53 frases de madrugada para refletir antes do amanhecer

⁠Adoro ir contigo ouvir a rouquidão do mar, vermos a lua despir-se, sentir a madrugada a salivar, observar a porosidade das estrelas a pulsar, e os nossos corpos embrenhados nos gemidos eólicos das marés.

Inserida por JoniBaltar

Acordar no meio da madruga depois de perder o sono porque os pensamentos ficaram incessantes chega a deixar a impressão de que foi uma noite de descanso perdida, mas vendo por outro lado mesmo estando cansado nada melhor do que o silêncio da madrugada para colocar as ideias em ordem e buscar dentro de si a motivação para continuar prosseguindo.

Menina da rua
que vive na lua
pisando este chão

Menina poeta
vive inquieta
ouvindo o coração

Menina faceira
a vida inteira
nunca diz não

Menina da rua
poeta faceira
são versos pra lua
a canção primeira

Menina faceira
tombou na ladeira
na madrugada fria

Não viu mais a lua
sua companheira
sua alegria

Silenciou para sempre
o canto fremente
da menina levada

Que viveu como um canto
no encanto da lua
no canto darua
da rua, o encanto
da madrugada!

Ou Olhares trocados,
Palavras não ditas,
Lábios intocados,
Chances perdidas,
Sentimentos sinceros,
Arrependimentos eterno,
Pensamentos distante,
Lua radiante,
Uma playlist baixinha
E sono que não vinha.

POETANDO
O poeta é um amante eternamente insatisfeito. Entre a paz do doce lar e as incertezas das noitadas, prefere se esgotar nos braços das madrugadas, beijando estrelas, acariciando a lua, deitando e rolando nas praias, perseguindo estradas, pulando cercas, usurpando alcovas de cetim, invadindo cabarés, escolhendo trilhas, adentrando Casas da Luz Vermelha, galgando montanhas, repetindo mergulhos abissais em busca das sereias, adentrando bosques ansiando fadas, esgotando bares...
(Juares de Marcos Jardim)

Gostar de alguém é engraçado! Você tem milhões de desejos de planos, e é quase involuntário que a pessoa esteja em todos eles. Você passa a não querer mais alguém, mas sim aquele alguém. Com nome, sobrenome, e um sorriso que te encanta. A sua paz passa a ter lugar, no colo de quem se ama.

Saudade

Saudade é a ausência que não se cala,
Da presença que não fica.
Saudade são os dias que se demoram
E a hora que não se finda.
Saudade é a garrafa vazia,
Que enche de vinho o copo; tormentos.
Saudade é a madrugada que vira sol,
De um dia sem brilho, lamentos.

Saudade é a canção que entristece o olhar
E mexe na ferida aberta sem estancar.
Saudade é o braço que abraça a solidão,
É o momento que envolve emoção.
Saudade é quando madrugo lembranças
E estampo sorrisos fingidos pela dor.
Saudade é sentimento em alerta
Toque de recolher interno; revelador.

Saudade é não falar da falta que sente
E o que sente se manifesta sem consentir.
Saudade é chuva que não molha,
Verão que evapora, outono que nunca tem fim.
Saudade é turbilhão que aflora o gostar,
É terra que faz água do rio secar.
Saudade é vestir-me de ti em cores,
Abrir o mundo, arrancar dores...
É ter-te aqui, ali, fora e dentro de mim.

Tudo aquilo que você falou mexeu comigo.
talvez fossem verdades que façam bem ou verdades que façam mal.
sozinho a cada 5 segundos me pego pensando em você.
não quero que aconteça novamente...
ilusões ou até mesmo mentiras.
no meu mundo de ilusões você não governa, mas me deixa em crise.
como um terremoto você abala, danifica, destrói, machuca.
hoo menina me diga que as madrugadas não serão perdidas.
me diga que vamos sentir o gosto deste amargo forte amor.

As vezes acho que tenho um dom
Esse dom que me faz mentir
Eu minto que é um dom
Fingindo não ser maldição
Ah, mas aceito como verdade
E não como negação
Faço tudo que me ama me odiar
E tudo o que eu amo se acabar...

Você é aquele causador de insônia que não deixa nem a mente e nem a mão dormir.

Dedicada aos sábios da madrugada

"Parece-me ser hoje outro dia de solidão...
Então que venha, farei de ti minha companheira e juntas nos faremos companhia. Irei lhe mostrar musicas que amo, versos que me emocionam, pensamentos que me levam a refletir! Então, dançarás comigo em meio a versos que recitarei e depois ouvirá em silencio, como convém a solidão, o eco de meus pensamentos nas reflexões. Pois, a ti, só a ti hei de me mostrar, mas jurará segredo, não espalhará o que há dentro de mim. Psiu solidão, vem, me acompanha pela madrugada..." (Irene Aguiar)

Minhas lágrimas ainda trazem aquela triste lembrança de teu abandono. No meu peito o coração teimoso não te esquece, não toma vergonha e vai embora. Ele te ama.

Por que te destes tanto e agora te tomas de mim assim dessa forma tão bruta? Machuca sabia?

Voltar sei que você não quer. .. Mas a saudade chegou e não quer ir embora. Por que não levou ela contigo?

Mas é que eu tenho aquela mania idiota de me agarrar a beiradinha da lembrança e não esquecer de nada, absolutamente nada. Tenho aquela mania de imaginar mundos e fazer deles minha realidade, viver sempre em uma fantasia. Tenho aquela mania de chorar quietinha e sorrir com os olhos, escrever coisas que ninguém vai ler, escutar música de madrugada, esperar uma ligação que nunca se completará, acredito em anjos, leio livro deitada na rede. Tenho mania de desarrumar o guarda-roupa só para achar algo que eu tenho certeza que não está ali, mania de escolher palavras erradas para me expressar, e querer ir embora sem ter nenhum destino planejado.

“Eu consigo ver tudo, mesmo na escuridão. As estrelas me levam apenas a um lugar e é pra você que elas apontam. Sou apaixonado por ti, na mesma proporção que um poeta ama as palavras, o cantor ama a música e a noite ama o pecado. É tudo tão vivo pra nós, eu sei que pode nos ver brilhando quando nos aproximamos. Apenas pegue a minha mão e vem comigo... Prometo não errar de novo. Permita-me. Seus sonhos não são mais indecifráveis, posso me ver neles tão claramente. Você também pensa mim. Está tudo certo, antes do sol nascer fugiremos, vamos pra qualquer lugar, mudaremos o nome, o estilo de vida, tudo. Esse amor ultrapassa a cartilagem, não minto quando digo que seremos um só. Doce madrugada, seus olhos serenos são tão tentadores.”

EU SOU A POESIA...

Debruçada no papel
De noite, lua e estrelas
De dia, teu favo de mel
A mergulhar em cheiro
No pomar de flores no céu.

Eu sou a poesia...
Sinônimo que tira o teu sono
na efêmera madrugada
te levando ao êxtase
do mais intenso prazer.

Eu sou a poesia...
Que ludibria os teus sentidos
E em algumas doses de vinho
Embriago a tua alma
E viro musa no paraíso.

Eu sou a poesia...
Que ao se despir pra ti
Transforma o teu olhar
E fala com o teu corpo
No insensato pensar.

Eu sou a poesia...
Que te faz dormir
No acalanto dos seios
Cobrindo o perene amor
Dos dias forasteiros.

Eu sou a poesia...
Que arranha os teus versos
Beijando-te em palavras
Vorazes, completas
Em poema, derramadas.

Eu sou a poesia...
Que ao acordar te faz poeta
De rimas, versos e estradas
Dantes vida jamais trilhada
Nas vias da tua jornada.

(Celeste Farias, BH, 20/11/2013)

Madrugadas a chorar, manhãs a pensar e tardes sem sorrir, só um coração machucado sabe a imensidão da sua dor.

Nas horas mortas da noite
Quando acordado estou
Penso nas coisas da vida
E tudo o que ela ensinou
Penso no meu amor distante
E quão longe estou
Lembro do beijo gostoso
Que em mim saudades deixou...

Alguns pensamentos são como seres de hábitos noturnos, apreciam o silêncio cativante, trazido pela extensão da noite, o início apaixonante da madrugada, um ímpeto profundo os move, ficam agitados, falantes, parece até que estão fora da mente, falando em voz alta, algo típico de um romance intenso, um suspense interessante, doses de audácia, proporcionando um sentimento entusiasmante, acolhedor, onde a imaginação se propaga, ganhando formas e cores, emoções que logo são revestidas de palavras, um céu preenchido por lindas constelações, o sabor deleitante de conversas acaloradas, inspirações para uma inquietação poética, fonte para poesias que conversam com a alma de uma maneira intensa, simples e dedicada.

É preciso trazer o sonho para o dia e, a luz do dia envolta na claridade dos mistérios trazer para a madrugada.

Voltando das luzes negras
Andando por ruas desertas
Suavemente molhadas,
Refletindo as luzes no asfalto.
As quatro da madrugada,
Quando nem mesmo meus medos
Estão mais acordados.