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⁠⁠Passa frente às escadarias dos ricos senhores, aos seus átrios suspensos como terraços: se lá puseres os pés será como estares à beira de uma escarpa, e de uma escarpa prestes a ruir. Dirige antes os teus passos na via da sapiência, procura os teus domínios cheios de tranquilidade, mas também de horizontes ilimitados. Tudo quanto entre os homens é tomado como coise eminente, muito embora de valor reduzido e só notável em comparação com as coisas mais rasteiras, mesmo assim só é acessível através de difíceis e duros atalhos. A via que conduz ao cume da dignidade é extremamente árdua; mas se te dispuseres a trepar até estas alturas sobre as quais a fortuna não tem poder, então poderás ver a teus pés tudo quanto a opinião vulgar considera eminentíssimo, e desse ponto em diante o teu caminho será plano até ao supremo bem.

⁠Seria preferível a situação de um homem que tivesse um único vício bem declarado do que a de quem os tem todos, embora atenuados.

⁠Basta que nos decidamos a abrir bem os olhos para verificarmos como é diminuto, incerto e inofensivo aquilo que receamos.

⁠A duração de minha vida não depende de mim. O que depende é que não percorra de forma pouco nobre as fases dessa vida; devo governá-la, e não por ela ser levado.

⁠É preciso durante toda a vida aprender a viver e, o que talvez cause maior admiração, é preciso durante toda a vida aprender a morrer.

Sêneca
Sobre a brevidade da vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.

Eu prefiro estar livre da tortura; mas se chegar o momento em que deva ser suportada, desejo que eu possa conduzir-me com bravura, honra e coragem. É claro que eu prefiro que a guerra não ocorra; mas se a guerra ocorrer, desejo que eu possa suportar nobremente as feridas, a fome e tudo o que a exigência da guerra traz. Nem estou tão louco quanto a desejar a doença; mas se eu tiver que sofrer uma doença, desejo que eu não faça nada que mostre falta de contenção, e nada que seja covarde. A conclusão é, não que as dificuldades sejam desejáveis, mas que a virtude é desejável, pois nos permite pacientemente suportar dificuldades.

Sêneca
Cartas de um estoico, volume II. São Paulo: Montecristo editora, 2017.

Nota: Trecho da carta LXVII (67), Sobre a doença e a resistência ao sofrimento.

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⁠E o que é liberdade, você pergunta? Significa não ser escravo de nenhuma circunstância, de qualquer constrangimento, de qualquer chance.

Sêneca
Cartas de um estoico: volume I. São Paulo: Montecristo, 2017.

Nota: Trecho da carta LI (51), Sobre Baiae e a moral.

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⁠Deve-se aprender a viver por toda a vida e, por mais que tu te espantes, a vida toda é um aprender a morrer.

Sêneca
Sobre a brevidade da vida.

⁠Comece imediatamente a viver, e conte cada dia separado como uma vida separada.

Sêneca
Cartas de um estoico, volume III. São Paulo, SP: Montecristo Editora, 2017.

Nota: Trecho da carta 101 (CI), Sobre a futilidade do planejamento prévio.

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⁠Evite homens sombrios que reclamam de tudo o que acontece e encontram algo para reclamar em tudo.

Sêneca
Dialogues and Letters (2005).

É com a vida como é com uma peça de teatro, – não importa por quanto tempo a ação é tecida, mas quão boa é a atuação.

Sêneca
Cartas de um estoico, volume II. São Paulo: Montecristo Editora, 2017.

Nota: Trecho da carta 77 (LXXVII), Sobre tomar a própria vida.

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⁠Se a pessoa não sabe para qual porto está navegando, não há vento favorável.

Sêneca
Cartas de um estoico.

Nota: Trecho da carta 71 (LXXI), Sobre o bem supremo.

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⁠Se você quer realmente escapar das coisas que o incomodam, o que você precisa não é estar em um lugar diferente, mas ser uma pessoa diferente.

Sêneca
Cartas de um estoico.

Nota: Trecho da carta 104 (CIV), Sobre o cuidado com a saúde e a paz mental.

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Todo ato honorável é feito sem ordens ou coação; é puro e não contém mistura de mal.

Sêneca
Cartas de um estoico, volume II. São Paulo: Montecristo Editora, 2017.

Nota: Trecho da carta LXVI (66), Sobre vários aspectos da virtude.

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Ó tu sonho - dominador dos males, descanso do espirito, porção melhor da vida humana.

Inserida por EnesCarvalho

"A prosa adere ao pensamento, uniformiza-se adapta-se a ele; e muitas vezes um subentendido produz um jogo de luzes e sombras cheios de profunda beleza, amiúde a frase breve produz inesperadas imagens pictóricas, outras vezes antíteses, ou as anedotas enriquecem as sentenças austeras, a argúcia atenua a trágica solenidade do assunto"

Inserida por Madhavo

⁠De uma choupana pode sair um grande homem, num pobre corpo disforme e franzino pode morar uma alma grande e bela.

Sêneca

Nota: Trecho da carta LXVI (66), Sobre vários aspectos da virtude.

Inserida por BarrosFlavia

Não recebemos uma vida breve, mas a fazemos, nem somos dela carentes, mas esbanjadores.

Sêneca
Sobre a brevidade da vida.
Inserida por bentojbbass

Devemos selecionar moradias que são saudáveis não só para o corpo, mas também para o caráter.

Sêneca
Cartas de um estoico, volume I. São Paulo: Montecristo Editora, 2017.
Inserida por johnbcoelho

⁠Deixa as palavras correr como lhes apetecer, desde que a tua alma mantenha sólida a sua estrutura; que ela seja elevada, se conserve ao abrigo das falsas opiniões e por isso mesmo aprecie aquilo que o vulgo detesta.

Inserida por fernando_cesar_4