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Na vida, não nos apresentamos a ninguém que possa confundir-nos e odiamos quem nos confunde.

O MATA-BORRÃO
O mata-borrão absorve tudo e no fim da vida acaba confundindo as coisas por que passou... O mata borrão parece gente!

Não quero que Deus me dê nem um dia de vida a mais de que eu não possa me orgulhar.

Você me ensinou o valor da vida. Se quisermos preservá-la aqui na Terra, devemos ficar em silêncio.
(Watchmen)

O ponto de encontro entre a criação artística e a vida vivida talvez esteja naquele espaço privilegiado que é o sonho.

As pessoas querem estar arrumadas na vida; mas só enquanto não o estão é que há alguma esperança para elas.

O artista deve gostar da vida e mostrar-nos que ela é bonita. Se não fosse ele, duvidaríamos disso.

Ser pessimista em relação às coisas do mundo e à vida em geral é um pleonasmo, ou seja, significa antecipar o que vai acontecer.

Ao rei a vida e os bens
devem ser dados, mas a honra
é património da alma,
que pertence apenas a Deus.

Uma vida de reação é uma vida de escravidão, intelectual e espiritualmente. Deve-se lutar por uma vida de ação, não reação.

A vida não pode existir em sociedade senão através de concessões recíprocas.

O pensamento puro deve começar por uma recusa da vida. O primeiro pensamento claro, é o pensamento do nada.

Aquele que na vida partiu do zero para não chegar a nada, não tem que agradecer a ninguém.

A vida parece-nos curta, e as horas parecem-nos compridas; o nosso gosto seria alongar a cadeia, encurtando os anéis.

Estamos todos um pouco estranhos. E a vida é um pouco estranha. E quando encontramos alguém cuja estranheza é compatível com a nossa, nós nos juntamos a essa pessoa e caímos nessa esquisitice mutuamente satisfatória a que chamamos de verdadeiro amor.

CANÇÃO

Viver não dói. O que dói
é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.

Viver não dói. O que dói
é o tempo, essa força onírica
em que se criam os mitos
que o próprio tempo devora.

Viver não dói. O que dói
é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.

Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita
entre a vida que se pensa
e o pensamento vivido.

Que tudo o mais é perdido.

Existem pais estranhos, dos quais a vida inteira não parece ocupada senão em preparar razões para os filhos se consolarem pela morte deles.

Sermos o que somos e tornar-nos o que somos capazes de ser é a única finalidade da vida.

A glória em vida é algo problemático: é aconselhável não se deixar deslumbrar por ela, muito menos estimular.

O amor é o mais agradável episódio do romance da vida, e o casamento o apagador do amor.