53 frases de madrugada para refletir antes do amanhecer
Em minha família
somos todos uns estranhos seres
que desligam o rádio e a tv para
ouvir a chuva e iluminar-se
diante das tormentas,
que apagam as lâmpadas
para ver o brilho da lua
e das estrelas no céu.
Na madrugada,
quando a cidade dorme,
por trás de seus cadeados,
nossa casa é um templo
varado de silêncio e luz
por todas as janelas abertas.
Cremos que os perigos
adormecem sob a lua.
O Arcadista
Todas as noites eu desejo
Poder sair da cama
E depois de um bocejo
Passear sem pisar na lama
Dar uma volta na madrugada
Na calada da noite
Na cidade sossegada
Andando como quem fosse
Alguém tranquilo com a vida
Com a cabeça resolvida
...e admirar as estrelas
...apreciar a beleza
...da doce natureza
Seja de bicicleta
Seja a pé
Andando na floresta
Fazendo o que quer
Ao som de Pink Floyd
Lendo na praça
O pensador Freud
Gozando da graça
Da liberdade, independência
Do Carpe Diem, da essência
...da simplicidade
...da humildade
Melhor ainda seria
Com uma companhia
Chamar pela janela
Com muita cautela
E fugir, zoar por aí
Grafitar, pular, conversar
Aproveitar o tempo
Cruzar os sítios nas estradas
Entrar no mato, subir nas pedras
Sentar na grama, sentir o vento
Pensando & olhando pro céu
Seria uma boa lua de mel
Horas Oras
Duas da manhã
Tentar dormir
Não conseguir
Ligar o celular
Olhar outra vez
Rolar as notícias
Trocar de joguinho
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Já passaram meia hora
Três da manhã
Já passou muito rápido
Não consegue dormir
Precisa estar acordado
Não consigo mentir
Quero logo dormir
Mas não consigo sair
Estou viciado
Já são três e trinta
Tempo voa bem sumida
Quatro da manhã
Ainda estou aqui
Preciso dormir
Tenho que acordar cedo
Amanhã tenho aula
Vou perder meu recreio
Eu não vou ter mais tempo
O tempo passa rápido
Não aproveito o momento
Cadê o Carpe Diem
Se eu não aproveito
Cinco da manhã?
Não é possível
É intangível
No que eu me tornei
No que estou sucumbindo
O que fiz com minha vida
Não estou progredindo
Estacionei no tempo
Não penso direito
Seis da manhã
Nem deu tempo
De eu dormir
Alguém já acordou
É o carro saindo
Meu pai vai trabalhar
E ainda estou fingindo
Estar dormindo
Pera mas já?
Sete da manhã?
Já se passou outro dia
Mas que bela porcaria
Vento... por quê não me levas daqui?
Eu caminho pelas ruas sem rumo.
Tu, bagunça e emaranha meus cabelos na envolvidão da tua dança.
Me sinto só, mas quando vem ao meu encontro, me abriga, acalenta o meu coração.
Ah, porque me bombardeias com um turbilhão de pensamentos toda vez que me debruço no parapeito de minha janela, quando o silêncio da madrugada insiste em me manter acordada?
Dançando nosso xote
Colado no cangote
Morena, quero ter você pra mim
Sua saia rodada
Naquela madrugada
Não sei dizer, só sei que foi assim
#Oi...
Não sei se recorda...
Isso já não me importa...
Sou aquele menino sozinho...
De poucos amigos...
E por tantos rejeitado...
Achei que seria...
Boa idéia...
Em um belo dia...
Me declarar a você...
Passei pelo medo...
Tirei do peito...
O coração...
Escrevi uma carta...
Perfumei...
Não assinei...
Na madrugada...
Muro pulei...
Em sombras andei...
Sob estrelas, me esquivei...
Escondido na emoção...
Nas sombras deixei...
A declaração de amor...
E você, o que fez?
Leu...
Curioso ficou...
Sem saber quem lhe escreveu...
Porém, desconfiou...
Me procurou...
Confessei...
E me amou...
Mas, o tempo passa...
E passou...
Cansou...
Não cansei...
Ainda lhe amo...
Ainda lhe quero...
Ainda me tira o chão...
Me faz me sentir criança...
Cheio de esperança...
Ainda sinto seu olhar...
A me procurar...
Olho também...
Retribuo...
Dessa vez...
Que deve procurar quem?
Sandro Paschoal Nogueira
Um espelho não guarda as coisas refletidas...
E o meu destino é seguir...
Seguir atrás de meus sonhos...
Que se escondem no horizonte...
Aonde a mais bela estrela brilha...
Caminhar nas madrugadas...
Somente eu e a lua...
Platinando minha estrada...
Ouvir o silêncio de minha alma...
Chorar e sorrir...
Viver o que Deus me permitir...
Este é o meu destino: amar sem conta...
Despir-me do que aprendi...
Esquecer o anjo caído que me tornei...
Perfurmar-me como as flores...
Só assim...
Plenamente viverei...
É chegado o tempo de minha travessia...
Esquecer os caminhos...
Que sempre me levaram aos mesmos lugares...
Quero ter mais uma chance...
De ser feliz...
De amar...
E se eu voltar a errar...
Vou compreender que faz parte...
Viver é uma arte...
Sandro Paschoal Nogueira
A inutilidade bateu na minha porta e eu abri
Faz tempo que me sinto assim
Tão fútil um pensamento oriundo, diante do mundo
que abro as portas e sinto a dor que é tentar me esquecer de quem sou
de quem me tornara
mais um dia amanhece e a inutilidade ta na minha porta
Fingirei que nada aconteceu.
Na permanência inconstante
Da busca do autoconhecimento
A reflexão é minha fiel companheira
Nestas madrugadas
De perguntas sem respostas.
Considero o sono importante, porque sempre que passo desperto, só e ouvindo apenas as vozes da minha própria cabeça me pego pensando nas minhas fraquezas e o quanto me falta persistência e que não sou ninguém, vivo em constante busca que anceio em resposta e descoberta mas n tem como achar algo que vc n sabe o que é, vivo em inércia, se eu fosse algo seria uma esteira, sempre ligada mas ao mesmo tempo tão morta e funcionando em algo tão vicioso e repetitivo, algo infinito e ao mesmo tempo finito demais, é limitado a aquilo girando, esperando alguém ou algo pra ser util, mas a esteira nem sabe quem é ou oq é, ela só existe, as vezes a velocidade aumenta alguém a faz ser mto util mas ela ainda e sempre vai ser uma esteira
Talvez meu nome deveria ser esteira
Nessas confuaoes de palavras e erros busco melhorarcomo uma tosca esteira
#DEPOIS #JAMAIS
Depois....
A comida esfria...
A fruta apodrece...
O pão mofa...
Se esvaindo...
Nada mais importa...
Depois...
É hora de dormir...
Esquecer...
Nada mais sentir...
Quando a tarde cair....
A noite chegar...
A madrugada é fria...
E já se anuncia...
Um novo dia...
Depois...
As horas vão embora...
O tempo antes tão longo...
Já não é...
Já é tarde...
Não volta mais...
Depois...
Esqueceu de sonhar...
Alguns sonhos nem nasceram...
Outros se acabaram...
Perdeu o querer...
Tem medo de amar...
Depois...
A estrela já não brilha tanto...
Depois...
Nada importa...
Nem de um pássaro ouvir seu canto...
A magia perdeu o encanto...
As pedras são a única companhia...
Depois...
O horizonte não agrada...
A felicidade sempre tarda...
Até os ventos mudam de direção...
E quem diria...
O que poderia ser...
Já não importa mais...
Depois...
Não viva...
Sinta o agora...
Essa é a hora...
De ser feliz...
Sandro Paschoal Nogueira
Há um certo momento em que as noites e as manhãs se fundem. Mesclam-se as cores da aurora com o breu da madrugada. Juntam-se a paz inquietante e a inquietude mais pacífica. Surge a quimera verdadeira, que nos encanta e aterroriza. Noites e manhãs concomitantes formam o enigma da esfinge.
Sonhos bons nos fazem encontrar aqueles que amamos. Mesmo os que não mais são vivos. E projetam nossas mais sinceras e profundas ambições mundanas. Mas, afinal, quem há de nos libertar do paradoxo nefasto, já que sonhos bons também se transfiguram em tristeza, porque a gente uma hora acorda.
Deve ser fácil para vocês poderem amar livremente, deve ser fácil para vocês nunca serem julgados, maltratados e criticados por gostarem de alguém, deve ser fácil poder sair de mãos dadas, abraçar e beijar a pessoa que vocês amam em publico, deve ser fácil chegar a casa e poder conversar com os vossos pais sobre isto, sobre o quanto estão apaixonados, sobre o quanto a pessoa vos faz feliz, deve ser fácil demonstrar amor sem ser chamado de monstro, deve ser fácil ter um ombro amigo para poder chorar, deve ser fácil andar por ai sem se sentirem estranhos ou com medo do que as pessoas vão dizer, deve ser fácil não terem que fingir ser algo que não são, deve ser muito fácil para vocês e é ainda mais fácil julgar pessoas como eu e milhares sabendo que vocês podem fazer o que quiserem e nós não.
Às vezes queria poder fugir de quem eu sou, do lugar onde estou, quem sabe desaparecer por uns pequenos segundos.
Queria poder agarrar em todos os meus sentimentos e viajar com eles para outro lar, deixando-os para trás sem querer e começar do zero, com outro nome, outro jeito de ser, com uma nova forma de amar.
Talvez assim eu tivesse tempo para me curar de todas as cicatrizes e aprendesse o verdadeiro significado do amor, que por certo não é nenhum dos que me falaram até hoje.
Encontrei uma linda rosa no jardim,
Era a mais bonita do seu lar,
Será que ela gostará de mim?
Ou irá apenas fazer-me sangrar?
Eu ainda não a colhi,
Mas desde o primeiro dia que a vi,
Que não paro de me lembrar,
Da forma como ela sorri,
E do seu enorme desejo de amar.
Não sei se deva dar,
Dar tudo de mim.
Onde a irei semear?
E se ela não quiser deixar o jardim?
Talvez não seja o momento,
Ou talvez seja a hora certa,
A verdade virá com o vento,
E eu vou estar sempre alerta.
À espera que esta linda rosa,
Feita em prosa,
Goste de mim,
E talvez, eu more com ela no seu jardim.
Não sou poeta, mas "nua"
Aprendi a citar cada verso teu.
Decorei cada rima,
como um pintor decora a paisagem do céu.
Não sou artista, mas "despida"
Contornei cada linha tua,
Pintei cada traço e forma por outros esquecida.
Como um cantor toquei a tua melodia favorita na rua.
Não sou poeta, nem cantora,
Não sou atriz, nem pintora,
Mas se fosse serias a razão,
Para cada traço, linha e verso,
Serias a minha maior inspiração.
Se quiseres preparar um discurso, filosofar, calcular, ou tentar entender os motivos daquela pessoa que te magoou ou te elogiou de maneira tão especial, faça isto por alguns minutos na madrugada, pois jamais chegará a uma conclusão confiável tendo apenas um dia inteiro para isto.
É só na magia da madrugada que encontrarás as melhores respostas.
"E eu, em vão, tento estrangular meus sentimentos.
Sufoco, a mim mesmo, mas não mato o que mora aqui dentro.
Meu coração, a esmo, acelera seus batimentos.
E a cada batida do meu algoz, aumenta o meu sofrimento.
Sofrimento lento, que me lembra dos meus vazios juramentos.
Juras que fiz a mim mesmo: Esquecer-lhe e matar a ti, aqui dentro.
És covarde ti, és covarde meu desalento.
Por voltar, quando já morria, o que respirava aqui dentro.
Uma hora vais embora e me deixará jogado ao vento.
E com afinco, pelas madrugadas, tentarei em vão; estrangular meus sentimentos..."