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⁠O Horto Botânico


⁠O poeta de olhar dormente
O orgasmagórico desce do espaço

Enquanto, poeta,
Vai pela rua

Obcecado

Observando a vida
Que
Ainda pulsa

Inserida por samuelfortes

⁠Menos é Mais

Quanto mais coisas eu vejo
Muito mais eu quero ver
Quanto mais coisas eu ouço
Muito mais eu quero ouvir.

Quanto mais coisas eu sei
Muito mais quero saber
Quanto mais coisas eu sinto
Muito mais quero sentir.

Quanto mais estrada eu ando
Mais estrada quero andar
Quanto mais vivo na vida
Muito mais quero viver.

Sempre mais sou viciado
Nesse muito mais querer.

Inserida por samuelfortes

⁠A Imaginação Engavetada


Passaporte
Para
O futuro

Resquícios
De
Passado

Combinando
Razão
Emoções

Tipo
De nostalgia

Percorrendo
Espaços
Abstratos

Ressonâncias
Entre coisas

Experimentos
De história

Desafiando
Forças
Da natureza

Equilíbrio

Romper
Limites
Da
Imaginação

Inserida por samuelfortes

⁠A Alternativa


A sociedade do paraíso
Reencontrar, criar
E por lá viver

Criar

A
Alternativa
Que seja contínua

Onde anda a Saudade
E os olhos
Que
A gente nem sempre vê

Que semeando vento
E na falta de escolha
Colhendo sempre tempestade

Combinando
Razão e emoções
Nos mesmos lugares

Na cama deitado
Na miragem perdida
Ver toda a terra girar

Ida estonteante
Que
Ganha apenas para juntar
Na volta inesgotável
De um eterno retorno

Se toca
Em que toca
Em se tocar

Entocado
Escondido nessa toca

Não sentia quem vinha
E
Quem se aproximava
Eu só sentia os passos

Um Estado
Estúpido

Criar o meu Estado
Estado de Espírito

Inserida por samuelfortes

⁠Nasceste Aqui & A Moça Bonita

Momentos indivisíveis
Orquestrando arestas
Na incapacidade do ser
Intuitivamente restrito
Caçadora de divindades
Alçar de asas firmes


Lados opostos
Adornos e laços
Indigência na ausência
Sigilo subliminar

No entanto
Dentro do sol
Minha sombra se projeta

Na voz
A chave

Harmonia
Flutuante

Paisagem
Sonora

Satisfação
De espírito

Ordem
Beleza

Sua
Medida

Presença
Ausência

Momentos
De inspiração

Aonde quer que eu vá
Eu descubro

Que

Um poeta esteve por lá
Bem antes de mim

Inserida por samuelfortes

⁠Primavera Acanhada


Rumores
Chegariam a mim

Deixarei que morra em mim
Pois nada te poderei dar

Senão

A mágoa de ver
Eternamente cansado

Distintos

Como passos
Na madrugada

Sol
De entardecer

Jardim
De estrelas

Chuvinha
Nos olhos

Marcas
Em lajedos lisos

Estruturas
Acanaladas

De

Um velho rio
acanhado

Na beira
Um dique

Um marginal rompido

Sem
Contestação estelar

Tropeçando em bico
Embicando à frente

Explosões

Primavera
A pleno

Sem eira
Nem beira

Balancear
De corpo
No entortar
De galhos firmes

Famigerados
São os insetos

Se mais
Houver

Nem preciso
É

Inserida por samuelfortes

⁠Saber & Razão


⁠O vazio não
Nos persegue
Com o seu hálito

E é na imensidão
Canto
Que se sente o timbre

O Homem
Ser de casca e rédeas longas
Não teria alcançado o possível

Se repetidas vezes
Não tivesse o impossível

A política

É como a perfuração
Lenta
De tábuas duras verdes

Aliás

Existe tanto paixão
Como perspectiva

Bons chutes
Precisam ser firmes
No chão em que se pisa

Inserida por samuelfortes

⁠O Grito

Toda felicidade
Numa vontade danada
De bem viver

Quem fala o que quer
Ouve
O que precisa ouvir

Se poeta foi
E és
De entre papéis

Quem sabe onde andará
Fui também

Tu és um estado
De
Espírito

Igual a Bahia

Aonde vai nossa atenção
É
Onde nossa energia flui

E

Não há beleza rara alguma
Sem
Algo de estranho nas proporções

São demais os perigos
Desta vida

E

Se ao luar
Que
Atua desvairado

Vem o espaço
Desvairado eloquente
Que esculpiste

No arder da lucidez
Das
Coisas frias

Chegamos

Onde passaremos à noite
Abrigados

Inserida por samuelfortes

⁠Seja Como For & Venha Como Quiser


Sem pedir licença
Nem para tentar
Adentrou

Assustando a sombra
Daquele
Que não quer ver

Sem
Conferir o que é seu
No
Entusiasmo de maré calma

No balanço
De velejar

Os olhos

Perdidos no naufragar
De ondas cansadas

Atentado ao mar
Que chega à vista
Norte ou sul

Colorido nas luzes
À piscar
No sabor do vento
No exagero
Da vida eterna

Agora

Essa força contida
De nenhum ser
Aqui vou eu

Se é assim que se vai

Sem nenhum pudor
Sem medo qualquer
Sempre por amor
Sem desistir agora

Assim é o amor

Tece a verdadeira trama
Vive cada segundo
Como
Nunca o fez

No velho papel
De embrulho
Embaixo assinado
Ninguém
Sabe de quem

Sem medo qualquer
Seja como for
Seja por favor
Sempre à seu dispor
Venha como quiser

Inserida por samuelfortes

⁠Dei um passo
E
O mundo saiu do lugar

Dei um passo
E
Meu mundo sai do lugar

Toda vez que dou um passo
O mundo sai do lugar

Afinal,
A melhor maneira de viajar
É sentir

Inserida por samuelfortes

Assimétrica


⁠Hoje,
Sonhei que existia
Mais um estágio
De relacionamento

Chamado significante

Ali, sentado na cadeira de balanço
Como um pêndulo

Silêncio de uma sala
E no silêncio
A sensação exata

Nascem ondas de amor
Que
Se desfazem

O silêncio corre lentamente
Na dura esquina
Estracalha a vidraça

E deu
De sonhar

Que sonhar
É coisa
Do absurdo
Possível

Cada um
No âmago
De sua
Singularidade

A longeva saudade
Guardou a felicidade
Quando se perdia
No andar em círculos

A estrada é um labirinto
Em
Todos os dias da semana

Na dúvida
Em um dia qualquer
Quanto menos alguém entende
Mais quero discordar

Em um aperto de mãos
Do inevitável intocável
Estrangeiro

Na natureza do visível
Sensatez individual

Passageiro
Que
Não passa por aqui

Eu me sinto passageiro
Eu me sinto um estrangeiro

Inserida por samuelfortes

⁠Da Eloquência à Loucura


Hoje
Um dia a menos

Saudade
Sentimento longínquo

Atração pelo inevitável
No
Atravessar de eixos

Vigor
Físico

Não muito

Quando
Muito
Caminhá

Segue
Em frente
Vai
Bestano

Anda
Para
Para
Anda

Fantasias
Quando
Ainda

Do plausível
Ao provável

Até mesmo
O absurdo

Por vezes
Até
Distrai

Toca
Em frente
Assuntano

E deixa
Que
A vida
Vai

Inserida por samuelfortes

O ⁠Não Fazer Abstrato


Além de cada coisa
É coisando
Que
Se costura a vida

Tem dia
De cozer da vida
Em dia
De coser retalho

Onde não queres
Nada
Nada falta

Tecendo os sonhos
Mais humanos
Capaz de todos os enganos

Que é
Coisa
Do sertão
De veredas

Mais
Que serra
Cordilheira

Travessia
Com
Trenheira


Bem onde
Tudo fica
Bem alí

Região
Terra
De
Curraleiro

Sempre-viva
Tirijum

Tem
De tudo
Quanto há

Sobe serra
Desce serra

Mora aqui
Mora acolá

Paredão
Grotão

Mora onde
Que Deus
Deu

Mora onde
Que Deus


De
Gaitada
Espontânea

Molho
Do que
Juntá

É trem
Danado
De bão

E deixa
A vida
Levá

Inserida por samuelfortes

⁠Não sei

Amuleto preto
Onde Deus guarda no escuro

Se meu caminho
Me perdia
Ou me encaminhava
Embotava a bota
E botava o chão
Brotado em rocha

De tanta graça
De leveza tanta
Que
Meu próprio suspiro
Me levanta

Exaustão de gozo
Que tal seja a regra
E longa é a vida
Que aguardo ansioso

O tempo nos parques
Gera o silêncio
Do piar dos pássaros
Das vistas destas araucárias

Na mesa
Do mundo
Meu imaginário
Sentam-se muitos
Desesperados

No corredor atento
No andar desatento
Sem um desalento
Sou todos eles

Nem razão
Tão pequena
Nem amplitude
Tão pura

A tua razão sensata
Se estendeis ao propor

A imitação
Pura do ser
No ascender de ir

Da imaginação
No propósito
Da Imagem em ação

Enquanto
De manhã escureço
E
De dia tardo

Lá longe
É quando
E
Onde há Cansaço

É onde meu tempo é quando

Entre tantos
Um dia
Me descubro
Entretanto

Que

O tempo nos parques
Cisma no olhar cego dos lagos

Sei de um bom lugar
Onde compreender

Que tal amanhã
Quando você voltar

Inserida por samuelfortes

⁠Mônica Em Puro Balanço

Mônica, farol que me guia na existência,
Em teu olhar, a luz que me alumia

Alma cativante, de essência e persistência
Em teu sorriso, a melodia que me extasia

Deusa de beleza ímpar, graça divina,
Em teu corpo, a perfeição que me encanta

Musa inspiradora, em ti a poesia se inclina
Em teu amor, o meu coração se acalma e se agiganta
Mulher de fibra, de garra e de audácia,
Em teu espírito, a força que me move

Em tuas palavras, a sabedoria que me sacia
Em teu abraço, o porto seguro que me envolve

Mônica, a flor que desabrocha em meu jardim
Em teu perfume, a doçura que me embriaga

Em teu amor, a mais bela canção que existe
Em tua presença, a alegria que me contagia

Mônica, a estrela que guia o meu caminho
Em teu brilho, a esperança que me acende.
Em teu coração, o amor que me define,
Em tua vida, a felicidade que me transcende.

Inserida por samuelfortes

Metrô

Uma Odisséia Urbana
No ventre sombrio da terra, a multidão se acotovela
Corpos exaustos, almas inertes, a esperança que se revela
Nos rostos, a marca do cansaço, do tempo que se arrasta

E a melodia do silêncio que nos basta
Nos vagões, a solidão se agiganta
Cada um em seu canto, perdido em suas fantasias

Olhares vazios, palavras sussurradas
E a sensação de que a vida nos ignora e nos distancia

Nos túneis, a escuridão nos engole
E a voz do abandono ecoa

Somos sombras errantes, perdidas no labirinto
Buscando um fio de luz, uma razão, direções
Nas estações, o tempo se suspende
E a multidão se transforma em um mar de rostos

Em cada um, uma história, um drama
E a certeza de que a vida nos prega tantos gostos
Mas, no meio do caos, a esperança renasce

No metrô
A vida pulsa
E a poesia
Floresce

Inserida por samuelfortes

Você & Sítio

Na quietude do sítio
Onde o tempo
Se curva
À melodia da natureza

A alma encontra
A sinfonia da terra

E o espírito se eleva
Na dança cósmica
De sua existência


"Na quietude do sítio, onde o tempo se curva à melodia da natureza, a alma encontra a sinfonia da terra e o espírito se eleva na dança cósmica da existência."

Inserida por samuelfortes

O Arquétipo


⁠É sorrindo
Que se passa a vida

E no caminhar
Que se encontra caminho

É no caminho
Que se encruzilham Rumos

É no destino
Que sou levado


No labirinto da existência
O riso floresce
Qual raio de sol

A cada passo
Uma bifurcação

No palco da vida
A dança se cumpre

Na fenda incerta
A alma persiste

Rumos se cruzam
Destinos se cumprem

No livro do tempo
Cada momento

É
Uma página escrita

Inserida por samuelfortes

⁠"O tédio, esse silencioso labirinto da alma, é o espelho que reflete a inquietude do ser diante da vacuidade do tempo, convidando-nos a transcender a superficialidade e a buscar, nas profundezas do existir, os ecos de um sentido que nos escape à primeira vista."

Inserida por samuelfortes

⁠O Tédio e o Labirinto

O tédio é um labirinto silencioso,
Onde o tempo se arrasta, lento e espesso
Nas paredes do vazio, ecoam passos
De uma alma que busca, inquieta, o repouso

É espelho que reflete a inquietude
A vacuidade que invade a quietude
Mas, no fundo do abismo, há uma luz
Um convite à transcendência, uma cruz

Pois o tédio, mestre disfarçado
Nos leva ao cerne do não revelado
Nas profundezas do existir
A epifania que desvela o véu do precipício

Inserida por samuelfortes