo nem mesmo um pouco do meu grito. E tambĂ©m Ă s vezes, quando estou deitada o medo volta a assaltar-me, o terror profundo do silĂȘncio e do que poderĂĄ sair desse silĂȘncio para me atingir e bata nas paredes das minhas tĂȘmporas, um grande, sufocante pavor. Eu entĂŁo bato nas paredes, no chĂŁo, para acabar com o silĂȘncio. Bato, canto, assobio com persistĂȘncia atĂ© mandar o medo embora

AnaĂŻs Nin
NIN, A., A Casa do Incesto, AssĂ­rio e Alvim, 1993

Nada de bom estå acontecendo, mas também nada de ruim. Um novo amor? Nem pensar. Medo, respondemos.

Porque a vida Ă© como andar de bicicleta: quando vocĂȘ perde o medo, aprende, estĂĄ indo muito bem e feliz... AĂ­ Deus diz: Ok, agora sem rodinhas!