Mensagens de Saudades Eternas

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De repente vi meu mundo sob minhas mãos. Algo tão precioso pairava sob meus olhos, algo que ansiei a minha vida toda, havia acontecido.
Como lidar com essa situação? Como posso te lo tão perto e tão longe ao mesmo tempo?
Perguntas me cercam o tempo todo, porém as resposta, já não as vejo.
Tento entender o porque, mas isso só me faz ficar mais confusa. Tento ignorar, mas não consigo.
O tempo vai passando, talvez as oportunidades também, talvez eu me arrependa, talvez não. Mas quem irá poder responder algo inexplicável?
Se tudo isso não acontecer, se não puder mais vê lo, deixarei na memória o dia em que tive meu mundo só para mim.

Lembre sempre de onde veio, porque para onde vais... isso vai depender de como você juga sua memória.

Há momentos em que eu gostaria de poder reverter o relógio e levar toda a tristeza para longe, mas eu tenho a sensação de que se eu fizesse isso, a alegria iria embora também. Então aceito as memórias como elas vêm, aceitando todas elas, me deixando guiar sempre que posso.

A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que constrói, tudo o que toca, pode e deve fornecer informações sobre eles.

Lembramo-nos melhor dos primeiros anos de vida do que dos subsequentes. Quanto mais vivemos, tanto menos os acontecimentos nos parecem importantes, ou suficientemente significativos para serem depois ruminados; todavia, este é o único meio para fixá-los na memória, caso contrário, serão esquecidos logo que passarem.

(...) e não há barulho maior que o do silêncio.
Embrulhado em palavras carregadas de todos os sentimentos, que mesmo paradas no tempo, estáticas na memória e com ruído de gente ...estão impregnadas de vida!

Com um olhar sempre tão distante
E um melancólico sorriso de sobrepor
O que sinto por você é tão grande
Que seu sofrimento também me causa dor

Seu passado eu sei ele dói
Cicatriz que jamais vai desaparecer
Mas abandone à memória o que te corrói
E prometo que pra sempre vou te proteger.

E chega a noite, de mãos dadas com o silêncio, que há muito ganhou raízes, salpicado apenas pelas memórias.
Recolho(me) em mim e bebo o cheiro da tua mão suave, na minha face ...!
Olho o céu, onde estrelas em forma de lágrimas, se escondem no avesso dos meus olhos e num suspiro de alma, adormeço na ... saudade!

Seria mais fácil elaborar nossas perdas se com elas também fossem embora suas representações. Mas não, elas permanecem, e não se despedem.

Não há temporalidade no inconsciente. Há sobreposições de tempos, onde o Sujeito enxerga uma lembrança de um passado distante com o olhar do presente.

Eu conheço cada livro meu pelo seu cheiro, e só tenho que colocar meu nariz entre as páginas para me lembrar de todos os tipos de coisas.

O que eu gosto nas fotografias é que elas capturam um momento que se foi para sempre, impossível de reproduzir.

O passado fica na gente da mesma forma que açúcar de confeiteiro fica nos dedos. Algumas pessoas conseguem se livrar dele, mas os fatos e as coisas que as empurraram para onde estão agora continuam ali.

Nossas memórias ocupam espaços, trocas de palavras profundas e olhares que mudam a direção, mergulhos ínfimos dentro do eterno mar do teu coração, e de tão profundo e imenso, não cabe só em mim, não cabe só em ti. Transborda e paira na intensidade da luz sobre as estrelas e espaços infinitos.

Pronto, agora seguir o caminho ficou fácil.
Você? Ficou lá atrás, junto com toda sua pretenção infundada. Sabe aquele livro que você começa a ler, está tudo indo bem mas ele simplesmente fica desinteressante? Pois bem, te considero esse livro. Eu perdi a vontade de me esforçar e tentar decifrar suas entrelinhas, tanta coisa sem sentido. Agora comecei a me dedicar à outro livro, e a primeira página já trata de um assunto muito forte e totalmente necessário: amar a si próprio antes de qualquer coisa. E olha, essa primeira página já me convenceu a não voltar ao livro anterior. Agora peço-lhe licença pois o fato de retornar minha memória ao "livro passado" já me deixou com um mal estar danado. Vou ali, sem pressa, viver o que há de melhor.

LUTO

De vez em quando... as estrelas necessitam brilhar mais...
E, aí, elas recrutam novos aspirantes, aqui na Terra.
Talvez, um deles possa estar brilhando somente no seu coração
Aí, sentem vontade de cintilarem para todos, no horizonte...
Para quando olharem para baixo,
Verem, como foi válido o seu esforço, e bendita a sua jornada...
Não chore! O reflexo das estrelas poderá ser visto até nos rios...
Basta que fiquem calmos, para que se possa ver, o esplendor do seu brilho.

*Em homenagem, à memória de todos aqueles que amamos... e que já partiram...

- A dor do entendimento
Ao se colocar no lugar das pessoas, é possível perceber verdades assombrosas sobre si mesmo - um princípio para mudança mas não a solução imediata dos erros cometidos.
Não tem morfina que amenize, o sangue tem que escorrer junto com a reflexão, toda cura antecede de um momento de dor. A cicatriz fica em memória de ti e do próximo, como um aviso "Cuidado da próxima vez".

- Vilas Boas

O tempo

O tempo passa
os amigos partem
as lembranças ficam
ou,
os amigos seguem com você
num tempo em que as lembranças
serão ainda construídas
ou,
o tempo parece parado
os amigos nunca partiram
e as lembranças
nunca se tornaram um problema.

⁠Apologia da dor menos recente

Na indecisão clássica de suas responsabilidades e desprovido também de memória auto-valorativa, o sujeito faz apologia à dor menos recente, com o pressuposto de que ela está parando de latejar. O homem sobre o qual se faz apologia aponta para si o simulacro de uma vontade gigante de não transformar.

⁠Acho que as lembranças são cócegas invisíveis que ficam dentro das pessoas.